
O projeto Bio-Uptake visa garantir uma incorporação sustentável (aumentar a utilização em 39%) de compósitos bioplásticos contribuindo para impulsionar uma transformação verde e digital na indústria transformadora europeia. A solução proposta no âmbito do projeto Bio-Uptake concentrará esforços científicos e tecnológicos no desenvolvimento de processos de fabricação flexíveis para produzir produtos finais de base biológica para os setores de construção, medicina humana e embalagens, com base na combinação de formatos intermédios, feitos de fibras sintéticas naturais e/ou de base biológica reforçadas, com biopolímeros, que são facilmente adaptáveis às novas exigências do mercado. Esta nova abordagem baseia-se na modularidade ou na pré-fabricação: uma combinação inteligente de formatos intermédios (folhas orgânicas, fitas e pastilhas) num produto final que permite superar as atuais limitações técnicas e ambientais, permitindo satisfazer as exigências de um setor específico/aplicação, onde um único material de base biológica não o faz. Assim, o potencial sinérgico dos materiais compósitos abrirá caminho para a integração e aceitação de materiais de base biológica na produção personalizada em massa (fabricação como serviço). Serão desenvolvidos três processos de fabrico disruptivos focados no setor de fabrico de plásticos, que está na centralidade de diversas cadeias de valor e sendo demonstrado em 3 casos de demonstração (teto de casa de banho, órtese de pés e tampa de contentor de lixo). Os critérios de sustentabilidade serão aplicados desde a fase de conceção para alcançar a circularidade, obtendo produtos com mais de 75% de conteúdo de base biológica e diminuindo os GEE em até 33%. A solução proposta no âmbito do projeto Bio-Uptake não requer grandes investimentos em equipamentos complexos. O consórcio Bio-Uptake é formado por 14 parceiros interdisciplinares e complementares (6 indústrias, 4 RTOs, 2 academias e 2 outras organizações).