O CESAM juntou-se recentemente à rede EurOcean – The European Centre for information on Marine Science and Technology. Esta rede estabeleceu-se em 2002 e é uma ONG científica e independente cujos membros são organizações Europeias que lideram a área da investigação marinha. 

A investigadora do CESAM, Regina Duarte, foi recentemente nomeada para Membro do Comité de Gestão da ação COST CA17136 relacionada com a poluição do ar em espaços fechados.

Autor de trabalhos científicos em áreas como a ecologia da fase larvar de invertebrados marinhos ou a conservação ambiental, Henrique Queiroga foi nomeado para o Painel Científico da Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (ENAAC 2020). O professor do Departamento de Biologia e investigador do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), vai poder contribuir com o seu saber para “Um país adaptado aos efeitos das alterações climáticas, através da contínua implementação de soluções baseadas no conhecimento técnico-científico e em boas práticas” (Resolução do Conselho de Ministros n.º 56/2015).

 A frase anterior é uma transcrição da visão que o Conselho de Ministros estabeleceu para Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (ENAAC 2020). A ENAAC 2020 pretende desenvolver uma perspetiva sistémica e integrada das ações de adaptação às alterações climáticas e de mitigação dos seus efeitos, as quais devem ser enquadradas de forma a promover o correto planeamento e desenvolvimento de uma sociedade e economia resiliente, competitiva e de baixo carbono. Para alcançar aquela visão, a ENAAC 2020 define três objetivos: melhorar o nível de conhecimento sobre as alterações climáticas, implementar medidas de adaptação e promover a integração da adaptação em políticas sectoriais.

Henrique Queiroga foi nomeado em substituição de Henrique Cabral, professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e é agora um dos 20 membros do Painel Científico. O professor da UA leciona Oceanografia Biológica, Ecologia Marinha e outras disciplinas na área das Ciências do Mar, e é atualmente coordenador do grupo de investigação em Ecologia Marinha e Estuarina do CESAM, tendo exercido no passado funções de vice-diretor deste Laboratório Associado.

Na vertente do seu trabalho relacionada com projetos de conservação ambiental, especificamente no que respeita à gestão de áreas marinhas protegidas, coordenou a candidatura da Reserva Natural das Berlengas à Rede Mundial de Reservas da Biosfera (UNESCO, Programa Homem e Biosfera). Esta candidatura, suportada pela Câmara Municipal de Peniche, pelo Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade e por vários grupos de utilizadores, foi aprovada pela UNESCO em julho de 2011. É autor ainda do estudo respeitante à estimativa da Capacidade de Carga Humana da Reserva Natural das Berlengas, e é membro do Conselho Estratégico desta área protegida.

O docente e investigador é diretor de dois programas doutorais internacionais na área das ciências do mar oferecidos pela Universidade de Aveiro: Do*Mar – Ciência, Tecnologia e Gestão do Mar, em colaboração com universidades do norte de Portugal e da Galiza, e Ciências do Mar, em colaboração com um consórcio de 24 parceiros europeus. Henrique Queiroga tem ainda colaborado com a A3ES – Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior na avaliação e acreditação de licenciaturas, mestrados e doutoramentos na área das Ciências do Mar em Portugal.

Notícia original aqui.

Realizou-se nos passados dias 5 e 6 de julho, a segunda reunião de coordenação do projeto CEPHS & CHEFS. Este encontro aconteceu na sede da Cooperativa dos Armadores de Pesca do Porto de Vigo (ARVI), e coincidiu com o festival gastronómico VIGO SEAFEST.

O projeto, financiado pelo Programa de Cooperação INTERREG Espaço Atlântico (2017-2020), tem como objetivo transferir conhecimentos sobre a pesca e o consumo de cefalópodes (polvos, lulas e chocos) existente nos países do sul da Área Atlântica com grande tradição gastronómica de consumo (Portugal e Espanha) aos países do Norte (França, o Reino Unido e a Irlanda), onde estas espécies são pouco consumidas, mas, no entanto, capturadas.

Com este objetivo, estabeleceu-se um consórcio representativo dos diferentes países: da Irlanda estão presentes a Universidade Internacional da Irlanda em Galway, o Galway Mayo Institute of Technology, a Organização de Produtores de Pescado do Sul e Oeste da Irlanda; do Reino Unido participam o Marine Stewardship Council (MSC) e a Atlantic Gate Ltd.; de França a Universidade de Caen – Normandia; de Portugal fazem parte a Universidade de Aveiro/CESAM, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e a Associação de Armadores de Pesca da Fuzeta; de Espanha a Universidade de Santiago de Compostela, o Centro Oceanográfico de Vigo – Instituto Espanhol de Oceanografia, a empresa de novas tecnologias Quadralia e a Cooperativa dos Armadores do porto de Vigo (ARVI).

Nesta reunião de coordenação discutiram-se as tarefas realizadas até ao momento e as iniciativas futuras. Os parceiros envolvidos na adaptação de receitas tradicionais existentes em Espanha e Portugal para os países da área do Atlântico Norte, participaram em iniciativas de confeção de pratos à base de polvo, lulas e chocos. Visitaram igualmente o mercado de Bueu, grandes superfícies com oferta destes produtos, e a fábrica Rosa dos Ventos, especializada no processamento do polvo.

O consórcio participou igualmente no festival VIGO Seafest 2018 visitando o stand da OPPC-3, dedicado exclusivamente à divulgação de receitas de polvo, lulas e chocos, a fim de partilhar conhecimentos entre os chefs de cozinha.

Na reunião foram apresentados os avanços nas diferentes tarefas do projeto, que para além da adaptação das receitas tradicionais incluí a avaliação das cadeias de valor no comércio destas espécies, a criação de novos produtos nos diferentes países e a avaliação integrada deste sector pesqueiro.

Espera-se que entre os resultados do projeto esteja o desenvolvimento de novos produtos de cefalópodes em particular em França, Irlanda e Reino Unido e criação de um espaço para o turismo gastronómico em Espanha e Portugal, garantindo ao mesmo tempo um maior conhecimento sobre a sustentabilidade deste recurso pesqueiro e do sector.

O projeto RObUST – Economia Circular Aplicada à Borracha de Pneus: Valorização Material, Química e Energética recebeu o Prémio Inov.Ação Valorpneu. A equipa deste projeto é composta por membros do Laboratório Associado para a Química Verde (REQUIMTE), a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e Universidade de Aveiro, sendo que um dos autores é o docente do CESAM Luis Tarelho.

O Prémio Inov.Ação Valorpneu pretende valorizar “ideias verdes” interdisciplinares. A cerimónia de entrega de prémios decorreuno passado dia 21 de junho no MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia em Lisboa. Os outros vencedores do evento podem ser consultados aqui.

Ricardo Assunção, bolseiro de pós-doutoramento no CESAM, foi distinguido com o prémio “Brigitte Gedek – Science Award” atribuído pela “Society for Mycotoxin Research”, no âmbito do 40º Workshop de Micotoxinas, que decorreu, dia 12 de junho, em Munique (Alemanha). Este prémio distingue contribuições científicas na área da micotoxicologia que se diferenciem pela qualidade excecional e é atribuído de forma bianual desde o ano 2000.

Para a atribuição deste prémio foram tidos em conta os contributos alcançados por Ricardo Assunção na sua tese de doutoramento “Children exposure to multiple mycotoxins through food consumption: a holistic approach for risk assessment”, realizada no Departamento de Alimentação e Nutrição (DAN) do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em colaboração com o CESAM e a Universidade de Évora. Este trabalho teve como principais objetivos caracterizar a exposição das crianças portuguesas com idade inferior a 3 anos a múltiplas micotoxinas através da alimentação e determinar a bioacessibilidade das micotoxinas nos alimentos habitualmente consumidos pelas crianças.

Os resultados desta investigação reforçam a importância da implementação de uma abordagem holística para a avaliação de risco de mistura de micotoxinas, em especial quando envolvidas populações vulneráveis como as crianças. As potenciais consequências da exposição intestinal a micotoxinas deverão ser ponderadas principalmente no que respeita às implicações no desenvolvimento de doenças intestinais.

O prémio “Brigitte Gedek – Science Award” conta com o apoio da Professora Doutora Brigitte Gedek, professora aposentada de Bacteriologia e Micologia da Ludwig-Maximilians University of Munich, que esteve presente na cerimónia de entrega deste prémio. Este ano, para além do prémio atribuído a Ricardo Assunção, foi também distinguido o grupo de investigação do Professor Doutor Ludwig Niessen da Technische Universität München (Alemanha).

Ricardo Calado, investigador no Departamento de Biologia & CESAM (Centro de Estudos do Ambiente e do Mar), é primeiro autor de um capítulo do mais recente livro da Série “Grand Challenges in Biology and Biotechnology ” da Springer.

O capítulo “How to Succeed in Marketing Marine Natural Products for Nutraceutical, Pharmaceutical and Cosmeceutical Markets” no livro “Grand Challenges in Marine Biotechnology” ilustra a qualidade e impacto da atividade desenvolvida no CESAM, alinhada numa estratégia para uma bioeconomia azul.

Os Ecossistemas marinhos albergam organismos com capacidades de sobrevivência únicas que incluem a produção de metabolitos secundários de extrema importância biológica e com elevado valor comercial para as indústrias nutricional, farmacêutica e cosmética. Este capítulo faz uma revisão acerca da forma como estes produtos naturais marinhos podem ser comercializados, desde a fase de descoberta e desenvolvimento até à comercialização do produto final. Os desafios associados a este processo são também evidenciados e discutidos no presente capítulo.

A publicação de quase 100 páginas está disponível aqui.

A bolseira de investigação do CESAM, Bruna Oliveira, foi recentemente nomeada para Membro do Comité de Gestão da ação COST CA17134 (Optical synergies for spatiotemporal sensing of scalable ecophysiological traits).

Estudo coordenado por investigadores do Departamento de Biologia & CESAM da Universidade de Aveiro, em colaboração com o Grupo de Biodiversidade da Universidade dos Açores do cE3c, identificou vários potenciais indicadores que podem ajudar a mapear e valorizar os serviços dos ecossistemas prestados por insetos.

O estudo com o nome Ecosystem Services Provided by the Little Things That Run the World (Serviços dos ecossistemas fornecidos pelas pequenas coisas que governam o mundo) (DOI: 10.5772/intechopen.74847) foi publicado como capítulo no livro Selected Studies in Biodiversity (Estudos Selecionados em Biodiversidade) (ISBN: 978-1-78923-233-2), editado pela IntechOpen.

Mais de metade de todas as espécies descritas são insetos. Prevê-se que o maior risco de extinção e consequente a maior perda de biodiversidade ocorra nos invertebrados, especialmente nos insetos. É esperado que este declínio tenha consequências no funcionamento dos ecossistemas e no bem-estar humano.

Utilizando a metodologia CICES (Common International Classification of Ecosystem Services), foram identificados um total de 73 potenciais indicadores, dos quais 17 correspondem a serviços de Provisão, 27 a serviços de Regulação e Manutenção e 29 a serviços Culturais. Apesar da falta de reconhecimento dos serviços de Provisão e dos serviços Culturais fornecidos pelos insetos, os indicadores encontrados podem ajudar a aumentar o reconhecimento da sua importância, de forma a preservar não só os usos tradicionais como também os usos tecnológicos dos insetos e dos seus serviços.

Os resultados deste estudo vêm ajudar a valorizar e proteger “as pequenas coisas que governam o mundo”, citando o famoso ecólogo Edward O. Wilson.

Capítulo disponível aqui.

Sinopse do livro: descarregar

4/07/2017

O filme “Deriva Litoral – O impacto da erosão Costeira em Portugal”, realizado por Sofia Barata e coproduzido pela Fábrica Centro Ciência Viva e pela Universidade de Aveiro (UA), foi distinguido com o prémio “Documentário de longa metragem” naquela que foi a primeira edição do Paisagens – Festival Internacional de Cinema de Sever do Vouga. O festival teve júri internacional, 30 filmes em competição de 20 países diferentes. 



https://www.youtube.com/watch?v=2tQZRL7W8VA&feature=youtu.be

http://www.noticiasdeaveiro.pt/pt/44824/sever-do-vouga-filme-deriva-litoral-o-impacto-da-erosao-costeira-em-portugal-ve/