A mineração em águas profundas representa riscos significativos para os ecossistemas marinhos, particularmente através da libertação de plumas de sedimentos, metais pesados e acidificação. Visando sulfetos metálicos ricos em manganês, ferro e níquel, essas atividades ameaçam os frágeis sistemas de fontes hidrotermais, ao mesmo tempo que perturbam os ciclos biogeoquímicos, a dinâmica dos sedimentos e as comunidades bentônicas. Durante a expedição MIRAE (2023), liderada pelo Instituto Coreano de Ciência e Tecnologia Oceânica (KIOST), sedimentos e rochas foram coletados de fumaça negra ao longo da dorsal meso-oceânica do Oceano Índico. Testes de toxicidade utilizando espécies tropicais e temperadas, incluindo anfípodes (Tiburonella viscana), embriões de mexilhão (Perna perna), amêijoas (Ruditapes sp.) e o gastrópode Gibbula sp., revelaram impactos graves, como alta mortalidade, anormalidades de desenvolvimento e estresse fisiológico. Ao combinar conhecimentos de estudos de toxicidade e respostas de biomarcadores, esta investigação sublinha a necessidade urgente de uma monitorização ambiental rigorosa, de quadros regulamentares robustos e de práticas sustentáveis para mitigar as consequências ecológicas da exploração mineral em águas profundas. Estas conclusões destacam a importância crítica das abordagens preventivas para salvaguardar os ecossistemas de águas profundas, equilibrando simultaneamente os interesses económicos.