Um grupo de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) desenvolveu um sistema que realiza a gestão de informação para veículos autónomos e conectados (CAV). O sistema desenvolvido analisa em tempo real as condições de tráfego com base num vasto conjunto de dados, permitindo a identificação de situações de vulnerabilidade crítica e a otimização do comportamento de condução dos CAVs. A UA pediu o registo internacional da patente.
A tecnologia desenvolvida promete trazer benefícios significativos em diversas áreas, destacando-se a melhoria da qualidade do ar devido à redução das emissões de poluentes. A otimização dos fluxos de tráfego também é um ponto crucial, pois permitirá uma circulação mais eficiente e menos congestionada nas cidades, além de contribuir para a redução da poluição sonora, resultando em ambientes urbanos mais tranquilos e habitáveis. A segurança rodoviária é outro fator importante que pode ser impactado por esta tecnologia. Com a crescente presença de veículos autónomos e conectados nas estradas, a intervenção humana na condução tende a diminuir, o que pode reduzir significativamente os comportamentos inadequados ao volante, uma das principais causas de acidentes. O sistema desenvolvido visa mitigar esses riscos ao promover um fluxo rodoviário mais sustentável e seguro, contribuindo para a diminuição da sinistralidade nas vias.
Este grupo de investigação multidisciplinar, com membros do Centro de Tecnologia Mecânica e Automação (TEMA) e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), é composto por Jorge Bandeira, responsável pelo projeto, Eloisa Macedo, Paulo Fernandes, Margarida Coelho e Sandra Rafael. Os investigadores destacam que esta tecnologia possui um potencial considerável para transformar o futuro da mobilidade urbana. A possibilidade de criar cidades mais inteligentes e sustentáveis é real e este sistema de gestão de informação para CAVs pode desempenhar um papel fundamental nesse processo.
Dado o potencial global desta tecnologia para melhorar a segurança rodoviária e dos benefícios que pode trazer ao desempenho ambiental da rede automóvel, esta tem sido apresentada em congressos específicos do tema, empresas nacionais e internacionais, e entidades públicas, tendo já despertado interesse em organizações do setor.
Para garantir a proteção dos direitos de propriedade intelectual, esta tecnologia foi alvo de um pedido provisório de patente nacional, tendo-se avançado com a proteção internacional via Tratado de Cooperação de Patentes (PCT), o que permitirá uma proteção alargada da tecnologia em diferentes territórios no futuro.
Texto da notícia no portal da UA, em https://www.ua.pt/pt/noticias/9/88093