A videira é uma das culturas mais plantadas e economicamente mais relevantes a nível global. Em Portugal a viticultura é uma atividade importante que tem vindo a mostrar uma tendência de crescimento nos últimos anos gerando empregos e rendimentos. As doenças do lenho da videira (GTDs) causadas por diversos patogénios fúngicos têm um impacto económico negativo na viticultura ao nível mundial e são também motivo de preocupação para os produtores Portugueses. O género Lasiodiplodia inclui espécies fitopatogénicas que causam doenças num grande número de plantas nos trópicos e sub-trópicos. Recentemente algumas espécies do género, em particular L. theobromae, têm emergido como patogénios agressivos da videira associados a “Botryosphaeria dieback” uma de várias GTDs. Os motivos para tal não são conhecidos mas podem estar relacionados com a introdução da viticultura em novos países, a globalização comercial e consequente disseminação de patogénios, ou mesmo serem resultado das alterações climáticas. Apesar da crescente relevância e impacto do género Lasiodiplodia como agente causador de “Botryosphaeria dieback” pouco se sabe ainda acerca deste patosistema emergente bem como do risco que representa para viticultura ao nível mundial.
O projeto ALIEN pretende abordar as seguintes questões centrais:
-que espécies de Lasiodiplodia ocorrem em Portugal e que problemas causam?
-qual o risco que espécies de Lasiodiplodia representam para as vinhas Portugal?
-como responde a videira à infecção?
-o stress hídrico despoleta a doença?
-que genes/proteínas fúngicos estão envolvidos na virulência/patogenicidade?