Propomos um programa de 4 anos de transferência de conhecimento e networking entre instituições académicas [Universidade de Leicester (Reino Unido), Universidade de Valência (Espanha), Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (Portugal), Universidade de Bolonha (Itália), Universidade de Aveiro (Portugal), Universidade Fudan (China) e Universidade Alfred (EUA)] e parceiros industriais [Teer Coatings Ltd (Reino Unido)]. O objetivo do programa de intercâmbio conjunto proposto é estabelecer uma cooperação de investigação estável a longo prazo entre os parceiros com experiência e conhecimentos interdisciplinares para desenvolver Investigação Multidisciplinar Avançada para a Resistência Antimicrobiana (AMRAMR), incluindo o desenvolvimento de novos nanomateriais e nanoestruturas antibacterianas, novos revestimentos de filmes finos antibacterianos, tecnologia de conversão ascendente e tecnologia fotónica para avaliação do desempenho antibacteriano e da resistência antimicrobiana (AMR). A AMR refere-se à capacidade de microrganismos, como bactérias, vírus, fungos e parasitas, de resistir aos efeitos de fármacos antimicrobianos, tais como antibióticos, antivirais, antifúngicos e antiparasitários. A AMR é uma grave ameaça global à saúde pública que pode levar ao aumento da morbidade, mortalidade e custos de saúde. A Organização Mundial da Saúde declarou que a AMR é uma das 10 principais ameaças globais à saúde pública que a humanidade enfrenta. A pandemia de COVID-19 sublinhou a importância da AMR, uma vez que levou ao aumento da utilização de medicamentos antimicrobianos, especialmente antibióticos, que podem contribuir para o desenvolvimento da AMR. Pessoas com COVID-19 podem desenvolver infeções bacterianas secundárias, como pneumonia, e podem receber prescrição de antibióticos para tratar essas infeções. Contudo, o uso desnecessário de antibióticos pode levar ao surgimento e disseminação de bactérias resistentes, dificultando o tratamento de infeções no futuro.