ImageTox – Detecção automática de microalgas tóxicas através de imagens microscópicas ópticas e hiperespectrais

Coordenador

Alisa Rudnitskaya

Programa

Programa MAR2020

Datas

01/01/2018 - 30/06/2021

Financiamento para o CESAM

211237 €

Financiamento Total

211237 €

“O objectivo principal de projecto é o desenvolvimento de uma tecnologia pouco dispendiosa, sem reagentes e facilmente automatizável para a detecção de HABs.
A implementação desta ferramenta permitirá aumentar o número de amostras analisadas com redução do custo na identificação destas espécies. Poderá assim, ser fornecida informação acerca da presença de algas tóxicas num maior número de pontos de amostragem e com uma maior frequência. O melhoramento da monitorização contribuirá para uma gestão mais efectiva de parte de produtores de aquacultura, permitindo a tomada de medidas preventivas, com diminuição de perdas económicas associadas aos HABs. permitirá aos produtores de peixe e marisco adaptar a sua cultura e práticas de captura atempadamente de modo a reduzir as perdas potenciais.
Esta tecnologia baseia-se na análise estatística de imagens microscópicas ópticas e hiperespectrais de visível-infravermelho. As imagens ópticas a utilizar são as mesmas que se usam actualmente para a detecção de microalgas, no entanto, a interpretação em vez de ser realizada pelo operador será feita através de um algoritmo de reconhecimento de imagens e de um modelo de classificação construído com as amostras previamente caracterizadas. Assim, o sistema proposto funcionará como um “olho artificial”.
As imagens hiperespectrais de visível-infravermelho são obtidas através da aquisição de um espectro na gama de cumprimentos de onda entre 400 – 1100 nm em vários pontos da amostra. A resolução espacial no nível de 1-2 µm permite mapear células de algas que terão tamanhos entre 20 e 100 µm. Deste modo, as imagens hiperespectrais contêm não só informação morfológica sobre a forma das células, mas também informação sobre a cor e composição química espacialmente distribuída . Assim, a diferenciação das espécies de algas pode ser feita não só com base nas diferenças morfológicas, mas também com base nas diferenças de composição química dos diferentes organelos e na presença de toxinas. Uma vez que as câmeras de visível-infravermelho habitualmente utilizadas neste caso são mais dispendiosas, este sistema pode ser utilizado após a análise de imagens ópticas para confirmação no caso de resposta incerta.”

membros do CESAM no projeto

Alisa Rudnitskaya

Investigadora Auxiliar