
O projeto REDRESS tem como objetivo dar um contributo fundamental para os compromissos assumidos pela UE no sentido de restaurar os ecossistemas degradados, especialmente no mar profundo. O projeto fornecerá soluções para identificar prioridades para futuras acções de recuperação, alargará a recuperação do mar profundo a tipos de habitats anteriormente negligenciados e demonstrará a viabilidade, o potencial e o valor para o sucesso da recuperação dos ecossistemas do mar profundo. REDRESS centrar-se-á em habitats com grande potencial para contribuir para o sequestro de carbono e a atenuação das alterações climáticas, mas que foram degradados pela pesca de profundidade, especialmente a pesca de arrasto. Especificamente, serão ecossistemas marinhos vulneráveis, incluindo, jardins e recifes de corais, campos de esponjas e fontes frias. Durante o projeto serão mapeados os habitats degradados e identificados refúgios climáticos de modo a dar prioridade aos esforços de restauração em habitats que se adaptarão a cenários futuros de alterações climáticas. Para adotar e adaptar soluções de ponta tanto para as intervenções de restauração como para a monitorização, REDRESS fará um investimento tecnológico significativo e beneficiará de tempo de navio fornecido pelos diferentes parceiros (136 dias). Os resultados do projeto serão apresentados aos decisores políticos e às autoridades responsáveis pela promoção da recuperação dos ecossistemas no mar profundo. Com base na experiência do projeto MERCES, REDRESS irá além do estado da arte, desenvolvendo novas metodologias, utilizando as mais avançadas tecnologias, definindo indicadores de sucesso e alargando os habitats-alvo também a fontes frias. Os resultados permitirão um avanço significativo na estratégia de recuperação marinha da UE. O projeto fornecerá também dados socioeconómicos, protocolos e ferramentas para planear e aumentar a escala das intervenções de recuperação em habitats de profundidade. Finalmente, REDRESS fornecerá novos conhecimentos sobre as vantagens e os limites da restauração ativa ou passiva em águas profundas, bem como análises de custo-benefício relacionadas com os diferentes habitats de profundidade, apoiando as políticas e os decisores na futura aplicação da Lei da Restauração da Natureza.
Papel de destaque:
Helena Vieira: co-PI na Universidade de Aveiro