ReMoliço – Reabilitação de zonas contaminadas da Ria de Aveiro através da recolonização com moliço

Coordenador

João Pedro Martins Coelho

Programa

Mar2020

Datas

01/01/2019 - 31/12/2021

Financiamento para o CESAM

92122 €

Financiamento Total

92122 €

A implementação da Diretiva Quadro da Água (DQA) impõe limites às descargas de contaminantes para o meio aquático. Deste modo, atualmente os problemas de contaminação de sistemas aquáticos de transição devem-se a processos geoquímicos envolvendo os contaminantes armazenados nos sedimentos. Estes processos resultam na perda de serviços dos ecossistemas, como a perda de valor recreativo, redução de biodiversidade, contaminação das comunidades biológicas e consequentes riscos para a saúde humana. A DQA prevê medidas de reabilitação para as massas de água que não atinjam a boa qualidade química e ambiental, pelo que são necessárias estratégias de recuperação destes ecossistemas historicamente contaminados.
A perceção do declínio mundial das comunidades de ervas marinhas (moliço) originou o desenvolvimento de programas de recuperação destes ecossistemas. As ervas marinhas estabilizam dos sedimentos onde se estabelecem, reduzindo os processos de re-suspensão de sedimentos. A biodiversidade nas planícies de ervas marinhas é também superior à encontrada em sedimentos não colonizados. Estes produtores primários são moderadamente tolerantes à contaminação antropogénica, o que as torna candidatas ideais para a remediação de áreas estuarinas contaminadas.
O objetivo central deste projeto será testar a eficácia na reabilitação de zonas contaminadas em sistemas estuarinos e lagunares através da recolonização com pradarias de ervas marinhas. Os trabalhos serão realizados em zonas da Ria de Aveiro contaminadas por mercúrio e arsénio, onde historicamente existiu uma cobertura dos sedimentos com Zostera noltii (moliço).

membros do CESAM no projeto

Etelvina Figueira

Professora Associada

João Pedro Martins Coelho

Investigador Auxiliar