A exposição MAR PROFUNDO PORTUGUÊS encontra-se no piso inferior da Biblioteca da Universidade de Aveiro até ao dia 26 de junho.

O Oceano cobre mais de 70 % da superfície do nosso planeta mas apenas 5 a 10 % são conhecidos.

Esta exposição faz uma retrospetiva dos pioneiros da oceanografia em Portugal e da progressiva estruturação da investigação nesta área. Também tem informações sobre os mergulhos no mar profundo português e o projeto em curso de extensão da plataforma continental. Para além disso, a exposição sublinha a importância de potenciar o Mar Nacional como condição decisiva para o desenvolvimento do futuro do país.

Esta exposição é uma iniciativa do Ministério do Mar no âmbito da Oceans Meeting 2018 e já esteve em vários locais de Portugal.

O Governo definiu a Capacidade de Carga Humana da Reserva Natural das Berlengas em 550 visitantes por dia e em simultâneo, através da Portaria 355/2019 publicada em Diário da República, 2ª série, de 22 de Maio de 2019. Este número não inclui pessoal de apoio ao turismo, residentes temporários e representantes das autoridades. Esta decisão foi baseada num estudo encomendado em 2010 pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e desenvolvido pelos Professores Henrique Queiroga e João Serôdio (Departamento de Biologia & CESAM, da Universidade de Aveiro).

O estudo realizado pelos investigadores da Universidade de Aveiro propôs quatro valores (entre 240 e 1290) para o número máximo de visitantes diários da ilha principal (incluindo turistas, pessoal de apoio ao turismo, residentes temporários e representantes das autoridades), baseados na combinação de dois cenários de proteção ambiental (alta e baixa) e satisfação dos visitantes (alta e baixa). Todos os cenários respeitaram as limitações impostas do Plano de Ordenamento da Reserva Natural das Berlengas. No entanto, em linha com as recomendações para a implementação e disseminação de boas práticas ambientais, o estudo recomendou um número máximo de 500 visitantes diários, condicionado à requalificação do sistema de tratamento de águas residuais para uma capacidade de 500 equivalentes populacionais.

Considerando a rotatividade média dos diferentes perfis de visitantes, o valor de 550 visitantes em simultâneo pode provavelmente corresponder a mais de 700 pessoas a visitar a Ilha da Berlenga diariamente, número a que se deve adicionar o pessoal de apoio ao turismo, residentes temporários e representantes das autoridades. Isto pode facilmente elevar o número máximo de pessoas na ilha a mais de 900 quando as medidas de controlo da visitação estejam devidamente implementadas. Este número está claramente acima da capacidade do atual sistema de tratamento de águas residuais, que nunca foi requalificado para o valor de 500 equivalentes-populacionais. Ainda assim, este valor representa um progresso moderado relativamente à visitação descontrolada verificada nas últimas duas décadas. Os programas de monitorização da visitação do ICNF atualmente em curso registaram 19 dias com mais de 1000 visitantes por dia durante a estação alta de 2018, e um total de 82.000 visitantes durante todo o ano.

Os investigadores do Departamento de Biologia da UA e do CESAM continuam empenhados em trabalhar com o ICNF, a Câmara Municipal de Peniche, os operadores turísticos, os pescadores e outros parceiros, no intuito de promover a visitação sustentável do Arquipélago das Berlengas, em linha com os objetivos do Plano de Ordenamento e dos Estatutos da Reserva da Biosfera.

O Projeto Cephs and Chefs – Polvos, lulas, chocos, pesca sustentável e chefes teve grande atividade de divulgação neste mês de maio. Nos dias 7 a 9 de maio, a investigadora Cristina Pita (Departamento de Ambiente e Ordenamento & CESAM), esteve presente na Seafood Expo Global 2019, Bruxelas (Bélgica) que constitui a maior feira de comércio ligada ao sector pesqueiro do mundo. A investigadora esteve presente a convite da Xunta de Galicia para apresentar o projeto.
No passado dia 16 de maio, o projeto foi convidado para participar na sessão de abertura da 11ª Quinzena Gastronómica do Polvo da Lourinhã (Portugal). Este evento – dirigido a jornalistas e food bloggers- incluiu apresentações sobre a Quinzena Gastronómica do Polvo da Lourinhã e o valor nutricional do polvo comum e contou com a presença dos investigadores do CESAM Sílvia Monteiro e Fábio Matos para falarem sobre o desenvolvimento de novos produtos de cefalópodes, sustentabilidade do polvo comum, e prospeção de novos mercados e produtos.
No dia seguinte, os investigadores partiram para a Ericeira (Portugal) para a 4ª edição do “Festival do Polvo da Ericeira” que irá decorrer até ao dia 26 de maio. Neste evento, a equipa estabeleceu contacto com restaurantes aderentes à iniciativa para obterem dados para o projeto Cephs and Chefs.
Para além disso, de 17 a 19 de março, a investigadora Cristina Pita participou na Seafood Expo North America 2019, Boston (EUA), a maior exposição focada em comércio de pescado da América do Norte. A investigadora esteve na mesa redonda sobre a Sustentabilidade do Polvo destinada a stakeholders da indústria de pescado onde apresentou os casos de estudo português e espanhol integrados no projeto Cephs and Chefs, no painel relacionado com os esforços de melhoria de pesca.

Investigadores do CESAM do grupo de investigação ABEP – Biologia da Adaptação e Processos Ecológicos, estão na equipa de coordenação dum projeto suportado pelo ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas que pretende colmatar a falta de informação que existe relativamente ao estado de conservação dos mamíferos de Portugal Continental.

As Listas Vermelhas são ferramentas essenciais para uma gestão ativa e eficaz das espécies e habitats. Na última revisão do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal Continental (2005), 28 % dos mamíferos terrestres e marinhos estavam categorizados como Informação Insuficiente. Reconhecendo isto como um problema sério, o projeto “Revisão do Livro Vermelho de Mamíferos em Portugal Continental e contribuição para a avaliação do seu estado de conservação”, tem como objetivo atualizar a informação na distribuição, estado populacional e de ameaça das espécies ao nível da área de distribuição, tipo de ocorrência e clarificação taxonómica dos mamíferos marinhos e terrestres.

O Relatório da Comissão Científica do Programa de Recuperação das Matas Litorais já está disponível na página do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF). Este relatório surge na sequência dos incêndios de outubro de 2017, que devastaram as Matas Litorais, e de um acordo de cooperação entre entidades de investigação e ensino superior com o ICNF. Vários investigadores do CESAM integraram esta comissão em diferentes áreas de atuação, nomeadamente na monitorização e controlo da erosão eólica e hídrica (Jan Jacob Keizer, Oscar González-Pelayo, Sérgio Prats, Diana Vieira), na recuperação de habitats terrestres (Bruna Oliveira, Carlos Fonseca, Isabel Campos, João Puga, Miguel Rosalino, Victor Bandeira), na recuperação de ecossistemas aquáticos e ripícolas (Nelson Abrantes) e na participação pública e sensibilização (Sandra Valente).

O relatório pode ser lido aqui.

A Conferência Internacional em Contaminantes Alimentares: Desafios na Avaliação de Risco (International Conference on Food Contaminants – ICFC 2019) vai decorrer em Aveiro nos dias 26 e 27 de setembro de 2019 e tem vários membros do CESAM nos comités de organização e científico.

Este congresso multidisciplinar constitui um fórum para investigadores internacionalmente estabelecidos mas também investigadores juniores para partilharem conhecimento avançado na área da contaminação alimentar e saúde humana.

O congresso vai incluir palestras principais dadas por investigadores de renome mundial, juntamente com apresentações em póster e orais. Os temas das sessões incluem: 

  • Session 1 – Challenges in risk assessment in foods: new perspectives
  • Session 2 – Human exposure to chemical food contaminants
  • Session 3 – Other agents (microbiological and nutritional) affecting risks
  • Session 4 – Risk-benefit assessment in foods in Europe

Datas importantes

  • Submissão de resumos: 16 jun
  • Registo com desconto: 31 jul
  • Limite de Registo: 17 set

Website do evento aqui.

O grupo de trabalho dedicado à Década da Ciência dos Oceanos (Decade of Ocean Science Working Group) da iniciativa DOSI (Deep-Ocean Stewardship Initiative), co-liderado pela investigadora do CESAM Ana Hilário e Kerry Howell (University of Plymouth, UK), divulgou recentemente no artigo de tomada de posição ‘Deep-Sea Research in the Decade of Ocean Science Mapping the role of the deep ocean in human society’.
Neste artigo, a DOSI compromete-se com o objetivo de mapear e modelar a distribuição de habitats e espécies chave, a conectividade entre populações, a entrega de bens e serviços de ecossistemas pelas espécies e habitats do oceano profundo, e o impacto das atividades humanas até ao fim da década.
O programa de 10 anos proposto vai preencher lacunas graves que existem relativamente às populações do fundo marinho e que serão essenciais para se fazerem previsões fiáveis e robustas que ajudarão na tomada de decisão de assuntos relacionados com a gestão dos oceanos. De facto, pretende-se que o conhecimento científico adquirido durante a Década ajude na tomada de decisões políticas e forneça ferramentas para o uso sustentável do oceano profundo. Para além disso, um grande benefício para a sociedade será o legado de dados que será de acesso livre para as gerações futuras de cientistas e de outros interessados.
O artigo completo aqui.

DOSI pretende integrar ciência, tecnologia, política, lei e economia para aconselhamento na área da gestão dos recursos do oceano profundo e estratégias para manter a integridade destes ecossistemas na jurisdição nacional e internacional.
Mais sobre o projeto DOSI aqui.

Investigadores do CESAM, no âmbito do projeto SMARTBIOR, estudam alternativas às rochas coralinas nos aquários que, muitas vezes, são extraídas ilegalmente de zonas do Indo-Pacífico, colocando cada vez mais em risco os recifes de coral. A proposta é usar casca de ostra, um “resíduo” comum na aquacultura de ostras e que possui ainda um baixo valor acrescentado, como alternativa à rocha coralina.

No seguimento deste estudo, a equipa de biólogos deu vida a um logotipo do CESAM e da Universidade de Aveiro usando as cascas de ostra como substrato que foi povoado por corais tropicais vivos.

A notícia completa aqui.

Mario Heredia Salgado venceu o prémio Espírito Empreendedor em Química Sustentável (Entrepreneurial Spirit in Sustainable Chemistry Award) com a sua start-up Andes. Este prémio foi concedido pelo International Sustainable Chemistry Collaborative Centre (ISC3) pela primeira vez como parte do desafio da Fundação Elsevier ISC3 para a Química Verde e Sustentável (Elsevier Foundation ISC3 Green and Sustainable Chemistry Challenge). Com o projeto vencedor, o aluno desenvolveu um processo para produzir carvão biológico resultante de resíduos da biomassa do setor agrícola para melhorar solos impactados. “Andes” foi criada com base na sua tese de doutoramento em Sistemas Energéticos e Alterações Climáticas orientada pelo Prof. Luis Tarelho. O prémio consiste em 25 000€ e os serviços de apoio da ISC3 às start-ups e foi entregue no dia 06 de maio de 2019 na conferência 4th Green and Sustainable Chemistry Conference em Dresden, na Alemanha.

Mais detalhes sobre este prémio e o trabalho do Marco Salgado aqui (em inglês).

A investigadora Felisa Rey do CESAM & DBio, juntamente com a investigadora Eliana Alves do QOPNA-DQ, Universidade de Aveiro, foram convidadas para serem editoras de um número especial na revista Antibiotics, da editora MDPI (ISSN 2079-6382), com o tópico “Antimicrobial Lipids from Plants and Marine Organisms“. 

As plantas e os organismos marinhos são reservatórios extraordinários de produtos naturais com atividade biológica. A fim de combater o notável aumento da resistência aos agentes antimicrobianos convencionais, torna-se premente descobrir novos compostos com atividade antimicrobiana a partir de fontes naturais que têm estratégias de defesa intrínsecas. Os lípidos incluem uma infinidade de estruturas químicas e têm a capacidade de se adaptar a mudanças ambientais e proteger plantas e organismos marinhos de diferentes stresses ambientais. Várias classes de lípidos obtidas a partir dessas matrizes têm atividade antimicrobiana em diferentes patogénicos humanos. Embora os ácidos gordos livres tenham sido os compostos mais estudados até agora, o imenso mundo dos lípidos como antimicrobianos está longe de ser totalmente explorado. Portanto, é imperativo investigar essas fontes inesgotáveis de lípidos bioativos, e isolar, identificar e caracterizar os compostos com atividade antimicrobiana e avaliar a sua eficiência in vitro e in vivo.

Esta edição especial de “Antibiotics” tem como objetivo reunir os mais recentes trabalhos de investigação em lípidos de origem vegetal e/ou marinha como candidatos promissores a antibióticos e impulsionar novas aplicações biotecnológicas de lípidos na medicina e nas indústrias nutracêutica e farmacêutica.

A submissão de manuscritos encontra-se aberta até 28 de Fevereiro de 2020.