Publicada pela primeira vez em Junho de 2005, a «Wildlife Biology in Practice» (WBP) é a primeira revista portuguesa em formato Open-Acess. Editada pelo Laboratório Associado CESAM e pelo Departamento de Biologia da UA, pela Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem e pelo Departamento de Biologia da UM, esta publicação conta já com 112 173 artigos descarregados até Janeiro deste ano e está indexada em 12 bases de dados internacionais. Actualmente, está em avaliação pelo ISI Thompson para atribuição de um “Impact Factor”, métrica que reflecte o impacto que os artigos publicados numa revista têm na Comunidade Científica internacional. Já com quatro números publicados em oito volumes, a WBP foi criada com um conceito editorial em forte expansão, apostando nas novas tecnologias digitais que permitem o acesso a um maior número de potenciais leitores possível. O balanço destes primeiros quatro anos de existência não podia ser melhor, segundo o Prof. Amadeu Soares, do CESAM/Departamento de Biologia da UA. «Os números falam por si. Em apenas quatro anos, a WBP já publicou 49 artigos, provenientes de 17 países (EUA com 13 artigos, seguido de Portugal com nove e Espanha com oito, tendo em 2008 sido visitada por cerca de 13 mil investigadores, uma média de 30 visitas por dia, num total de 60 517 páginas visualizadas. Os visitantes são provenientes de 52 países com especial destaque para Portugal, EUA, Brasil, Reino Unido e Canadá». Integrando artigos que abordam as temáticas relacionadas com técnicas, gestão, conservação, educação, censos populacionais, fisiologia e doenças em vida selvagem, interacção Homem – vida selvagem e ordenamento e gestão de recursos faunísticos e dos seus habitats, a publicação está indexada em 12 bases de dados – «Scopus», «PkP – Public Knowledge Project», «EBSCO A-to-Z», «MedBioWorld», «Ulrich’s Periodicals Directory», «Td–Net – Swiss Academy of sciences», «Open J-Gate», «New Jour – Electronic Journals and Newsletters», «DOAJ – Directory of Open Access Journals», «OAIster», «Scholar Google» e «Zoological Records». A WBP surge, ainda, nas buscas dos principais motores de busca, encontrando-se referenciada e incluída nos catálogos online de dezenas de bibliotecas universitárias internacionais, no ISI Master Journal List e na capa da brochura do Public Knowledge Project (PKP). A revista pode ser consultada em http://socpvs.org/journals/index.php/wbp
Categoria: Notícias
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) acaba de anunciar o financiamento de um projecto de investigação do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA, que visa a remediação de áreas mineiras de extracção de urânio e de fosfatos. Este projecto, a iniciar em Fevereiro deste ano, conta com a parceria de instituições académicas e empresariais de Portugal, Alemanha, Tunísia e Marrocos. O projecto, que irá ser levado a cabo por uma equipa de ecotoxicologistas, químicos, microbiólogos e fisiologistas vegetais, coordenada por Ruth Pereira, investigadora auxiliar do CESAM, durante os próximos três anos, visa estudar comunidades bacterianas, resistentes a metais e radionuclídeos, que vivem em simbiose com as raízes de plantas tolerantes a estes contaminantes. O objectivo desta investigação é o de explorar as interacções entre plantas e bactérias resistentes para favorecer a reflorestação de zonas mineiras abandonadas, onde outrora foi levada a cabo a exploração de urânio e de fosfatos. Desta forma, pretende reduzir-se a mobilidade dos contaminantes e simultaneamente a toxicidade dos solos. Assim, através da reflorestação das zonas mineiras, entre outras medidas de remediação, prevê-se a reposição de alguns dos serviços ecológicos fornecidos pelos ecossistemas afectados. A investigação levada a cabo neste projecto será aplicada em campo, sobretudo em áreas mineiras localizadas na Tunísia (Sfax) e Marrocos (Beni-Mellal), com a estreita colaboração de empresas mineiras destes dois países e ainda de Portugal. O projecto aposta também na formação intensiva de jovens investigadores, de todos os países participantes, de forma a promover as mesmas possibilidades de acesso ao conhecimento, e no reforço das relações entre os países da NATO e os países do «Diálogo Mediterrâneo». Colaboram também neste projecto outros professores e investigadores do Departamento de Biologia da UA e da unidade de investigação CESAM, nomeadamente os professores Fernando Gonçalves e Sónia Mendo, os investigadores auxiliares Newton Gomes e Isabel Lopes e alguns membros do IMAR – Coimbra Interdisciplanary Centre. Mais informaçoes sobre o projecto ESTA NOTÍCIA NOS MEDIA: DIÁRIO DE NOTÍCIAS FÁBRICA DE CONTEÚDOS
Através de um inovador trabalho de investigação financiado pelo 6º Programa Quadro para Investigação da União Europeia, um grupo de investigadores do Laboratório Associado CESAM e do Departamento de Biologia da UA veio demonstrar que os modelos utilizados para avaliação toxicológica dos poluentes resultantes das actividades antropogénicas não conseguem prever adequadamente os efeitos das misturas de químicos em ecossistemas aquáticos. A importância destas conclusões mereceu destaque, recentemente, no serviço noticioso da Direcção Geral do Ambiente da União Europeia numa das suas publicações sobre ambiente. Desenvolvido no âmbito do projecto integrado NoMiracle, que conta com 38 parceiros de 17 países, este projecto permitiu à equipa de investigação do CESAM testar dois químicos poluentes – o cádmio e o carbendazim – de entre a enorme variedade de stressores a que são expostos os organismos vivos. Enquanto o cádmio é um metal proveniente dos resíduos industriais e dos efluentes das minas, o fungicida carbendazim é utilizado na agricultura. De forma a estudar o efeito da mistura destes dois químicos em condições variáveis de oxigénio dissolvido na água, foi desenvolvido trabalho experimental com pulgas de água (Dáfnias) tendo-se verificado que os efeitos dos poluentes eram potenciados. Estes resultados contrariam os modelos tradicionais de avaliação de misturas em sistemas aquáticos segundo os quais a toxicidade da combinação de dois stressores será igual à soma da toxicidade individual de cada stressor ou igual ao modelo de acção independente, onde a probabilidade de toxicidade causada por um stressor é independente da probabilidade de toxicidade do stressor co-existente. O serviço noticioso «Science for Environment Policy» tem por objectivo dar visibilidade às aplicações que a investigação científica pode ter na resolução dos problemas ambientais. Cobrindo 20 temas no domínio do ambiente, com cerca de 9 mil subscritores, o serviço é gerido pela Unidade de Comunicação de Ciência da Universidade de Bristol, no Reino Unido, e financiado Programa Quadro para Investigação da UE. Já por várias vezes o trabalho de investigadores do CESAM foi divulgado pelo «Science for Environment Policy». No espaço de um ano foram quatro as referências feitas por este conceituado serviço noticioso sobre ambiente. Em Novembro de 2007 era noticiado um estudo no domínio da poluição atmosférica em ambiente urbano, desenvolvido no Departamento de Ambiente e Ordenamento. Do mesmo Departamento, é divulgado um estudo em Fevereiro deste ano, sobre a sustentabilidade da indústria do papel. Em Setembro de 2008, surge esta referência à investigação em ecossistemas aquáticos, desenvolvida no Departamento de Biologia. Finalmente, em Novembro de 2008, mereceu destaque um trabalho que envolveu investigadores do Departamento de Biologia e da Universidade do Porto (laboratório associado CIMAR), sobre o risco de espécies exóticas para os rios portugueses. Para mais informações, consultar: http://www.cesam.ua.pt/susanaloureiro http://ec.europa.eu/environment/integration/research/research_alert_en.htm ESTA NOTÍCIA NOS MEDIA: NOTÍCIAS RTP CIÊNCIA HOJE VISÃO ONLINE JORNAL DE NOTÍCIAS O PRIMEIRO DE JANEIRO CORREIO DA MANHÃ NOTÍCIAS DA MANHÃ DIÁRIO DAS BEIRAS DIÁRIO DE AVEIRO DIÁRIO DIGITAL IOL DIÁRIO PORTUGAL ZONE NEWSTIN
As já “famosas” actividades de estudo de conservação e gestão de vida selvagem, levadas a cabo pelo investigador do CESAM, Prof. Doutor Carlos Fonseca, são uma vez mais alvo de destaque na imprensa, desta vez no periódico Diário das Beiras. O recente curso sobre métodos de censo e dinâmica populacionais de grandes herbívoros é o mote para o artigo em que à Serra da Lousã é atribuído o epíteto de “Laboratório Vivo” da Universidade de Aveiro. NOTÍCIA COMPLETA
O trabalho de investigação que o Laboratório de Ecologia Marinha e Ambiental (LEME) da UA está a levar a cabo nos vulcões de lama do Golfo de Cádiz mereceu destaque, esta Quarta-feira, 10 de Dezembro, na edição online da National Geografic. Os estudos desenvolvidos permitiram revelar uma extraordinária diversidade de Frenulata (20 espécies diferentes). Duas novas espécies foram já descritas – Bobmarleya gadensis e Spirobrachia tripeira – e só no último cruzeiro pelo menos mais três espécies novas foram descobertas, incluindo a “Medusa worm” referida na National Geographic News. O estudo da ocorrência de vulcões de lama, fontes frias, libertação de hidrocarbonetos e hidratos de gás no Golfo de Cádis começou há cerca de uma década e apesar de até agora terem sido focados essencialmente aspecto geológicos e/ou geofísicos, em 2000 deu-se início a uma amostragem biológica que desde então tem sido continuada. Durante os últimos três anos especial atenção foi dada ao estudo dos Siboglinideos presentes nos vulcões de lama. Para além do material colhido em campanhas anteriores, diversas campanhas realizadas de 2006 a 2009 no âmbito do projecto HERMES (www.eu-hermes.net) e também do programa TTR (Training Through Research) permitiram novas recolhas de material fresco. Siboglinidae é uma família de poliquetas endémica de ecossistemas quimiossintéticos e alguns dos seu membros – os Vestimentiferos – tornaram-se emblemas da investigação realizada nestes ecossistemas. Os Frenulata, apesar da sua importância ecológica e evolutiva, devido ao seu pequeno tamanho e dificuldade de colheita, têm sido muito menos estudados. O trabalho implementado pelas investigadoras da UA, Marina Cunha, Ana Hilário e Clara Rodrigues, em colaboração com membros do Departamento de Geociências, nomeadamente com o investigador, Luís Pinheiro, nos vulcões de lama do Golfo de Cadiz revelou uma extraordinária diversidade de Frenulata (20 espécies diferentes) e apresenta uma oportunidade única para estudar este elusivo grupo de animais. Duas novas espécies foram descritas – Bobmarleya gadensis e Spirobrachia tripeira – e só no último cruzeiro (TTR17) pelo menos mais três espécies novas foram descobertas. O artigo da National Geografic pode ser lido em http://news.nationalgeographic.com/news/2008/12/081209-medusa-worm.html ESTA NOTÍCIA NOS MEDIA: DIÁRIO DE NOTÍCIAS
O investigador do CESAM, Juan António Añel, da Linha da Qualidade da Atmosfera, grupo de Meteorologia e Climatologia, foi distinguido com o prémio de Estímulo à Investigação, atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian. O projecto de investigação premiado tem por título ‘’Sinais de alteração climática na largura da região tropical e na intensidade da circulação de Brewer-Dobson’’, e insere-se no âmbito dos estudos sobre a tropopausa e o acoplamento troposfera-estratosfera que têm vindo a ser realizados já há alguns anos, pelos membros do grupo deMeteorologia e Climatologia, sob a coordenação do Prof. Dr. José M. Castanheira
MAR E AMBIENTE DE MÃOS DADAS
NA UNIVERSIDADE DE AVEIRO 300 INVESTIGADORES TRABALHAM NO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PROJECTOS PARA APROVEITAR TODAS AS POTENCIALIDADES DO MAR
À beira-mar plantada e rodeada de água por quase todos os lados, resultado da proximidade da ria, seria pouco provável que a Universidade de Aveiro escapasse à investigação que envolve o mar. São diversos os departamentos da instituição de ensino envolvidos em estudos a ele ligados, mas a grande maioria dessas investigações estão associadas ao CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro. Trata-se de uma das unidades de I&D do Instituto de Investigação da Universidade de Aveiro que tem, desde 2005, estatuto de Laboratório Associado, atribuído pelo Ministério da Ciência, Inovação e Ensino Superior. Em termos de investigação, o CESAM trabalha em cinco grandes linhas de actuação. Em causa estão a qualidade da atmosfera, química analítica e ambiental, ecotoxicologia e biologia do stress, ecossistemas marinhos e modelação e gestão integrada de bacias hidrográficas. O centro integra membros de cinco departamentos da Universidade (Ambiente, Biologia, Física, Geociências e Química), sendo composto por mais de 300 investigadores, dos quais 108 são doutorados, a desenvolver investigação na área do ambiente Costeiro e Marinho. O laboratório tem como principais atribuições criar e divulgar novos conhecimentos científicos nas suas áreas de trabalho, desenvolver e promover programas de formação e de investigação e contribuir para a resolução de problemas ambientais à escala regional e global. Em causa estão ainda a gestão integrada da zona costeira portuguesa e a prestação de serviços especializados na área do ambiente costeiro. De entre as dezenas de projectos que o laboratório tem em curso, ficam dois exemplos de peso. Projecto MVSEIS Descobrir petróleo em profundidade Trata-se de uma investigação em vulcanismo de lama, hidratos de gás e estruturas associadas ao escape de fluidos ricos em hidrocarbonetos na margem sul portuguesa e Golfo de Cádiz. Nos vários cruzeiros efectuados pela equipa de investigadores foram recuperados hidratos de gás e detectadas inúmeras ocorrências de gás termogénico, associadas a ocorrências de petróleo em profundidade. A coordenação do projecto está a cargo do professor Luís Menezes (Universidade de Aveiro) e a equipa envolve geólogos, geofísicos, geoquímicos, biólogos e microbiólogos dos diversos países envolvidos (Portugal, Espanha, França e Bélgica). O MVSEIS, que decorre até 2009, conta com um financiamento de 220 mil euros da Fundação Europeia da Ciência. Projecto HERMES Pesquisa de ecossistemas nas margens dos mares O projecto HERMES (sigla de Hotspot Ecosystem Research on the Margins of European Seas) visa aumentar o conhecimento da biodiversidade, estrutura e funcionamento dos ecossistemas da margem continental europeia, para que sejam tomadas as melhores decisões a nível de política oceânica. As áreas de estudo estendem-se desde o Árctico ao Mar Negro, incluem os taludes continentais e os focos de biodiversidade como fontes de fluidos frios ricos em hidrocarbonetos, recifes de coral profundo, desfiladeiros submarinos e ambientes anóxicos, onde os factores geológicos e a circulação oceânica assumem uma influência determinante no desenvolvimento dos ecossistemas. Os resultados do projecto serão integrados na primeira estrutura pan-europeia de um Sistema de Informação Geográfica abrangente. A base de dados permitirá prever alterações na biodiversidade, contribuindo para a definição da melhor Política Europeia Integrada de Governança dos Oceanos. Marina Cunha é a investigadora responsável pelo projecto, que decorre até Março do próximo ano, e contou com um financiamento de 15 milhões de euros da Comissão Europeia, 113 mil concedidos à Universidade de Aveiro.