A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) acaba de anunciar o financiamento de um projecto de investigação do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA, que visa a remediação de áreas mineiras de extracção de urânio e de fosfatos. Este projecto, a iniciar em Fevereiro deste ano, conta com a parceria de instituições académicas e empresariais de Portugal, Alemanha, Tunísia e Marrocos. O projecto, que irá ser levado a cabo por uma equipa de ecotoxicologistas, químicos, microbiólogos e fisiologistas vegetais, coordenada por Ruth Pereira, investigadora auxiliar do CESAM, durante os próximos três anos, visa estudar comunidades bacterianas, resistentes a metais e radionuclídeos, que vivem em simbiose com as raízes de plantas tolerantes a estes contaminantes. O objectivo desta investigação é o de explorar as interacções entre plantas e bactérias resistentes para favorecer a reflorestação de zonas mineiras abandonadas, onde outrora foi levada a cabo a exploração de urânio e de fosfatos. Desta forma, pretende reduzir-se a mobilidade dos contaminantes e simultaneamente a toxicidade dos solos. Assim, através da reflorestação das zonas mineiras, entre outras medidas de remediação, prevê-se a reposição de alguns dos serviços ecológicos fornecidos pelos ecossistemas afectados. A investigação levada a cabo neste projecto será aplicada em campo, sobretudo em áreas mineiras localizadas na Tunísia (Sfax) e Marrocos (Beni-Mellal), com a estreita colaboração de empresas mineiras destes dois países e ainda de Portugal. O projecto aposta também na formação intensiva de jovens investigadores, de todos os países participantes, de forma a promover as mesmas possibilidades de acesso ao conhecimento, e no reforço das relações entre os países da NATO e os países do «Diálogo Mediterrâneo». Colaboram também neste projecto outros professores e investigadores do Departamento de Biologia da UA e da unidade de investigação CESAM, nomeadamente os professores Fernando Gonçalves e Sónia Mendo, os investigadores auxiliares Newton Gomes e Isabel Lopes e alguns membros do IMAR – Coimbra Interdisciplanary Centre. Mais informaçoes sobre o projecto ESTA NOTÍCIA NOS MEDIA: DIÁRIO DE NOTÍCIAS FÁBRICA DE CONTEÚDOS