A parceria Europeia PRIMA visa promover abordagens conjuntas de investigação e inovação entre os Estados participantes, com um enfoque regional na região do Mediterrâneo, a fim de melhorar a disponibilidade de água, a agricultura sustentável e a produção alimentar sustentável numa região fortemente afetada pelas alterações climáticas, pela urbanização e pelo crescimento demográfico. Em breve estará aberto o convite à apresentação de propostas no âmbito desta parceria, sendo esperado o financiamento de trinta projetos/ações que devem seguir a “Abordagem Multi-Ator”. O Programa de Trabalho do PRIMA 2024 está estruturado em 2 secções:

  • Secção 1 – Ações e atividades organizadas, geridas e financiadas pela parceria EU PRIMA com fundos da UE, de acordo com as Regras do programa Horizonte 2020 – Focadas apenas em Ações de Inovação (IAs) que visam demonstrar a validação de modelos tecnológicos ou organizacionais e a sua replicação no mercado. As IAs devem incluir atividades que visem diretamente a produção de planos ou desenhos para produtos, processos ou serviços novos, alterados ou melhorados. Nesta secção haverá também um concurso “PRIMA Woman Greening Food Systems Award in Mediterranean Region”.
  • Secção 2 – Ações e atividades organizadas pela parceria EU PRIMA e financiadas pelas entidades financiadoras nacionais representantes desta parceria (em Portugal: FCT) – Focadas apenas em Ações de Investigação e Inovação (RIAs) com o objetivo de explorar novas áreas e tecnologias para fazer avançar a investigação e inovação nas áreas científicas da parceria. Nesta secção cada entidade representante nacional define os limites de financiamento para cada proposta, sendo que a FCT atribuiu aos concursos desta secção 1 192 500€. A FCT lançará este concurso na próxima semana.

Ambas as secções possuem um concurso por cada uma das 3 Áreas Temáticas:

Área Temática 1 – Gestão da água no Nexus

Área Temática 2 – Sistemas Agrícolas no Nexus

Área Temática 3 – Cadeia de valor alimentar no Nexus

Os concursos da parceria EU PRIMA serão organizados de acordo com um processo de apresentação de propostas em duas fases. Para a primeira fase, deve ser apresentada uma pré-proposta (máximo de 10 páginas) até 2 de abril para os projetos da Secção 1 e 4 de abril para os projetos da Secção 2. Os candidatos selecionados na primeira fase serão convidados a apresentar a proposta completa (máximo de 50 páginas) até 24 de setembro para os projetos da secção 1 e 26 de setembro para os projetos da secção 2.

Países elegíveis: Estados-Membros da União Europeia (UE): Croácia, Chipre, França, Alemanha, Grécia, Itália, Luxemburgo, Malta, Portugal, Espanha e Eslovénia. Inclui os Países e Territórios Ultramarinos ligados a estes Estados-Membros.

Os seguintes países terceiros associados ao Horizonte 2020 (CA): Israel, Tunísia e Turquia.

Os países terceiros não associados ao Horizonte 2020 que celebraram acordos internacionais de cooperação científica e tecnológica que estabelecem os termos e condições da sua participação no PRIMA: Argélia, Egipto, Jordânia, Líbano e Marrocos.

NOTA: Há condições específicas para a constituição dos consórcios.

Duração dos projetos: A duração máxima é de 36 meses.

Tópicos, impactos esperados e orçamento disponível: A informação sobre os tópicos disponíveis em cada secção e países elegíveis, bem como o orçamento disponível e os impactos esperados por tópico, podem ser consultados na folha Excel em anexo.

Materiais de apoio

Aqui encontrar a gravação do dia informativo do PRIMA (16 de janeiro de 2024) e aqui as apresentações.

Recomenda-se que consulte o programa de trabalhos preliminar para 2024, se estiver a pensar candidatar-se.

Encontre parceiros para as suas ideias de projeto entre as organizações registadas no portal PRIMA. Registe-se também!

Por favor, envie um e-mail para cesam-gesciencia@ua.pt se pretender apoio no processo de candidatura.

Ana Sousa, investigadora CESAM/DBio, é co-autora de um artigo publicado na prestigiada revista “Nature Sustainability” intitulado “Enabling Conservation Theories of Change“. Este trabalho foi desenvolvido no âmbito do projeto GLOW, coordenado pela Universidade de Griffith, Austrália (Prof. Rod Connolly) e no qual a  Universidade de Aveiro atua como instituição parceira no projeto, sob a coordenação da investigadora Ana Sousa.

O estudo apresentado no artigo tem como objetivo responder aos desafios da coordenação internacional para a conservação e sustentabilidade dos ecossistemas globais, alinhado com o Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal (KM-GBF), com o qual 196 países se comprometeram. O estudo, publicado na “Nature Sustainability”, desenvolveu uma estrutura que traduz uma Teoria de Mudança à escala global em teorias específicas para um ecossistema a nível nacional, e destaca a identificação de “perfis facilitadores” multinacionais para a conservação, exemplificando a sua aplicação em estudos de caso específicos de ecossistemas de carbono azul, como mangais, sapais e pradarias marinhas. A estrutura de “perfis facilitadores”, ao considerar as condições socioeconómicas e políticas de cada país, oferece recomendações específicas para ações de conservação, visando contribuir para a operacionalização e sucesso global do KM-GBF e atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável.

Para uma visão mais detalhada sobre este trabalho, assista ao vídeo disponível aqui.

O projeto “CCforBio – Conservation corridors in woodlands: A win-win for biodiversity, wood production, and carbon sequestration”, coordenado pela investigadora Bruna Oliveira (CESAM/DAO), foi distinguido com o Prémio Fundação Belmiro de Azevedo 2023. Este prémio, dedicado à conservação, restauro e monitorização da biodiversidade em Portugal, reconheceu a investigadora como uma das duas vencedoras, atribuindo ao projeto um total de 207.698,00€.

Num concurso com uma taxa de aprovação de apenas 4,5%, o projeto apresentado por Bruna Oliveira, em colaboração com o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e o Centro PINUS, obteve a extraordinária classificação de 8,97 em 9,00. Juntamente com os membros integrados do CESAM, Sofia Corticeiro (CESAM/DAO), Paula Maia (CESAM/DBio), João Puga (CESAM/DAO), Luís Tarelho (CESAM/DAO), Peter Roebeling (CESAM/DAO) e os alunos de doutoramento do CESAM Diana Rodrigues e Tiago Silva, Bruna Oliveira liderará um projeto cujo objetivo é apoiar a criação e manutenção de corredores de conservação em áreas de produção de madeira, com base em evidências científicas.

O projeto procura alterar a perceção das florestas, destacando não apenas o seu valor como fonte de madeira, mas também como locais que prestam outros importantes serviços ecossistémicos, como habitat para espécies vegetais e animais nativas, sequestro de carbono e oportunidades de recreio.

O Prémio Fundação Belmiro de Azevedo é uma iniciativa resultante de uma parceria entre a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e a Fundação Belmiro de Azevedo (FBA). Este visa promover projetos de notável mérito e impacto, a nível nacional e internacional, no âmbito da conservação, restauro e monitorização da biodiversidade em Portugal.

Texto por: CESAM em colaboração com Bruna Oliveira

O projeto A-AAGORA acaba de lançar a página web nacional do demonstrador português da Região Centro, disponível em http://a-aagora.web.ua.pt.

O site apresenta as atividades a desenvolver, seguindo uma abordagem de Living Lab, que envolve empresas, administração local e regional e cidadãos, na busca de soluções baseadas na natureza, para conservação e restauro dos ecossistemas marinhos e costeiros.

As soluções são testadas, monitorizadas e validadas na Ria de Aveiro, para depois serem alargadas a toda a área de demonstração, a Zona Costeira da Região Centro.

A equipa da Demo PT é liderada pela Universidade de Aveiro em conjunto com a CCDRC, e conta como parceiros com a Agência Portuguesa do Ambiente, o Porto de Aveiro, o Porto da Figueira da Foz, a CIRA, o IPMA, a PRIO e a STRIX. Uma equipa multidisciplinar constituída para implementar soluções nas áreas da descarbonização, restauro de pradarias de ervas marinhas, alerta e proteção da orla costeira, proteção e restauro do sistema dunar e transformação de portos e marinas em berçários para restauro da biodiversidade.

Por se pretender o maior envolvimento dos cidadãos e capacitação para a monitorização local, surgiu a necessidade de ter um site do projeto em língua portuguesa, que seja mais próximo e acessível à comunidade local envolvida. Aqui, os interessados podem encontrar notícias e eventos relacionados com o demonstrador da Região Centro, envolver-se na comunidade de prática do A-AAGORA e participar do Living Lab. O site também dá informação institucional sobre o projeto a nível europeu, apresenta os outros demonstradores na Irlanda e na Noruega, e faz a ligação à Missão Restaurar os nossos Oceanos e Águas até 2030.

Texto por: Dionísia Laranjeiro

No dia 5 de janeiro, os membros do CESAM reuniram-se no auditório Renato Araújo da Universidade de Aveiro para discutir sobre o futuro da investigação em Portugal, com foco especial no Programa FCT Tenure.

Nesta reunião, bastante participada, o coordenador científico do CESAM, professor Amadeu Soares, destacou que o FCT Tenure é mais um mecanismo de emprego científico que pretende mitigar a precariedade dos investigadores, através da contratação, sem termo, de Investigadores e Docentes, com uma comparticipação inicial da FCT nos encargos salariais. No caso dos investigadores, a FCT comparticipa nos primeiros 6 anos, numa média de 50% dos custos totais, implicando um comprometimento orçamental da UI após o sétimo ano, o que limita, naturalmente, o número de posições oferecidas a investigadores, considerando a futura sustentabilidade financeira do CESAM. O professor Amadeu Soares mencionou ainda as vantagens das cátedras não académicas, ao abrigo deste mesmo programa FCT Tenure.

Finda a reunião foram apresentados os votos de um novo ano promissor a todos os membros do CESAM, reforçando o compromisso mútuo com a excelência na investigação e no avanço do conhecimento científico.

Texto por: CESAM

Este é um momento especial para celebrarmos o ano que termina, recordando as conquistas e aprendizagens e, sobretudo, agradecendo aos nossos membros o esforço, dedicação e valiosas contribuições para o contínuo progresso do CESAM.

“A todos os nossos membros, que continuem a explorar os diversos caminhos que conduzem a um mesmo propósito: o fortalecimento da nossa comunidade. Boas festas!” – Professor Amadeu Soares (Coordenador Científico do CESAM)

A investigadora do CESAM/DBIO, Mariana Pinho, foi uma das cinco investigadoras com candidaturas aprovadas no âmbito do concurso do Observatório Social da Fundação “la Caixa” para apoio a projetos de investigação, sobre o impacto social das alterações climáticas em Portugal.

A proposta intitulada “Climate Anxiety: a mechanism for change?” pretende avaliar a prevalência e o impacto da ansiedade climática na sociedade portuguesa, explorar como esta pode ser abordada de forma adequada e influenciar comportamentos pró-ambientais.

O objetivo do concurso do Observatório Social da Fundação “la Caixa” pretende impulsionar a criação de conhecimento sólido que contribua para dar uma nova luz sobre o impacto social das alterações climáticas em Portugal, apoiando projetos de investigação na área das Ciências Sociais.

A equipa responsável pelo Demonstrador Português do projeto A-AAGORA organizou um workshop participativo na região Centro, que se realizou em três momentos, nos dias 6, 13 e 20 de novembro em Aveiro, Peniche e Figueira da Foz, respetivamente. As sessões foram dinamizadas pela Universidade de Aveiro e pela CCDRC, com o apoio da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro e da Associação do Porto de Aveiro.

As sessões tiveram um formato semelhante: uma sessão de abertura para apresentação do projeto A-AAGORA e objetivos do workshop; sessões paralelas onde, em pequenos grupos, os participantes discutiram as atividades com impacto nos ecossistemas marinhos e costeiros da região; sessão de apresentação dos resultados de cada grupo a todos os participantes.

Para terminar, numa segunda sessão paralela, cada grupo selecionou dois fatores com maior impacto negativo nos ecossistemas marinhos e costeiros da região, sendo os mais mencionados a poluição, as alterações climáticas e a erosão costeira.

No total, reuniram-se 55 atores chave da região centro, incluindo representantes da administração pública setorial, municípios e juntas de freguesia, indústria e pequenas empresas, organizações não governamentais e autoridade marítima, juntando diferentes perfis, ligados ao desporto, turismo, economia, gestão e engenharia, bem como pescadores, professores, técnicos de museologia, ativistas e residentes.

Estes workshops servem como uma plataforma para interagir com a comunidade local costeira e compreender as suas necessidades, opiniões, preocupações e experiências da região, informação essencial para a prossecução dos objetivos do projeto A-AAGORA.

Para mais informação, consulte os DESTAQUES A-AAGORA

Texto por: Dionísia Laranjeiro

No dia 13 de Dezembro, em Vigo, realizou-se a primeira reunião do projeto “CAPTA – Neutralidade climática: papel do Carbono Azul na Costa de Portugal e Galiza”, coordenado pelo CETMAR-Centro Tecnológico do Mar, de Vigo. Ana Sousa, investigadora do CESAM/DBio e coordenadora do projeto na Universidade de Aveiro, marcou presença na reunião em representação da equipa da Universidade de Aveiro, que integra investigadores do Departamento de Biologia e Departamento de Física.

O consórcio, com 11 parceiros da Galiza e de Portugal, reuniu-se para dar início ao trabalho e contribuir para a avaliação do papel do Carbono Azul na costa de Portugal e da Galiza, em ecossistemas de carbono azul (pradarias marinhas e sapais), de modo a contribuir para a adaptação climática e neutralidade carbónica. O projeto terá a duração de 3 anos e é co-financiado pela União Europeia, no âmbito do programa Interreg Espanha-Portugal (POCTEP).

O colóquio “Proteger a Nossa Abelha”, realizado em Santa Maria da Feira no dia 13 de dezembro, teve como principal objetivo proporcionar conhecimento aos participantes para salvaguardar as suas colmeias, com especial ênfase na ameaça representada pela vespa asiática. A investigadora CESAM/DBio, Olga Ameixa, desempenhou um papel ativo durante o colóquio, através de uma apresentação intitulada “Biologia e Ecologia da Vespa velutina nigrithorax (Hymenoptera: Vespidae)” onde falou sobre o histórico da invasão da espécie na Europa e em Portugal, sobre a ecologia e biologia da espécie e sobre a necessidade de distinguir a Vespa Velutina de outras espécies de vespas e abelhas.

A iniciativa, promovida pela Cooperativa Agrícola da Feira, São João da Madeira, Gaia e Espinho, teve também como intuito divulgar informações sobre os apoios disponíveis para os apicultores no ano de 2024 e assinalou também o estabelecimento da secção apícola da cooperativa, destinada a prestar apoio técnico, auxílio a candidaturas a apoios e abordar outras questões pertinentes para os apicultores locais.

Neste evento estiveram presentes representantes da Proteção Civil de Santa Maria da Feira e da Proteção Civil de São João da Madeira, um representante da FENAPICOLA e a associação Nativa o que realça a importância da colaboração de diversas partes interessadas na proteção das abelhas e no combate à vespa velutina.