Votos de um bom natal e um excelente ano de 2023 para todos

“(…) Em Portugal, o pinheiro bravo (Pinus Pinaster) tornou-se a nossa Árvore de Natal, mas nem sempre foi assim. Pelo mundo fora, de acordo com as características do terreno, do clima e tendo em conta as espécies mais comuns, há outras árvores que se destacam como a Árvore de Natal. (…) Na Europa [por exemplo] a Árvore de Natal mais comum parece ser o Abeto-do-cáucaso (Abies nordmanniana) (…)” Todo o texto aqui 

More info on Pinus Pinaster here 
More info on Abies nordmanniana here

O coordenador científico do CESAM, Amadeu Soares, escreveu na plataforma Florestas.pt sobre a investigação florestal produzida no nosso centro:

“(…) O CESAM reconhece a floresta como um sector da maior importância para Portugal e é um dos poucos Laboratórios Associados cuja atividade promove os três grandes pilares da sustentabilidade: económico, social e ambiental. (…)”

Pode ler o artigo de opinião aqui

The ICARUS project won the first edition of the ‘Science with Art – CICA’ award promoted by CESAM.
The prize aims to finance the creation of art pieces that express the intervention areas of our centre.

Amadeu Soares, the coordinator of CESAM, says this prize “distinguishes an original way of raising public awareness of climate change and the biodiversity that is hidden from our eyes, simultaneously the most important, given the function it performs, and the most fragile

Johannes Goessling, a researcher at CESAM and the Department of Biology, led the team that included researchers João Serôdio, Silja Frankenbach, Alexandra Bastos and Vera Cardoso, all from CESAM and the Department of Biology, as well as the artist Francisca Rocha Gonçalves, artist and researcher at the University of Porto. This team has developed ice sculptures on a metric scale, which mimic the microscopic shells of microscopic algae – diatoms – to make them visible to the naked eye.

For more information, consult here
For more information on the ICARUS project, consult here

[content only available in Portuguese, here]

In an interview for the newspaper Público, our researcher João Miguel Dias (CESAM/DFIS) addresses climate scepticism and the platform Twitter.

The interview can be read here (only in Portuguese)

A reportagem do jornal Público, ‘No estuário do Tejo capturam-se aves para aprender com elas’, acompanhou uma equipa de investigadores numa noite de captura e anilhagem de aves no âmbito do doutoramento do nosso aluno João Belo. Como referido na reportagem: “A informação que daí sairá, permitirá a João perceber os movimentos das aves dentro do estuário do Tejo e, cruzando esses dados com outros recolhidos pelo biólogo, espera-se perceber se elas estão a utilizar as melhores áreas de alimentação e, caso não estejam, porquê”.

José Alves, investigador principal e orientador do trabalho de João Belo, explica, também nessa reportagem, que os dispositivos GPS colocados para a investigação de carácter mais local do João servem também para ser utilizados no estudo da conectividade migratória. À comunicação do CESAM, José Alves reforça ainda a ideia de que “É fundamental comunicar a nossa investigação em biodiversidade para que a sociedade conheça a riqueza biológica que (ainda) temos, pois sem a conhecer nunca terá motivos para a valorizar e proteger. Por outro lado, perceber o trabalho de equipa que está por trás do conteúdo científico produzido nesta área mostra também o nível de conhecimento técnico e o empenho dos investigadores, que vai muito para além do que se pode imaginar. Por exemplo no nosso caso, não é toda a gente que está disposta a sacrificar noites de sono a andar na lama ao frio e às escuras, e que se sujeita a isso para aprender e treinar técnicas de captura e anilhagem de aves, de forma a poder finalmente contribuir nestes trabalhos de investigação.”

No próximo dia 5 de dezembro celebramos o Dia Mundial do Solo, com um conjunto de atividades abertas ao público.

Complexo Pedagógico, Científico e Tecnológico | a partir das 14:00 h | entrada livre

Para conhecer um pouco mais sobre a importância da data e do estudo dos solos fomos conversar informalmente com três das nossas investigadoras e interromper o seu trabalho. A terceira conversa foi com Ana Bastos (CESAM |Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro).

Os excertos abaixo são o resultado dessa breve conversa informal, que ocorreu nos seus laboratórios. Vídeo disponível aqui

Comunicação_CESAM: ‘Qual a importância que os solos possuem no nosso quotidiano?’

Ana Bastos: A nossa vida gira em volta do solo. O solo desempenha inúmeras funções vitais, e ao fazê-lo, está a prestar-nos múltiplos serviços. Poderíamos passar o resto do dia a falar das funções que o solo desempenha, mas há efetivamente algumas com que nos deparamos mais no nosso dia-a-dia: é estrutura e suporte para as nossas habitações e construções; é a base para a produção dos nossos alimentos (aliás, a FAO Fact Sheets estima que cerca de 95% das calorias que gastamos diariamente provém do solo) mas também fornece biomassa e matérias-primas (incl. as fibras téxteis para o nosso vestuário); regula a abundância e a qualidade dos nossos recursos hídricos (incluíndo eventos extremos, como inundações), assim como a qualidade do ar e da atmosfera (e neste caso, sendo a 2ª maior reserva de carbono do planeta, depois dos oceanos, tem um papel central na regulação climática); e aquela pela qual tenho uma preferência especial, é a de que é um reservatório de vida e biodiversidade ‘por excelência’, biodiversidade essa que tem inúmeras aplicações importantes, tal como na industria alimentar e na biomedicina (sabia que muitos dos nossos fármacos, incluindo antibióticos, imuno-suppressores e antitumorais, provém de (micro)organismos do solo?).

No entanto, os solos estão sujeitos a inúmeras pressões, nomeadamente de origem antropogénica. Por isso, é vital investigarmos o modo como as nossas atividades impactam o solo, para podermos definir metas e soluções concretas para problemas concretos, nomeadamente por parte dos setores agroalimentar e agroflorestal. E no que toca à investigação em solos, o CESAM encontra-se numa posição de liderança, não só ao nível da inter- e trans-disciplinariedade que o caracterizam, mas também pela qualidade e aplicabilidade dos resultados que aqui são gerados. E aproveito a deixar o convite a estes setores: procurem o CESAM, procurem os nossos serviços, porque temos todo o interesse em trabalhar convosco na resolução dos vossos problemas, e que são, ao fim e ao cabo, problemas nossos.

Comunicação_CESAM: ‘E quais as perguntas que procuram responder no vosso laboratório e que estão relacionadas com esta temática?’

Ana Bastos: A nossa investigação centra-se no estudo e aplicação sustentável de biocarvão (produto da pirólise de biomassa) a solos vulneráveis, para a melhoria e restauro de algumas funções específicas, sem no entanto, comprometer outras. E daí ter referido “sustentável”, e que obviamente, pressupõe muito trabalho de bastidores, a fim de identificar quais as combinações de fatores que garantem esse compromisso. Ora, e que funções do solo são essas que pretendemos optimizar? De um modo geral, prendem-se com:

  • a capacidade de armazenar água (a que chamamos de função de “esponja” do solo), isto na perspetiva da melhoria da capacidade de adaptação do nosso ecossistema terrestre às alterações climáticas e combate à desertificação;
  • a capacidade de reter nutrientes, e que combinada à retenção de água, conduz a um aumento da taxa de crescimento das plantas e produtividade agrícola/florestal;
  • o sequestro de carbono, isto numa perspetiva de mitigação das alterações climáticas e redução da emissão de gases de efeito de estufa;
  • por fim, outra função essencial que se tem tornado um ponto fulcral do nosso trabalho (porque ainda há muito pouca investigação nesta temática fora do CESAM), tem a ver com a melhoria do habitat para polinizadores e macroinvertebrados do solo, considerando o papel fundamental que estas comunidades têm, nomeadamente ao nível da produção agrícola e das cadeias tróficas terrestres.

Claro está que trabalhamos sobretudo de forma interdisciplinar, e temos aqui algumas parcerias chave, nomeadamente com a Terraprima, o Instituto Superior Técnico (IST-ID), o Instituto Superior de Agronomia, o MED da Universidade de Évora, a Estação Vitivinícola da Bairrada (DRAPC) e a Universidade de Harper-Adams (Reino Unido). No entanto, mantemo-nos sempre abertos e interessados em estabelecer novas colaborações, dentro e fora da UA.

On the 5th of December, we will celebrate World Soil Day with a set of activities open to the public.

Complexo Pedagógico, Científico e Tecnológico| from 2 pm | no registration needed

To understand the importance of this date and the relevance of the research on this topic, we had an informal conversation with three of our researchers. The second researcher we met was Susana Loureiro (CESAM |Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro).

The excerpts below are the result of this brief informal conversation, which took place in their laboratories. Video available here

Communication_CESAM: ‘How important are soils in our daily lives?

Susana Loureiro: One of the essential functions of the soil is to filter out all the chemical substances that end up in the soil. And they end up in the soil, from pesticides, agricultural fertilisers… sludge from wastewater treatment plants end up in the soil… all these components have chemical substances that can have high or low mobility, that is, travel through the vertical profile of the soils of a quickly, slowly or not at all and remain motionless.

And if they travel quickly through the soil profile, they also quickly reach the groundwater, which is the source of the water we drink and the water that goes to the rivers.

Communication_CESAM:‘And why do we need research on soils?’

Susana Loureiro: Our objective is to understand if the soils have any contaminants that will impact, for example, a river or a lake, or if it stops us from providing a service related to primary production.

In the agricultural component, for example, which is one of the essential services provided by soils, imagine that a pesticide is sprayed and it rains heavily that day, and this causes runoff into a stream that is in an adjacent location. Automatically, everything you apply will flow into the river. Currently, our soils are saturated many times with nitrates and phosphates due to the intense application and also with some chemical compounds that are persistent in the soils.
What we do here is simulate this runoff into the rivers through a mixture that we make of water with soil, which is then agitated, centrifuged, extracted and tested with living organisms – freshwater aquatic organisms. And even in ‘blind’ samples (which we don’t know their chemical composition), these organisms will give us clues about the health of that soil.

In addition to several projects currently underway, we have a partnership with a company called Entogreen, a company dedicated to the production of insects and which has an environmental circularity component. The insects feed on waste, whether plant or waste that cannot be disposed of in an environmentally sustainable way, for example, olive pomace from olive oil production – which is a waste that doesn’t have an effective treatment because it has a very complex and toxic matrix.
These and other residues, such as plant residues that come from supermarkets, are given to the insects, and they process them; that is, they eat them, and their waste, together with the seedlings of the insect larvae, are pelleted and form a very good for soils.

Another component that we are also working on is more oriented towards environmental pollution, which is also linked to the soil ecosystem. There are several European and world projects that study and shape how we are going to be in a few years and the future is not very bright. We are losing a lot of soil biodiversity, which is very important for the normal and natural recycling that soils do of organic matter, and nutrients…
We try to help with monitoring tools; that is, we don’t do remediation processes, we don’t do the waste treatment. What we do is verify the effectiveness of the treatment because chemically analysing a matrix may not be enough because some specific compound may ‘fail’. But we use living beings (earthworms) that are capable of indicating whether or not there is something that is not right in these soil samples.

November 25th (Friday) | 12:30 pm and 1:30 pm | lecture theatre 9.1.1 (DEMaC) | No registration needed.

This edition of ‘Ocean Break’, a CESAM’s seminar in marine science, will take place on November 25th (Friday), researcher Selia Diaz will address the types of cancers that affect bivalves and their ecological implications.

Bivalves are a great source of food and an important economic resource in coastal regions. Mass mortalities in bivalve sandbeds are frequently associated with diseases, including cancer. Cancer is caused by mutations that alter the cell cycle. However, the causal agents can be diverse and according to these also their ecological implications. Currently, bivalves cancers have been associated with contamination, caused by viruses, and even with immortal cancer cells that are transmitted from one individual to another.

The connectivity of the oceans and the simple immune system of bivalves provide a new model for the study of these diseases.

Photo by: Selia Diaz

Content available in portuguese only