Mas afinal… são daninhas ou fascinantes?

No dia Internacional do Fascínio das Plantas, 18 de maio, às 10:40 nas Manhãs Novas da Rádio TerraNova, Inês Domingues (investigadora do CESAM e DBio-UA) conversa com Rosa Pinho (CESAM & Dbio-UA) sobre as plantas esquecidas do nosso quintal.

Nesta edição vamos também ficar a saber a relevância dos prados e baldios para as abelhas, qual é a importância das ervas daninhas e como é que todos podemos contribuir para a preservação da biodiversidade vegetal.

Não percam esta conversa em mais uma rubrica “Mas afinal…” no programa Manhãs Novas da Rádio TerraNova, numa colaboração com o CESAM-UA.

Juntem-se a nós em centova.radios.pt/proxy/404?mp=/stream

Registo até 5 julho

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Inês Domingues e Isabel Lopes são as editoras convidadas para o número especial da JoVE: “Current Methods to Assess Behavioral Changes Induced by Environmental Perturbations”.

Data limite para submissão: 3 julho

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O CESAM participa na edição 2022 do Encontro Ciência, a decorrer entre 16 e 18 de maio, no Centro de Congressos de Lisboa, com várias comunicações, demonstrações e pósteres.

No dia 16, António J A Nogueira irá apresentar uma comunicação com base no projeto FISHAQU – Intercâmbio de conhecimentos sobre gestão sustentável das pescas e aquacultura na região mediterrânica, do qual é coordenador. A comunicação, intitulada Troca de conhecimentos em gestão sustentável da pesca e da aquicultura na região mediterrânica/FishAqu, será apresentada na sessão temáticaEducação de Qualidade II (Sala 5A – 14h00-15h30).

No dia 17 é a vez de Susana I. L. Gomes participar na sessão temática Produção e Consumo Sustentáveis III com uma comunicação intitulada Mecanismos de toxicidade de nanopesticidas – ao encontro de opções de design seguras e sustentáveis para o ambiente (Sala 5B – 15h30-17h00)

Sónia Cruz é uma das oradoras convidadas da Plenária 5: “Oceano – Restaurar oceanos e mares”, que acontece dia 18 de maio (09h30-11h00).

Serão ainda apresentados três pósteres dos estudantes de doutoramento: Diego Esteves Pereira, Yago Cipoli e Sandra Hilário, e duas demonstrações dos investigadores Alexandra Monteiro e Sizenando Abreu.

As demonstrações e os pósteres podem ser visitados ao longo dos três dias, na área expositiva do evento, entre as 9h30 e as 18h30.

O programa está disponível para consulta na página do encontro.

O Ciência 2022 é promovido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia em colaboração com a Ciência Viva e com a Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, contando ainda com o apoio institucional do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Maria Teresa Gomes e Marta Veríssimo são as editoras convidada para o número especial da Sensors: “Sensors for Environmental Threats”

Sensors (IF: 3.576) é um jornal internacional, de acesso aberto, com revisão por pares, publicado online pela MDPI.

Data limite para submissão: 5 fevereiro 2023

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João Pinto da Costa é o editor convidado de um número especial da Polymers Nano and Microplastics: Prevalence, Degradation and Re-Use”

Polymers (IF: 4.329) é um jornal internacional, de acesso aberto, com revisão por pares, publicado online pela MDPI.

Data limite para submissão: 31 janeiro 2023

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Todos os anos milhares de aves migradoras cruzam os céus nas suas incansáveis viagens entre os locais de reprodução e os locais de invernada. Este ano de 2022 esse evento é assinalado pelas Nações Unidas no dia 14 de maio (Dia Mundial das Aves Migratórias), altura em que muitas aves já completaram ou estão prestes a completar a sua migração pré-nupcial ou primaveril.

Por exemplo, na Islândia, o Ostraceiro (Haematopus ostralegus), ave que migra também para Portugal no inverno, tem vários casais já a incubar os seus ovos, sentados nos ninhos que são simplesmente uma pequena depressão no solo. Esta ave é um migrador parcial na Islândia, o que significa que parte da população migra para fora deste país a partir do final do verão, distribuindo-se pela área costeira do Reino-Unido, Irlanda e outros países da Europa continental e que outra parte da população é residente, resistindo como pode ao rigor do inverno, refugiando-se sobretudo na costa oeste, onde chega a corrente do golfo e em locais onde ocorre atividade geotermal e as temperaturas não são tão baixas. Atualmente cerca de 30% destas aves são residentes, o que é excecional para essa latitude, e logo a grande maioria da população é composta por aves migradoras. Outro caso conhecido de uma ave migradora parcial é a cegonha-branca (Ciconia ciconia), em que parte da população migra para África, como era comum há várias décadas, mas atualmente há outra parte desta população que permanece em Portugal durante o inverno, residindo no nosso país todo o ano.

Mas regressando aos Ostraceiros Islandeses, uma das questões que se coloca é como adquirem estas aves o seu comportamento migratório? Sabe-se que os adultos são fixos, ou seja, uma vez migrador, sempre migrador e vice-versa. E também que não acasalam de acordo com as suas migrações, isto é, há casais em que ambos os membros partilham o comportamento migrador e noutros não, originando assim quatro tipos de casais: ambos migradores; ambos residentes; macho migrador e fêmea residente; e macho residente e fêmea migradora.

Para responder aquela pergunta, uma equipa internacional de investigadores que estuda esta população há vários anos, e da qual fazem parte investigadores do CESAM, decidiu tentar desvendar quais os fatores que podem determinar a origem do comportamento migratório nas crias dos vários tipos de casais e de progenitores. Depois mais de 615 adultos e 377 crias marcadas na Islândia com uma combinação individual de anilhas de cor, semanas no laboratório a realizar análises de isótopos estáveis e sexagem molecular, e de centenas de avistamentos durante o inverno realizados por observadores voluntários pela Europa fora, a descoberta foi publicada o ano passado, decorridos 7 anos desde início destes trabalhos. As crias seguem o comportamento migrador do pai e não da mãe!

Em cerca de 90% dos casos analisados o comportamento das crias era o mesmo que o do pai, independentemente do comportamento migrador da mãe. Nos casais mistos, todas as crias seguiram o comportamento migrador do pai. Estes resultados devem ser considerados com cautela, pois apesar da grande amostragem, os dados analisados são ainda relativamente reduzidos. Contudo, esta informação sugere que o papel do pai, que nesta espécie cuida e alimenta as crias por um período mais alargado de tempo, (inclusive quando estas já são voadoras e capazes de se alimentar de forma independente) parece ser determinante na génese do comportamento migrador das suas crias. A equipa de investigação prossegue os seus trabalhos para tentar decifrar este surpreendente padrão na aprendizagem de comportamentos migratórios.

Pode seguir as suas descobertas sobre esta e outras aves migradoras no Twitter: @eco_flyway

Veja o vídeo

José A. Alves

Nos dias 12 e 13 de maio, foi lançada, em Paris, a Parceria Europeia para a Avaliação dos Riscos dos Produtos Químicos (PARC). Esta parceria tem como objetivo desenvolver a próxima geração de avaliação dos riscos químicos, incorporando tanto a saúde humana como o ambiente numa abordagem de “Uma só saúde” (One Health). Das nove entidades signatárias que fazem parte desta Plataforma está, entre outras, uma equipa do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar-CESAM, da Universidade de Aveiro.

A PARC visa reunir uma vasta comunidade de instituições de investigação e agências reguladoras para fazer avançar a investigação, partilhar conhecimentos e melhorar as competências em matéria de avaliação de riscos químicos. Os resultados desta parceria, que teve início em 1 de maio de 2022, serão utilizados para apoiar novas estratégias europeias e nacionais para reduzir a exposição a substâncias químicas perigosas e o seu impacto na saúde e no ambiente. A PARC contribuirá para a Estratégia da União Europeia para a Sustentabilidade dos Produtos Químicos e a ambição “poluição zero” do Pacto Ecológico Europeu (European Green Deal).

Este programa envolve quase 200 parceiros de 28 países, bem como três agências da UE (a Agência Europeia do Ambiente – EEA, a Agência Europeia dos Produtos Químicos – ECHA e a Agência Europeia para a Segurança Alimentar – EFSA), com a participação de parceiros públicos europeus, incluindo agências europeias e nacionais de avaliação de risco, universidades e organizações públicas de investigação. Cinco Direcções-Gerais da Comissão Europeia (DG-RTD, DG-GROW, DG-ENV, DG-SANTE e JRC) e os ministérios dos países envolvidos estão a contribuir para a governação do PARC e irão acompanhar as suas atividades.

A parceria terá a duração de sete anos e o seu termo está previsto para a Primavera de 2029. A PARC tem um orçamento estimado de 400 milhões de euros, metade do qual está a ser financiado pela Comissão Europeia e o restante pelos países parceiros. ANS ES é o coordenador da parceria. Em Portugal, a PARC é articulada pela Plataforma Nacional de Ambiente e Saúde, da qual fazem parte os Ministérios da Saúde, do Ambiente e Alterações Climáticas, e Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e os signatários Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Das nove entidades signatárias que fazem parte desta Plataforma está, entre outras, uma equipa do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar-CESAM, coordenadora na Universidade de Aveiro, e uma equipa do Instituto de Biomedicina-iBiMED. Estas duas equipas estarão envolvidas em vários grupos de trabalho sobre monitorização ambiental e humana, avaliação da perigosidade de substâncias químicas, ecotoxicologia e toxicologia, avaliação de riscos de misturas químicas, assim como numa componente de treino e capacitação de recursos humanos e disseminação e comunicação com os diferentes atores intervenientes, incluindo o público em geral.

 

20 maio 2022 | 12:30 – 13:30 | Sala 9.1.1 (DEMaC)
Marcos Teixeira (estudante de doutoramento, Universidade do Minho)

Hidden diversity in the European phyllodocida (Annelida, Polychaeta) unraveled as complexes of cryptic species