Uma equipa do CESAM que inclui os técnicos do CESAM Rita Cavalinhos e Paulo Rosa, o aluno de doutoramento Ricardo Correia, o seu orientador Prof. Luis Menezes Pinheiro e a investigadora e Coordenadora Científica do CESAM, Ana Lillebø, apresentaram o trabalho intitulado  “Operacionalização da embarcação científica do CESAM: Levantamentos Hidrográficos em ambiente costeiro com o sistema Multifeixe EM2040C” nas 6ª Jornadas de Engenharia Hidrográfica/1ª Jornadas Luso-Espanholas de Hidrografia que decorreram de 3 a 5 de novembro em Lisboa.

Com esta apresentação, deu-se a conhecer à comunidade a embarcação NEREIDE e de que forma  os alunos dos cursos oferecidos pela Universidade de Aveiro têm a oportunidade de integrar a equipa de campo do CESAM. Foram também apresentados dados de levantamento hidrográfico obtidos com a instrumentação desta infraestrutura. O trabalho apresentado foi publicado no livro de atas to evento que pode ser consultado aqui e os resultados estão disponíveis aqui (acesso livre).

O CESAM disponibiliza a embarcação e os seus equipamentos para projetos em colaboração com outras unidades de investigação e instituições.

A RTP1 vai emitir um documentário inédito sobre a migração do maçarico-de-bico-direito e o trabalho de uma equipa de investigadores, do Departamento de Biologia e CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro, liderada por José Alves, que se dedicam ao estudo das aves limícolas migradoras, que todos os anos viajam entre Portugal e o Ártico.

Trailer: Joaquim Pedro (CESAM) & Pedro Miguel Ferreira (Produtora PlaySolutions Audiovisuais)

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A investigadora Ana Hilário coordena, a par com Kerry Howell (Universidade de Plymouth, Reino Unido), especialista em Ecologia do Mar Profundo, o programa Challenger 150. Esta iniciativa reúne uma equipa de cientistas de 45 instituições de 17 países que propõe um programa de investigação, com a duração de 10 anos, dedicado ao estudo do mar profundo. Neste contexto, os investigadores do programa publicam hoje um apelo na revista Nature Ecology and Evolution juntamente com um esquema detalhado do Challenger 150 na revista Frontiers in Marine Science. A notícia completa aqui.

Em julho de 2020, membros do CESAM divulgaram uma nota informativa sobre os impactos da COVID-19 nos sectores da pesca e aquicultura e atividades associadas em Portugal, realizada no âmbito do projeto COVIDPESCA. O documento, escrito em Português, foi agora sintetizado e traduzido para inglês numa infografia, numa colaboração do CESAM com o IIED (International Institute for Environment and Development). Com esta ação pretende-se dar a conhecer internacionalmente o impacto que a COVID-19 teve no setor em Portugal. A infografia está disponível aqui.

O Journal of Zoology da Zoological Society of London acaba de publicar um estudo acerca da reprodução e imunidade em sacarrabos (Herpestes ichneumon), cuja autoria é repartida entre dois investigadores do Departamento de Biologia & CESAM da Universidade de Aveiro (Victor Bandeira e Carlos Fonseca), em parceria com investigadores da Universidad Rey Juan Carlos (Emílio Virgós), do Leibniz Institute for Zoo and Wildlife Research e Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (Alexandre Azevedo) e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Mónica V. Cunha). A notícia completa e link para o artigo original aqui.

As temperaturas da Península Ibérica vão aumentar de forma “muito preocupante” durante este século. O alerta é de um estudo do CESAM – Universidade de Aveiro que prevê até 2100 aumentos da temperatura média de 2 a 3 graus ao longo de todo o ano, o suficiente para causar graves impactos no meio ambiente e, por consequência, na saúde pública. Em Portugal há mesmo regiões que poderão registar aumentos de 4 a 5 graus centígrados nas máximas diárias. A notícia completa e link para o estudo original aqui.

Se o advento dos veículos autónomos promete melhorar a segurança rodoviária, que consequências terá para a qualidade do ar nas cidades? A alteração do comportamento dos veículos vai trazer uma redução da poluição? Pela primeira vez, um estudo do CESAM | Universidade de Aveiro dá resposta às questões: sim, os veículos autónomos vão trazer para as cidades um ar menos poluído e, por isso, mais saudável. A notícia completa aqui.

Depois de 30 anos a monitorizar os movimentos de animais que habitam a zona polar ártica, cerca de 150 investigadores de mais de 100 instituições, entre os quais o membro do CESAM/UA José Alves, não têm dúvidas: as alterações climáticas que levaram o ártico a entrar num novo estado ecológico, provocaram alterações na dinâmica espácio-temporal dos animais que habitam a região. O artigo foi publicado a 5 de novembro na revista Science. A notícia completa pode ser lida aqui e poderá também saber um pouco mais na entrevista na RTP1 ou no artigo do jornal Expresso.

 

Nos próximos dias 3 e 4 de novembro acontecerá mais um Encontro Ciência. A investigadora do CESAM Alexandra Monteiro é uma das oradoras convidadas da sessão plenária “Ciência em Portugal para uma Europa mais VERDE”.  Devido à pandemia, o evento deste ano teve de se adaptar. Em consequência as sessões orais foram canceladas e as demonstrações e apresentações de pósteres ajustadas. Nas demonstrações o CESAM estará presente com vídeos alusivos a algumas das suas áreas de investigação, assim como na sessão de pósteres, na qual vários alunos de doutoramento irão apresentar os seus trabalhos.

Mais informações sobre o evento aqui.

Atualmente mais de metade da população mundial vive em áreas urbanas e, em 2050, prevê-se que este rácio aumente para dois terços. As cidades consomem mais de 65% da energia mundial e são responsáveis por mais de 70% das emissões mundiais de dióxido de carbono. Assim, as decisões que tomarmos em relação às infraestruturas urbanas nas próximas décadas – planeamento urbano, eficiência energética, produção de energia e transportes – terão uma influência decisiva na pegada climática do planeta.

Os gases com efeito de estufa e os poluentes atmosféricos partilham as mesmas fontes de emissão, pelo que a melhoria da qualidade do ar pode impulsionar os esforços de mitigação das alterações climáticas e vice-versa. No entanto, aproximadamente 90% dos residentes em áreas urbanas da União Europeia estão expostos a níveis de poluentes que ultrapassam os valores definidos pela diretiva de qualidade do ar (2008/50/EC) ou recomendados pela Organização Mundial de Saúde. Estimativas recentes revelam números chocantes sobre o contributo da poluição do ar, e sobretudo da matéria particulada em suspensão com diâmetros inferiores a 10 ou 2,5 µm (PM10 ou PM2,5), para as doenças cardiorrespiratórias e mortes prematuras. Um relatório recentemente publicado por diversos organismos internacionais concluiu que a poluição do ar é um dos principais fatores de risco ambientais, sendo anualmente responsável por cerca de 5 milhões de mortes a nível mundial. Um em cada 10 óbitos tem como causa a má qualidade do ar. As partículas em suspensão são consideradas o poluente atmosférico mais nocivo para a saúde pública. Em 2013, a Agência Internacional para a Investigação do Cancro englobou as partículas atmosféricas na Classe I, ou seja, estas passaram a ser classificadas como agentes cancerígenos para o ser humano. Nas cidades, o tráfego rodoviário constitui a principal fonte emissora deste poluente. Embora os avanços tecnológicos e a imposição de limites de emissão cada vez mais restritivos tenham permitido reduzir as emissões de exaustão dos veículos, as emissões de não exaustão (ressuspensão de poeiras depositadas nas vias e as partículas resultantes do desgaste de pneus, travões e pavimentos) emergiram como fontes de poluição dominantes nas atmosferas urbanas, colocando óbvios desafios científicos e políticos. Ao contrário das emissões dos canos de escape, as emissões de não exaustão não são regulamentadas, estimando-se que, em 2030, passem a representar 90% do total das emissões automóveis.

O projeto do CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar “SOPRO – Perfis químicos e toxicológicos de fontes de matéria particulada em atmosfera urbana”, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, é um projeto multidisciplinar que envolve a colaboração de cientistas atmosféricos, engenheiros de transportes, químicos, toxicologistas e modeladores de diversas instituições europeias e da Universidade de São Paulo com o objetivo de propor estratégias de mitigação focadas nas principais fontes emissoras de poluentes nas cidades, sobretudo as associadas ao setor dos transportes. Dada a necessidade de caracterização das emissões de partículas pelo tráfego, será seguida uma estratégia concertada para obter as características químicas e toxicológicas das emissões de exaustão e de não exaustão. Para o sucesso deste projeto, serão ainda aplicados modelos químicos de transporte para prever as concentrações atmosféricas de diversos poluentes em cidades brasileiras e portuguesas, incorporando os novos perfis de emissão e inventários atualizados e considerando diferentes cenários de emissão, alterações climáticas e políticas de controlo.

A equipa do projeto SOPRO