Os oceanos cobrem cerca 70% da superfície da Terra, representam 97% da água disponível, são uma fonte de vida e de energia e são agentes fulcrais na regulação do clima. A necessidade de tomada de consciência do imenso contributo e valor que o mar tem para o nosso futuro é um dos temas “quentes” das agendas políticas, ambientais e económicas portuguesas e europeias. Para conhecer os benefícios da utilização do mar é necessário que se invista em investigação científica sobre a governação e sustentabilidade do mar.

A ação COST OceanGov: Ocean governance for sustainability – Challenges, options and the role of Science junta cientistas, decisores políticos e representantes da sociedade civil de 29 Estados-Membros, para criar e coordenar uma rede de investigação inter e transdisciplinar sobre a governação dos oceanos na União Europeia e áreas adjacentes. A rede foca-se em seis desafios de governança: Interações Terra-Mar; Gestão Baseada em Área; Gestão de recursos do fundo do mar; Segurança Alimentar; Oceano, ação Climática e acidificação e Governação da pesca.  Esta ação COST tem como objetivo estabelecer uma visão integrada e várias abordagens que pretendem guiar futuras direções para a investigação e política, no sentido da transversalidade baseada na sustentabilidade, colmatando a fragmentação atualmente existente no que diz respeito à governação dos oceanos, mares e linhas de costa ao nível regional, oceano aberto e áreas fora da jurisdição nacional. A Doutora Cristina Pita, do CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, é membro da Comissão de Gestão da OceanGov e participa ativamente no grupo de trabalho da Governação da Pesca.

A representante do CESAM na ação OceanGov

Um artigo da autoria dos investigadores do CESAM Daniel Cleary, Ana Rita Polónia e Newton Gomes (Laboratório de Estudos Moleculares de Ambientes marinhos) foi selecionada na nova coleção ‘Six Key Topics’ das revistas FEMS para mostrar a diversidade de tópicos que esta publicação engloba.

O artigo A comparison of prokaryote communities inhabiting sponges, bacterial mats, sediment and seawater in Southern Asian coral reefspublicado pela revista FEMS Microbiology Ecology, foi considerado um dos representantes do tópico-chave Microbiomas.

No artigo publicado hoje na prestigiada revista Science, José Alves, Investigador no CESAM – Centro de Estuados do Ambiente e do Mar e no Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro e Maria Dias, Coordenadora Científica do programa marinho na organização BirdLife International, revelam a contradição entre a intenção da Comissão Europeia em alterar as economias europeias para modelos mais sustentáveis (Pacto Ecológico Europeu) e a autorização ambiental emitida por um estado membro (Portugal) para a construção do aeroporto do Montijo, no coração da maior zona húmida do país, o estuário do Tejo.

A importância do estuário do Tejo para a biodiversidade estende-se muito para além das fronteiras Portuguesas, sendo designado como Reserva Natural na lei portuguesa, Zona de Proteção Especial (Diretiva Aves da União Europeia), Zona Húmida de Importância Internacional (Convenção de Ramsar) e Área Importante para as Aves (Birdlife Internacional)1. O estuário do Tejo é um grande hub internacional para as aves migradoras que usam a rota migratória do Atlântico Este, servindo de ponte entre as áreas de reprodução localizadas no hemisfério norte e as áreas de invernada no sul da Europa e em África, estimando-se que seja utilizada por cerca de 300,000 aves aquáticas.

Os autores deste artigo argumentam que a decisão do estado Português viola dois dos principais pilares do Pacto Ecológico Europeu: combater a mudança climática global e reverter a crise da biodiversidade. Apesar do aumento substancial nas emissões de carbono que um segundo aeroporto na área da capital irá gerar, Lisboa é atualmente a Capital Verde Europeia. Ironicamente, a candidatura de Lisboa a este galardão beneficiou da proximidade com a reserva do estuário do Tejo, apesar do traçado agora proposto para as rotas dos aviões implicar voos a menos de 200 metros de altitude dentro da área protegida, perturbando de forma muito assinalável várias das áreas mais importantes para as aves aquáticas e para as quais a reserva do estuário do Tejo foi estabelecida.

Estas aves movem-se no estuário do Tejo em bandos que podem ser formados por ter dezenas de milhares de indivíduos, tirando partido do complexo mosaico de habitats estuarinos esculpidos ao longo de milénios, tais como sapais e bancos de vasa e mais recentemente, pela intervenção humana, salinas e arrozais. Por exemplo, bandos de até 80 mil maçaricos-de-bico-direito que se reproduzem na Islândia e Holanda concentram-se no estuário do Tejo todos os anos para se alimentarem e repousarem, no decurso da sua migração anual. Várias outras espécies que se reproduzem no Ártico e no norte da Europa, muitas das quais se encontram em declínio acentuado, dependem do estuário do Tejo. Esta zona húmida alberga também populações muito importantes de outras aves aquáticas, nomeadamente flamingos, colhereiros e garças-reais. É também neste estuário que se concentra o maior número de aves aquáticas em Portugal, sendo o segundo mais importante na península ibérica e um ponto de ligação crucial entre a Europa do norte e África para as aves migradoras.

Apesar do impacto do Covid19 no tráfego aéreo, a empresa privada que promove e financia o aeroporto do Montijo anunciou que permanece firme no seu compromisso de avançar com o projeto e o governo Português anunciou publicamente o seu apoio ao mesmo em junho e julho, quando as consequências da pandemia na indústria da aviação já eram claras. Este é um exemplo evidente de uma tentativa de um estado membro em desconsiderar diretrizes de conservação, acordos internacionais de proteção de espécies e habitats e os anúncios que o próprio governo faz na promoção de um futuro mais sustentável e sem emissões de carbono. Dada a função do estuário do Tejo em albergar espécies de toda a rota migratória, incluindo aquelas que beneficiam de programas de conservação financiados publicamente noutros locais da sua área de distribuição, outros países irão muito provavelmente considerar Portugal como responsável pelas consequências negativas deste desenvolvimento no estuário do Tejo.

O estudo de impacte ambiental do aeroporto do Montijo tem sido muito criticado, devido à falta de dados e informação, erros técnicos e adoção de critérios subjetivos2. A Agência Portuguesa do Ambiente emitiu a polémica Declaração de Impacte Ambiental com base num parecer favorável da direção do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, entidade que avalia os impactos nas aves, apesar do parecer interno dos seus técnicos ter sido desfavorável3. As medidas de compensação propostas para as aves não são eficazes, uma vez que praticamente metade do estuário do Tejo será impactado e não pode ser substituído.

Os autores do artigo apelam ao Governo Português que reconsidere a decisão de autorizar a construção do aeroporto do Montijo e aproveite a oportunidade de Lisboa ser a atual Capital Verde Europeia para demonstrar uma verdadeira liderança ao nível internacional no movimento global para um futuro sustentável, fazendo de Portugal um caso de sucesso na implementação do Pacto Ecológico Europeu.

O artigo original pode ser consultado aqui.

[Fotografia de Verónica Méndez Aragón]

Decorrerá já no próximo dia 25 de setembro, o 1.º Simpósio Nacional sobre “Exposição precoce a contaminantes e seu impacto na saúde humana”, realizado no âmbito do projeto earlyMyco “Early-life exposure to mycotoxins and its impact on health”, financiado pela FCT.

Este simpósio é organizado pelo Departamento de Alimentação e Nutrição (DAN) do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em colaboração com os seus parceiros do projeto, Fundação Champalimaud, Escola Nacional de Saúde Pública, Universidade de Évora e Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. A iniciativa decorrerá no INSA e contará ainda com a possibilidade de participação on-line.

O evento tem como objetivo promover o diálogo e interação entre participantes que desenvolvam estudos sobre a exposição precoce a contaminantes através da alimentação ou ambiente, contribuindo assim para conhecer melhor a realidade nacional neste domínio.

O programa do evento pode ser consultado aqui.

A participação é gratuita mas com inscrição obrigatória até 18 de setembroaqui. A participação on-line será via Facebook.

Retirar as descobertas científicas do laboratório e dos gabinetes dos investigadores, divulgando-as e promovendo-as junto da comunidade, é o grande objetivo do programa Ciência com Impacto, iniciativa do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), Laboratório Associado da Universidade de Aveiro, e que tem a Bondalti e a Play Solutions Audiovisuais como parceiros ativos.

Que impacto têm as descobertas científicas na sociedade? E como é que podem ajudar na nossa vida quotidiana? Estas são as questões de partida que inspiram o Ciência com Impacto, um programa que reflete a própria constituição do CESAM, reunindo investigadores de diferentes áreas, como o ambiente, a saúde humana, o mar, a ecologia, a química e a biotecnologia.

O projeto será constituído por vídeos temáticos de três minutos e podcasts com uma hora de duração. Estes conteúdos terão uma periodicidade quinzenal, com a publicação dos vídeos a alternar com a semana de divulgação dos podcasts. Serão ainda realizados debates sobre temas da atualidade, associados às áreas do ambiente, saúde humana, ecologia, mar e biotecnologia, entre outras áreas do conhecimento. Estes encontros contarão com a presença e o contributo de investigadores e de outros atores relevantes para a temática abordada.

Os destinatários desta iniciativa são o grande público, com destaque para os jovens. Está previsto um conjunto de ações de divulgação em diferentes plataformas, que ganharão maior expressão e visibilidade no portal https://cienciacomimpacto.pt.

A Bondalti vai assumir a produção, realização e divulgação dos podcasts, que serão alojados num media host e disponibilizados nas plataformas habituais (em áudio) e no Youtube (em vídeo). Os podcasts serão gravados na Rádio Voz da Ria, que se associa através da cedência dos estúdios, e a Mitipro ficou responsável pela edição em vídeo do podcast. A série vídeo “Ciência com Impacto” será produzida e realizada pela Play Solutions Audiovisuais. O Diário de Notícias também aderiu, através da criação de uma rúbrica intitulada “Ciência com Impacto”, que publicará os filmes e os podcasts e um texto editado a partir desses conteúdos.

O Ciência Com Impacto contará, igualmente, com uma componente de ciência cidadã, de modo a envolver as empresas e o público em projetos de investigação.

A Camada de Ozono é um escudo gasoso frágil que protege o globo através da absorção de 95% da radiação ultravioleta B que provoca efeitos nocivos ou mesmo letais nos seres vivos, tendo por isso um papel fundamental na preservação da vida na Terra.

Nos anos mais recentes, verificou-se um progresso na proteção da camada do ozono, através da eliminação gradual dos produtos químicos que destroem esta camada, que também são potentes gases de efeito de estufa (GEE). A mais recente avaliação científica da depleção do ozono mostra que a camada de ozono na estratosfera recuperou a uma taxa de 1-3% por década desde 2000. Este sucesso deve-se à implementação do Protocolo de Montreal (1987), sobre substâncias que levam à destruição da camada de ozono, em que 197 países signatários se comprometeram a substituir as substâncias que demonstravam ser responsáveis pela destruição do ozono. Atualmente, o Protocolo de Montreal é o único acordo ambiental multilateral cuja adoção é universal, sendo um exemplo inspirador de como a humanidade é capaz de cooperar para enfrentar um desafio global e um instrumento fundamental para enfrentar a crise climática dos dias de hoje.  

O projeto EMERGE – Avaliação, controlo e mitigação do impacto ambiental das emissões dos navios, financiado pelo programa Europeu Horizonte 2020, tem como objetivo desenvolver estratégias e medidas eficazes para reduzir os impactos ambientais do transporte marítimo. Na Universidade de Aveiro, este projeto envolve uma equipa multidisciplinar do CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar – que irá estar envolvida em medições e modelação de gases poluentes em navios, com vista à avaliação dos impactos destas emissões na água e no ar, e no desenho de potenciais medidas mitigadoras ao longo das principais rotas de navegação e em regiões marinhas europeias sensíveis. Um dos casos de estudo é o Porto de Aveiro e a Ria de Aveiro, como ecossistema de importância especial. Os resultados deste projeto serão apresentados na forma de recomendações e orientações para uma tomada de decisão informada e consciente sobre opções de custo-benefício para o uso sustentável do transporte marítimo a médio e longo prazo, contribuindo ativamente para a resolução da crise climática, uma vez que este é um dos setores mais importantes no transporte mundial e, por isso, primordial na mitigação das emissões de GEE.

A equipa do CESAM do projeto EMERGE

Na edição de hoje do jornal Púbico os esforços do investigador do CESAM, José Alves, na senda da conservação da biodiversidade na maior e mais importante zona húmida de Portugal para as aves aquáticas, o estuário do Tejo, são novamente notícia.

Relata-se a mais recente queixa apresentada ao secretariado da convenção de Berna, que já deu seguimento formal à mesma. Esta queixa é apresentada após e emissão da Declaração de Impacto Ambiental (DIA) favorável condicionada em Janeiro deste ano referente ao plano de construção do novo aeroporto de Lisboa, que continua a ser muito contestada. E junta-se aquela já apresentada em Dezembro de 2019 à AEWA (Acordo para a Conservação das Aves Aquáticas Migradoras da África-Eurásia, hosted by the United Nations Environmental Program) realizada antes da emissão da DIA que ainda decorre, e da qual o mesmo investigador é um dos responsáveis.

A notícia no jornal Público pode ser lida aqui.

Um estudo inovador, com autores do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro (UA), que quantifica, à escala mundial, a capacitação científica conseguida ao longo dos últimos 50 anos para a descoberta de novos produtos naturais de origem marinha, foi publicado na conceituada revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

A ferramenta desenvolvida será essencial para providenciar dados para negociações políticas internacionais e para avaliação do sucesso da implementação do Protocolo de Nagoya no âmbito da Convenção da Biodiversidade Biológica.

A biodiversidade marinha tem um enorme potencial para a biotecnologia azul, constituindo um incrível reservatório de recursos genéticos e biológicos passíveis de serem usados, por exemplo, na indústria farmacêutica, cosmética e nutracêutica. O aumento de interesse nestes produtos e o facto de serem bioprospetados maioritariamente por países desenvolvidos, e não necessariamente pelos países onde o material biológico é recolhido, tem levantado a vários problemas legais, nomeadamente relacionados com os benefícios resultantes da utilização destes recursos. Esta problemática consta da Convenção da Biodiversidade Biológica implementada em 1993, e mais tarde pelo Protocolo de Nagoia. Este Protocolo fornece orientações práticas de como deve funcionar o processo de acesso aos recursos biológicos e a partilha dos benefícios resultantes da sua utilização e dos conhecimentos a eles associados. Um dos aspetos chave deste Protocolo é capacitar os países de origem dos recursos para que estes os possam explorar de forma sustentável e tirar partido dos seus benefícios. Contudo, medir a capacitação desses países é uma tarefa complexa e para os quais existem poucos dados.

O artigo Fifty years of capacity building in the search for new marine natural products estuda como é que a capacidade de melhoria de conhecimento, eficácia e independência científica dos países que realizam bioprospecção tem mudado desde 1965. Os autores desenvolveram várias métricas relacionadas com o país de origem do composto e afiliação dos autores do artigo que o descreveu. Apesar de existirem esforços de longa-data para capacitar países em desenvolvimento com áreas marinhas que apresentam elevados níveis de biodiversidade, assim como para promover a equitabilidade e independência científica, os resultados obtidos demonstram que nem todos os países são capazes de explorar os seus recursos biológicos marinhos de igual forma. Para além disso, o estudo evidencia que a capacidade económica afeta a forma como países com elevada biodiversidade marinha conseguem efetivamente explorar esses recursos. A título de exemplo, países como a India, Indonésia e Palau demonstraram uma maior capacidade científica após 1993. Apesar de países como Austrália, Estados Unidos da América e Japão continuarem a manter uma posição científica dominante nesta área de investigação antes e depois de 1993, a China é quem mais se tem desenvolvido em termos de capacitação e independência científica.

Uma vez que o artigo fornece dados mensuráveis e comparáveis entre países de todo o mundo, é expectável que estes resultados possam vir a influenciar várias negociações políticas internacionais de alto nível que ocorrem atualmente no âmbito do acesso e partilha de benefícios associados à exploração de recursos biológicos.

O estudo é liderado pelo investigador Miguel Leal do CESAM-UA, em coautoria com o investigador Ricardo Calado, também do CESAM-UA. A equipa inclui ainda dois professores eméritos da Universidade de Canterbury (Nova Zelândia), pioneiros na pesquisa de compostos naturais de origem marinha.

O artigo original pode ser lido aqui.

O projeto “Dinâmica Populacional de uma espécie invasora no Baixo Vouga Lagunar”, coordenado cientificamente por membros do CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar e do DBio – Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, tem sido apresentado à comunidade escolar de todo o país como exemplo de boas-práticas em ferramentas do Ministério da Educação e Ciência. Este projeto de ciência cidadã resultou de uma parceria com o Agrupamento de Escolas de Estarreja.

O projeto é referido no documento “Orientações para a recuperação e consolidação das aprendizagens ao longo do ano letivo de 2020/2021” (DGE – Direção-Geral da Educação (Ministério da Educação e Ciência)), como exemplo de boas-práticas para a gestão e operacionalização do currículo dos alunos no contexto dos Domínios de Autonomia Curricular e para a reorganização da escola, incentivando ao uso de trabalho por estações/laboratórios de aprendizagem. Este documento foi distribuído por todas as escolas do país e pretende-se que seja uma ferramenta de apoio essencial na planificação do ano letivo que se avizinha. Este roteiro resultou do atual contexto de incerteza decorrente da pandemia e do final do ano letivo anterior e constitui-se como material de apoio, expõe conceitos, e faz-se acompanhar de vários exemplos para apoiar as escolas numa partilha de reflexão e de soluções encontradas.

O projeto foi também selecionado pela DGE para fazer parte do ciclo de vídeos dedicados a projetos de Autonomia e Flexibilidade Curricular de sucesso. O vídeo mostra as diferentes fases por que o projeto passou do ponto de vista didático e a integração das várias disciplinas no seu desenvolvimento. O vídeo pode ser visto aqui.

Para além disso, deste trabalho resultou a escrita de um artigo que dois alunos submeteram ao 27º Concurso Jovens Cientistas e que venceu o 4º lugar (em ex aequo  com um outro projeto) num total de 95 projetos candidatos.

Durante um ano (2018/2019), com trabalho de campo mensal, a turma do 11ºA da Escola Secundária de Estarreja estudou a estrutura e densidade populacional do lagostim-vermelhos-do-Louisiana (Procambarus clarkii) no esteiro de Fermelã, em Estarreja. Esta espécie invasora é responsável por causar sérios danos nos arrozais de várias zonas do mundo e a sua presença abundante no Baixo Vouga Lagunar, zona de grande cultivo do arroz, e pode ser um aspeto a ter em conta em estudos relacionados com a gestão agrícola da região.

Este projeto de ciência cidadã foi coordenado, ao nível do CESAM, por Inês Rosa (CESAM), Joana Pereira (CESAM e DBio) e Sofia Guilherme (CESAM e DBio) e no Agrupamento de Escolas de Estarreja, pelas professoras de Biologia e Geologia, Dorinda Rebelo, de Físico-Química Cecília Bento, de Filosofia, Deolinda Tavares e de Português, Etelvina Bronze. O projeto contou com o apoio logístico da Câmara Municipal de Estarreja.

O CESAM integra a equipa da Universidade de Aveiro, que coordena o Centro Regional Ocean Teacher Academy – Portugal, o centro nacional da Ocean Teacher Global Academy, organismo da Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI/UNESCO) para desenvolvimento e capacitação em Ciências do Mar. A candidatura apresentada por Portugal, envolvendo 17 entidades nacionais e 170 investigadores e técnicos especializados na área do mar e dos oceanos foi aprovada no início de setembro e o consórcio está em formalização.

Mais informação em: https://www.ua.pt/pt/noticias/11/64264