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O documento finalizado da Agenda Temática de Investigação e Inovação para as Alterações Climáticas já se encontra disponível ao público no site da FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia (https://www.fct.pt/agendastematicas/altclim.phtml.pt).
Alguns membros do CESAM tiveram um papel importante neste documento, nomeadamente o Prof. Henrique Queiroga que participou como Redator, e o Prof. Carlos Borrego e a Investigadora Sandra Rafael como peritos colaboradores.
Esta Agenda faz parte de um conjunto de quinze Agendas Temáticas asseguradas pela FCT, que vêm na sequência do anexo “Compromisso com o Conhecimento e a Ciência: o Compromisso com o Futuro”, da Resolução do Conselho de Ministros nº 32/2016. Estas agendas visam mobilizar peritos de instituições de I&D e empresas na identificação de desafios e oportunidades do sistema científico e tecnológico em Portugal até 2030. O processo de desenvolvimento das agendas tem sido inclusivo e dinâmico, envolvendo não só peritos da academia, centros de investigação, empresas e entidades públicas, mas também cidadãos.
Neste momento, a Agenda para as Alterações Climáticas, está em estado de pré-finalização, apenas aguardando o design gráfico do documento, mas já pode ser consultada e descarregada da internet aqui.
O projecto GENESIS – Poupanças Ambientais, Económicas e Sociais de Coberturas/Fachadas Verdes Incorporação da Incerteza e das Preferências dos Investidores/Utilizadores em Análises Custo Benefício de Coberturas/Fachadas Verdes, que tem na equipa vários membros do CESAM, está a organizar a conferência URBAN GREEN INFRASTRUCTURE INTERNATIONAL a decorrer em Lisboa nos dias 2 e 3 de abril de 2020. Para além de contar com a presença de mebros do CESAM no comité de organização, a Professora Ana Isabel Miranda e a investigadora Vera Rodrigues fazem parte da comisssão científica.
Esta conferência é um evento interdisciplinar focado nas infraestruturas verdes (green infrastructures – GI) e soluções baseadas na natureza (nature-based solutions – NBS) para as cidades. O objetivo principal é partilhar e discutir o trabalho mais recente em paredes e tetos verdes, juntando no mesmo evento investigadores, arquitetos, engenheiros, planeadores urbanos e políticos de diferentes nacionalidades.
Mais informação aqui.
Datas importantes:
– Submissão de resumos: 31 jan
– Submissão de artigo/poster: 31 jan
– Submissão de apresentações: 29 fev
Quantos e-mails irrelevantes envia num dia? 65? Acabou de contribuir com a mesma quantidade de CO2 para a atmosfera como se conduzisse o carro para andar 1 km. Em 2020 o CESAM propõe que seja mais consciente e sustentável e evite enviar e-mails irrelevantes. https://tinyurl.com/environmental-impact-of-emails
Entre os dias 17 e 19 de dezembro a Universidade de Aveiro recebeu diversos investigadores da Universidade de Palermo em Itália, Universidade de Dubrovnik da Croácia, EMUNI (Universidade Euro-Mediterrânea) na Eslovénia, Universidade de Alexandria no Egito, Universidade de Assuão no Egito e Academia Árabe das Ciências e Transporte Marítimo no Egito para a reunião de arranque do projeto Erasmus+ FishAqu (“Knowledge Exchange in sustainable Fisheries management and Aquaculture in the Mediterranean region”). O principal objetivo deste projeto é criar um programa de mestrado em Aquacultura e Pescas à luz dos princípios do processo de Bolonha. O ínicio desta reunião foi marcado pela receção de boas vindas por parte do Vice-Reitor da Universidade de Aveiro, Professor Artur Silva. Durante a reunião estabeleceram-se as bases para a implementação e execução do projeto tendo sido estabelecidas as bases para o desenvolvimento curricular em reuniões futuras em Assuão e Marsa Matrouh no Egito, assim como em Pirão na Eslovénia. Este projeto envolve, entre outras atividades a mobilidade de docentes e alunos da Universidade de Aveiro ao Egito onde participarão na lecionação de módulos do mestrado, assim como a receção na Universidade de Aveiro de estudantes egípcios. http://fishaqu.eu/
Investigadores do CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, FCUL – Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa observaram três espécies de aves a alimentarem-se de seiva de palma, parcialmente fermentada, aproveitando a recolha feita nas palmeiras pelas populações locais para produção de vinho de palma, no Arquipélago dos Bijagós, Guiné Bissau.
São poucos os grupos de animais vertebrados que conseguem alimentar-se de seiva de plantas, no entanto, algumas espécies de aves e mamíferos incluem este recurso altamente energético na sua dieta. Um estudo realizado em 2019 por investigadores do CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, FCUL – Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa documentou (Jorge Gutiérrez, Teresa Catry, José Pedro Granadeiro), pela primeira vez, três espécies de aves (Tecelão-malhado Ploceus cucullatus, Engole-malagueta Pycnonotus barbatus (na imagem) e Beija-flor do Gabão Anthreptes gabonicus) a alimentarem-se em pontos de recolha de seiva de palma. Na verdade, o consumo de “vinho de palma”, produzido a partir da seiva recolhida das palmeiras, é uma prática comum em muitos países do Oeste Africano. Para isso os habitantes locais fazem cortes no topo das árvores a partir dos quais extraem a seiva.
Neste trabalho, que decorreu durante três meses na ilha de Orango, no arquipélago dos Bijagós, as aves foram observadas a tirar partido desta oportunidade, bebendo diretamente dos pontos de recolha de seiva nas palmeiras. Esta seiva, além de rica em açúcares, pode também ser uma fonte de água importante na época seca. No entanto, “Apesar de não se terem observado alterações no comportamento destas aves, esta seiva já está parcialmente fermentada, contendo entre 5,6 e 7,6 % de álcool (o equivalente a uma cerveja). De alguma forma estas espécies parecem estar adaptadas para lidar com este nível de álcool, mas serão necessárias mais experiências para o provar” explica Jorge Gutiérrez, um dos autores deste trabalho. Os autores destacam ainda que é muito interessante “o facto destas aves potencialmente aprenderem este comportamento de aproveitamento deste recurso umas com as outras, podendo servir como modelos de estudo de transmissão cultural em ambiente selvagem”.
Este é um exemplo de um caso em que o Homem facilita o acesso de alimento a estas espécies de aves que, de outra forma, não conseguiriam aproveitar este recurso. Interessante também é o facto destas aves parecerem estar familiarizadas com a localização e produção dos diferentes pontos de recolha e defenderem-nos ativamente de outras que tentem alimentar-se neles. Os próximos passos serão “investigar a ocorrência deste comportamento em outras ilhas do arquipélago dos Bijagós e realizar experiências com aves marcadas individualmente para se perceber a relevância do vinho de palma na sua alimentação e o potencial papel da transmissão cultural neste comportamento” diz Jorge Gutiérrez.
O artigo original pode ser lido aqui. O trabalho foi realizado no âmbito do projeto MigraWebs.
[Créditos da imagem: Jorge Gutérrez]
Decorreu no dia 10 de dezembro no ECOMARE (Universidade de Aveiro) o workshop de apresentação do projeto TraSeafood – Rastreabilidade da Origem Geográfica como uma Via de Valorização Inteligente dos Recursos Marinhos Endógenos (PTDC/BIA-BMA/29491/2017) apoiado financeiramente pela FCT/MEC através de fundos nacionais e cofinanciado pelo FEDER no âmbito do Acordo de Parceria do PT2020 e Compete 2020. O workshop contou com a presença de toda a equipa de investigadores do projeto e ainda com a presença de representantes da Autoridade Marítima Nacional, da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e outras entidades parceiras que fazem parte do comité de atores chave que acompanha o projeto TraSeafood. Neste evento foram apresentadas as técnicas biogeoquímica e bioquímicas utilizadas, assim como os modelos estatísticos desenvolvidos, que já permitiram definir com sucesso as melhores metodologias para conseguir atingir a rastreabilidade da origem geográfica de vários organismos marinhos recolhidos ao longo da costa continental Portuguesas e da Galiza. O projeto TraSeafood continuará até 31 de maio de 2021 auxiliando as entidades competentes a combater a pesca ilegal e a expor práticas fraudulentas e/ou que coloquem em risco a saúde pública.