CESAM desenvolve ferramentas inovadoras de apoio à Gestão Florestal e Risco de Incêndio

As alterações climáticas afetam as florestas na região mediterrânea, em particular no sul da europa, onde estes ecossistemas, cada vez mais sujeitos a altas temperaturas e baixa precipitação devido às alterações climáticas, são degradados por incêndios de grandes dimensões e intensidade, e que ocorrem com cada vez mais frequência.

Preparar a floresta e planear a sua gestão considerando cenários de clima futuro torna-se imperativo, uma ideia incorporada do projeto “FoRES – Desenvolvimento da Resiliência da Floresta ao fogo, num cenário de alterações climáticas”, que no passado dia 30 de Abril teve o seu encontro final, intitulado “Desafios da gestão florestal e risco de incêndio. Capitalizar os resultados do projeto FoRES”.

O departamento de Física da Universidade de Aveiro acolheu a iniciativa em que estiveram presentes representantes do ICNF, Camara Municipal de Ovar, Forestwise, AGIF (Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais), UTAD, CIRA (Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro) e AFBV (Associação Florestal do baixo Vouga).

Coordenado pelo CESAM, o projeto FoRES, tem como parceiros o Instituto Norueguês de Investigação em Bio economia (NIBIO), o Laboratório Colaborativo para a Gestão Integrada da Floresta e do Fogo – Forestwise e a Associação de Produtores Agrícolas Tradicionais e Ambientais – APATA.

No encontro foram apresentados cenários de gestão florestal sujeitos a modelação de propagação de fogos florestais, em cenários de clima futuro, onde se analisaram, igualmente, que estratégias de gestão ou transformação da paisagem podem resultar numa menor área ardida.

Os cenários de gestão florestal, foram criados em colaboração com stakeholders, e analisados na sua relação com o fogo e o clima, mostraram ser uma ferramenta útil para a avaliação da resistência da paisagem à propagação do fogo, altamente dependente das estratégias de gestão florestal implementadas.

A metodologia desenvolvida pelo projeto FoRES, potencialmente aplicável a qualquer área florestal do território e considerando as projeções de clima futuro, combina vários aspetos fundamentais para a conservação dos ecossistemas, para a gestão de risco de incêndios rurais e para a gestão da paisagem, numa ótica integrada com os interesses dos gestores e proprietários.

Veja o vídeo do projeto aqui.

(Texto por: Joaquim Pedro Ferreira)