Investigadora do CESAM entrevistada pelo JN sobre a melhoria impressionante da qualidade do ar em tempos de Covid-19

Ruas desertas, longe do habitual ritmo frenético, o céu mais limpo e uma quietude tensa. Porto, Lisboa e outras cidades mundiais, onde as emissões poluentes caíram a pique, estão irreconhecíveis. Alexandra Monteiro, investigadora do CESAM, não tem dúvidas de que “nunca se viu nada assim”. “Chega a haver reduções de 70% em algumas estações de monitorização. Há melhorias impressionantes da qualidade do ar”, diz. A investigadora, que faz a previsão da qualidade do ar todos os dias para Portugal, analisa com frequência os dados fornecidos pela estação de monitorização de poluição do ar da Senhora da Hora, no Porto, “uma das mais fiáveis”. Na estação de Avintes, em Vila Nova de Gaia, também encontrou dados surpreendentes. “Passou-se de níveis elevados para níveis residuais. É difícil ir abaixo disto”, acredita. E o tráfego automóvel foi “o grande responsável pela redução de emissões poluentes em toda a Europa”, garante Alexandra Monteiro.

 

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Imagens de satélite mostram a acentuada diferença entre as manchas de poluição sobre as cidades ibéricas num ano.