Investigadoras do CESAM/DBio da UA coautoras de artigo destacado na capa da Nanoscale

Mónica Amorim e Susana Gomes, investigadoras do Departamento de Biologia e Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro (UA) acabam de publicar na revista Nanoscale, tendo sido destacado na capa da revista. O trabalho desenvolvido na área da inteligência artificial chama a atenção para a sua relevância na análise de grandes bases de dados para a avaliação dos riscos de nanomateriais.

Mónica Amorim, membro do Departamento de Biologia, coordenadora do Laboratório de Ecotoxicogenómica no grupo de investigação de Ecologia e Ecotoxicologia (applEE), coordenado pelo investigador Amadeu Soares, em coautoria com a investigadora Susana Gomes do seu grupo, mostram os resultados da colaboração entre a Universidade de Aveiro (Portugal), Bremen (Alemanha), Torino (Itália), Tartu (Estónia), e Aarhus (Dinamarca), dos laboratórios dos investigadores de M. Amorim, S. Pockrel, L. Mädler, M. Fasano, E. Chiavazzo, P. Asinari, J. Jänes, K. Tämm, J. Burk and J.J. Scott-Fordsmand.

O artigo “Gomes, S.I.L., Amorim, M.J.B., Pokhrel, S, Mädler, L., Fasano, M, Chiavazzo, E., Asinari, P., Jänes, J., Tämm, K., Burk, J., Scott-Fordsmand, J.J. (2021) Machine learning and materials modelling interpretation of in vivo toxicological response to TiO2 nanoparticles library (UV and non-UV exposure). Nanoscale, 13 14666-14678.” reúne dados de ecotoxicidade gerados da exposição de uma biblioteca de 11 nanoparticulas de Fe-TiO2, descrito por 122 descritores (medidos e modelados), que foram explorados utilizando “machine learning” e técnicas de modelação.

Conforme mencionado, “Apenas através de esforços de colaboração, e utilizando as ferramentas mais avançadas de cada laboratório, é possível compreender a importância das características dos nanomateriais na toxicidade. Esta base de dados representa um banco de dados para desenvolver metodologias holísticas com aplicações mais vastas.”, acrescenta Mónica Amorim.

O artigo descreve como através de “iterative pruning” se conseguem identificar automaticamente os descritores mais significativos. A toxicidade de TiO2 NPs diminuiu quando em combinação com raios UV. De notar que a exposição curta a TiO2 em meio aquoso, induziu respostas que permaneceram, mesmo após um período de longa duração de recuperação em meio limpo. Verificou-se uma correlação entre o teor de Fe e a “band-gap”, e portanto a redução do stress oxidativo a UV. A inclusão de dados de materiais, tanto medidos como modelados, beneficiou a interpretação dos resultados, quando analisados com “machine learning”.

Para a leitura integral: 

https://pubs.rsc.org/en/content/articlelanding/2021/NR/D1NR03231C