Olga Ameixa, coordenadora do Grupo de Trabalho “Benefícios e Riscos dos Agentes de Controlo Biológico Exóticos,” participou como membro do comité científico e organizador e também como oradora na 5ª reunião do Grupo de Trabalho “Benefícios e Riscos dos Agentes de Controlo Biológico Exóticos,” que decorreu na Universidade de Aveiro de 11 a 14 de setembro.
De acordo com a investigadora, este evento conseguiu reunir presencialmente alguns dos melhores especialistas do mundo, e debater os desafios atuais à implementação de programas de controlo biológico, sobretudo de controlo biológico clássico que envolve a utilização de organismos exóticos. Permitiu ainda discutir formas de flexibilizar a utilização deste serviço do ecossistema, bem como da necessidade de melhor informar a opinião pública e os decisores políticos sobre os benefícios deste método de proteção fitossanitária.
Esta reunião foi importante para consolidar a ação do grupo de trabalho e fomentar futuras colaborações.
O encontro reuniu vários especialistas e profissionais que trabalham em áreas relacionadas com os benefícios e riscos associados aos agentes exóticos de controlo biológico. Representantes de diversas organizações e redes de diferentes países, incluindo vários países europeus, África do Sul, Nova Zelândia, Canadá, EUA e China, marcaram presença.
As principais áreas abordadas durante o encontro foram:
• Benefícios e riscos de agentes exóticos de controlo biológico de pragas e de organismos patogénicos emergentes
• Interações dos agentes de controlo biológico e as espécies nativas
• Benefícios e riscos de agentes de controlo biológico exóticos no mundo
• Sinergias entre as diferentes organizações e redes que lidam com agentes exóticos de controlo biológico
• Benefícios e riscos dos agentes de controlo biológico exóticos em sistemas de produção agroflorestal
• Benefícios e riscos do controlo biológico de plantas exóticas invasoras
• Ecologia dos agentes exóticos de controlo biológico
O controlo biológico envolve a libertação de organismos vivos no ambiente para o controlo de pragas ou ervas daninhas que podem ter um impacto negativo nas culturas, na biodiversidade nativa e nos serviços dos ecossistemas. As consequências dos atuais métodos de proteção fitossanitária na biodiversidade e na saúde estão agora no centro de várias agendas políticas, tais com a estratégia do Pacto Ecológico da UE, que visa reduzir a utilização de pesticidas sintéticos e perigosos em 50% e que 25% dos terrenos agrícolas sejam cultivados com culturas orgânicas. Neste contexto, será necessária a implementação de métodos de controlo biológico para a produção de alimentos. Sendo um input não químico e direcionado, o controlo biológico pode oferecer uma solução sustentável para a agricultura, com a redução da contaminação do solo, aumento da biodiversidade e, em última análise, melhoria da saúde do solo. Pode, portanto, ser um facilitador do Pacto Ecológico Europeu, especialmente da estratégia de Biodiversidade da UE para 2030 e da Iniciativa Polinizadores da UE, bem como dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
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