DOUROZONE – Risco de exposição ao ozono para a vinha Duriense em clima actual e futuro

Coordenador

Ana Isabel Miranda

Programa

Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização (PTDC/AAG-MAA/3335/2014)

Datas

01/07/2016 - 30/06/2018

Financiamento para o CESAM

110472 €

Financiamento Total

147948 €

Entidade Financiadora

FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia

Instituições Participantes

  • Instituto Politécnico de Bragança

URL / WWW

http://dourozone.web.ua.pt/

Portugal é o 11º produtor de vinho do mundo e o 5º da União Europeia. A Região Demarcada do Douro (RDD) é a zona vitícola onde que se produz o famoso Vinho do Porto, responsável por mais de 60% do valor total das exportações nacionais de vinho. Em contexto de alterações climáticas (AC), é importante compreender como é que a distribuição do ozono na camada mais baixa da troposfera será afetada e como é que por sua vez o ozono irá afetar florestas e culturas agrícolas como a vinha. É amplamente aceite que a exposição das culturas ao ozono resulta em plantas subdesenvolvidas, produtos de qualidade inferior e produções mais baixas. Estudos publicados recentemente comprovam os efeitos negativos do aumento da concentração do ozono troposférico na produtividade, no entanto, estes estudos focaram-se principalmente em quatro das grandes culturas mundiais – trigo, milho, arroz e soja. Por outro lado, os danos provocados pelo ozono têm sido relacionados com as concentrações de ozono, numa lógica de que concentrações mais elevadas serão mais prejudiciais às plantas. No entanto, é cada vez mais evidente que é a quantidade de ozono absorvido pela planta, ou dose interna, e não a exposição externa que deveria ser usada na avaliação do risco do ozono. Esta distinção é importante numa situação em que concentrações elevadas de ozono estejam associadas a condições meteorológicas quentes e muito secas, como é o caso da situação de AC projectadas para o sul da Europa. Nestas condições as plantas têm tendência a reduzir a abertura dos estomas, de forma a diminuir a perda de água, o que reduz também a absorção de ozono. Assim, ao estudar os efeitos das concentrações futuras de ozono nas culturas é necessário contemplar não só as concentrações de ozono, que determinam a exposição das culturas ao ozono, mas também a deposição de ozono na vegetação, que determina o fluxo de ozono, ou seja, a entrada do ozono via estomas. O objetivo do DOUROZONE é avaliar o risco de exposição ao ozono das vinhas da RDD em clima presente e futuro, estimando as concentrações e a deposição de ozono no vale do Douro e avaliando depois os potenciais prejuízos em termos de produtividade.

membros do CESAM no projeto

Maria Alexandra Castelo Sobral Monteiro

Investigadora Auxiliar com Habilitação

Alfredo Moreira Caseiro Rocha

Professor Associado com Agregação

Carlos Borrego

Professor Emérito

Ana Isabel Miranda

Professora Catedrática

Myriam Nunes Lopes

Professora Associada