ModelEco – Modelação de fluxos de ecossistemas com tempo após incêndio com base em deteção remota de índices de vegetação e parâmetros meteorológicos

Coordenador

Bruna R F Oliveira

Programa

Projeto financiado exclusivamente por fundos nacionais através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia

Datas

29/03/2021 - 28/03/2024

Financiamento para o CESAM

249183 €

Financiamento Total

249183 €

Entidade Financiadora

FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia

Instituição Proponente

Universidade de Aveiro

O objetivo da proposta ModelEco é desenvolver um modelo para prever a produção primária e a evapotranspiração de florestas afetadas por perturbações, como incêndios florestais ou seca, a partir de dados de índices de vegetação (VI) adquiridos de imagens de satélite e dados meteorológicos. O modelo representa uma ferramenta importante que poderá ser integrada em modelos de previsão de alterações climáticas. Apesar de já existirem modelos para prever a emissões diretas de CO2 durante fogos florestais, é ainda um desafio incorporar fluxos de CO2 e H2O de florestais com o tempo-após-incêndio, ou seja, emissões indiretas. O principal motivo para tal é a dificuldade em prever a produção primária e a evapotranspiração com o tempo-após incêndio pois dependem da interação entre complexos processos bióticos e abióticos.
Os fluxos indiretos de CO2 e H2O dependem da recuperação da produção primária, decomposição de matéria orgânica do solo e dinâmica da vegetação. Frequentemente observa-se que, como consequência da recorrência e severidade dos incêndios florestais, há uma transição da floresta para um sistema arbustivo, o que altera os fluxos de energia e calor do sistema, levando a novos estados de microclima e dinâmica do ecossistema.
Modelos biosfera-atmosfera são desenvolvidos para testar hipóteses em que as funções do ecossistema são afetadas, como é o caso da resposta dos ecossistemas às alterações climáticas. Reduzir as incertezas neste tipo de modelos pode melhorar significativamente a capacidade científica em perceber e prever respostas dos ecossistemas a diversos cenários.
Índices de vegetação obtidos de dados de satélite são usados em modelos dinâmicos globais de vegetação para explicar potenciais alterações na vegetação e associados ciclos biogeoquímicos e hidrológicos causadas por alterações no clima. Ao fazer este tipo de previsões, a produção primária e a evapotranspiração não podem ser dissociadas pois estão intrinsecamente ligadas. Modelos biosfera-atmosfera podem ser adaptados para explicar alterações na vegetação com o tempo-após-incêndio e seus impactes na produção primária e evapotranspiração com base em dados de vegetação obtidos de imagens de satélite e dados meteorológicos.

 

 

 

membros do CESAM no projeto