Novo processo produtivo associado ao combate das principais pragas com melhoria da qualidade do produto final e na gestão dos recursos naturais, com gestão de largadas de auxiliares comerciais e acção de limitação natural.

Coordenador

Octávio Paulo (at FCUL) and Elisabete Figueiredo (at ISA)

Programa

PRODER-Sub-program; Promotion of K & D - Measure 4.1. Cooperation for Innovation. PA46223-Partnership 469

Datas

02/01/2013 - 28/12/2015

Financiamento Total

35.453 €

Instituições Participantes

  • Instituto Superior de Agronomia
  • Escola Superior Agrária de Santarém

O processo inovador a implementar pretende disponibilizar regras de actuação no combate às pragas das culturas hortícolas face à sua presença e intensidade de ataque e também na avaliação dos auxiliares presentes, em particular as espécies/estirpes autóctones e a necessidade de complementar a sua acção com largadas de auxiliares. Além disso, pretende analisar as consequências das largadas de auxiliares para melhor adequar as estratégias de protecção a utilizar, no sentido da conservação da biodiversidade local e consequentemente do aumento da rentabilidade da produção. Esta operação reveste-se de grande importância na medida em que as largadas inundativas, apesar de no momento imediato permitirem o controlo das pragas podem, também, conduzir ao incremento das populações dos auxiliares que no caso de não serem estritamente zoófagos poderão passar a constituir, eles próprios, uma praga com necessidade de intervenção. Este tem sido o caso de mirídeos, grupo de grande importância para o combate à mosca branca e traça do tomateiro, combate este que se pretende melhorar com este novo processo. A erosão genética por largadas inundativas de um único ou poucos genótipos poderá conduzir a menor diversidade genética das populações nativas e, consequentemente, a menor capacidade de sobrevivência dos indivíduos. Esta avaliação vai ser realizada nas espécies com maior impacto e que apresentam maior expressividade na cultura das empresas de produção hortícola protegida da região oeste e alentejana: abelhões, mirídeos e parasitóides de afídeos. As largadas inundativas de uma única espécie dentro de um dado nicho ecológico podem conduzir à extinção de populações de outras espécies do mesmo nicho o que diminui a acção potencial da limitação natural. Esta operação permitirá reunir acções para definir procedimentos antes da aquisição dos auxiliares comerciais (escolha de espécies e número de indivíduos a largar) e depois das largadas efectuadas no sentido da avaliação da eficácia e necessidade de executar outras tarefas complementares para o combate da praga em questão. O estabelecimento do processo associado ao uso de alternativas aos pesticidas reveste-se de particular interesse no aumento de competitividade pelo aumento da qualidade do produto final.

Para conseguir atingir o objectivo serão implementadas as seguintes acções de concepção, divulgação e incorporação do processo: i) Definição de protocolos para identificação e quantificação das populações das pragas e auxiliares autóctones; ii) Avaliação das consequências da introdução de auxiliares comerciais; iii) Definição de regras de actuação com e sem largadas de auxiliares; iv) Reuniões de acompanhamento, divulgação e sensibilização; v) Construção e disponibilização de material pedagógico: vídeo de demonstração e brochura digital nas plataformas web de comunicação e redes temáticas disponíveis

A execução das várias acções envolve duas empresas de produção de hortícolas protegidas, produtoras de tomate: a Hortipor e a Olhorta, o Instituto Superior de Agronomia (ISA), a Escola Superior Agrária de Santarém (ESAS) e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL).

membros do CESAM no projeto