A floresta e um recurso estratégico essencial para uma economia verde. Cerca de 10 milhões de hectares de floresta de pinheiro estão em risco devido ao cancro resinoso do pinheiro (CRP), infeção causada pelo fungo Fusarium circinatum. A gestão integrada das doenças florestais não e um caminho simples mas antes um conjunto de medidas complementares, incluindo o desenvolvimento de material de propagação florestal resistente a doenças. A presente proposta e suportada pela EXPERIENCIA DA EQUIPA nos resultados (analises fisiológica e moleculares) e nas competências em CRP adquiridas no âmbito do projeto URGENTpine (PTDC/AGR-FOR/2768/2014) onde varias espécies de pinheiro com diferentes níveis de suscetibilidade ao CRP foram usadas para explorar os mecanismos que explicam a resistência/suscetibilidade do hospedeiro. Avançámos conhecimento no complexo sistema imunitário da planta e identificamos bactérias exclusivas do fenótipo de resistente. Estamos em posição de avançar para as ações aplicadas. Não existem medidas 100% eficazes de controle da doença, as que existem são muito limitadas pela legislação que regulamenta o uso de agroquímicos, uma realidade com que o viveirista tem de lidar diariamente. Estratégias que aumentem a resistência do hospedeiro parecem ser as medidas fitossanitárias mais eficazes e ecológicas. A implementação desta PdC leva-nos de um projeto TRL de 2 para uma proposta onde se pretende atingir o TRL 4 com potencial para desenvolvimento de uma patente.
O OBJETIVO do URGENTpine2.0 é contribuir para uma FLORESTA RESILIENTE através da indução de resistência (IR) em plantas de pinheiro recorrendo a estratégias ecológicas e rentáveis. Isto permitirá uma produção sustentável de plantas em viveiro aumentado a sua capacidade inata de defesa (via indução química e/ou manipulação de microbioma). Pretende-se aumentar a qualidade geral da planta em estufa não só em termos de crescimento mas também as suas defesas, uma característica que esperamos que ao manter-se em campo aumenta o sucesso da reflorestação. O plano de trabalho assenta numa abordagem integrada propondo SOLUÇÕES DE BASE CIENTÍFICA em diálogo com um STAKEHOLDER FLORESTAL (Melo & Cancela, Viveiros florestais Lda). Todas as ações serão desenvolvidas de forma partilhada para alcançar os objetivos do projeto e potenciar a sua operacionalização em sistemas operacionais reais (estufa). Este conceito: “da ideia a aplicação” é crucial para que os resultados científicos cheguem aos stakeholders e a sociedade. A Equipa é multidisciplinar e, em conjunto com o consultor, reconhecida internacionalmente pelos trabalhos desenvolvidos em CRP. O tema é RELEVANTE dada a importância económica dos pinhais na Europa e em Portugal, nomeadamente para a região Centro de Portugal uma vez que o foco será o Pinheiro Bravo. Está alinhado com os objetivos da agenda do Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS 15 e 13) e com as politicas nacionais Portugal 2030, do PRR e do PRPI.