A resistência a antibióticos está entre as maiores ameaças à saúde humana neste século. As estações de tratamento de águas residuais contribuem para a dispersão desta resistência. Um estudo recentemente publicado na revista Science Advances compara a abundância de genes de resistência a antibióticos em estações de tratamento de águas residuais em sete países europeus: Finlândia, Noruega, Alemanha, Irlanda, Espanha, Portugal e Chipre. Este estudo mostra que em países com níveis mais elevados de resistência a antibióticos na clínica (por exemplo, Espanha, Portugal, Chipre) a abundância de genes de resistência a antibióticos nas estações de tratamento de águas residuais é mais elevada. Este gradiente norte-sul também é evidente em termos de consumo de antibióticos: países como a Finlândia, a Noruega e a Alemanha são conhecidos pelo seu baixo consumo de antibióticos, enquanto que em Espanha, Portugal e Chipre o consumo de antibióticos é mais elevado. A temperatura ambiente também foi identificada como um fator importante, o que aumenta a preocupação num contexto de alterações climáticas. A boa notícia é que a maior parte das estações de tratamento foi eficaz na remoção de genes de resistência a antibióticos. No entanto, a abundância relativa de alguns genes clinicamente relevantes aumentou no efluente final e o gradiente de contaminação norte-sul permaneceu após o tratamento. O estudo incluiu investigadores de sete países, sendo coordenado pela Universidade Católica Portuguesa. O CESAM foi representado por Isabel Henriques, do Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra.

O artigo original pode ser consultado aqui.

O CESAM está a organizar a segunda edição do OP@CESAM. O principal objetivo desta iniciativa é promover uma maior participação e envolvimento dos investigadores juniores, nomeadamente dos alunos de doutoramento, nas atividades científica, de divulgação e disseminação do CESAM. O regulamento da inciativa e o formulário de inscrição estão disponíveis na INTRANET (apenas disponível para membros do CESAM).

Pode concorrer até 20 de maio e obter até 10 000€ de financiamento para a sua ideia. Não perca esta oportunidade!

Datas importantes:

  • Submissão de propostas: 20 maio, 17h00
  • Divulgação da lista de votantes: 20 maio
  • Divulgação das propostas aos votantes: 21-24 maio
  • Análise das propostas: até 31 maio
  • Votação: 01-09 junho, 17h00

A Conferência Internacional em Modelação, Monitorização e Gestão da Poluição Atmosférica chegou com sucesso à sua 27ª edição, atraindo sempre vários representantes internacionais. Esta edição decorrerá em Aveiro de 26 a 28 de junho de 2019. O Professor Carlos Borrego e a Professora Myriam Lopes do CESAM são dois dos presidentes da conferência. O CESAM também estará representado pela Professora Ana Isabel Miranda e a investigadora Joana Ferreira como membros do International Scientific Advisory Committee.

Mais informações sobre o evento aqui.

 

A Conferência Internacional em Transportes Urbanos e Ambiente chegou com sucesso à sua 25ª edição, atraindo sempre vários representantes internacionais. De facto, é um evento de reconhecimento internacional. Esta edição decorrerá em Aveiro de 25 a 27 de junho de 2019. O Professor Carlos Borrego (CESAM) é um dos presidentes da conferência juntamente com o Professor Giorgio Passerini (Marche Polytechnic University, Italy). O CESAM também estará representado pela investigadora Alexandra Monteiro como membro do International Scientific Advisory Committee.

Mais informações sobre o evento aqui.

No passado dia 17 de Abril o CESAM organizou um evento dedicado a melhorar e dar mais competências de comunicação aos seus membros. O evento THE  PERFECT PITCH IN 5’ durou o dia todo e os participantes ficaram claramente satisfeitos e acharam o evento útil.

A manhã incluiu várias palestras com oradores especialistas que abarcaram temas diversos como dicas de como fazer boas comunicações orais (Miguel Leal da empresa Scite – Science Communication e Joaquim Macedo Sousa da incubadora HIESE), a importância de comunicar para públicos não cientistas (Pedro Farias, SCIRP, Universidade de Aveiro) e algumas dicas de design de modo a ajudar a otimizar as apresentações (Joana Quental, ID+, Universidade de Aveiro). O anfiteatro estava cheio e os presentes saíram de lá mais enriquecidos.

Durante a tarde, houve 3 workshops em paralelo cujo público-alvo eram membros não doutorados do CESAM. Um dos workshops foi dirigido a mestrandos e bolseiros não doutorados do CESAM e foi dinamizado pelas Doutoras Cecília Guerra e Susana Ambrósio do CIDTFF, Universidade de Aveiro. O outro workshop teve como público-alvo os alunos de doutoramento (Doutor Miguel Leal da empresa Scite – Science Communication). Os alunos de doutoramento ainda tiveram a oportunidade de participar num workshop realizado com alunos de doutoramento do Programa Doutoral de Design. Este workshop foi dinamizado pela Prof. Joana Quental, ID+, Universidade de Aveiro e foi uma oportunidade para os alunos do CESAM trabalharem de perto com alunos de Design e terem uma visão diferente do seu trabalho de investigação.

O programa completo e os currículos dos oradores/formadores pode ser obtido aqui.

Nos passados dias 27 e 28 de março, na Guarda, a Unidade de Vida Selvagem do CESAM & Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro fez-se representar por Carlos FonsecaEduardo FerreiraRita Torres e João Carvalho na reunião de abertura do projeto LIFE “Decreasing socio-ecological barriers to connectivity for wolves south of the Douro river”e do projeto financiado pelo Endangered Landscapes Programme Scaling Up Rewilding in Western Iberia”. No encontro de dois dias foram discutidas as principais tarefas destes dois projetos complementares e articulados os esforços de todas as equipas envolvidas. Os trabalhos decorrerão até final de 2023.
A Universidade de Aveiro e as organizações Rewilding Portugal, Associação Transumância e Natureza e Zoo Logical são parceiras nestes dois projetos abrangentes que visam a renaturalização do Grande Vale do Côa e o aumento da conetividade funcional da paisagem para a vida selvagem a sul do rio Douro.
No período de vigência dos projetos pretende-se criar as condições necessárias para impulsionar a biodiversidade, restaurar cadeias tróficas e promover a gestão integrada e sustentável dos recursos naturais. São projetos abrangentes e inclusivos que contemplarão acordos com associações locais de caçadores, agricultores e produtores florestais. As bases científicas e educativas dos projetos serão também os alicerces para a criação de uma nova economia baseada na natureza e nos produtos locais, essencial para a reversão do despovoamento rural.

 

 

programa doutoral Do*Mar – Ciência, Tecnologia e Gestão do Mar acaba de publicar edital anunciando candidaturas às Universidades de Aveiro, Minho e Trás-os-Montes e Alto Douro. Nove bolsas Do*Mar-FCT estão disponíveis nesta candidatura. Detalhes dos procedimentos de candidatura e de seleção estão disponíveis em http://www.campusdomar-pt-domar.net.

Data limite de candidatura: 20 de maio de 2019.

O projecto AMBIEnCE – Impacto de multi-stressores atmosféricos em sistemas marinhos costeiros em cenário de alterações climáticas (PTDC/CTA-AMB/28582/2017) obteve a recomendação do projecto internacional SOLAS (Surface Ocean – Lower Atmosphere Study), suportado pelo GEOMAR Helmholtz Centre for Ocean Research. O projecto SOLAS reúne mais de 2500  investigadores a nível mundial e tem como principal objectivo explorar as interacções biogeoquímicas e físicas entre o eceano e a atmosfera. O projeto AMBIEnCE é um projeto multidisciplinar que pretende avaliar o impacto da deposição de aerossóis orgânicos (OA) atmosféricos na composição molecular e reatividade da matéria orgânica dissolvida (DOM) em diferentes sistemas marinhos costeiros. O AMBIEnCE visa também explorar como as características químicas de OA e DOM afetam a biodisponibilidade dos metais vestigiais em águas do mar. O projecto AMBIEnCE aborda directamente um dos cinco tópicos nucleares do projecto SOLAS, “Deposição atmosférica e biogeoquímica do oceano”. Toda a informação pode ser encontrada aqui.

A newsletter do SOLAS (SOLAS enews) com a divulgação e recomendação do projeto AMBIEnCE pode ser consultada aqui.

Um dos mais recentes e fascinantes desenvolvimentos da Biologia é a perceção da importância do microbioma na saúde humana e animal e na função dos ecossistemas. Em ambientes marinhos, as esponjas têm sido consideradas um dos modelos de eleição para estudar a relação hospedeiro-microbioma. Estes organismos estão entre os animais mais antigos do planeta e são consideradas um dos maiores reservatórios de diversidade microbiana nos oceanos. No entanto, até agora, não era claro até que ponto os microrganismos associados a esponjas ocorriam noutros biótopos, nem qual era a contribuição de outros hospedeiros para a diversidade microbiana nos recifes de coral.
Vários membros do CESAM e dBio, em colaboração com investigadores de diferentes instituições de Taiwan, Tailândia e Holanda, realizaram um extenso e ambicioso estudo com o objetivo de investigar os microbiomas de mais de 200 biótopos em recifes de coral na região do Indo-Pacífico. Utilizando sequenciação em massa de DNA e o cluster de computação ARGUS da Universidade de Aveiro, foram caracterizadas, pela primeira vez, as comunidades microbianas de algas, corais, pepinos-do-mar, ouriços-do-mar, esponjas, nudibrânquios, quítons, platelmintes, água e sedimento. Os investigadores observaram que um grande número de populações microbianas são compartilhadas entre os diferentes biótopos, suportando a hipótese de Baas Becking que “tudo está em todo lugar, mas o ambiente seleciona”. Ao contrário do que se pensava até agora, as esponjas não são os principais biótopos a contribuir para a diversidade microbiana total dos recifes de coral; outros organismos hospedam comunidades procarióticas mais diversas. Afinal, as esponjas são apenas um componente, embora interessante, de uma metacomunidade muito maior.
Além das implicações ecológicas, este estudo mostra que muito do potencial biotecnológico das esponjas, pode também ser inerente a outros organismos de recifes de coral, abrindo assim as portas para novas fontes para prospeção de recursos microbianos.

O artigo original aqui.

23/08/2016

Parceria com vista à recuperação, saúde e ecologia de animais marinhos

A Universidade de Aveiro (UA) e o Oceanário de Lisboa assinaram um acordo de parceria a 19 de agosto, que vigorará por um ano, com possibilidade de renovação, consolidando a colaboração que já existia anteriormente. O documento enquadra a colaboração na área das ciências marinhas aplicadas à reabilitação, saúde e ecologia de animais marinhos a desenvolver pelo Centro de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (CPRAM), unidade integrante do ECOMARE-Laboratório para a Inovação e Sustentabilidade dos Recursos Biológicos Marinhos, sob responsabilidade da UA.

O envolvimento do Oceanário de Lisboa nas atividades do CPRAM vem alargar, de modo muito expressivo, o âmbito das parcerias que tornam possível o ECOMARE e que já envolviam a Sociedade Portuguesa da Vida Selvagem, a Administração do Porto de Aveiro e a Câmara Municipal de Ílhavo.

O ECOMARE será composto, para além do CPRAM, pelo Centro de Extensão e de Pesquisa Ambiental e Marinha (CEPAM) e por uma biblioteca de organismos vivos – Biblioteca de Invertebrados Marinhos e Simbiontes Microbianos, entre outras valências.

Mais informação em: http://uaonline.ua.pt/pub/detail.asp?c=47466