21/11/11
A variabilidade natural não chega para explicar secas, inundações e tempestades. As alterações climáticas causadas pelo ser humano estão a mudar a frequência, intensidade e duração de fenómenos meteorológicos extremos, revela o novo relatório do Painel Intergovernamental da ONU para as Alterações Climáticas (IPCC) publicado a 18/11/11. Link: Special Report on Managing the Risks of Extreme Events and Disasters to Advance Climate Change Adaptation (SREX)

10/11/11
Os gatos domésticos, afinal, não circulam tão livremente em zonas naturais como se temia, embora tal continue a ser motivo de preocupação para a conservação da natureza. Esta conclusão resulta de um estudo pioneiro sobre o gato doméstico realizado por Joaquim Ferreira, investigador do CESAM, em parceria com investigadores do CBA/FCUL e do EBD/CSIC (Espanha). O artigo foi recentemente publicado na PLoS ONE (http://dx.plos.org/10.1371/journal.pone.0025970), a maior revista científica de acesso livre com revisão por pares, disponível apenas online.

Mais detalhes: http://www.cienciapt.net/pt/index.php?option=com_content&task=view&id=105077&Itemid=279

30/06/11
De modo a fomentar o desenvolvimento sustentável do Arquipélago das Berlengas, território integrante das Áreas Protegidas Nacionais, o Município de Peniche submeteu junto da UNESCO a candidatura da Berlenga ao galardão “Reserva da Biosfera” que foi aprovada no passado dia 30 de Junho 2011.
Para além do reconhecimento do elevado valor do património natural do Arquipélago das Berlengas, a aprovação desta candidatura demonstra um reconhecimento público acerca dos problemas de conservação e de desenvolvimento, assim como a existência de acções concretas e participadas para fazer face a tais constragimentos.
A candidatura teve a coordenação científica do Prof. Henrique Queiroga (CESAM/UA) e esteve a cargo do  Instituto de Ambiente e Desenvolvimento do CESAM/UA, da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (Peniche) do Instituto Politécnico de Leiria, do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade e do Município de Peniche.

Notícia no jornal Público (edição de 30/06/11): http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1500751

14/12/11
O artigo intitulado “Physical oceanography of the western Iberian ecosystem: Latest views and challenges” publicado na prestigiada revista “Progress In Oceanography” em 2007 consta na recente lista dos artigos mais citados elaborada pela própria revista, que é uma das mais referenciadas na área da Oceanografia.
Este artigo apresenta o estado da arte do regime do ecossistema Ibérico de afloramento, apresentando-se e discutindo-se, de forma crítica, grande parte da informação científica disponível até à data, bem como os desafios para a investigação nesta área durante os próximos anos.
O trabalho aborda a problemática relacionada com a circulação na plataforma continental interna, que envolve a plumas de água pouco salinas, provenientes dos rios da região, e os fenómenos de maré. Paralelamente, também se apresentam resultados da corrente em direcção ao norte durante o inverno, nomeadamente os fenómenos de meso-escala associados, a circulação de verão, e respetivo fenómeno de afloramento costeiro, e a interação entre a circulação de grande escala e a margem continental.
A excelência científica do trabalho em causa resulta do esforço conjunto de investigadores das principais instituições Portuguesas e da Galiza que se dedicam à área de oceanografia física: a Universidade de Aveiro e o CESAM, representados pelos investigadores Jesús Dubert e Álvaro Peliz, as Universidades do Algarve e Lisboa, o INIAP/IPIMAR e o CSIC de Vigo.

15/11/11
O artigo do Prof. Carlos Fonseca e co-autores intitulado “Seleção de habitat e abundância de gineta através de armadilhagem fotográfica” publicado no European Journal of Wildlife Research, está entre os dez artigos que mais downloads tiveram naquela publicação durante o ano de 2010.
A novidade do artigo reside na utilização da técnica de armadilhagem fotográfica para obter resultados que normalmente são obtidos com técnicas invasivas.

07/10/11
A avaliação do Times Higher Education é feita com base na medição de 13 indicadores de performance que se agrupam em cinco tópicos principais: ensino (o «ambiente de aprendizagem», nos termos usados pelo ranking, que vale 30%); investigação («volume», «receitas de investigação» e «reputação», com peso de 30 por cento); citações (o «impacto da investigação», valendo 30 por cento); o impacto no tecido produtivo («Inovação», com peso de 2,5%) e a visibilidade internacional («recursos humanos», «estudantes e investigação», que correspondem a 7,5% da avaliação final). A Universidade de Aveiro surge posicionada no patamar entre as posições 301 e 350, partilhado com a Universidade do Porto, mas o somatório da pontuação atribuída à UA nos cinco tópicos que constituem a avaliação, coloca-a acima das restantes congéneres portuguesas.
Notícia no journal da UA: http://uaonline.ua.pt/detail.asp?c=21923&lg=pt

25/10/10
O projecto “FishCare” desenvolvido por investigadores do CESAM e do Departamento de Biologia da UA, foi um dos cinco projectos vencedores do Concurso Nacional de Inovação BES, na categoria Economia Oceânica. O prémio foi atribuído pelo Sr. Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, em Outubro de 2010.
Coordenado pelos investigadores Ricardo Calado e Newton Gomes, o projecto FishCare pretende desenvolver e adaptar ferramentas moleculares que permitam a antecipação e detecção de doenças que afectam as diferentes espécies de peixes marinhos produzidos em aquacultura intensiva e semi-intensiva. Adicionalmente, este projecto pretende validar metodologias moleculares fiáveis para a rastreabilidade dos produtos aquícolas nacionais, de modo a permitir a criação de certificação de origem (por exemplo, a dourada e o robalo da Ria de Aveiro).

Henrique Queiroga, docente do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro e membro do Laboratório Associado CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, foi nomeado para o Comité Executivo do Comité Português para a Biodiversidade.
O comité Português para a Biodiversidade foi criado debaixo da alçada da UNESCO, no seguimento da designação, pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, do ano de 2010 como Ano Internacional da Biodiversidade.
O Comité Executivo tem por missão coordenar as actividades a desenvolver, a nível nacional, no âmbito do Ano Internacional para a Biodiversidade.
Será dado particular destaque a actividades que visem educar e sensibilizar a opinião pública para a necessidade da conservação da Biodiversidade, bem como para aquelas que possam contribuir para o preenchimento de lacunas que existam no nosso conhecimento sobre a Biodiversidade e para as que dinamizem uma sua utilização sustentável, prosseguindo desta forma os objectivos traçados pela Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014).
Henrique Queiroga é professor de ecologia marinha e estuarina e de Oceanografia Biológica. Foi membro do Conselho de Administração do CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e Marinha durante vários anos.
Co-autor de um relatório de consultoria encomendado pelo Governo Português para a formulação de políticas ambientais e metas a serem implementadas e cumpridas durante o Quadro de Referência Estratégico Nacional para 2007-2013, este investigador é membro do Conselho Consultivo Internacional do Instituto de Pesquisa Costeira e Planeamento (Klaipeda, Lituânia) e árbitro de projectos apresentados ao National Science Foundation (E.U.A.) e da Fundação Internacional para a Ciência.
Investigador Principal ou membro da equipa de vários projectos nacionais e internacionais de investigação sobre a ecologia marinha, Henrique Queiroga participou também em programas de monitorização ambiental em águas costeiras. É ainda editor de dois livros e autor de 30 artigos em importantes revistas internacionais na área de Biologia Marinha, árbitro de várias revistas líderes nas áreas de zoologia e ecologia marinha, e membro da organização ou comitês científicos, de seis de conferências internacionais.

De acordo com a revista “Global Change”, número 74 (Inverno de 2009, “Notícias”, página 8), do Programa Internacional da Geosfera-Biosfera, Portugal encontra-se entre o top 10 dos países com melhor qualidade de vida. Todos os anos as Nações Unidas publicam o Índice de Desenvolvimento Humano que, desde a década de 90, tem sido uma figura importante na representação do bem-estar e nível e qualidade de vida das nações. Mas este índice foi revisto pelo Professor Chuluun Togtokh da Universidade Estatal da Mongólia, que incluiu as emissões de dióxido de carbono per capita, considerando assim os países que mais contribuíram para o aquecimento global e que, consequentemente, tiveram um maior impacto no modo de vida dos habitantes de outros países, em particular dos países em desenvolvimento, os mais afectados pelas alterações climáticas.