Concurso Portugal e Noruega: Parcerias para a Inovação – FBR Open Call # 2
O financiamento será disponibilizado para iniciativas bilaterais, em qualquer área estratégica, que contribuam de forma clara para o fortalecimento das relações bilaterais e que obtenham resultados tangíveis.
Cada iniciativa terá um montante mínimo de 5.000€ e máximo 15.000€.

Deadline: 26 de maio 2023 às 12:00h
Mais detalhes: AQUI

O projeto internacional, Life Terra, procura reunir pessoas com o objetivo de plantar 500 milhões de árvores na Europa, permitindo assim que os cidadãos individuais tomem medidas contra a crise climática.
A Universidade de Aveiro acolhe a 10ª reunião do Comité da Direção deste projeto e convida toda a comunidade a participar neste evento que ocorre nos dias 16 e 17 de janeiro. As inscrições terminam dia 13 de janeiro.

Mais de 40 pessoas, originárias de 8 países diferentes, vão discutir no campus da Universidade de Aveiro, os progressos e o futuro deste importante projeto.
O projeto Life Terra baseia-se na ideia de que a plantação de árvores é considerada a solução baseada na natureza mais económica para capturar carbono. Como parte de uma estratégia multifacetada de mitigação, a plantação de árvores pode desempenhar um papel importante na luta contra as mudanças climáticas e a devastação que elas causam (ondas de calor, seca, perda de florestas, desertificação, erosão, inundações).
Inês Domingues, facilitadora do evento e investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) e do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, salienta que: “este evento é uma oportunidade para envolver ainda mais a comunidade académica na temática da reflorestação e restauro ecológico, salientando a importância da plantação de árvores como uma ferramenta ao alcance de todos para a mitigação das alterações climáticas”.

Para mais informações sobre o projeto pode consultar aqui.

Atividades associadas ao evento

Workshop “Calculating our carbon footprint”,
Dia 16 de janeiro entre as 14:00 h e as 16:00 h, no Auditório José Grácio (22.3.1), com Chrystal Moore, Samuel Allasia e Santi Sabaté da Universidade de Barcelona.
Neste workshop vamos rever os fundamentos e as assunções que as diferentes plataformas utilizam para calcular a nossa pegada ecológica, incluindo uma plataforma proposta pelos autores. Vamos ainda produzir e comparar os diferentes cálculos de pegadas ecológicas.
O registo está limitado à capacidade do auditório.

Ação de plantação de árvores “Campus UA”.
Dia 16 de Janeiro entre as 16:00 h e as 16:30 h.
Evento simbólico de plantação de árvores no campus da UA. As árvores que plantarmos vão constituir uma espécie de promessa de futuras ações juntas

Ação de plantação de árvores “Life Terra Woods”
Dia 17 de janeiro, entre as 10:30h e as 14:00h.
Precisamos de voluntários para plantar o Bosque Life Terra em Aveiro. Sairemos do campus para Nariz (perto de Aveiro) pelas 10:30 h. Depois, plantaremos o bosque todos juntos, seguindo-se um almoço de campo. O registo está limitado à capacidade de transporte.


Para inscrição no evento pode aceder aqui. Para outras informações: inesd@ua.pt 

O projeto-piloto CARE (Citizen Arenas for improved environmental quality & resources use in SMART-ER cities) financiado no âmbito de fundos do projeto “ECIU University Research Institute for Smart European Regions”, reúne seis parceiros do Consórcio Europeu de Universidades Inovadoras – ECIU.

Algumas das atividades deste projeto, sob responsabilidade da equipa da Universidade de Aveiro (UA), já se iniciaram. Esta equipa é composta por membros do CESAM (Roberto Martins – coordenador local, Daniela Figueiredo e Vera Rodrigues), CICECO (Cláudia Nunes), DIGIMEDIA (Mónica Aresta e Pedro Beça) e LAQV-REQUIMTE (Elisabete Coelho e Manuel Coimbra).

Até ao momento o projeto mobilizou quase 100 estudantes e docentes de duas escolas da Comunidade Intermunicipal de Aveiro, nomeadamente a Escola Secundária de Vagos e Escola Básica João Afonso de Aveiro. As atividades têm-se centrado na componente de biodiversidade e, muito em breve, na qualidade do ar e água, gestão e reaproveitamento de resíduos alimentares e elaboração de conteúdos digitais, em prol da sensibilização dos cidadãos os desafios ambientais atuais e tomada de consciência e participação ativa numa gestão eficiente e inteligente dos recursos nas cidades e regiões do SMART-ER.

Os seis parceiros do Consórcio Europeu de Universidades Inovadoras – ECIU são: Dublin City University (DCU, Irlanda; coordenador), Universidade de Aveiro, Institut National des Sciences Appliquées de Toulouse (INSA; França), Kaunas University of Technology (KTU, Lituânia), Linköping University (LiU, Suécia) e Universitat Autònoma de Barcelona (UAB, Espanha).
O projecto SMART-ER recebeu financiamento do programa de investigação e inovação Horizon 2020 da União Europeia ao abrigo do acordo de subvenção n.º 101016888.

Para aceder à notícia no Notícias UA online clique aqui 
Para aceder ao website do projeto clique aqui 

Créditos foto: Roberto Martins

Votos de um bom natal e um excelente ano de 2023 para todos

“(…) Em Portugal, o pinheiro bravo (Pinus Pinaster) tornou-se a nossa Árvore de Natal, mas nem sempre foi assim. Pelo mundo fora, de acordo com as características do terreno, do clima e tendo em conta as espécies mais comuns, há outras árvores que se destacam como a Árvore de Natal. (…) Na Europa [por exemplo] a Árvore de Natal mais comum parece ser o Abeto-do-cáucaso (Abies nordmanniana) (…)” Todo o texto aqui 

More info on Pinus Pinaster here 
More info on Abies nordmanniana here

O coordenador científico do CESAM, Amadeu Soares, escreveu na plataforma Florestas.pt sobre a investigação florestal produzida no nosso centro:

“(…) O CESAM reconhece a floresta como um sector da maior importância para Portugal e é um dos poucos Laboratórios Associados cuja atividade promove os três grandes pilares da sustentabilidade: económico, social e ambiental. (…)”

Pode ler o artigo de opinião aqui

The ICARUS project won the first edition of the ‘Science with Art – CICA’ award promoted by CESAM.
The prize aims to finance the creation of art pieces that express the intervention areas of our centre.

Amadeu Soares, the coordinator of CESAM, says this prize “distinguishes an original way of raising public awareness of climate change and the biodiversity that is hidden from our eyes, simultaneously the most important, given the function it performs, and the most fragile

Johannes Goessling, a researcher at CESAM and the Department of Biology, led the team that included researchers João Serôdio, Silja Frankenbach, Alexandra Bastos and Vera Cardoso, all from CESAM and the Department of Biology, as well as the artist Francisca Rocha Gonçalves, artist and researcher at the University of Porto. This team has developed ice sculptures on a metric scale, which mimic the microscopic shells of microscopic algae – diatoms – to make them visible to the naked eye.

For more information, consult here
For more information on the ICARUS project, consult here

[content only available in Portuguese, here]

In an interview for the newspaper Público, our researcher João Miguel Dias (CESAM/DFIS) addresses climate scepticism and the platform Twitter.

The interview can be read here (only in Portuguese)

A reportagem do jornal Público, ‘No estuário do Tejo capturam-se aves para aprender com elas’, acompanhou uma equipa de investigadores numa noite de captura e anilhagem de aves no âmbito do doutoramento do nosso aluno João Belo. Como referido na reportagem: “A informação que daí sairá, permitirá a João perceber os movimentos das aves dentro do estuário do Tejo e, cruzando esses dados com outros recolhidos pelo biólogo, espera-se perceber se elas estão a utilizar as melhores áreas de alimentação e, caso não estejam, porquê”.

José Alves, investigador principal e orientador do trabalho de João Belo, explica, também nessa reportagem, que os dispositivos GPS colocados para a investigação de carácter mais local do João servem também para ser utilizados no estudo da conectividade migratória. À comunicação do CESAM, José Alves reforça ainda a ideia de que “É fundamental comunicar a nossa investigação em biodiversidade para que a sociedade conheça a riqueza biológica que (ainda) temos, pois sem a conhecer nunca terá motivos para a valorizar e proteger. Por outro lado, perceber o trabalho de equipa que está por trás do conteúdo científico produzido nesta área mostra também o nível de conhecimento técnico e o empenho dos investigadores, que vai muito para além do que se pode imaginar. Por exemplo no nosso caso, não é toda a gente que está disposta a sacrificar noites de sono a andar na lama ao frio e às escuras, e que se sujeita a isso para aprender e treinar técnicas de captura e anilhagem de aves, de forma a poder finalmente contribuir nestes trabalhos de investigação.”

No próximo dia 5 de dezembro celebramos o Dia Mundial do Solo, com um conjunto de atividades abertas ao público.

Complexo Pedagógico, Científico e Tecnológico | a partir das 14:00 h | entrada livre

Para conhecer um pouco mais sobre a importância da data e do estudo dos solos fomos conversar informalmente com três das nossas investigadoras e interromper o seu trabalho. A terceira conversa foi com Ana Bastos (CESAM |Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro).

Os excertos abaixo são o resultado dessa breve conversa informal, que ocorreu nos seus laboratórios. Vídeo disponível aqui

Comunicação_CESAM: ‘Qual a importância que os solos possuem no nosso quotidiano?’

Ana Bastos: A nossa vida gira em volta do solo. O solo desempenha inúmeras funções vitais, e ao fazê-lo, está a prestar-nos múltiplos serviços. Poderíamos passar o resto do dia a falar das funções que o solo desempenha, mas há efetivamente algumas com que nos deparamos mais no nosso dia-a-dia: é estrutura e suporte para as nossas habitações e construções; é a base para a produção dos nossos alimentos (aliás, a FAO Fact Sheets estima que cerca de 95% das calorias que gastamos diariamente provém do solo) mas também fornece biomassa e matérias-primas (incl. as fibras téxteis para o nosso vestuário); regula a abundância e a qualidade dos nossos recursos hídricos (incluíndo eventos extremos, como inundações), assim como a qualidade do ar e da atmosfera (e neste caso, sendo a 2ª maior reserva de carbono do planeta, depois dos oceanos, tem um papel central na regulação climática); e aquela pela qual tenho uma preferência especial, é a de que é um reservatório de vida e biodiversidade ‘por excelência’, biodiversidade essa que tem inúmeras aplicações importantes, tal como na industria alimentar e na biomedicina (sabia que muitos dos nossos fármacos, incluindo antibióticos, imuno-suppressores e antitumorais, provém de (micro)organismos do solo?).

No entanto, os solos estão sujeitos a inúmeras pressões, nomeadamente de origem antropogénica. Por isso, é vital investigarmos o modo como as nossas atividades impactam o solo, para podermos definir metas e soluções concretas para problemas concretos, nomeadamente por parte dos setores agroalimentar e agroflorestal. E no que toca à investigação em solos, o CESAM encontra-se numa posição de liderança, não só ao nível da inter- e trans-disciplinariedade que o caracterizam, mas também pela qualidade e aplicabilidade dos resultados que aqui são gerados. E aproveito a deixar o convite a estes setores: procurem o CESAM, procurem os nossos serviços, porque temos todo o interesse em trabalhar convosco na resolução dos vossos problemas, e que são, ao fim e ao cabo, problemas nossos.

Comunicação_CESAM: ‘E quais as perguntas que procuram responder no vosso laboratório e que estão relacionadas com esta temática?’

Ana Bastos: A nossa investigação centra-se no estudo e aplicação sustentável de biocarvão (produto da pirólise de biomassa) a solos vulneráveis, para a melhoria e restauro de algumas funções específicas, sem no entanto, comprometer outras. E daí ter referido “sustentável”, e que obviamente, pressupõe muito trabalho de bastidores, a fim de identificar quais as combinações de fatores que garantem esse compromisso. Ora, e que funções do solo são essas que pretendemos optimizar? De um modo geral, prendem-se com:

  • a capacidade de armazenar água (a que chamamos de função de “esponja” do solo), isto na perspetiva da melhoria da capacidade de adaptação do nosso ecossistema terrestre às alterações climáticas e combate à desertificação;
  • a capacidade de reter nutrientes, e que combinada à retenção de água, conduz a um aumento da taxa de crescimento das plantas e produtividade agrícola/florestal;
  • o sequestro de carbono, isto numa perspetiva de mitigação das alterações climáticas e redução da emissão de gases de efeito de estufa;
  • por fim, outra função essencial que se tem tornado um ponto fulcral do nosso trabalho (porque ainda há muito pouca investigação nesta temática fora do CESAM), tem a ver com a melhoria do habitat para polinizadores e macroinvertebrados do solo, considerando o papel fundamental que estas comunidades têm, nomeadamente ao nível da produção agrícola e das cadeias tróficas terrestres.

Claro está que trabalhamos sobretudo de forma interdisciplinar, e temos aqui algumas parcerias chave, nomeadamente com a Terraprima, o Instituto Superior Técnico (IST-ID), o Instituto Superior de Agronomia, o MED da Universidade de Évora, a Estação Vitivinícola da Bairrada (DRAPC) e a Universidade de Harper-Adams (Reino Unido). No entanto, mantemo-nos sempre abertos e interessados em estabelecer novas colaborações, dentro e fora da UA.