Inês Domingues e Isabel Lopes são as editoras convidadas para o número especial da JoVE: “Current Methods to Assess Behavioral Changes Induced by Environmental Perturbations”.

Data limite para submissão: 3 julho

Mais informação

O CESAM participa na edição 2022 do Encontro Ciência, a decorrer entre 16 e 18 de maio, no Centro de Congressos de Lisboa, com várias comunicações, demonstrações e pósteres.

No dia 16, António J A Nogueira irá apresentar uma comunicação com base no projeto FISHAQU – Intercâmbio de conhecimentos sobre gestão sustentável das pescas e aquacultura na região mediterrânica, do qual é coordenador. A comunicação, intitulada Troca de conhecimentos em gestão sustentável da pesca e da aquicultura na região mediterrânica/FishAqu, será apresentada na sessão temáticaEducação de Qualidade II (Sala 5A – 14h00-15h30).

No dia 17 é a vez de Susana I. L. Gomes participar na sessão temática Produção e Consumo Sustentáveis III com uma comunicação intitulada Mecanismos de toxicidade de nanopesticidas – ao encontro de opções de design seguras e sustentáveis para o ambiente (Sala 5B – 15h30-17h00)

Sónia Cruz é uma das oradoras convidadas da Plenária 5: “Oceano – Restaurar oceanos e mares”, que acontece dia 18 de maio (09h30-11h00).

Serão ainda apresentados três pósteres dos estudantes de doutoramento: Diego Esteves Pereira, Yago Cipoli e Sandra Hilário, e duas demonstrações dos investigadores Alexandra Monteiro e Sizenando Abreu.

As demonstrações e os pósteres podem ser visitados ao longo dos três dias, na área expositiva do evento, entre as 9h30 e as 18h30.

O programa está disponível para consulta na página do encontro.

O Ciência 2022 é promovido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia em colaboração com a Ciência Viva e com a Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, contando ainda com o apoio institucional do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Maria Teresa Gomes e Marta Veríssimo são as editoras convidada para o número especial da Sensors: “Sensors for Environmental Threats”

Sensors (IF: 3.576) é um jornal internacional, de acesso aberto, com revisão por pares, publicado online pela MDPI.

Data limite para submissão: 5 fevereiro 2023

Mais informação.

João Pinto da Costa é o editor convidado de um número especial da Polymers Nano and Microplastics: Prevalence, Degradation and Re-Use”

Polymers (IF: 4.329) é um jornal internacional, de acesso aberto, com revisão por pares, publicado online pela MDPI.

Data limite para submissão: 31 janeiro 2023

Mais informação 

Nos dias 12 e 13 de maio, foi lançada, em Paris, a Parceria Europeia para a Avaliação dos Riscos dos Produtos Químicos (PARC). Esta parceria tem como objetivo desenvolver a próxima geração de avaliação dos riscos químicos, incorporando tanto a saúde humana como o ambiente numa abordagem de “Uma só saúde” (One Health). Das nove entidades signatárias que fazem parte desta Plataforma está, entre outras, uma equipa do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar-CESAM, da Universidade de Aveiro.

A PARC visa reunir uma vasta comunidade de instituições de investigação e agências reguladoras para fazer avançar a investigação, partilhar conhecimentos e melhorar as competências em matéria de avaliação de riscos químicos. Os resultados desta parceria, que teve início em 1 de maio de 2022, serão utilizados para apoiar novas estratégias europeias e nacionais para reduzir a exposição a substâncias químicas perigosas e o seu impacto na saúde e no ambiente. A PARC contribuirá para a Estratégia da União Europeia para a Sustentabilidade dos Produtos Químicos e a ambição “poluição zero” do Pacto Ecológico Europeu (European Green Deal).

Este programa envolve quase 200 parceiros de 28 países, bem como três agências da UE (a Agência Europeia do Ambiente – EEA, a Agência Europeia dos Produtos Químicos – ECHA e a Agência Europeia para a Segurança Alimentar – EFSA), com a participação de parceiros públicos europeus, incluindo agências europeias e nacionais de avaliação de risco, universidades e organizações públicas de investigação. Cinco Direcções-Gerais da Comissão Europeia (DG-RTD, DG-GROW, DG-ENV, DG-SANTE e JRC) e os ministérios dos países envolvidos estão a contribuir para a governação do PARC e irão acompanhar as suas atividades.

A parceria terá a duração de sete anos e o seu termo está previsto para a Primavera de 2029. A PARC tem um orçamento estimado de 400 milhões de euros, metade do qual está a ser financiado pela Comissão Europeia e o restante pelos países parceiros. ANS ES é o coordenador da parceria. Em Portugal, a PARC é articulada pela Plataforma Nacional de Ambiente e Saúde, da qual fazem parte os Ministérios da Saúde, do Ambiente e Alterações Climáticas, e Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e os signatários Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Das nove entidades signatárias que fazem parte desta Plataforma está, entre outras, uma equipa do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar-CESAM, coordenadora na Universidade de Aveiro, e uma equipa do Instituto de Biomedicina-iBiMED. Estas duas equipas estarão envolvidas em vários grupos de trabalho sobre monitorização ambiental e humana, avaliação da perigosidade de substâncias químicas, ecotoxicologia e toxicologia, avaliação de riscos de misturas químicas, assim como numa componente de treino e capacitação de recursos humanos e disseminação e comunicação com os diferentes atores intervenientes, incluindo o público em geral.

 

Todos os anos milhares de aves migradoras cruzam os céus nas suas incansáveis viagens entre os locais de reprodução e os locais de invernada. Este ano de 2022 esse evento é assinalado pelas Nações Unidas no dia 14 de maio (Dia Mundial das Aves Migratórias), altura em que muitas aves já completaram ou estão prestes a completar a sua migração pré-nupcial ou primaveril.

Por exemplo, na Islândia, o Ostraceiro (Haematopus ostralegus), ave que migra também para Portugal no inverno, tem vários casais já a incubar os seus ovos, sentados nos ninhos que são simplesmente uma pequena depressão no solo. Esta ave é um migrador parcial na Islândia, o que significa que parte da população migra para fora deste país a partir do final do verão, distribuindo-se pela área costeira do Reino-Unido, Irlanda e outros países da Europa continental e que outra parte da população é residente, resistindo como pode ao rigor do inverno, refugiando-se sobretudo na costa oeste, onde chega a corrente do golfo e em locais onde ocorre atividade geotermal e as temperaturas não são tão baixas. Atualmente cerca de 30% destas aves são residentes, o que é excecional para essa latitude, e logo a grande maioria da população é composta por aves migradoras. Outro caso conhecido de uma ave migradora parcial é a cegonha-branca (Ciconia ciconia), em que parte da população migra para África, como era comum há várias décadas, mas atualmente há outra parte desta população que permanece em Portugal durante o inverno, residindo no nosso país todo o ano.

Mas regressando aos Ostraceiros Islandeses, uma das questões que se coloca é como adquirem estas aves o seu comportamento migratório? Sabe-se que os adultos são fixos, ou seja, uma vez migrador, sempre migrador e vice-versa. E também que não acasalam de acordo com as suas migrações, isto é, há casais em que ambos os membros partilham o comportamento migrador e noutros não, originando assim quatro tipos de casais: ambos migradores; ambos residentes; macho migrador e fêmea residente; e macho residente e fêmea migradora.

Para responder aquela pergunta, uma equipa internacional de investigadores que estuda esta população há vários anos, e da qual fazem parte investigadores do CESAM, decidiu tentar desvendar quais os fatores que podem determinar a origem do comportamento migratório nas crias dos vários tipos de casais e de progenitores. Depois mais de 615 adultos e 377 crias marcadas na Islândia com uma combinação individual de anilhas de cor, semanas no laboratório a realizar análises de isótopos estáveis e sexagem molecular, e de centenas de avistamentos durante o inverno realizados por observadores voluntários pela Europa fora, a descoberta foi publicada o ano passado, decorridos 7 anos desde início destes trabalhos. As crias seguem o comportamento migrador do pai e não da mãe!

Em cerca de 90% dos casos analisados o comportamento das crias era o mesmo que o do pai, independentemente do comportamento migrador da mãe. Nos casais mistos, todas as crias seguiram o comportamento migrador do pai. Estes resultados devem ser considerados com cautela, pois apesar da grande amostragem, os dados analisados são ainda relativamente reduzidos. Contudo, esta informação sugere que o papel do pai, que nesta espécie cuida e alimenta as crias por um período mais alargado de tempo, (inclusive quando estas já são voadoras e capazes de se alimentar de forma independente) parece ser determinante na génese do comportamento migrador das suas crias. A equipa de investigação prossegue os seus trabalhos para tentar decifrar este surpreendente padrão na aprendizagem de comportamentos migratórios.

Pode seguir as suas descobertas sobre esta e outras aves migradoras no Twitter: @eco_flyway

Veja o vídeo

José A. Alves

20 maio 2022 | 12:30 – 13:30 | Sala 9.1.1 (DEMaC)
Marcos Teixeira (estudante de doutoramento, Universidade do Minho)

Hidden diversity in the European phyllodocida (Annelida, Polychaeta) unraveled as complexes of cryptic species

Evolução da Hidrodinâmica da Ria de Aveiro: Origem e perspetivas futuras

10 maio ’22 | 3ª feira | 15h00>15h45 Fábrica Centro Ciência Viva Aveiro

João Dias

CESAM e Departamento de Física da Universidade de Aveiro

A hidrodinâmica da Ria de Aveiro tem evoluído significativamente ao longo das últimas décadas, em resultado de alterações da sua geomorfologia, frequentemente com impacto significativo para as comunidades locais. A subida do nível do mar decorrente das alterações climáticas irá certamente resultar em novas modificações, que importa antecipar.

Quais as caraterísticas hidrodinâmicas da Ria de Aveiro? Como têm evoluído ao longo do tempo? Qual a origem das modificações observadas? Como será a Ria de Aveiro no futuro? Como conhecer a maré ao longo dos seus canais? Como navegar em segurança nas suas águas?

Estas e outras questões serão abordadas pelo cientista convidado. Participe!

Zoom

O Projeto Life NoWaste, coordenado por Sónia Morais Rodrigues, docente e investigadora do Departamento de Ambiente e Ordenamento (Dao) e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), laboratório associado da Universidade de Aveiro, está entre os 12 finalistas do Life Awards 2022, organizado pela Comissão Europeia. O projeto pode ser votado até ao dia 30 de maio.

O projeto LIFE NoWaste – Management Of Biomass Ash And Organic Waste In The Recovery Of Degraded Soils: A Pilot Project Set In Portugal decorreu de 2016 a 2021 e teve como objetivo principal avaliar, demonstrar e divulgar a utilização sustentável das cinzas (provenientes da combustão de resíduos de biomassa florestal) combinadas com resíduos orgânicos para regenerar solos degradados de áreas mineiras em conformidade com a Estratégia Temática de Proteção do Solo da União Europeia. O projeto reduziu o impacto dos resíduos da indústria da celulose e do papel no ambiente, ao mesmo tempo que fez uma melhor utilização de recursos valiosos, de acordo com os critérios de fim de resíduos, e contribuiu para mitigar a emissão de gases com efeito de estufa.

O Life Awards 2022, organizado pela Comissão Europeia, reconhece os projetos mais inovadores, inspiradores e eficazes em três categorias: ambiente, natureza e biodiversidade, e ação climática.

Pode votar no projeto Life NoWaste até 30 de maio. Siga o link e clique em “vote for this project”. Posteriormente irá receber um email a solicitar confirmação (caso não receba, verifique a caixa de correio do spam).