A pandemia dos (nano) plásticos – Ângela Barreto
2 de junho, pelas 16h30
Assista Aqui
As abelhas são as principais responsáveis pela polinização das culturas hortícolas e dos pomares. Na Europa podemos encontrar cerca de 2000 espécies de abelhas, o que representa 10% da diversidade existente no mundo e em Portugal, mais de 750.
É globalmente reconhecido que as abelhas e os serviços prestados por estes insetos estão sob crescente pressão por diversas fontes antropogénicas. As principais ameaças estão relacionadas com a expansão e intensificação agrícola, as alterações climáticas, o desenvolvimento comercial e residencial, a criação de gado e os produtos fitofarmacêuticos. Já no Mediterrâneo, a desmatação excessiva, o sobre pastoreio, a deterioração do solo resultantes das más práticas de gestão florestal e os fogos florestais são os fatores que representam uma nova ameaça à entomofauna nativa. A maioria dos esforços para a conservação das abelhas concentra-se nas colónias de Abelha-do-mel, negligenciando a diversidade imensa de abelhas silvestres.
Estas pressões impõem estudos que visem conhecer as abelhas silvestres e promover a sua conservação e a sensibilização das comunidades e dos decisores políticos. Existem diversas formas de ajudar estes animais, como a plantação de flores nativas (Lamiaceae, Fabaceae, Asteraceae), a manutenção de flores espontâneas nos jardins, parques e canteiros ou a disponibilização de ninhos (hotéis para abelhas).
O CESAM_Ciência está a contribuir para a conservação das abelhas silvestres, através do projeto de doutoramento BEAG, financiado pela FCT, Mediterranean vegetable crop pollination services: measuring land management and landscape traits.
Autor Miguel Azevedo.
Amadeu Soares and Luís Pinheiro will participate as speakers in this webinar that will take place on Friday, 21 May.
Live on Facebook: I Like This
Este estudo, levado a cabo na Guiné-Bissau por membros da equipa do CESAM, Universidade de Lisboa (Edna Correia e Teresa Catry), tem como objetivo descrever as áreas de alimentação de uma das maiores colónias de Garajau-real (Thalasseus maximus) da África Ocidental, através do seguimento de indivíduos reprodutores com aparelhos de GPS. Os resultados obtidos contribuirão para a aplicação de medidas de gestão informadas para a conservação desta colónia, nomeadamente através da proposta de criação de áreas marinhas protegidas. O estudo, inserido no projecto “Alcyon Programme: Conservation of coastal seabirds and their key sites along the West African coast” coordenado pela BirdLife International conta com a colaboração de organizações governamentais e não-governamentais locais, respetivamente o Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas e a Organização para a Defesa e Desenvolvimento das Zonas Húmidas.
Foto: Teresa Catry
O Festival Pint of Science decorre de 17 a 19 de maio e conta com a participação de investigadores do CESAM.
O programa está disponível em pintofscience.pt
Para assistir basta visitar a plataforma Nooks em https://t.ly/CNH7
Lançado pela European Plant Science Organization (EPSO), o Dia Internacional do Fascínio das Plantas procura despertar o entusiasmo por estes organismos e chamar a atenção para a importância da ciência das plantas.
No CESAM todos os dias celebramos a vida misteriosa e fascinante das plantas e desenvolvemos investigação para melhor perceber quem são e como funcionam estes mestres da adaptação. Os nossos projetos científicos exploram a resposta das plantas a fenómenos como a seca e o sistema imunitário de várias espécies lenhosas quando desafiadas por agentes patogénicos emergentes. O objetivo é tomar decisões de base científica que promovam a seleção, a indução de resistência e uma produção mais sustentável. As plantas defendem-se, comunicam e têm memória recorrendo a mecanismos de sinalização complexos e inovadores. As plantas têm uma vida social (e sexual) sofisticada e estão constantemente a comunicar e a interagir com outros organismos no seu ecossistema recorrendo a sistemas semelhantes à internet. Estes complexos mecanismos de resposta têm sido explorados no CESAM em equipas multidisciplinares nacionais e internacionais.
Neste dia esperamos que olhes para as plantas de uma nova forma, e que te impressiones e apaixones por estes organismos fenomenais.
Texto e imagens: Glória Pinto e Artur Alves.
Amadeu Soares, Professor Catedrático (DBIO/UA) é o novo Coordenador Científico do CESAM.
A equipa de Vice-Coordenadores é constituída pelos seguintes membros integrados:
Myriam Nunes Lopes, Professora Associada (DAO, UA)
Teresa Rocha Santos, Investigadora Principal com Agregação (DQui, UA)
David João da Silva Carvalho, Investigador Junior (DFis, UA)
Ana Cristina Esteves, Investigadora Auxiliar (DBio, UA)
José Pedro Granadeiro, Professor Auxiliar com Agregação (DBA, FCUL)
No próximo dia 17 de Maio, pelas 21h00, o investigador Bruno Nunes participa no Webinar “Fármacos no Ambiente: fontes, efeitos e mitigação.”
Mais informações e inscrição aqui.
Em Portugal ocorrem muitas dezenas de espécies com comportamento migratório, desde os pequenos passeriformes (p.e. as andorinhas), aves planadoras (como as aves de rapina e as cegonhas) e muitas aves aquáticas (patos, limícolas) e marinhas (p.e. alcatraz, cagarras). Muitas destas espécies percorrem grandes distâncias, atravessando hemisférios e nessas viagens cruzando zonas com características físicas e ecológicas muito distintas. Dia 8 de maio celebra-se o dia mundial das aves migradoras e nesta época do ano, milhares de aves deslocam-se para os seus locais de reprodução no hemisfério norte, muitas delas tendo passado a época não reprodutora a vários milhares de quilómetros de distância.
No caso particular das aves limícolas, sendo que muitas delas se reproduzem no ártico e sub-ártico, a sua migração de regresso às zonas de reprodução tem início ainda antes da partida. Em rigor, a migração inicia-se com a preparação dessa viagem. Como muitas destas espécies fazem longos voos de centenas ou milhares de quilómetros sem parar, a preparação pode demorar várias semanas. Nesse período, as aves adquirem a energia necessária para cumprir grandes voos sem paragens, acumulando-a principalmente sob a forma de gordura. E claro, quanto mais longo o caminho a percorrer, mais gordura será necessário acumular!
Na rota migratória do Atlântico Leste, na qual várias zonas húmidas portuguesas são um ponto chave para estas e outras espécies, o recordista dos voos migratórios sem paragens é o Maçarico-galego (Numenius phaeopus). Embora alguns indivíduos possam passar o inverno em Portugal, a grande maioria dos maçaricos da população que se reproduz na Islândia, inverna na costa oeste africana. E pasme-se: alguns indivíduos migram num único voo desde o arquipélago dos Bijagós, na Guiné-Bissau até à Islândia – sem qualquer paragem para descansar, consumir alimentos ou se hidratarem! São cerca de 6000 km em voo contínuo durante 5-6 dias (e noites). Contudo, apesar destas longas distâncias a percorrer as condições ambientais no arquipélago dos Bijagós são de tal forma favoráveis, que se estima que a preparação destes voos requeira “apenas” cerca de 18 dias nestes locais, mas mais do dobro desse tempo em locais de invernada mais a norte! Estes são alguns dos resultados de um artigo científico do Camilo Carneiro publicado já este ano na revista Ecography em formato de acesso aberto. Pode ser lido aqui.
Uma ave que levanta voo na Guiné-Bissau, rodeada de mangais, palmeiras e habituada a temperaturas na ordem dos 30 graus, e aterra passados 6 dias na Islândia, onde a paisagem está ainda coberta por neve e gelo e a temperatura máxima ao meio dia não passa dos 10 graus, é uma ave verdadeiramente de dois mundos!
As cagarras são as aves marinhas mais abundantes em Portugal e estão entre os nossos mais impressionantes migradores oceânicos. Reproduzem-se em grande número nos arquipélagos dos Açores e da Madeira (principalmente nas Ilhas Selvagens) e criam também no arquipélago das Berlengas. Anualmente, em Novembro muitos milhares de cagarras atravessam o Atlântico até ao Brasil, para depois rumarem a leste, onde passam o período não-reprodutor nas águas ricas da corrente de Benguela, na África do Sul. O oceano é a sua casa, e só a partir de Fevereiro começam a retornar a norte, de volta aos deveres da reprodução.
As aves limícolas migradoras, recordistas dos longos voos contínuos, estão na linha da frente das ameaças colocadas pelas alterações globais do nosso planeta e pela degradação dos seus ecossistemas. Se por um lado a aquecimento global é muito notório nas zonas terrestres de reprodução no (sub-) ártico, a subida do nível médio do mar, e particularmente a pressão humana, que se fazem sentir nas zonas húmidas costeiras onde habitam durante o inverno, são desafios que estas espécies têm de conseguir ultrapassar para subsistirem no futuro. As aves marinhas, por seu lado, enfrentam um oceano em rápida mudança, com alterações de correntes, ventos e produtividade e a permanente ameaça das atividades humanas, com destaque para a pesca e a poluição. Conservar todas estas espécies e os seus ecossistemas requer portanto que se preservem os “seus dois mundos”, que na verdade são o mesmo planeta que com elas partilhamos.
Para saber mais sobre estas incríveis aves veja aqui e aqui.
Texto da autoria dos investigadores José Alves e José Granadeiro.
O Grupo de Investigação Biotecnologia Marinha & Aquacultura (MBA) do CESAM e o Centro de Espectrometria de Massa da Universidade de Aveiro têm o grande prazer de apresentar a 2ª edição da Conferência “Lipids in the Ocean”, que será realizada na Universidade de Aveiro, de 05 a 07 de julho 2021. O evento é organizado pelo Professora Rosário Domingues do CESAM.
NOVAS DATAS!!!
Submissão de resumos: 15 de maio de 2021
Registo: 15 de junho de 2021
+ info: http://lipids2021.web.ua.pt/