Abertura de uma posição  de Equiparado a Investigador Coordenador para o exercício de atividades de investigação científica na área científica de Economia com vista ao desenvolvimento de investigação no tópico da Economia Ambiental e Recursos Naturais e promoção da sustentabilidade e da resiliência ambiental, no âmbito do Projeto H2020 ERA Chair “BESIDE – Institutional, Behavioural, critical and adaptive economics towards Sustainable Development, management of natural capital and circular Economy”, (Grant Agreement 951389), financiado pela Comissão Europeia, concurso H2020-WIDESPREAD-2018-2020-6.

Candidaturas até 1 de junho 2021

Data prevista de início: 1 de setembro 2021

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informação sobre o Projeto BESIDE aqui

De 12 de abril a 21 de junho decorre o Ciclo de Palestras de Entomologia 2021.

Programa:

  • 12 de abril, às 11 horas

Entomologia forense – a voz de quem não pode falar por si- Maria Teresa Rebelo, Universidade de Lisboa (FCUL) – Zoom Meetings

  • 26 de abril, às 11 horas

O papel relevante dos insetos em ecotoxicologia- Diogo Cardoso, Universidade de Aveiro – Zoom Meetings

  • 17 de maio, às 11 horas

Pragas de insetos associadas aos eucaliptos- Carlos Valente, RAIZ  – Zoom Meetings

  • 24 de maio, às 11 horas

Mosquitos e doenças associadas na Europa: da vigilância ao controlo- Hugo Osório, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge – Zoom Meetings

  • 31 de maio, às 11 horas

Utilização sustentável de um capital natural ameaçado – o caso dos insetos na alimentação humana e animal- Olga Ameixa, Universidade de Aveiro  – Zoom Meetings

  • 7 de junho, às 11 horas

Uso de Drosophila melanogaster para estudar fertilidade feminina, cancro e envelhecimento- Rui Martinho, IBiMED, Universidade de Aveiro – Zoom Meetings

  • 9 de junho, às 12 horas

Curadoria de coleções entomológicas- José Manuel Grosso-Silva, Universidade do Porto – Zoom Meetings

  • 14 de junho, às 11 horas

Ilustração entomológica – recriar os insetos ao estilo Frankenstein– Fernando Correia, Universidade de Aveiro – Zoom Meetings

  • 21 de junho, às 11 horas

A Entomologia Forense no local de crime – A abordagem da polícia judiciária– Bruno Antunes, Polícia Judiciária – Zoom Meetings

Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa/CESAM, em parceria com investigadores da Universidade de Groningen e do Instituto da Biodiversidade e Áreas Protegidas Dr. Alfredo Simão da Silva (IBAP), analisaram a importância dos mangais como fornecedores diretos de carbono em zonas entremarés no Arquipélago dos Bijagós, Guiné-Bissau.

 

As florestas de mangal são exportadoras de matéria orgânica e nutrientes, mas a sua importância como fornecedoras diretas das cadeias alimentares nas zonas entremarés é ainda mal compreendida. Partindo desta questão, uma equipa liderada por investigadores do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, realizou entre 2018 e 2019 um estudo no arquipélago de Bijagós na Guiné-Bissau, um ecossistema influenciado por mangal que constitui uma importante área de invernada para aves costeiras migratórias na Via Migratória do Atlântico Este, e se encontra classificada com Reserva da Biofera pela UNESCO. Utilizando análises de isótopos estáveis avaliaram a importância dos mangais e de outros produtores primários (ex.: micro e macroalgas) como componentes da matéria orgânica dos sedimentos e na dieta dos macroinvertebrados bentónicos (ex.: bivalves e poliquetas) e também o movimento de pequena escala do carbono do mangal num gradiente de distâncias desde o limite do mangal (na costa) em direção ao oceano.

Os resultados indicam não haver evidências de que o carbono do mangal sustente diretamente as cadeias alimentares na zona entremarés. De facto, o sinal do carbono do mangal desvanece-se rapidamente após os primeiros 50 metros do limite da floresta. Os detritos derivados de macroalgas, microalgas bentónicas e partículas orgânicas suspensas na água foram as fontes de carbono identificadas como mais importantes neste sistema. Ainda assim, fica em aberto a possibilidade das florestas de mangal alimentarem indiretamente as cadeias alimentares entremarés através do fornecimento de carbono e nutrientes inorgânicos a outros produtores primários.

As conclusões deste estudo convidam assim a investigações subsequentes para averiguar estas e outras vias potenciais de contribuição das florestas de mangal, reconhecidas como grandes depósitos de carbono, para as comunidades que habitam as áreas entremarés adjacentes.

 

Este artigo pode ser lido aqui.

 

Assessing the contribution of mangrove carbon and of other basal sources to intertidal flats adjacent to one of the largest West African mangrove forests

Authors: Mohamed Henriquesa,b,*, José Pedro Granadeiroa, Theunis Piersmab,c, Seco Leãod, Samuel Pontese, Teresa Catrya

a Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), Departamento de Biologia Animal, Faculdade de Ciˆencias da Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal; bConservation Ecology Group, Groningen Institute for Evolutionary Life Sciences, University of Groningen, the Netherlands; cNIOZ – Royal Netherlands Institute for Sea Research, Department of Coastal Systems, the Netherlands; dVillage of Menegue, Island of Canhabaque, Bijagos archipelago, Guinea-Bissau; eInstituto da Biodiversidade e Áreas Protegidas Dr. Alfredo Simão da Silva – IBAP, Bissau, Guinea-Bissau

DOI: https://doi.org/10.1016/j.marenvres.2021.105331

Available online 9 April 2021

Projects:

Waders of the Bijagós: Securing the ecological integrity of the Bijagós archipelago as a key site for waders along the East Atlantic Flyway (Funded by MAVA Foundation)

MigraWebs: Migrants as a seasonal ecological force shaping communities and ecosystem functions in temperate and tropical coastal wetlands (Funded by FCT)

 

Para mais informações contactar:

Mohamed Henriques (mhenriquesbalde@gmail.com)

 Macrolagas em zonas entremarés do arquipélago dos Bijagós. Créditos: Mohamed HenriquesMangal no arquipélago dos Bijagós. Créditos: IBAP/Hellio & Van IngenVista aérea de florestas de mangal no arquipélago dos Bijagós. Créditos: IBAP/Hellio & Van IngenVista aérea de uma floresta de mangal a limiar áreas entremarés no arquipélago dos Bijagós. Créditos: IBAP/Hellio & Van IngenFloresta de mangal no arquipélago dos Bijagós. Créditos: IBAP/Hellio & Van Ingen

 

 

Decorre esta semana em Bubaque, no arquipélago dos Bijagós na Guiné-Bissau, um curso em técnicas de identificação e monitorização de aves aquáticas, com particular foco nas aves limícolas. Ministrado pelo Dr. Afonso Rocha e organizado juntamente pelo CESAM e IBAP –Instituto da Biodiversidade e Áreas Protegidas, o curso é dirigido a técnicos do IBAP, da ODZH – Organização para a Defesa e Desenvolvimento das Zonas Húmidas da Guiné-Bissau e alunos do curso de licenciatura de biologia da Universidade Lusófona da Guiné-Bissau. Este curso conta com 25 participantes e aborda as seguintes temáticas: 

– Identificação de espécies aquáticas e a monitorização através de censos;

– Métodos de captura e anilhagem de aves aquáticas;

– Controlo de anilhas coloridas;

– Aplicação de dispositivos eletrónicos de seguimento;

– Identificação dos principais problemas de conservação destas aves e seus habitats.

Acompanhe esta atividade aqui 

Algumas fotos:

 

A Universidade de Aveiro (UA), através do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), laboratório associado, detém uma embarcação para fins científicos equipada com diversos equipamentos oceanográficos, geofísicos e hidrográficos, possibilitando a obtenção de dados multidisciplinares como ferramenta para investigação e aulas.

Saiba mais aqui

O artigo intitulado “Tree-Based Methods: Concepts, Uses and Limitations under the Framework of Resource Selection Models“, da autoria de João Carvalho, João Santos, Rita Torres, Frederico Santarém e Carlos Fonseca, publicado na revista científica Journal of Environmental Informatics, foi considerado o artigo do ano 2020 pela International Society for Environmental Information Sciences. 

O Conselho Editorial do Journal of Environmental Informatics avaliou cuidadosamente os artigos de acordo com sua originalidade, contribuições para o área de conhecimento, qualidade de apresentação e rigor científico.

Saiba mais sobre o prémio aqui e aceda ao artigo aqui.

Diana Madeira foi convidada por Sua Excelência o Presidente da República para um momento celebrativo do 47º Aniversário da Revolução de 25 de Abril, que decorreu ontem nos Jardins do Palácio de Belém. 

Este momento consistiu num diálogo entre o Presidente da República, 4 Capitães de Abril e 14 jovens sobre a democracia, os valores de abril, e as oportunidades e desafios que os jovens atravessam hoje na ciência e em Portugal.  

Notícia disponível aqui.

Curso avançado How to work with ecotoxicology data – hands on course

19-23 Julho

Online ou Blended

Informação e inscrição aqui.

Professor catedrático da UA, investigador do CESAM e do Departamento de Biologia, o biólogo Amadeu Soares é um dos cientistas climáticos mais proeminentes do mundo.
Saiba mais aqui

Luis Menezes Pinheiro, professor da Universidade de Aveiro e investigador do Laboratório Associado CESAM, foi nomeado, conjuntamente pelo Senhor Ministro do Mar e pelo Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros, como Ponto Focal para o Comité Nacional para a Década das Nações Unidas Ciências do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável 2021-2030, junto da Comissão Oceanográfica Intergovernamental (IOC/UNESCO). Esta nomeação foi comunicada pela Delegação de Portugal junto da UNESCO à Comissão Oceanográfica Intergovernamental.

A Década das Nações Unidas das Ciências do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável, que se inicia este ano, pretende mobilizar os Estados Membros das Nações Unidas e a comunidade internacional para conjuntamente se conseguir melhorar o conhecimento do Oceano e, com base no melhor conhecimento científico, inverter o estado de degradação do Oceano, proteger os ecossistemas marinhos, tornar mais resilientes as populações costeiras aos impactos dos riscos marinhos e das alterações climáticas e promover o uso sustentável dos recursos marinhos.

Luis Menezes Pinheiro é presidente do Comité Português para a Comissão Oceanográfica Intergovernamental (IOC/UNESCO), representante de Portugal no Conselho Executivo da IOC, e presidente da Comissão de Geociências Marinhas da Comissão de Ciência para o Mediterrâneo, presidida pelo Príncipe Alberto de Mónaco.