Dia Mundial da Saúde

Todos os anos a 7 de abril é comemorado o Dia Mundial da Saúde, neste ano sob a ameaça da pandemia Covid-19, o que reforça o conceito de que a saúde deve ser abordada de uma forma global. Debaixo deste cenário é possível ver que a saúde não depende apenas da assistência, mas de muito mais. Depende de forças e estratégias de gestão ambiental, política, social, que permitem gerar qualidade de vida e o bem-estar das pessoas.

Embora o vírus SARS-CoV-2, nos tenha obrigado ao isolamento e ao uso de máscara, a tecnologia e os grandes avanços conquistados na área das ciências, permitiram o desenvolvimento de vacinas genéticas de mRNA e de DNA eficazes em pouco tempo, o que mostra que está nas nossas mãos evitar a transmissão desta e de outras doenças infeciosas e de ir atrás de uma cura para estas e também para outras doenças não infeciosas.

Para ultrapassar estes desafios pandémicos e outros desafios como a adaptação e mitigação das alterações climáticas, que têm um grande impacto na saúde, é necessário seguir uma abordagem multi-ator e multissetorial, estratégia que tem vindo a ser seguida pelo CESAM através de uma investigação transdisciplinar.

Relativamente à pandemia Covid-19, na qual a UA tem tido um papel crucial na identificação de casos positivos, o CESAM tem investido no desenvolvimento de testes rápidos (Projeto SENSECOR) e de novas tecnologias para inativar o SARS-CoV-2 em águas residuais e em superfícies variadas, bem como na avaliação do impacto ambiental causado pelas medidas adotadas no controlo da pandemia, como o uso aumentado de plásticos.

Relativamente ao papel do CESAM na mitigação das alterações globais, pode citar-se o projeto MarRisk que reúne uma equipe multidisciplinar que pretende assegurar um crescimento inteligente e sustentável das zonas litorais através da avaliação dos riscos costeiros mais importantes (inundações, intensificação de eventos extremos, episódios de algas tóxicas e erosão costeira) nos cenários de alterações climáticas. Colocará ferramentas de apoio à tomada de decisões para melhorar a gestão do litoral, melhorando a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas.

Adelaide Almeida, DBio & CESAM, Universidade de Aveiro