Dia Mundial das Zonas Húmidas de 2022

De acordo com a Convenção de Ramsar, as zonas húmidas são “áreas de pântano, charco, turfa ou água, natural ou artificial, permanente ou temporária, com água estagnada ou corrente, doce salobra ou salgada, incluindo áreas de água marítima com menos de seis metros de profundidade na maré baixa”.

Estes habitats assumem um papel vital para a vida e para o planeta, colaborando na luta contra as alterações climáticas, através do sequestro de carbono e da regulação do clima, contribuindo para o fornecimento e melhoria da qualidade de água doce e salobra, e para a preservação da biodiversidade.

Todavia, as zonas húmidas (incluindo as zonas húmidas costeiras, como pradarias marinhas e sapais) estão sob ameaça, sobretudo por ação antropogénica. As alterações no uso do solo, a poluição, a salinização, a urbanização e as espécies invasoras, assim como as alterações climáticas têm contribuído para a degradação destas zonas, com consequências negativas para a preservação da biodiversidade, dos serviços prestados pelos ecossistemas e da saúde humana.

Por isso, este ano é lançado o apelo para o investimento de capital financeiro, humano e político para salvar as zonas húmidas em desaparecimento e para restaurar aquelas que degradámos.

Para assinalar o Dia Mundial das Zonas Húmidas 2022, destacamos o projeto GLOW – Projeto de Zonas Húmidas Globais – Um índice global para melhorar a saúde das zonas húmidas costeiras, um projeto internacional, do qual o CESAM é parceiro.

O GLOW tem como objetivo desenvolver um novo índice de saúde das zonas húmidas costeiras (incluindo pradarias marinhas, florestas de mangais e sapais), que poderá ser aplicado à escala global, e usá-lo para informar ao nível da proteção e recuperação das zonas húmidas. A Ria de Aveiro é um dos locais parceiros globais do projeto GLOW.

Saiba mais sobre o projeto aqui e aqui.

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https://doi.org/10.1016/j.ecolind.2021.108141

https://doi.org/10.1016/j.ecolind.2021.107694