Infraestruturas Conexas

ICOS – Integrated Carbon Observation System

ICOS – Integrated Carbon Observation System é uma infraestrutura de investigação que nasceu da ideia das comunidades científicas europeias de ter uma rede de medição consistente e sustentada, operando exatamente sob os mesmos padrões técnicos e científicos, para permitir investigação de alta qualidade sobre as alterações climáticas e aumentar a usabilidade dos dados de pesquisa. A sua missão consiste em produzir observações padronizadas de alta precisão e a longo prazo, e promover estudos para entender o ciclo do carbono e fornecer as informações necessárias sobre os gases com efeito de estufa. Com seus dados de alta precisão, visa apoiar a tomada de decisões e políticas para combater as mudanças climáticas e seus impactos.

A base das operações do ICOS é a rede de medição que compreende mais de 130 estações padronizadas em toda a Europa, que são coordenadas e operadas pelas Redes Nacionais ICOS. Além disso, no âmbito do projeto RINGO, do Horizonte 2020 europeu, nove países estão a cooperar com o ICOS, de modo a aumentar a sua disponibilidade para se tornarem membros do ICOS ERIC (ICOS European Research Infrastructure Consortium). Portugal é um desses países e o CESAM encontra-se a operar atualmente duas estações de monitorização: uma localizada no centro da cidade do Porto (estação urbana) e a outra localizada nos arredores de Aveiro (estação suburbana). Ambas as estações estão equipadas com torres de covariância de vórtices turbulentos para a medição contínua dos fluxos de energia, vapor de água e dióxido de carbono. As atividades de monitorização nestes locais são coordenadas pelo Professor Mário Cerqueira (CESAM-UA).

Túneis de vento

O Laboratório de Aerodinâmica da Atmosfera dispõe de dois túneis de vento, em circuito aberto que permitem o estudo aerodinâmico em torno de obstáculos – edifícios e veículos, estudos de dispersão de poluentes em ambiente urbano, avaliação do conforto eólico pedonal, estudos de suporte ao planeamento urbano em contexto atual e de alteração climática, estudos de erosão eólica, entre outros.

O Laboratório de Aerodinâmica da Atmosfera dispõe de dois túneis de vento:

  • Túnel 1, de comprimento total 6 m, com uma secção de ensaio de 1,30×0,25×0,30 m (C×L×A) e com uma velocidade máxima de 70 km/h
  • Túnel 2, com comprimento de 12 m, uma secção de ensaios de 6,5×1,5×1,0 m e uma velocidade máxima de 36 km/h.

Para mais informações sobre a descrição técnica, termos e condições, por favor contacte Ana Miranda (miranda@ua.pt) ou consulte aqui

Instalações de Peixe Zebra

O laboratório de Peixe Zebra é certificado pela DGAV (Direcção Geral de Alimentação e Veterinária), como laboratório autorizado para a utilização de peixe zebra (Danio rerio) na investigação científica e reprodução (para uso interno). 

As instalações de Zebrafish incluem duas estantes de um sistema de recirculação ZebTEC (Tecniplast) com capacidade para 2400 peixes adultos e uma UTA (Unidade de Tratamento de Água). A água de cultura é obtida através de osmose inversa e filtração por carvão activado da rede pública e automaticamente ajustada para temperatura, pH e condutividade. É mantido um fotoperíodo de 12:12-h luz:escuro. A água recirculada é tratada com filtros mecânicos e biológicos, bem como com radiação UV.

Dois estereomicroscópios (Nikon) estão disponíveis para seleccionar os ovos de peixe zebra para testes e para acompanhar o desenvolvimento embrionário durante os ensaios (atrasos de desenvolvimento embrionário e anomalias).
O comportamento locomotor das larvas de peixe zebra e dos juvenis é estudado através do rastreio automático por vídeo utilizando o equipamento Zebrabox (ViewPoint) que permite o estudo de componentes comportamentais como a actividade (hiper ou hipoactividade), tigmotáxis e natação errática.
Em conformidade com os 3 R’s de ética na experimentação animal, os embriões de peixe zebra são escolhidos para testes (utilizando procedimentos baseados na directriz 236 da OCDE – Ensaio de toxicidade de embriões de peixe).

As instalações de peixe zebra são principalmente utilizadas por ecotoxicologistas que utilizam o peixe zebra como modelo para avaliar os efeitos e modos de ação de vários tipos de compostos químicos. Os tópicos de investigação incluem:

  • Efeitos e modos de ação de pesticidas, fármacos, nanoplásticos, nanomateriais, etc.
  • Efeitos de stressores ambientais (temperatura, salinidade, pH, radiação UV) e os seus efeitos combinados com contaminantes químicos.
  • Efeitos de contaminantes emergentes em cenários realistas do ponto de vista ambiental. 
  • Avaliação da toxicidade de amostras ambientais (por exemplo, efluentes, cinzas, drenagem mineira, drenagem agrícola).

Torres meteorológicas 

 O CESAM possui duas estações meteorológicas equipadas com piranómetros, anemómetros e pluviómetros. Estes equipamentos recolhem os dados que permitem uma monitorização contínua das condições ambientais, constituindo um registo a longo-termo de valiosa importância.

Infraestrutura computacional da Universidade de Aveiro

O sistema de computação de alto desempenho da Universidade de Aveiro, ARGUS, no qual o CESAM participa, é uma plataforma que tem vindo a possibilitar o desenvolvimento de trabalhos nas seguintes áreas:

  • Modelação oceânica
  • Modelação atmosférica
  • Modelação estuarina e costeira
  • Modelação da qualidade do ar
  • Bioinformática

Informação adicional aqui. Para informações sobre acesso e condições de uso contactar cesam-argus@ua.pt.

ECOMARE – laboratório para a inovação e sustentabilidade dos recursos biológicos marinhos da Universidade de Aveiro

  • Centro de Extensão e de Pesquisa em Aquacultura e Mar (CEPAM): Atividades nas áreas de Biotecnologia Marinha; Ecologia; Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas; Aquacultura; Oceanografia, Geologia e Geofísica; Engenharia Naval e Aplicações robóticas navais; Engenharia Costeira; Energia Offshore; Geologia Marinha e Geofísica; eEstudos estratégicos para a avaliação de atividades económicas marítimas.
  • Centro de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (CPRAM): Apoio no resgate, reabilitação e devolução à natureza de animais marinhos (aves, répteis e mamíferos); Investigação nas áreas de ecologia de populações, saúde animal, avaliação e mitigação de impactos antropogénicos no ambiente marinho, pesca sustentável e Àreas Marinhas Protegidas.

Contactos

Localização

Porto de Pesca Costeira do Porto de Aveiro
3830-565 Gafanha da Nazaré, Ílhavo, PORTUGAL
GPS 40°38’19.2″N 8°43’42.2″W
Google Maps 40.638676, -8.728379

Visitas

Dado a sua natureza especifica, o ECOMARE tem um ambiente de acessos controlados, que se aplica às visitas. Apenas a  componente dos laboratórios de investigação ligados ao desenvolvimento de projetos de aquacultura ou outros correlacionados (CEPAM) se encontra aberta ao público.

As visitas à componente do CRAM-Centro de Reabilitação de Animais Marinhos consistem, apenas, numa apresentação realizada no auditório do edifício. Esta apresentação mostrará, através de imagens, as várias atividades realizadas e alguns dos animais marinhos que já estiveram em reabilitação no ECOMARE. Os animais no CRAM não podem receber visitas diretamente, uma vez que não devem ser sujeitos à pressão gerada pelos visitantes e à contaminação que possam representar, ao mesmo tempo que os visitantes (particularmente as crianças) não deverão ser expostos a possíveis patologias que os animais admitidos e em tratamento possam apresentar. 

As visitas, limitadas a grupos com um máximo de 35 pessoas, podem ser agendadas para as terceiras quartas-feiras de cada mês, exceto em agosto, nos seguintes horários: 10h às 12; 14h às 16h; 16h às 18h. As marcações e reservas são efetuadas por ordem de chegada dos pedidos, que devem ser efetuados para o email visitas@ua.pt. No entanto, grupos das escolas dos concelhos de Ílhavo e de Aveiro têm prioridade para o primeiro e último períodos de visita, desde que a reserva seja efetuada com, pelo menos, 30 dias de antecedência.

Coleção biológica de invertebrados marinhos (COBI)

Coleção Biológica de Invertebrados Marinhos (COBI) é um repositório de espécimes e coleções conjuntas que inclui tecidos congelados e outras amostras físicas (ex. bibliotecas de DNA e imagens digitais). A coleção contém espécimes desde a costa ao oceano profundo recolhidas em campanhas de amostragem associadas a vários projetos de investigação. Os espécimes estão a ser preparados para que sejam úteis e acessíveis a qualquer utilizador qualificado. A informação associada é gerida através de bases de dados em Specify 6 e GIS. O COBI também possui uma coleção bibliográfica de mais de 4000 referências que suporta a coleção biológica.

Contactos

E-mail: aravara@ua.pt
Tel: +351 234247159

Herbário da Universidade de Aveiro

O Herbário da Universidade de Aveiro é uma coleção dinâmica de plantas secas de onde se pode extrair, utilizar e adicionar informação sobre cada uma das espécies conhecidas e sobre novas espécies vegetais. Este herbário, em particular, documenta a diversidade vegetal não só de Portugal mas também de regiões como Timor-Leste e Moçambique. Para além disso, faz parte desta coleção uma das mais extensas e completas coleções dedicadas ao género Calendula a nível mundial. A coleção do Herbário possui cerca de 65 000 espécimes, sendo que 15 000 são originais e 50 000 são duplicados.

A importância do Herbário estende-se para além da investigação científica. Ele tem um papel ativo em estudos de impacto ambiental, monitorizações ambientais e no planeamento territorial, refletindo a necessidade de conhecimento sobre a flora e os seus habitats nas decisões ambientais. A equipa do Herbário contribui com a sua expertise para diversos estudos e projetos de investigação, reforçando o seu papel na conservação da natureza. Além do seu contributo científico, o Herbário é um espaço de aprendizagem e sensibilização. Todos os anos recebe centenas de visitantes, desde alunos de várias faixas etárias a membros do público geral, promovendo a educação ambiental e a divulgação científica.

As visitas ao Herbário são feitas mediante marcação prévia.  Para informações, contactar a curadora do Herbário, Rosa Pinho (rpinho@ua.pt).