Compreender a resistência das plantas ao stress é essencial para optimizar a gestão florestal e as técnicas de melhoramento perante um cenário de alterações climáticas que prevê um aumento da aridez a nível mundial. As novas ferramentas disponíveis que operam ao nível do ecossistema, performance da planta, proteómica e molecular estão a revolucionar o conhecimento da resposta das plantas à secura e as possibilidades de a monitorizar.
O objectivo do nosso estudo é investigar a plasticidade genética da resposta a stress hídrico em Eucalyptus globulus explorando a sua variabilidade genética através do estudo de características morfológicas/bioquímicas, proteómicas e de expressão de genes relacionados com o défice de água. Prevenir a perda extensiva de produção devido à secura em plantações de Eucalyptus é um assunto extremamente importante considerando a importância económica desta espécie, a extensa área ocupada mundialmente (em Portugal E. globulus ocupa mais de 700000ha) e os plausíveis cenários de alterações climáticas que prevêem um aumento do stress hídrico na região Mediterrânica.
Este projecto pretende contribuir para interligar informação nos processos envolvidos na tolerância à secura desde a regulação de genes à resposta fisiológica. Esta estratégia permitirá reunir uma vasta gama de dados desde a expressão de genes/proteínas até à performance de E. globulus,extremamente útil em programas de melhoramento para encontrar indicadores capazes de assegurar a selecção precoce de plantas no cenário de alterações climáticas.
Para alcançar este objectivo, a equipa de investigação Ecophysiolyptus é uma equipa jovem, dinâmica e multidisciplinar que inclui fisiologistas, biólogos moleculares e de proteómica, investigadores em ecossistemas florestais e solos, especialistas em ecofisiologia florestal assim como o interesse da industria ligada à floresta.