Dois dos três projetos da Universidade de Aveiro (UA) selecionados para a 2ª edição Pacto Institucional para a Valorização da Economia Circular na região Centro são do CESAM.

O projeto InsectERA foi destacado por contribuir para várias estratégias da economia circular, por ter um número muito significativo de parceiros do setor da indústria, por estar ainda em curso em junho de 2025 (final da 2ª edição do Pacto) e por ter identificado de forma muito clara os identificadores e metas a atingir no final desta edição.

O projeto A-AAGORA identificará sinergias de acordo com o contexto ‘farol’ Atlântico-Ártico, promovendo um processo de democracia deliberativa e complementando outras áreas prioritárias dentro da Missão da EC ao estabelecer uma Comunidade de Prática e desenvolver um sistema digital de conhecimento, enfatizando soluções baseadas na natureza.

A CCDRC lança a segunda edição do Pacto Institucional para a Valorização da Economia Circular (Pacto) depois da forte adesão obtida aquando da primeira edição desta iniciativa. Integrado na Agenda Regional de Economia Circular do Centro, o Pacto é dirigido a todas as entidades públicas e privadas com atividade na Região Centro.

A 2ª edição do Pacto entrou em vigor no dia 15 de julho de 2023 e termina a 30 de junho de 2025.

Saiba mais sobre o projeto InsectERA aqui e A-AAGORA aqui.

Mais sobre o Pacto Institucional para a Valorização da Economia Circular na Região Centro aqui.

A viagem demorou menos de uma hora, quando perto das 6 milhas, a carga preciosa que a Nereide, embarcação do CESAM, transportava foi devolvida ao oceano. Após meses de recuperação cinco tartarugas comuns (Caretta caretta) voltaram a sentir o aroma do mar e continuar a viagem na vastidão azul, que fora interrompida meses antes.

As cinco tartarugas-comuns deram entrada no centro de reabilitação de animais no Ecomare (CRAM-ECOMARE) entre Setembro de 2023 e Março deste ano. 

Umas foram encontradas na costa, outras entregues por pescadores entre as zonas de Aveiro e Peniche. Tempestades, agitação marítima e captura acidental em artes de pesca foram as causas que impossibilitaram estes répteis de continuar a sua viagem oceânica. 

Algumas necessitaram de períodos de recuperação mais longos, devido a pneumonia e ferimentos nas barbatanas, mas a dedicação e experiência de biólogos, veterinários e técnicos do CRAM, permitiu que estes extraordinários animais tivessem uma segunda oportunidade de se aventurarem no grande oceano.

Visite o CRAM-Ecomare aqui.

A partir de junho, os passageiros que viajam de e para as Américas (Brasil, Estados Unidos, Canadá e Venezuela) e África (Luanda, Maputo e São Tomé) terão à sua disposição uma escolha dos melhores filmes nacionais, selecionados entre os premiados da edição de 2023 do Festival ART&TUR, realizado em outubro nas Caldas da Rainha. Entre os filmes selecionados, para ser exibido nos voos de longo curso da TAP, está o documentário “Cegonha Branca – Entre a igreja e o penhasco” que tem a parceria do CESAM e que foi produzido pela PlaySolutions Audiovisuais.

Ver notícia aqui.

Pode ver o documentário aqui.

(Texto por: Joaquim Pedro Ferreira)

No passado dia 11 de abril, o grupo de estudantes de doutoramento do CESAM (GED-CESAM) organizou uma visita ao ECOMARE, com a participação do Agrupamento de Escolas Ovar Sul, tendo sido coordenada pelos Professores Vítor Ferreira e Rui Polónia. Conduzida pelos membros do GED-CESAM e alunos de doutoramento do Dbio, Davide Silva e Ruben Silva, a iniciativa, contou ainda com a apresentação de trabalhos, realizados no ECOMARE, de 5 alunas de doutoramento do CESAM (Daniela Rodrigues, Diana Lopes, Joana Fernandes, Lamara Cavalcante e Madalena Missionário).
Na visita estiveram presentes 105 alunos do 9º ano, com idades compreendidas entre os 14 e os 15 anos.

Realizou-se, ontem, no Auditório Renato Araújo, na Universidade de Aveiro, a Cerimónia de Entrega dos Prémios UA. Estiveram a concurso 37 trabalhos, dos quais 13 foram distinguidos com prémio. Célia Alves, investigadora do Departamento de Ambiente e Ordenamento (DAO) e do CESAM foi distinguida na categoria – Investigador com Menção Honrosa Ciência.  Nesta categoria os candidatos foram avaliados, por um júri de renome de outras instituições externas à UA, que analisaram as publicações, os projetos e o financiamento obtido, nos últimos 5 anos, pelos investigadores a concurso. O Prémio Investigador tem como objetivo relevar o trabalho realizado na área de investigação que se realiza na Universidade e reconhecer, anualmente, o mérito do Investigador ou Equipa de Investigação cujo trabalho se tenha destacado, a nível nacional e ou internacional”.

Ver notícia aqui.

Foi publicada a brochura “Valor económico, social e cultural da sardinha”, uma colaboração entre o IPMA e o CESAM. A brochura, uma publicação avulsa do IPMA, descreve sucintamente o estado do stock da sardinha Ibérica, a sua produção, a frota e número de pescadores envolvidos, a evolução da indústria conserveira associada bem como a sua importância social e económica para Portugal. Esta brochura foi realizada no âmbito do projeto SARDINHA2020 (https://sardinha2020.ipma.pt/) e encontra-se disponível aqui.

Ana Lillebø, investigadora do CESAM e coordenadora científica do A-AAGORA, apresentou o projeto da Missão UE Atlântico-Ártico na Conferência da Década dos Oceanos 2024 da ONU, na sessão “Construir uma Comunidade Científica Forte em Apoio a um Oceano Atlântico Sustentável”.

Este evento realizou-se no dia 11 de abril (13:15 – 14:45) no Centro Internacional de Convenções de Barcelona (CCIB), e centrou-se na All-Atlantic Ocean Research and Innovation Alliance (AAORIA) e na sua missão de melhorar a investigação marinha e a cooperação na bacia oceânica atlântico-ártica, em consonância com iniciativas globais como a Década dos Oceanos da ONU.

A apresentação destacou a contribuição do projeto A-AAGORA para a ciência baseada em soluções e cooperação, cujo objetivo é garantir um oceano saudável e sustentável para as gerações futuras.

A Conferência da Década dos Oceanos das Nações Unidas de 2024 teve lugar de 10 a 12 de abril de 2024, em Barcelona. Organizada por Espanha e coorganizada com a Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO (COI/UNESCO), a conferência reuniu a comunidade e os parceiros da Década dos Oceanos para celebrar as realizações e definir prioridades conjuntas para o futuro da Década.

O “Prémio Fluviário 2023 – Jovem Cientista do Ano” dinamizado pelo município e pelo Fluviário de Mora, que distingue o melhor artigo publicado por um estudante, galardoou Isabel Silva, estudante de doutoramento do CESAM. Este prémio pretende distingue um aluno (PhD, MSc, Lic.) que tenha publicado como primeiro autor um artigo (revista SCI) em 2023 na temática conservação e biodiversidade de recursos aquáticos continentais (Estuários e Rios). O artigo premiado, e publicado na revista Environmental Pollution, conta, igualmente, com a coautoria de Marta Tacão, investigadora do CESAM.

Veja o artigo aqui e a notícia no site do Fluviário de Mora aqui

Sensibilizar os jovens para a necessidade de proteger a biodiversidade de insetos polinizadores. Este é o grande objetivo do projeto de ciência-cidadã “Be Butterfly Friendly” que está a arrancar em 15 escolas do 1º e 2º ciclos do concelho de Oeiras. O projeto é coordenado por Clarisse Ferreira, estudante de Doutoramento em Biologia da Universidade de Aveiro (UA).

O objetivo central deste projeto, que se pretende que possa ser alargado ao resto do país, é, assim, a sensibilização para a proteção e conservação das borboletas e de outros polinizadores, reconhecendo a sua importância, causas e consequências do seu declínio, recorrendo a recursos como saídas de campo, visitas exploratórias e atividades de sementeira e plantação nas hortas pedagógicas e biológicas, como estratégias na promoção de Educação e Sensibilização Ambiental.

Até agora, são 15 as escolas aderentes que possuem hortas biológicas escolares integradas no projeto “Aqui há Horta” da Câmara Municipal de Oeiras, Divisão do Ambiente e às quais estão a ser atribuídas sementes de espécies de plantas para a criação de Jardins de Borboletas. O projeto, que arrancou já com o início do 2º semestre deste ano letivo e que decorrerá até ao final deste ano letivo de 2023/2024 no município piloto, Oeiras, pretendendo-se que possa ser depois alargado a outras escolas do país.

O “Be Butterfly Friendly” surge no âmbito da tese de doutoramento de Clarisse Ferreira, orientada na UA pela investigadora Olga Ameixa e pelo professor Paulo Silveira, ambos do Departamento de Biologia e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, uma das unidades de investigação da UA.

Em declínio preocupante

“As borboletas, são insetos bastante populares, relativamente fáceis de identificar, sendo, por isso, muito estudados”, aponta Clarisse Ferreira. “À semelhança de outros grupos, as suas populações têm vindo a diminuir, devido sobretudo à perda e fragmentação dos seus habitats, ao uso de pesticidas e às alterações climáticas. Um declínio que pode ter consequências nos serviços de polinização e logo na manutenção dos ecossistemas naturais e na produção de alimentos”, aponta.

A borboleta Melitaea aetherie, ou fritilária-do-Sul, é a espécie bandeira deste projeto. Esta espécie está considerada localmente extinta no município de Oeiras e está classificada como “vulnerável” pela “Lista Vermelha de Grupos de Invertebrados Terrestres e de Água Doce de Portugal Continental”, publicada em 2023. A borboleta alimenta-se do cardo, Cynara cardunculus, também conhecido por cardo leiteiro. Na primeira visita às escolas já foram entregues cardos, Cynara cardunculus, recolhidos no vale de Beijames e cedidos pela ASE – Associação Cultural dos amigos da serra da Estrela.

“Esta primavera, irão ser realizadas, pelo menos, sete saídas de campo para dar a conhecer os insetos em geral e os lepidópteros em particular da Quinta de Recreio do Marquês de Pombal”, aponta Clarisse Ferreira. Esta ação conta com o apoio da Divisão de Educação e Ambiente da Câmara Municipal de Oeiras, através da plataforma “OeirasEduca”, para transportar os alunos das escolas até à Quinta de Cima, à Quinta de Recreio do Marquês de Pombal e à Ribeira da Lage, bem como na disponibilização de um espaço do município para a realização da Exposição dos trabalhos dos alunos a concurso.

O projeto é partilhado pelo Clube de Ciência Viva na Escola Secundária Quinta do Marquês, e pela Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA) e ganhou uma bolsa no valor de 1379 euros, atribuída pela “Forestry and Nature Conservation Agency de Taiwan”, uma organização do Ministério da Agricultura de Taiwan dedicado à gestão florestal sustentável e à conservação da natureza.

Este apoio, foi formalizado no dia 11 de outubro de 2023 na presença do Embaixador Chang, Tsung-Che e do Vice-presidente e Presidente da ASPEA – Joaquim Ramos Pinto, no Centro Económico e Cultural de Taipei, em Lisboa.

[Texto da notícia no site da UA, em https://www.ua.pt/pt/noticias/9/86173]

A revista ARDEA, publicada pela associação de ornitólogos Holandeses (NOU) desde 1912, destaca na capa do seu mais recente número o artigo liderado pela Ana Coelho, aluna de doutoramento do CESAM que defendeu recentemente a sua tese (Dezembro de 2023).

Este artigo é um dos resultados do projeto Waders of the Bijagós e revela a variação sazonal na dieta de 8 espécies de limícolas que migram para o arquipélago dos Bijágos e ai passam a sua época não reprodutora. A investigação, demonstra que durante a preparação para as migrações de regresso às áreas de reprodução, na Europa do norte e no ártico, estas espécies alteram a sua dieta de forma mais notória. Tal, pode refletir mudanças na abundância das suas presas ou na sua seletividade por parte das aves, que nessa fase têm de adquirir reservas energéticas substanciais para os voos migratórios.

Link para o artigo: https://ardea.nou.nu/ardea_show_abstract.php?lang=uk&nr=4455

A capa da revista destaca uma das espécie de limícolas mais abundantes nesse arquipélago, o maçarico-galego (Numenius phaeopus), ave que é recordista dos voos migratórios sem paragens na rota migratória do Atlântico Leste, voando de forma contínua milhares de quilómetros entre a Islândia (onde se reproduz) e a África Ocidental onde passa a época não reprodutora. Curiosamente, a mesma equipa de investigadores do CESAM, descobriu recentemente que os juvenis desta espécie fazem estas longas migrações também sem qualquer paragem quando têm apenas cerca de 60 dias de vida. Ao deixarem a Islândia significativamente mais tarde que os adultos, lançam-se, na grande maioria dos casos, por sua conta e risco numa travessia oceânica que não sabem quando irá terminar. 

 Link para este outro artigo: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ibi.13282