Em parceria com a Universidade de Aveiro, o Instituto está a promover um estudo para compreender melhor a perceção geral da sociedade sobre as problemáticas associadas aos animais errantes, por exemplo, abandonados ou nascidos sem dono. 

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF, I.P.) e a Universidade de Aveiro, através do seu Departamento de Biologia e do CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, estão a desenvolver um inquérito enquadrado nos trabalhos para o Censo Nacional dos Animais Errantes 2023 – projeto financiado pelo Fundo Florestal Permanente (entretanto integrado no Fundo Ambiental). A auscultação centra-se na perceção geral da sociedade sobre as problemáticas associadas aos animais errantes. A iniciativa parte de um conceito base, o de animal errante, e que inclui animais abandonados; nascidos sem detentor (“dono” ou “tutor”), e com detentor, mas frequentadores de áreas de domínio público e/ou privado, que não as dos donos.

Os objetivos mais concertos do inquérito são dois: – recolher informação sobre as perceções sociais em relação a cães e gatos errantes; – perceber que formas podem ser mais adequadas para gerir as suas populações, salvaguardando o seu bem-estar. A equipa de técnicos e investigadores envolvida prevê que o preenchimento do inquérito possa demorar entre 10 a 15 minutos.

A participação dos cidadãos será voluntária e confidencial, tendo sido tomadas medidas para garantir a segurança da informação. Mais em concreto o anonimato será mantido em todas as fases do estudo, desde a recolha da informação nos inquéritos até à análise e publicação dos resultados: todos os dados recolhidos são anónimos. 

Considerando que cada espécie tem as suas particularidades, prepararam-se dois inquéritos: um sobre os cães errantes e outro sobre os gatos na mesma situação. 

Inquérito acerca de cães errantes: https://forms.ua.pt/index.php?r=survey/index&sid=483148&lang=pt 

Inquérito sobre gatos errantes: https://forms.ua.pt/index.php?r=survey/index&sid=915359&lang=pt 

Cada inquérito só deve ser preenchido uma vez. Para eventuais questões, contacte-nos através do email bio-animais.errantes@ua.pt.

Texto por: Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF, I.P.)

Quais as zonas da Ria do Alvor mais adequadas à aquacultura de bivalves e de douradas face às alterações climáticas? Uma equipa de investigação do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro (UA) deu resposta à pergunta levantada por muitos dos produtores de uma zona particularmente sensível ao aquecimento e subida das águas do mar. Nesse cenário, o estudo deixa o aviso de que a produção de bivalves pode ser muito afetada.

Situada na costa algarvia, a Ria do Alvor oferece atualmente muito boas condições para o desenvolvimento de uma aquicultura ecológica e sustentável de marisco e peixe. Mas, ao contrário de outras zonas costeiras, ainda não existiam estudos que avaliassem o impacto das alterações climáticas a médio e longo prazo na viabilidade da Ria para a aquacultura. Até agora.

O trabalho do Núcleo de Modelação Estuarina Costeira do Departamento de Física da UA, assinado pelos investigadores Ana Picado, Humberto Pereira, Magda Sousa e João Miguel Dias, identifica quais as zonas, em condições atuais e em contexto de alterações climáticas, mais adequadas para o cultivo em aquacultura de bivalves, como ostras e mexilhões, bem como de peixes, nomeadamente a dourada. O trabalho foi feito através de um modelo numérico que foi capaz de simular as principais características biogeoquímicas deste sistema estuarino.

João Miguel Dias, investigador do DFIS e do CESAM e um dos autores do estudo, indica que “este trabalho resulta de uma linha de investigação em curso no Núcleo de Modelação Estuarina Costeira que visa promover o crescimento sustentável da atividade aquícola em sistemas estuarinos e lagunares portugueses”.

Esta linha de investigação surgiu com o financiamento conseguido através do projeto AquiMap, que juntamente com várias teses de doutoramento no âmbito desta temática, resultou em vários trabalhos publicados em revistas científicas indexadas de elevado impacto sobre o potencial de exploração aquícola da Ria de Aveiro, do Estuário do Sado, das Rias Baixas ou da Ria de Alvor.

Segundo a investigadora Ana Picado, também do DFis/CESAM, os resultados desta investigação indicam que “as regiões mais propícias para aquacultura se situam no eixo do canal principal da Ria do Alvor, embora se verifique uma variabilidade sazonal nos resultados obtidos, dependendo da espécie considerada”. Durante o inverno e o outono, “os bivalves são mais suscetíveis às condições ambientais do que os peixes”. Por outro lado, “a primavera apresenta as condições ambientais mais favoráveis para a produção das espécies consideradas”.

A investigadora salienta ainda que as projeções futuras apontam para “uma diminuição geral do potencial da Ria de Alvor para a produção das duas espécies de bivalves em aquacultura durante o inverno, e do mexilhão durante o verão, principalmente devido ao aumento previsto da temperatura da água”. Por outro lado, “não se espera que os impactos induzidos pelas alterações climáticas afetem a produção de dourada”.

Texto por: Notícias UA on-line

No passado dia 12 de maio foram anunciadas as novas 70 Ações Cost aprovadas na última call (2022). Cristina Pita (CESAM/DBIO) é proponente de uma destas ações, a ação COST“Rethinking the Blue Economy: Socio-Ecological Impacts and Opportunities”, que tem como objetivo repensar a economia azul, de duas formas distintas:

  • Em primeiro lugar, avaliando o impacto da economia azul nas sociedades costeiras;
  • Em segundo lugar, explorando as oportunidades decorrentes das inovações e das potenciais sinergias entre atividades marinhas estabelecidas e emergentes. As interações científicas centram-se em cinco temas: 1) profissões marítimas; 2) segurança alimentar e consumo azul sustentável; 3) cidades portuárias e comunidades costeiras,; 4) governação das pescas e atividades emergentes; e 5) alterações climáticas e riscos naturais.

No próximo dia 9 de junho, as novas ações COST, incluindo todos os memorandos de entendimento, estarão disponíveis no website da COST e as primeiras reuniões do Comité de Gestão terão início entre setembro e novembro de 2023.

Texto por: CESAM com colaboração de Cristina Pita

Nos últimos dias da expedição oceanográfica AKMA3, a equipa de investigadores a bordo do navio ‘Kronprins Haakon’ descobriu um vulcão de lama numa cratera com cerca de 300 metros de diâmetro no fundo do Mar de Barents (Noruega). Este tipo de vulcões são raros nesta região do Ártico, sendo conhecido apenas um outro, o ‘Håkon Mosby’, descoberto em 1995.

A bordo desta expedição oceanográfica, que terminou no passado dia 10 de maio, estava uma equipa internacional e multidisciplinar de cientistas, liderada por investigadores da Universidade Ártica da Noruega em parceria com a empresa REV Ocean. Como esta expedição ocorreu no âmbito do projeto AKMA – ‘Advancing Knowledge of Methane in the Arctic’, a equipa a bordo tinha representantes dos vários parceiros do projeto, entre os quais a Universidade de Aveiro, representada pela investigadora Sofia Ramalho (CESAM/DBIO) que era também a única portuguesa a bordo.

A professora Giuliana Panieri, líder da expedição, juntamente com Stefan Buenz, e coordenadora do projeto AKMA, refere em comunicado da Universidade Ártica da Noruega, “não excluímos a possibilidade de descobrir outros vulcões de lama no Mar de Barents. Mas é apenas através de trabalho colaborativo e de tecnologias avançadas que estes resultados podem ser alcançados. Ver em direto este vulcão de lama submarino em erupção relembra-me de como o nosso planeta está vivo”.

De acordo com o mesmo comunicado, os vulcões de lama são estruturas peculiares, que emitem predominantemente “água e sedimentos provenientes de centenas de metros a vários quilómetros de profundidade na crosta oceânica, fornecendo uma janela para o interior da Terra e ambientes passados”. Este vulcão liberta continuamente fluidos ricos em metano e assenta numa cratera originada por uma ou várias explosões que terão acontecido após o período glacial há 18 000 anos.

Como refere, a partir da Noruega, a investigadora Sofia Ramalho (CESAM/DBIO) à Comunicação do CESAM, “Ainda há muito a descobrir sobre a ecologia destes habitats do Ártico, sobretudo se considerarmos os potenciais impactos cumulativos de atividades humanas nesta região juntamente com as alterações climáticas que já se começam a observar.” O trabalho da investigadora está especificamente associado à biodiversidade das comunidades associadas às fontes frias no Ártico (em que se enquadram este tipo de vulcões).

Nesta expedição foram amostrados vários locais, mas de acordo com Sofia Ramalho, “nós não estávamos especificamente à procura deste vulcão, estávamos sim à procura de fontes frias que podem assumir muitas formas, em termos geológicos”. As fontes frias são habitats que albergam uma elevada biomassa de organismos especializados dependentes de diversas formas da produção primária resultante da quimiossíntese. E “beneficiando da elevada produtividade local, o espaço adjacente a este vulcão, ao contrário do que acontece frequentemente noutras áreas do Ártico investigadas, albergam também uma elevada diversidade e densidade de amimais, tais como esponjas, corais e peixes.” No local agora descoberto, a investigadora portuguesa recolheu amostras de sedimentos desta cratera para o estudo da meiofauna “ou melhor, de nemátodes, que são pequenos vermes marinhos microscópicos e que apesar de pouco estudados, são dos animais mais abundantes e diversos que se podem encontrar em sedimentos marinhos. Além disso foram também recolhidas amostras da macro- (ex., crustáceos, poliquetas) e da megafauna (ex., esponjas, estrelas-do-mar) para estudo da cadeia trófica nestes locais”.

Além de todo o trabalho científico produzido, os investigadores a bordo ainda estiveram envolvidos em ações de divulgação científica com escolas portuguesas. Como nota a Sofia Ramalho, “nós estivemos durante quase todo o cruzeiro ligados a escolas portuguesas, uma escola de Azurva, uma escola da minha terra natal em Mora e uma outra escola de Loulé (…) que fizeram videochamadas e viram, em direto, o ROV Aurora [Veiculo Remotamente Operado da empresa REV Ocean] em ação no fundo do mar”.

Créditos da imagem: UiT/AKMA3

Texto por: CESAM com colaboração Sofia Ramalho (CESAM/DBIO)

As Redes de Doutoramento MSCA têm como objetivo formar candidatos a doutoramento empreendedores, inovadores e resilientes, capazes de enfrentar os desafios atuais e futuros e de converter conhecimento e ideias em produtos e serviços para benefício económico e social. Existem três modos de implementação diferentes: Redes de Doutoramento Standard (DNs), Doutoramentos Conjuntos (JDs) e Doutoramentos Industriais (IDs).
Espera-se que os resultados do projeto contribuam para os seguintes resultados:
Para os candidatos a doutoramento apoiados:

  • Novas competências de investigação transferíveis, conduzindo a uma melhor empregabilidade e perspetivas de carreira dentro e fora da academia;
  • Novos conhecimentos que permitam a conversão de ideias em produtos e serviços, quando relevante;
  • Capacidades de networking e comunicação com colegas, bem como com o público em geral, que aumentarão e ampliarão o impacto da investigação e inovação.

Para as organizações participantes:

  • Melhoria da qualidade, relevância e sustentabilidade dos programas de formação doutoral e dos arranjos de supervisão;
  • Reforço da cooperação e transferência de conhecimento entre setores e disciplinas;
  • Maior integração das atividades de formação e pesquisa entre as organizações participantes;
  • Reforço da capacidade de I&D;
  • Aumento da internacionalização e atratividade;
  • Feedback regular dos resultados da investigação para o ensino e educação nas organizações participantes.

Sessão informativa: 14 de junho de 2023.

As inscrições estão abertas aqui.

Este será um evento online, que será iniciado com uma mensagem de boas-vindas e algumas observações introdutórias, seguido pela apresentação principal das novidades da chamada DN-2023.

Abertura do concurso: 30 de maio de 2023
Deadline: 28 de novembro de 2023

Programa de trabalho aqui.

Projetos MSCA DN com participação do CESAM aqui.

O Policy Center for the New South (PCNS) está a organizar a 12ª edição da Conferência Diálogos Atlânticos. Uma conferência de alto nível que reúne líderes influentes dos setores público e privado da região da Bacia do Atlântico para discussões abertas e informais sobre questões trans-regionais.

O programa ADEL (Líderes Emergentes do Diálogo Atlântico) é um programa de jovens profissionais de destaque do PCNS, realizado dois dias antes da conferência Diálogos Atlânticos. Todos os anos, este programa reúne 30 a 50 jovens líderes da região da Bacia do Atlântico que demonstraram capacidade de liderança e têm um forte senso de compromisso com as questões sociais e económicas enfrentadas pelas suas comunidades em particular e pelo mundo em geral.

O programa ADEL será realizado de 11 a 13 de dezembro de 2023 em Marrakech, Marrocos. Os Líderes Emergentes juntar-se-ão à Conferência Diálogos Atlânticos de 14 a 16 de dezembro.

As candidaturas estão abertas até 20 de junho de 2023.

REQUISITOS:
Para ser considerado(a) para este programa, os(as) candidatos(as) devem atender a todos os seguintes critérios:

  • Ter entre vinte e cinco e trinta e cinco anos de idade (inclusive) em 13 de maio de 2022.
  • Ser cidadãos(ãs) de países localizados na África, América do Norte, América do Sul, América Central, Europa ou Caribe – cidadãos de países que fazem fronteira com a Bacia do Atlântico terão prioridade. Também são elegíveis candidatos(as) que sejam cidadãos(ãs) de outros países e tenham residência nos países das regiões mencionadas acima.
  • Demonstrar proficiência em inglês na sua declaração pessoal e vídeo curto.
  • Garantir a sua disponibilidade durante todo o programa de seis dias, que ocorrerá de 11 a 16 de dezembro, em Marrakech, Marrocos. Por favor, inscreva-se apenas se tiver disponibilidade.

PROCESSO DE CANDIDATURA:
Os(as) candidatos(as) interessados(as) devem consultar a convocatória de candidaturas e enviar um formulário de inscrição online. Este formulário deve ser preenchido e incluir todos os documentos necessários: currículo, declaração pessoal, respostas escritas e vídeo do YouTube. O prazo de inscrição é 20 de junho às 23h59, horário do Marrocos (GMT+1)

Para mais informações aqui.

De 5 a 7 de julho de 2023, ocorrerá na Universidade de Aveiro, o encontro anual de ciência e tecnologia em Portugal, com o tema “Ciência e Oceano Para Além do Horizonte”. A investigadora Helena Vieira (CESAM/DAO) e detentora da Cátedra ERA CHAIR BESIDE na Universidade de Aveiro é a comissária do evento. 

A edição deste ano, como refere a comissária no website do encontro, “reveste-se de particular importância para todos nós, como um marco de mudança:  
Será o primeiro encontro fora da grande capital, e em que a cidade escolhida foi a bela cidade de Aveiro banhada por múltiplas águas onde a ciência é um pilar de desenvolvimento inquestionável;  
É também, pela primeira vez, um encontro temático, com um foco no oceano e águas, nas suas intrínsecas ligações e mútuo impacto, mas, acima de tudo, no papel da ciência em toda a sua plenitude de contributos para conhecermos, explorarmos e, também, protegermos o verdadeiro pulmão deste planeta.” 

Este evento anual é promovido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e pela Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura e Tecnológica. Tendo o apoio institucional do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, através da Ministra Elvira Fortunato e da Assembleia da República através da Comissão de Educação e Ciência. 

O programa oficial das sessões plenárias conta, entre muitos outros, com a presença das Ministras, Elvira Fortunato, (Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), Maria do Céu Antunes (Ministério da Agricultura e Alimentação), Diana Morant (Ministra da Ciência e da Inovação de Espanha).

Estando o programa destas sessões ainda a ser finalizado, este integra também outros dois investigadores CESAM, Cristina Pita (CESAM/DAO) e Luís Menezes Pinheiro (CESAM/DGEO) (sob confirmação). 

O programa, registo e outras informações estão disponíveis aqui 

Texto por: CESAM com base em informação no website oficial do evento 

Michael Russo e Ana Ascenso, doutorandos CESAM/DAO, receberam recentemente bolsas da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD). Estas bolsas têm o objetivo de internacionalizar o conhecimento científico produzido em Portugal, apoiando a apresentação nos Estados Unidos do trabalho de investigadores baseados em Portugal.


Nessas apresentações, Michael Russo (CESAM/DAO), irá abordar o impacto das emissões dos transportes marítimos na qualidade do ar na Europa no presente e em cenários de alterações climáticas. Já Ana Ascenso (CESAM/DAO) focar-se-á em soluções baseadas na natureza para a atenuação da subida da temperatura e para a melhoria da qualidade do ar. Ambas as investigações têm como objetivo contribuir para o avanço científico nas áreas do ambiente e das alterações climáticas.


Pode saber mais sobre as bolsas FLAD aqui.

Texto por: CESAM

Da esquerda para a direita: Prof. Amadeu Soares (CESAM), Dr. Jorge de Sampayo, cônsul-geral de Portugal na Cidade do Cabo, sua esposa Mariana de Sampayo e Doutor Joaquim Ferreira (CESAM)
Créditos: CESAM

O documentário “ECOMARE – Investigação e salvamento de espécies marinhas”, coproduzido pelo CESAM e pela produtora Play Solutions – Audiovisuais, venceu o primeiro prémio (Gold Award) na categoria Vida Selvagem- Mar e Florestas, do Festival Internacional de Cinema de Turismo de África (ITFFA). 

O festival decorreu entre os dias 2 e 6 de maio, na Cidade do Cabo, África do Sul. Esta é a quinta edição de um festival que, desde a sua primeira edição, já recebeu mais de 3000 candidaturas de 97 países diferentes. Este ano estiveram em concurso quase 4000 conteúdos audiovisuais, originários de 59 países, tendo sido aceites para a fase competitiva 378 conteúdos, de 59 países diferentes.  

Este documentário aborda o quotidiano do ECOMARE, Laboratório para a Inovação e Sustentabilidade dos Recursos Biológicos Marinhos da Universidade de Aveiro. É uma infraestrutura localizada na Gafanha da Nazaré, única a nível nacional, que combina a investigação em ciências do mar com um centro de pesquisa e reabilitação de animais marinhos.   

Produzido para a RTP no âmbito da consulta de conteúdos às produtoras audiovisuais, este documentário estreou em outubro de 2022 na RTP 1, tendo sido posteriormente transmitido pela RTP Internacional e RTP África.  

De acordo com o professor Amadeu Soares, atual Coordenador do CESAM e cofundador do conceito e primeiro responsável do Ecomare, esta distinção internacional tem vários significados: “Atesta a qualidade da equipa de comunicação e divulgação do CESAM e demonstra o sucesso da aposta na aliança estratégica entre o CESAM e a produtora, Play Solutions Audiovisuais”.

Realça ainda que “o prémio é dado à qualidade de produção, guião e conteúdos do documentário sobre a infraestrutura Ecomare, 15 anos após a apresentação da primeira ideia à reitoria de então. ECOMARE que obviamente não existiria sem a aposta da UA, iniciada em 2008 e 2009, pelos vice-reitores Francisco Vaz e Fernando Tavares Rocha, da equipa reitoral da Prof.ª Helena Nazaré, a quem presto o meu testemunho de homenagem. Sem a sua coragem, aposta e encorajamento da ideia e conceito que eu lhes apresentei, enquanto diretor do Departamento de Biologia, o então projeto Ecomare não teria sido objeto de uma candidatura ao Programa Operacional do Centro 2007-2013, numa parceria com o Presidente da Câmara Municipal de ílhavo e o Administrador do Porto de Aveiro de então, respetivamente os Engº José Ribau Esteves e Eng.º José Luis Cacho. A proposta e conceito doEcomare o único projeto âncora da área da CCDR-Centro, foram também bastante acarinhados pela então presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa. Na UA, o apoio foi posteriormente continuado pela reitoria do Prof. Manuel Assunção, também nas pessoas de dois dos seus vice-reitores, José Alberto Rafael e José Fernando Mendes. E, não esquecer, contou com todo o entusiamo e apoio do colega e amigo José Vingada, responsável da SPVS, entretanto falecido, e a quem dedicamos este documentário.

A originalidade do conceito e modo de gestão, presentes em 2008, justificou a presença do Ecomare nos finalistas de 2019 dos prémios RegioStars Awards, da União Europeia, na categoria “connecting the green, blue and grey”, tendo ainda sido um dos dois projetos portugueses incluídos nos 15 projetos europeus selecionados para a edição comemorativa dos 15 anos destas RegioStars Awards, em 2022.”

Continuando, “a sustentabilidade e razão deste projeto, que a certa altura teve o apoio do Oceanário de Lisboa, estão comprovadas pelo seu sucesso atual, quer na componente do CPRAM-Centro de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos onde se desenvolve investigação mais fundamental, cujos resultados foram cruciais para o reforço e também criação de algumas Áreas Marinhas Protegidas, e do serviço público que ainda presta ao Estado Português, quer na componente do CEPAM- Centro de Extensão e de Pesquisa em Aquacultura e Mar, onde se desenvolve investigação mais aplicada e ligada a temas de aquacultura, geridas atualmente pela Doutora Catarina Eira e Doutor Ricardo Calado, respetivamente, em boa hora nomeados pela atual reitoria da UA».  

O Doutor Joaquim Pedro Ferreira, corresponsável pelo desenvolvimento do guião, anota que «ao ganhar este prémio, o documentário irá ser visualizado na África do Sul e em muitos outros países, africanos e não africanos, levando mais longe o nome do Ecomare, do CESAM e, claro, da própria Universidade de Aveiro».

O professor Amadeu Soares conclui “que a visualização deste documentário permite constatar a variedade e qualidade da investigação, na área dos Recursos Biológicos Marinhos, que é concretizada pela vasta equipa de investigadores do CESAM”. 

O documentário “ECOMARE – Investigação e salvamento de espécies marinhas” pode ser visto na íntegra aqui.

Esta terça-feira, dia 9 de maio, a investigadora do CESAM/DAO, Teresa Nunes, participou no programa Sociedade Civil da RTP2 para discutir o tema poluição do ar. Durante a sua participação, a especialista abordou diversos tópicos relacionados com a poluição do ar como a composição química, o tamanho das partículas presentes no ar e os diferentes efeitos na saúde humana, enfatizando a importância de se entender as fontes e processos envolvidos para gerir de forma mais eficaz a qualidade do ar e a saúde dos ecossistemas.

O debate deste tema, que incluí-o a participação de Teresa Nunes, foi uma importante contribuição para a consciencialização da população sobre os riscos da poluição do ar e a necessidade de soluções efetivas para minimizar o seu impacto no meio ambiente e na saúde humana.