No próximo mês de setembro (de 27 a 30), irá  realizar-se na Universidade de Aveiro uma conferência internacional na área da modelação da qualidade do ar – 21st International Conference on Harmonisation within Atmospheric Dispersion Modelling for Regulatory Purposes (HARMO21), organizada pelo Grupo de Emissões, Modelação e Alterações Climáticas (GEMAC) do DAO/CESAM.

A HARMO21 destina-se a investigadores na área da poluição do ar e sua modelação, agências de proteção ambiental e peritos em legislação nesta área científica. Esta conferência distingue-se pelo seu enfoque em ferramentas e metodologias comuns. O primeiro anúncio já foi lançado, com as datas importantes, podendo ser consultado em: http://harmo21.web.ua.pt/

Este evento, que conta habitualmente com mais de 100 cientistas de todo o mundo nesta área, pretende oferecer um espaço para os utilizadores de modelação e os decisores partilharem com cientistas as suas exigências, de modo a que em conjunto procurem melhores ferramentas reguladoras e indicadores para os diversos impactos da qualidade do ar.

Esta série de conferências sobre qualidade do ar e modelação teve início em 1991, e assume-se como um fórum para discussão de questões de modelação relacionadas com as diretivas da União Europeia sobre qualidade do ar. As redes europeias, tais como a rede FAIRMODE e COST Actions, podem utilizar a conferência para divulgar o seu trabalho a um público mais vasto.

A formação The 3 Rs in amphibian ecotoxicology será realizada num formato híbrido, de 22 a 23 de março de 2022, na Universidade de Aveiro. Este evento é organizado no âmbito da acção COST PERIAMAR (CA18221) e do projeto de investigação Gogofrog (POCI-01-0145-FEDER-030718).

A formação é dirigida a estudantes graduados e pós-graduados (PhD e MSc) e a profissionais com formação em ecotoxicologia anfíbia e avaliação de risco, ou áreas afins, e está limitado a 20 participantes. As candidaturas devem ser enviadas a Isabel Lopes (ilopes@ua.pt) e Sérgio Marques- (sergio.marques@ua.pt), com uma carta de motivação e um CV resumido, até 23 de Fevereiro.

O TS não tem taxas de inscrição.

PROGRAMA

De acordo com a Convenção de Ramsar, as zonas húmidas são “áreas de pântano, charco, turfa ou água, natural ou artificial, permanente ou temporária, com água estagnada ou corrente, doce salobra ou salgada, incluindo áreas de água marítima com menos de seis metros de profundidade na maré baixa”.

Estes habitats assumem um papel vital para a vida e para o planeta, colaborando na luta contra as alterações climáticas, através do sequestro de carbono e da regulação do clima, contribuindo para o fornecimento e melhoria da qualidade de água doce e salobra, e para a preservação da biodiversidade.

Todavia, as zonas húmidas (incluindo as zonas húmidas costeiras, como pradarias marinhas e sapais) estão sob ameaça, sobretudo por ação antropogénica. As alterações no uso do solo, a poluição, a salinização, a urbanização e as espécies invasoras, assim como as alterações climáticas têm contribuído para a degradação destas zonas, com consequências negativas para a preservação da biodiversidade, dos serviços prestados pelos ecossistemas e da saúde humana.

Por isso, este ano é lançado o apelo para o investimento de capital financeiro, humano e político para salvar as zonas húmidas em desaparecimento e para restaurar aquelas que degradámos.

Para assinalar o Dia Mundial das Zonas Húmidas 2022, destacamos o projeto GLOW – Projeto de Zonas Húmidas Globais – Um índice global para melhorar a saúde das zonas húmidas costeiras, um projeto internacional, do qual o CESAM é parceiro.

O GLOW tem como objetivo desenvolver um novo índice de saúde das zonas húmidas costeiras (incluindo pradarias marinhas, florestas de mangais e sapais), que poderá ser aplicado à escala global, e usá-lo para informar ao nível da proteção e recuperação das zonas húmidas. A Ria de Aveiro é um dos locais parceiros globais do projeto GLOW.

Saiba mais sobre o projeto aqui e aqui.

Video

https://doi.org/10.1016/j.ecolind.2021.108141

https://doi.org/10.1016/j.ecolind.2021.107694

O CESAM aceita candidaturas de investigadores/as doutorados/as que pretendam ter o CESAM como instituição de acolhimento no âmbito do Concurso “Estímulo ao Emprego Científico Individual – 5.ª Edição”.

Os/as interessados/as devem enviar, até 18 de fevereiro, para cesam@ua.pt os seguintes documentos:

– CV

– Descrição breve do plano de atividades, incluindo recursos, e enquadramento na missão e objetivos do CESAM.

ATENÇÃO: A candidatura ao CESAM como instituição de acolhimento não substitui a candidatura junto da FCT, em https://myfct.fct.pt/.

Tânia Melo e Felisa Rey são as editoras convidada para o número especial da Marine Drugs: “Lipidomic Studies for the Characterisation of Marine Lipids”

Marine Drugs (IF: 5.118) é um jornal internacional, de acesso aberto, com revisão por pares, publicado online pela MDPI.

Data limite para submissão: 31 julho

Mais informação.

Fátima Jesus é uma das editoras convidadas para o número especial da Toxics: “Ecotoxicity of Contaminants in Water and Sediment”

Toxics (IF: 4.146) é um jornal internacional, de acesso aberto, com revisão por pares, sobre todos os aspetos relacionados com a toxicidade de produtos químicos e materiais. É publicado trimestralmente online pela MDPI.

Data limite para submissão: 20 de junho

Mais informação

Durante as suas viagens entre as áreas de reprodução e de invernada, muitas aves migradoras fazem paragens estratégicas ao longo da rota migratório, que lhes permitem descansar e repôr energia para completar a migração com sucesso. Estas paragens são designadas por “stopover”.

Este novo estudo compara a ecologia de stopover do Pilrito-comum (Calidris alpina) entre a migração primaveril e outonal, no estuário do Tejo – uma importante zona húmida da rota migratória do Atlântico-Este.

O Pilrito-comum é uma ave limícola migradora de longa distância, que usa o estuário do Tejo na época não reprodutora, mas também como área de stopover tanto na migração outonal como na primaveril. Durante a migração primaveril cerca de 30 000 Pilritos-comuns usam o estuário do Tejo como área de stopover por um período médio de 7.5 dias. O tamanho da população e duração do stopover das aves durante a migração outonal é desconhecido, mas os números estimados em programas de monitorização de longo termo, baseados em contagens de aves durante a maré cheia, sugerem que o número de indivíduos que usa o estuário é semelhante durante as duas migrações.

Neste trabalho, as concentrações de metabolitos do plasma e vários parâmetros hematológicos foram combinados de forma a comparar as taxas de reabastecimento energético e o estado fisiológico dos Pilritos-comuns entre períodos migratórios. Adicionalmente, como indicador de qualidade da área de stopover para as aves, foram avaliadas e comparadas a disponibilidade e performance alimentar entre a migração outonal e primaveril.

As taxas de reabastecimento energético e perfis hematológicos dos Pilritos-comuns foram de forma geral semelhantes entre a migração primaveril e outonal, o que sugere estratégias migratórias semelhantes.

A maioria dos Pilritos-comuns que usam o estuário do Tejo como stopover têm provavelmente uma estratégia migratória de “skipping”, fazendo voos de distâncias curtas a médias enquanto vão reabastecendo as energias em várias áreas de stopover ao longo da sua migração. No entanto, os migradores outonais mais precoces mostraram taxas de reabastecimento de energia mais altas e maior capacidade de transporte de oxigênio no sangue, o que sugere que estes se poderão comportar como “jumpers” em vez de “skippers”.

Este estudo foi realizado por Teresa Catry (CESAM-UL), José Pedro Granadeiro (CESAM-UL), Jorge Sánchez Gutiérrez (Universidade da Extremadura) e Edna Correia (CESAM-UL), como parte do projecto MigraWebs (FCT, PTDC/BIA-ECO/28205/2017).

Artigo científico: Catry T, Granadeiro JP, Gutiérrez JS, Correia E (2022) Stopover use of a large estuarine wetland by dunlins during spring and autumn migrations: Linking local refuelling conditions to migratory strategies. PLoS ONE 17(1): e0263031. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0263031

Diana Madeira é uma das editoras de um tópico de investigação da Frontiers: Marine Omics in a Changing Ocean: Modelling Molecular Pathways and Networks to Understand Species Acclimation and Adaptation

A Frontiers é uma prestigiada editora de acesso aberto e uma plataforma de ciência aberta.

Data de submissão de resumos: 31 de março de 2022

Data de submissão do manuscrito: 30 junho de 2022

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O curso pretende desenvolver competências sobre planeamento experimental e técnicas de análise de dados multivariáveis, explorando dados reais e software apropriado. É um Curso de nível introdutório a intermédio, não requer experiência prévia sobre métodos ou uso de programas de análise multivariável.

O curso, que decorre de 28 de fevereiro a 4 de março de 2022, é gratuito e com inscrição obrigatória até ao dia 18 de fevereiro

Programa

Glória Pinto participa como oradora no workshop final do projeto: Melhoramento do tamarilho: plantas melhoradas para produtos de qualidade.

Este evento terá lugar no dia 28 de janeiro, online.

A participação é gratuita mas o registo obrigatório.

Programa