A Frontiers é uma prestigiada editora de acesso aberto e uma plataforma de ciência aberta.
Data de submissão de resumos: 24 de Abril
Data de submissão do manuscrito: 22 de Agosto
Mais informação aqui.
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Os albatrozes e outras espécies de aves marinhas oceânicas (como as cagarras e as pardelas) passam quase 40% do seu tempo em águas fora da jurisdição dos países, também conhecidas como “águas internacionais”. Esta descoberta é apresentada e discutida no trabalho “Global political responsibility for the conservation of albatrosses and large petrels”, recentemente publicado na revista Science Advances, e que resulta de contribuições de um vasto consórcio,que inclui um investigador de Ciências, pertencente ao pólo de Lisboa do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM).
O estudo baseia-se num enorme esforço de análise de movimentos de aves marinhas, que incluem 10,108 rotas de 5,775 indivíduos, pertencentes a 39 espécies de aves marinhas, obtidos em 87 colónias de reprodução (recorrendo a aparelhos de localização miniaturizados colocados nos animais). Muitas destas espécies de aves sofrem diversas ameaças em alto-mar, sendo que muitos albatrozes e aves oceânicas semelhantes estão atualmente em risco de extinção, de acordo com os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Entre as principais ameaças contam-se as capturas acidentais em artes de pesca, a escassez de alimento devida à sobrepesca, as alterações climáticas e a poluição. Nas zonas fora das jurisdições nacionais a regulamentação relativa à conservação das espécies é mais difusa e a fiscalização da implementação de boas práticas é incipiente e pouco eficaz. Apesar das atividades de pescas estarem regulamentadas, não existe um enquadramento jurídico global que enquadre de forma adequada a conservação da biodiversidade no alto-mar.
Ao demonstrar que a maioria das espécies de aves oceânicas atravessa regularmente águas sob diferentes jurisdições, o estudo realça a ideia de que nenhuma nação pode, só por si, garantir a conservação destas aves ao longo de todo o ciclo anual. Acresce que todas as espécies analisadas dependem em alguma medida do alto-mar, i.e., das águas internacionais que cobrem metade da superfície do oceano global e um terço do globo terrestre.
As cagarras (Calonectris borealis), que nidificam em grande número nos Açores, na Madeira e também nas Berlengas, por exemplo, passam 48% do seu tempo em águas internacionais, e 12% do seu tempo em águas de países como o Brasil, o Uruguai, a Namíbia e a África do Sul, onde se alimentam de peixes e cefalópodes, e são vulneráveis à captura acidental em aparelhos de anzol. A conservação deste tipo de espécies com tanta mobilidade, é necessária uma cooperação internacional alargada que leve à mitigação dos riscos de mortalidade nas pescarias.
Este estudo é publicado num momento em que nas Nações Unidas se discute um tratado global que garanta a conservação e o uso sustentável da biodiversidade em águas internacionais. O que neste estudo foi documentado para as aves marinhas, aplica-se certamente a muitos outros migradores oceânicos emblemáticos, como as tartarugas-marinhas, as baleias, os golfinhos e grandes peixes predadores como os atuns e os tubarões. A sobrevivência destes animais carismáticos está dependente de uma cooperação internacional que cuide da conservação dos oceanos globais.
Artigo: Beal M, Dias MP, Phillips RA, Oppel S, Hazin C (…) Granadeiro JP, Catry P (2021) Global political responsibility for the conservation of albatrosses and large petrels. Sci Adv. Mar 3;7(10):eabd7225. doi: 10.1126/sciadv.abd7225.
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Imagem: Cagarra
Autor:Benjamin Metzger
Licença: Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic
O artigo de revisão intitulado “Perspectives on micro(Nano)plastics in the marine environment: Biological and societal considerations”, elaborado com a colaboração de investigadores do Centro de Estudo do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro, do Departamento de Psicologia e Educação da Universidade Portucalense e do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra, foi selecionado como “Editor's Choice Article” na Revista Water.
O artigo aborda a problemática do lixo marinho numa perspetiva biológica e social.
Leia o artigo aqui.
Prazo para candidaturas: de 28 de janeiro de 2021 a 10 de março de 2021 até às 17:00
Helena Beatriz Ferreira, aluna de doutoramento, do Departamento de Química da Universidade de Aveiro (DQ-UA), e do grupo de investigação MBA do CESAM foi reconhecida com o prémio de melhor poster no congresso 9th International Singapore Lipid Symposium (iSLS9), organizado pela National University of Singapore, que decorreu nos dias 1 a 4 de março 2021. Este é um congresso onde estão presentes os maiores especialistas em Lipidomica a nível mundial. O prémio foi patrocinado pela empresa Lipotype.
A aluna, que realizou a Licenciatura e o Mestrado na UA, tem dedicado o seu trabalho ao estudo do lipidoma plasmático em doenças autoimunes. O trabalho desenvolvido pretende contribuir para a descoberta de possíveis novos biomarcadores que poderão ser utilizados a nível clínico. Os resultados obtidos no último ano foram apresentados na comunicação em poster no iSLS9.
O trabalho apresentado foi realizado com a colaboração de Rosário Domingues, Professora do DQ/CESAM-UA, Pedro Domingues, Diretor do CEM e Professor do DQ/QOPNA/LAQV-REQUIMTE-UA, Tânia Melo, Investigadora do DQ/CESAM-UA, Dr.ª Andreia Monteiro, Investigadora do Centro de Investigação em Ciências da Saúde – Universidade da Beira Interior, Covilhã, e do Dr. Artur Paiva, Diretor da Unidade Gestão Operacional em Citometria do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
O livro “Mulheres na Ciência” reúne 101 cientistas de diferentes gerações e áreas de conhecimento. Será lançado hoje, dia 8, no Dia Internacional da Mulher, às 11h, pela Ciência Viva, com transmissão em direto.
Diana Madeira, Alexandra Monteiro e Sónia Cruz são as 3 investigadoras do CESAM distinguidas neste livro.
Noticia completa aqui.
O processo de avaliação das Unidades de Investigação pela FCT, efetuada em 2017/2018 e conhecida em dezembro de 2020, evidenciaram a qualidade da Investigação Científica da Universidade de Aveiro.
O CESAM recebeu a classificação de Excelente!
Notícia completa aqui.
Livro Vermelho: Uma radiografia da nossa vida selvagem
No mundo estima-se que existam entre 8.7 Milhões espécies de vida selvagem sendo que apenas 1.6 milhões são conhecidas. Desde o mar mais profundo até à montanha mais alta o nosso planeta respira vida. Mas à medida que vamos descobrindo mais espécies também vamos percebendo que muitas estão a desaparecer a uma velocidade estonteante. De acordo com o último Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (2005) ocorriam 104 espécies mamíferos em território nacional, desde o lobo-ibérico, à cabra-montês e à lontra, ao resquilo, ao rato-do-campo e outros pequenos mamíferos como os musaranhos, e também aqueles que vivem no mar como as baleias e golfinhos. Das 74 espécies avaliadas, 18 estavam ameaçadas de extinção: cinco estavam Criticamente Em Perigo, três estavam Em Perigo e 10 estavam Vulneráveis. E como estarão agora estas populações? Será que nestes últimos 15 anos, à semelhança de muitas outras espécies de fauna, algumas populações diminuíram? Ou será que aumentaram? Já sabemos que a nossa população de lince-ibérico tem aumentado desde que se iniciou o projeto de reintrodução liderado pelo ICNF. Mas e as outras espécies? Responder a estas perguntas é o objetivo do projeto de revisão do Livro Vermelho de Mamíferos de Portugal Continental, que visa avaliar o estado das populações de todas as espécies de mamíferos que ocorrem no território nacional para melhor determinar o seu estatuto de conservação. Este projeto é liderado pela Professora Maria Luz Mathias e conta com a participação de mais investigadores do CESAM, como a equipa do Unidade de Vida Selvagem liderada pelo Professor Carlos Fonseca. Se quiseres conhecer mais sobre este projeto podes consultar o site https://livrovermelhodosmamiferos.pt. Como toda a informação é preciosa toda a ajuda é bem-vinda. Se tens alguma foto de um mamífero que observaste em Portugal, comparte com a equipa deste projeto.
Texto de Nuno Negrões e dos colegas envolvidos no projeto do Livro Vermelho dos Mamíferos de Portugal.
No dia 8 de março, será realizado um evento online do IIED (International Institute for Environment and Development): Fish Night 7: Gender equality in the seafood value chain.
Este evento, focado no papel das mulheres na pesca e na cadeia de valor, irá abordar o impacto que a sobre-exploração de recursos, as alterações climáticas e a pandemia de COVID-19 tiveram no modo de vida e bem-estar das mulheres, e como a igualdade de género pode ser promovida na recuperação azul sustentável.
Este evento online foi organizado por um projeto liderado pelo IIED, focado em aumentar a visibilidade da pequena pesca e aquacultura artesanal.
A pesquisadora Cristina Pita moderará o debate.
Saiba mais e inscreva-se no webinar aqui.
Prazo para candidaturas de 1 a 31 de março de 2021