A Comissão Europeia publicou e adotou a Estratégia de Biodiversidade da União Europeia para 2030: Trazer a natureza de volta às nossas vidas. A contribuição da rede internacional ALTER-Net foi essencial para este documento, não só através da participação de especialistas da rede na consulta pública para as primeiras versões da estratégia, mas também através da conferência 2019 ALTER-Net & EKLIPSE. Deste evento, que contou com a presença e participação da Comissão Europeia, resultou um conjunto de 12 mensagens-chave que foram submetidas à Comissão para serem consideradas na estratégia de biodiversidade pós-2020. Para além disso, especialistas da ALTER-Net publicaram as prioridades dos cidadãos no contexto da nova estratégia de biodiversidade que também foi considerado neste documento. Deste modo, a ALTER-Net foi determinante neste processo envolvendo a ciência, política e sociedade.

Membros do CESAM participaram no comité científico e grupos de trabalho da conferência 2019 ALTER-Net & EKLIPSE, contribuindo deste modo para o documento.

O CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar é parceiro institucional de duas infraestruturas (EMSO-PT – Observatório Europeu Multidisciplinar do Fundo do Mar e Coluna de Água – Portugal e PORBIOTA – E-Infraestrutura Portuguesa de Informação e Investigação em Biodiversidade), que constam no novo Roteiro Nacional de Infraestruturas de Investigação de Interesse Estratégico (RNIE) publicado este mês pela FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia. Esta é a primeira atualização após a sua publicação em 2014.

Ambas as infraestruturas se inserem na área do ambiente, uma das principais áreas de atuação do CESAM. A EMSO-PT, coordenada pelo IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera, faz parte da EMSO, Infraestrutura de Investigação Europeia de Grande Escala. Esta infraestrutura é constituída por observatórios submarinos multidisciplinares, fixos, com o objetivo de fornecer informação científica em tempo quase real, a longo prazo, dos processos ambientais marinhos relacionados com a interação entre a geosfera, a biosfera e a hidrosfera. É uma infraestrutura distribuída localizada em locais chave do mar europeu, abrangendo o Ártico, o Atlântico, o Mediterrâneo e o Mar Negro e prevê-se que a rede de observatórios esteja instalada no final da década. O CESAM é parceiro desta infraestrutura contando com a participação de uma equipa de 8 investigadores especialistas em oceano profundo, liderada pela Prof. Marina Cunha. A PORBIOTA é uma infraestrutura nacional coordenada pelo ICETA/CIBIO-InBIO, distribuída para gerir dados de biodiversidade nacionais, visando a sua integração na infra-estrutura Europeia de e-Ciência para a investigação em biodiversidade e ecossistemas LIFEWATCH (ESFRI Roadmap 2016 Landmark). A infraestrutura é liderada por um consórcio que inclui Unidades de Investigação e Desenvolvimento nacionais, museus de história natural, o nó Português do Sistema Global de Informação sobre a Biodiversidade (GBIF) e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), incluindo também algumas áreas específicas (ICOS-PT e LTER Portugal). O sítio LTER da Ria de Aveiro é uma das áreas que contribui para esta e-infraestrutura.

Pretende-se com a PORBIOTA compilar e integrar toda a informação sobre biodiversidade que se encontra dispersa a nível nacional (por exemplo, bases de dados, literatura, multimédia, coleções de história natural), facilitando posteriormente o seu acesso, a interoperabilidade de dados e um conjunto de ferramentas especializadas para a modelação e análise de grandes quantidades de dados de biodiversidade. O CESAM é parceiro desta infraestrutura contando com a participação de uma equipa de 11 investigadores especialistas em biodiversidade, liderada pela investigadora Ana Isabel Lillebø.

O RNIE 2020 surge na sequência da avaliação da maturidade das infraestruturas de investigação iniciada pela FCT em outubro 2019. Esta avaliação foi concluída no passado mês de fevereiro para as infraestruturas integradas no RNIE entre 2014 e 2019. Além de atualizar a informação respeitante às 40 infraestruturas integradas no RNIE em 2014, incluindo os montantes de investimento público atribuídos para o quadriénio 2017-2021, apresentada as 16 novas infraestruturas integradas no Roteiro desde abril 2019, conforme previsto no DL nº63/2019. O RNIE 2020 aproxima o panorama das infraestruturas do RNIE às prioridades do Plano Nacional de Reformas e às estratégias temáticas para a investigação e inovação, tais como o “Espaço 2030”, o Programa de Ação para a Economia Circular (INCoDe.2030) ou a aposta na investigação clínica, nomeadamente no domínio do Cancro. 

O RNIE 2020 pode ser descarregado aqui (em Inglês).

 

O CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar é parceiro institucional de duas infraestruturas (EMSO-PT – Observatório Europeu Multidisciplinar do Fundo do Mar e Coluna de Água – Portugal e PORBIOTA – E-Infraestrutura Portuguesa de Informação e Investigação em Biodiversidade), que constam no novo Roteiro Nacional de Infraestruturas de Investigação de Interesse Estratégico (RNIE), publicado este mês pela FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia. Esta é a primeira atualização após a sua publicação em 2014.

 

No âmbito do projeto europeu ClairCity – O Papel dos Cidadãos na Redução da Poluição Atmosférica nas Cidades, projeto H2020, estão a ser preparados três webinars de divulgação dos resultados. Os eventos decorrerão entre 11 e 25 de junho. 

Programa:

11 de junho, 10h00-11h20 (hora de Portugal Continental); 11h00-12h20 (Central European Summer Time, CEST)

Webinar 1: Engaging Citizens on air quality and climate change,

18 de junho, 13h00-14H10 (hora de Portugal Cointinental); 14h00-15h10 (CEST)

Webinar 2: Citizens’ behaviour in emissions, air quality and health modelling,

25 de junho, 14h00-15h30 (hora de Portugal Continental); 15h00-16h30 (CEST)

Webinar 3: Citizens at the centre of air pollution and carbon reductions – lessons for policy.

A investigadora Vera Rodrigues, CESAM/DAO, intervém no webinar 2. Vera Rodigues dedica-se à modelação dos processos atmosféricos em áreas urbanas, nomeadamente o estudo das interações entre o microclima urbano e a dispersão dos poluentes atmosféricos e em medidas de mitigação capazes de reduzir os níveis de exposição da população à poluição atmosférica.

 

Cristina Pita é co-editora do livro “Small-Scale Fisheries in Europe: Status, Resilience and Governance” agora publicado. O livro poderá ser comprado como eBook ou em formato físico aqui: https://link.springer.com/book/10.1007/978-3-030-37371-9#toc.

 » Cristina Pita apresenta o seu livro no webinar internacional “Small is Bountiful” (junho de 2020).

A rede internacional ALTER-Net, da qual o CESAM é um membro, e o projeto EKLIPSE, apresentam 12 mensagens para contribuir para o desenvolvimento da próxima Estratégia para a Biodiversidade da União Europeia.

Em Junho de 2019, investigadores, cientistas, decisores e profissionais de diversas áreas reuniram-se em Ghent para a Conferência 2019 ALTER-Net & EKLIPSE. O objetivo desta conferência foi considerar a Estratégia para a Biodiversidade na Europa pós-2020 e o papel da investigação na formulação desta estratégia e dos seus objetivos. Desta conferência resultaram estas mensagens-chave que foram agora publicadas e submetidas à Comissão Europeia. As mensagens e a argumentação para cada uma delas pode ser consultada aqui (em Inglês).

Os stocks de cefalópodes (por exemplo, polvos, lulas, chocos) não estão sujeitos a um sistema de quotas exigido pela União Europeia, ao contrário do que acontece com os stocks de outros recursos pesqueiros (por exemplo, a sardinha). Assim, existe um enorme potencial para se desenvolver a pesca e o mercado dos cefalópodes.

O projeto Cephs & Chefs – Polvos, lulas, chocos, pesca sustentável e chefes tem como objetivos desenvolver novos mercados e produtos com origem em cefalópodes, aumentando acadeia de valor e ajudando os pescadores a serem mais competitivos na área Atlântica. O projeto vai contribuir para a criação de novos mercados para os produtos baseados em cefalópodes e acrescentar valor aos produtos já existentes. O projeto Cephs & Chefs é um projeto financiado pela União Europeia (programa INTERREG), sendo coordenado pela National University of Ireland Galway, Irlanda. O CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, tem um importante papel neste projeto através de uma equipa de 12 investigadores coordenados pela Doutora Cristina Pita. Esta equipa inclui especialistas de várias áreas desde pescas, ecologia e planeamento do espaço marinho. Todos juntos, estes investigadores estão particularmente envolvidos na introdução de novos produtos com origem em cefalópodes no mercado e expansão dos mercados que já existem, bem como na capitalização de resultados do projeto nas áreas do desenvolvimento e da política. Para além disso, a equipa do CESAM trabalha ativamente na caracterização da cadeia de valor dos cefalópodes na Europa, do mar ao prato, identificando atores-chave tais como pescadores, indústria de processo, vendedores, supermercados e restaurantes.

A equipa do projeto

Dia 08 de junho é celebrado o Dia Mundial dos Oceanos, dia escolhido para vários eventos nacionais e internacionais relacionados com esta temática. Tendo uma forte componente de investigação na área dos Oceanos, o CESAM estará presente em alguns destes eventos.

No âmbito do projeto BCLME III – Improving Ocean Governance in the Benguela Large Marine Ecosystem e promovido pela Comissão da Corrente de Benguela, a comemoração do Dia Mundial dos Oceanos vai contar com a presença do investigador do CESAM Rui Rocha num evento online. A sua participação ocorre no seguimento do estudo de viabilidade de aquacultura comunitária de bivalves em Angola, em que também colaboram o Prof. Amadeu Soares e a Doutora Cristina Pita. O evento acontecerá de manhã.

No lançamento do projeto Smart Ocean, estará presente o Prof. Luís Menezes Pinheiro, Presidente do Comité Português para a Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO (IOC/COI-UNESCO) ao lado do Ministro do Mar, Dr. Ricardo Serrão Santos na abertura deste evento online. Este projeto propõe-se a apoiar o desenvolvimento sustentável da economia azul com base no conhecimento e na inovação, através da colaboração e cooperação entre diferentes atores nacionais e internacionais. O evento será às 14h00.

 

O CESAM está a organizar o Webinar “Comunicação de Ciência online: Como defender o meu projeto/a minha tese”, resultante duma parceria com o CIDTFF, CICECO e ccTIC-UA. O público-alvo deste evento são estudantes de doutoramento que vão defender a sua tese ou projeto de tese em breve e que terão de o fazer por videoconferência. No entanto, outros interessados e que sejam membros do CESAM, CICECO ou CIDTFF poderão assistir ao webinar já que uma importante parte do evento será sobre aspetos gerais da comunicação online. O webinar acontecerá no dia 22 de junho, 15h00 (via plataforma zoom) e consistirá numa sessão síncrona que inclui um vídeo com apresentações dos oradores (30 minutos) seguido de um momento para resposta a questões (10 minutos). Para receberem o link para o webinar, deverão inscrever-se aqui até ao dia 18 de junho.

Um dos maiores problemas ambientais dos nossos tempos é a ocorrência de incêndios rurais. Os incêndios rurais são um fenómeno natural que tem moldado a evolução dos ecossistemas mediterrânicos em todo o mundo. Atualmente já existem várias espécies adaptadas ao fogo, ou que até necessitam do fogo para completarem o seu ciclo de vida o que evidencia como a natureza se adaptou à realidade cada vez mais comum dos incêndios. No entanto, os incêndios rurais são hoje mais frequentes, mais severos, e afetam áreas maiores em quase todas as regiões deste planeta, o que faz com que sejam um grave problema ambiental.

Os incêndios rurais podem ter impactos diretos e indiretos, ocorrendo durante e depois dos incêndios, tais como emissões de fumo, perda de biodiversidade, alterações do solo superficial e evaporação pós-fogo. Um fenómeno que ocorre frequentemente em áreas ardidas são eventos hidrológicos extremos potenciados por chuvas abundantes, transportando cinzas e solo das áreas ardidas para as linhas de água.

A redução efetiva destes riscos passa pela identificação e tratamento de encostas com elevado risco de erosão, através das já conhecidas medidas de estabilização de emergência. Estas medidas irão contribuir para que as cinzas e solo transportados não poluam linhas de água, sendo essencial para o seu sucesso, que sejam aplicadas antes das primeiras chuvas de Outono.

Na Europa, a Galiza destaca-se pela sua rápida implementação de medidas de estabilização pós-fogo. O projeto EPyRIS tem como objetivo rever o protocolo galego e convertê-lo o numa ferramenta cartográfica para ser usada por todos os gestores de áreas ardidas da área SUDOE (Sul de França, Espanha e Portugal). Um contributo importante do CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar neste projeto, tem sido a adaptação de modelos matemáticos para identificar que áreas tratar e quais são as medidas a aplicar para efetivamente prevenir a erosão pós fogo. Adicionalmente, o CESAM irá demonstrar a aplicação da ferramenta desenvolvida em áreas ardidas em Portugal durante o verão de 2021. O trabalho desenvolvido no âmbito deste projeto será determinante para a determinação do risco de erosão pós-fogo e a eficácia de medidas para reduzir esse risco.

 

A equipa do projeto EPyRIS

Os nanomateriais estão a tornar-se componentes integrantes e importantes nos produtos de hoje, favorecendo processos mais rápidos, leves e eficientes, por exemplo em termos de energia. Para facilitar o desenvolvimento e o uso global e seguro desses materiais, os métodos de avaliação de segurança existentes precisam ser adaptados e/ou novos métodos desenvolvidos quando necessário. O uso de métodos padronizados e utilizados mundialmente na avaliação de substâncias químicas aumenta a confiança, melhora a segurança do consumidor e facilita o comércio mundial. O projeto da UE NanoHarmony, iniciado em abril de 2020, tem esta missão. O NanoHarmony é liderado pelo Instituto Federal de Segurança e Saúde Ocupacional (BAuA, Alemanha), com 14 parceiros europeus de investigação e academia, indústria, regulamentação e órgãos públicos. O foco do NanoHarmony está nas Diretrizes e Testes de Orientação da OCDE, pois são aceites pelos 37 países membros da OCDE. Através da OCDE, o NanoHarmony alargará o seu trabalho a pelo menos 25 parceiros associados adicionalmente, incluindo parceiros dos EUA, Canadá, Coreia do Sul, Austrália e África do Sul, para alcançar uma maior aceitação mundial. O projeto NanoHarmony começou oficialmente a 1 de abril, e a 20 de abril com a reunião virtual de início, tendo agora expandido para envolver todos os interessados, com workshops, webinars, publicações, boletins e ações e resultados do projeto. O consórcio NanoHarmony convida todas as partes interessadas a participar e visite o site do projeto em www.nanoharmony.eu para obter detalhes completos sobre os testes de objetivo, os parceiros envolvidos e a participação.

O CESAM/UA orgulha-se de fazer parte do projeto NanoHarmony, trabalhando com a comunidade científica e de nanossegurança para garantir materiais seguros a longo prazo para os consumidores e o meio ambiente. Neste projeto o CESAM/UA fará parte da base científica do NanoHarmony, com o objetivo de desenvolver documentos de orientação sobre como conduzir estudos de toxicidade a curto prazo. Estaremos envolvidos com mais detalhe no teste com Daphnia sp. TGs da OCDE 202, mas também contribuindo para a componente das algas (TGs da OCDE 202). A equipa portuguesa do CESAM/UA é coordenada por Susana Loureiro (professora do dbio & CESAM) e da qual faz igualmente parte Roberto Martins, investigador do dbio & CESAM.

No próximo dia 7 de Julho,decorrerá um webinar organizado pelo projeto NanoHarmony: ‘An Introduction to NanoHarmony’ – que pode aceder aqui.