No próximo dia 23 de outubro de 2024 (quarta-feira), irá realizar-se o 2º Workshop do projeto InundaRia no Anfiteatro do Departamento de Física da Universidade de Aveiro, com uma sessão pública entre as 15h00 e as 16h00 horas. Nesta sessão serão apresentados e discutidos os resultados obtidos relativos à identificação das zonas em risco de inundação na região da Ria de Aveiro no contexto atual.

Num ambiente participativo, este evento pretende apresentar os primeiros resultados do projeto InundaRia à comunidade e reunir a equipa científica com stakeholders e público geral,para um debate em torno da temática das inundações na região da Ria de Aveiro, com vista à validação dos resultados já obtidos no âmbito deste projeto.

O projeto InundaRia (http://inundaria.web.ua.pt/) “Avaliação do Risco de Inundação Com Vista à Melhoria da Resiliência Territorial da Região da Ria de Aveiro” é financiado pelo Programa de Assistência Técnica 2030 (PAT2030), e visa prever e entender a dinâmica de inundações na Ria de Aveiro. Este projeto tem como principal objetivo congregar e divulgar o conhecimento técnico-científico nos domínios da modelação hidrodinâmica e avaliação do risco de inundações na Ria de Aveiro, munindo os utilizadores e decisores políticos, de previsões fidedignas fundamentais à preparação do território para eventos extremos tornando-o mais resiliente às ameaças futuras. Este projeto integra investigadores do Departamento de Física da Universidade de Aveiro e tem como entidades parceiras, a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), o Porto de Aveiro (APA) e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-Centro).

Motivada pelo desejo de colaborar em iniciativas que apoiem a definição de políticas de desenvolvimento sustentável e a resolução de problemas ambientais, Sofia Corticeiro vê a oportunidade de se juntar à lista de peritos da Agência Europeia do Ambiente (AEA) como uma forma de contribuir para que a ciência desempenhe um papel central na tomada de decisões estratégicas.

Considero muito importante contribuir para este tipo de iniciativas“, afirma Corticeiro, onde a ciência deve desempenhar um papel central na orientação e apoio à tomada de decisões estratégicas, capazes de enfrentar os enormes desafios ambientais com que a Europa se debate atualmente“.

Corticeiro encara este desafio como uma oportunidade de enriquecimento pessoal e científico, e de contribuição para o bem comum. “Acredito que esta experiência poderá ser muito enriquecedora para mim, permitindo-me aprofundar o conhecimento sobre as políticas europeias, interagir com outros especialistas e participar em discussões relevantes e com impacto direto na sociedade“.

A investigadora acredita que a sua participação irá promover o contacto com outras instituições e reforçar a missão do CESAM na transferência de conhecimento para a sociedade e contributo para as políticas públicas, nacionais e europeias.

Acredito também que esta oportunidade será uma mais-valia para o CESAM, acrescenta, “uma vez que irá contribuir para fortalecer a sua ligação com outras instituições europeias e aumentar a sua visibilidade no contexto internacional. A minha participação como perita na AEA poderá abrir novas oportunidades de colaboração e partilha de conhecimento em áreas consideradas estratégicas para o CESAM.

Após dois meses de votação pelo público, o projeto EduCITY vence o 1º Prémio na categoria Inovação para Cidades Criativas para o Prémio INOVA+,

O CESAM é uma das quatro unidades de investigação da universidade de Aveiro (CIDTFF, CESAM, IEETA e DIGIMedia), envolvidas neste projeto, coordenado por Lúcia Pombo (CIDTFF/DEP).

O Prémio INOVA + conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República e pretende distinguir soluções que respondem a desafios societais com impacto nos territórios e se enquadram no conceito S+T+ARTS (Ciência, Tecnologia e Artes). O Prémio será atribuído em evento privado no dia 25 de Outubro no Four Points by Sheraton, em Matosinhos.

A equipa EduCITY desenvolveu uma plataforma aberta que permite a criação de jogos móveis e de conteúdos em realidade aumentada por utilizadores sem competências de programação, podendo ser utilizada na cidade de Aveiro, mas também em qualquer cidade do mundo.

A app que agrega esses jogos educativos pode ser explorada em passeios por qualquer cidade, recorrendo a estratégias de “aprender fazendo”, na qual os jogos interdisciplinares em realidade aumentada permitem a consciencialização ambiental na cidade, onde os cidadãos são “cientistas ativos” e agentes de mudanças sustentáveis, numa lógica de ciência cidadã.

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Recentemente, Portugal foi assolado por um evento meteorológico extremo conduzindo à existência de grandes incêndios. Para além do fogo, um dos efeitos nocivos dos grandes incêndios é a deterioração da qualidade do ar, devido ao imenso fumo que é produzido, com consequências graves para a saúde pública. Por isso, prever o comportamento do fumo resultante de incêndios florestais é fundamental para a aplicação de medidas atempadas que conduzam à minimização dos seus efeitos sobre as populações.

Um projeto inovador, de investigadores do CESAM e do Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro, designado FIRESMOKE – Sistema de modelação do comportamento do fumo de incêndios florestais, está a desenvolver um sistema de prognóstico com base num modelo de previsão do estado do tempo e de qualidade do ar, que simula também a propagação do fogo desde o solo às copas das árvores e avalia os riscos para a saúde pública.

Como resultado deste projeto pretende-se ainda disponibilizar, na web, um sistema de previsão do comportamento do fumo e dos seus impactos. Esta disponibilização do sistema de previsão é essencial para a divulgação do conhecimento científico produzido, sendo uma ferramenta de informação para os gestores do território e para as populações.

Numa perspetiva de transferência de conhecimento para a sociedade os resultados do projeto estão disponíveis na página web do FIRESMOKE, onde também se encontram documentos explicativos sobre a utilização do modelo desenvolvido e as metodologias utilizadas para o criar. Deste modo, os resultados do sistema de modelação serão disponibilizados através duma ferramenta de visualização, que permitirá aceder a informação sobre a progressão do fogo, as concentrações de poluentes que lhe estão associadas, bem como alertas de ignição potencial de fogo.

O modelo criado no âmbito do projeto FIRESMOKE é uma ferramenta fundamental de apoio à estratégia nacional de prevenção de risco de fumo em incêndios florestais.

Um grupo de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) desenvolveu um sistema que realiza a gestão de informação para veículos autónomos e conectados (CAV). O sistema desenvolvido analisa em tempo real as condições de tráfego com base num vasto conjunto de dados, permitindo a identificação de situações de vulnerabilidade crítica e a otimização do comportamento de condução dos CAVs. A UA pediu o registo internacional da patente.

A tecnologia desenvolvida promete trazer benefícios significativos em diversas áreas, destacando-se a melhoria da qualidade do ar devido à redução das emissões de poluentes. A otimização dos fluxos de tráfego também é um ponto crucial, pois permitirá uma circulação mais eficiente e menos congestionada nas cidades, além de contribuir para a redução da poluição sonora, resultando em ambientes urbanos mais tranquilos e habitáveis. A segurança rodoviária é outro fator importante que pode ser impactado por esta tecnologia. Com a crescente presença de veículos autónomos e conectados nas estradas, a intervenção humana na condução tende a diminuir, o que pode reduzir significativamente os comportamentos inadequados ao volante, uma das principais causas de acidentes. O sistema desenvolvido visa mitigar esses riscos ao promover um fluxo rodoviário mais sustentável e seguro, contribuindo para a diminuição da sinistralidade nas vias.

Este grupo de investigação multidisciplinar, com membros do Centro de Tecnologia Mecânica e Automação (TEMA) e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), é composto por Jorge Bandeira, responsável pelo projeto, Eloisa Macedo, Paulo Fernandes, Margarida Coelho e Sandra Rafael. Os investigadores destacam que esta tecnologia possui um potencial considerável para transformar o futuro da mobilidade urbana. A possibilidade de criar cidades mais inteligentes e sustentáveis é real e este sistema de gestão de informação para CAVs pode desempenhar um papel fundamental nesse processo.

Dado o potencial global desta tecnologia para melhorar a segurança rodoviária e dos benefícios que pode trazer ao desempenho ambiental da rede automóvel, esta tem sido apresentada em congressos específicos do tema, empresas nacionais e internacionais, e entidades públicas, tendo já despertado interesse em organizações do setor.

Para garantir a proteção dos direitos de propriedade intelectual, esta tecnologia foi alvo de um pedido provisório de patente nacional, tendo-se avançado com a proteção internacional via Tratado de Cooperação de Patentes (PCT), o que permitirá uma proteção alargada da tecnologia em diferentes territórios no futuro.

Texto da notícia no portal da UA, em https://www.ua.pt/pt/noticias/9/88093

No passado dia 1 de Outubro, José Alves, Investigador do CESAM, esteve presente na 2ª edição do Fórum da Biodiversidade do Estuário do Tejo a convite do ICNF e da Comissão da Cogestão dessa área protegida.

A Comissão de Cogestão da Reserva Natural do Estuário do Tejo (RNET) assumiu a organização anual deste evento, após na primeira edição o CESAM ter sido um parceiro organizador do Fórum que celebra a Biodiversidade por ocasião do aniversário da maior zona húmida do país.

A edição deste ano, sob o tema “A importância das parcerias para a conservação do território”, contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, que preside à Comissão de Cogestão, do Vice-Presidente da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), e da Diretora da Conservação da Natureza e da Biodiversidade de LVT (ICNF).

Na sua comunicação intitulada “Conectividade migratória: porque estratégias e ações coordenadas são essenciais para a efetiva conservação das aves limícolas migradoras.”, José Alves apresentou as parcerias do projeto LIFE Godwit Flyway. Lembrou ainda que volvidos 10 anos após a publicação do Plano de Gestão da RNET em 2008, apenas três das 16 ações do objetivo de Conservação da Natureza e Biodiversidade tinham sido cumpridas, sendo que nenhuma delas implicou intervenção nos habitats da reserva, mas apenas monitorização e acordos institucionais. No dia após ter terminado o período de consulta pública do Plano de Cogestão da RNET, assinalou também que os efetivos populacionais das aves limícolas continuam a diminuir e que se a conservação da biodiversidade continuar a ser negligenciada como tem sido até à data não haverá fauna para justificar o investimento em acessos, sinalética e rotas de visitação previstos neste plano que pretende promover a visitação da RNET, pois o seu grande atrativo, as populações de aves, poderá deixar de o ser.

A reunião final de exploração “Bridging Lipids and Society” , no âmbito da Ação Cost – EpiLipidNet COST, que decorreu no passado dia 12 de setembro, na Associação COST em Bruxelas, e que reuniu cientistas e especialistas da rede e decisores da EU, é destaque na Newsletter das Ações Cost.

Como Presidente da EpiLipidNet, Maria Rosário Domingues, Professora Associada no DQUA e membro do CESAM, fez um balanço dos 4 anos desta iniciativa Cost, destacando as 60 reuniões e workshops, cinco grandes conferências e mais de 50 publicações científicas produzidas. Enfatizou, igualmente, o compromisso da rede com a diversidade, onde mais de 50% dos participantes são mulheres.

Nos últimos quatro anos, a EpiLipidNet, promoveu a investigação colaborativa em lipidómica, juntando mais de 450 investigadores de 52 países em seis continentes. O evento, que marcou exatamente um mês antes da data oficial de conclusão do projeto, foi uma celebração de quatro anos de excelente trabalho no campo da investigação lipídica, tanto na Europa como a nível mundial. O objetivo era aumentar a conscientização sobre a importância dos lípidos

Como refere a Coordenadora desta Ação Cost, Maria Rosário Domingues: “Avançamos quando unimos esforços. O espírito de colaboração e amizade tem sido fundamental para o nosso sucesso.

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O CESAM reafirma o seu compromisso com as políticas e desafios da União Europeia, particularmente nas áreas de proteção ambiental, biodiversidade, saúde ambiental, desenvolvimento sustentável e economia circular, através das atividades dos seus investigadores. Este compromisso enquadra-se no conceito de Uma Só Saúde, que reconhece a interdependência entre a saúde humana, animal e ambiental.

Este compromisso é possível graças ao reconhecimento da excelência da investigação do CESAM e ao seu papel ativo na ligação entre ciência e políticas públicas. O CESAM investe continuamente em recursos humanos altamente qualificados para reforçar esta atuação.

Os projetos BESIDE e PARC são exemplos concretos deste compromisso. Neles, o CESAM assume um papel central, como coordenador ou parceiro, na criação de redes de investigação transdisciplinares, que promovem a colaboração entre diferentes áreas do conhecimento para encontrar soluções inovadoras para os desafios societais, alinhadas com a abordagem de Uma Só Saúde. O conhecimento científico gerado por estes projetos contribui para a criação de políticas públicas eficazes e inovadoras.

Acompanhe os projetos BESIDE e PARC e saiba mais sobre o contributo do CESAM para a criação de políticas públicas eficazes, baseadas no melhor conhecimento científico e no conceito de Uma Só Saúde. Consulte ainda as newsletters dos referidos projetos aqui e aqui.

Uma vez mais, a iniciativa BlueNIGHTs não quis deixar de assinalar a Noite Europeia dos Investigadores, convidando a população local da região a conhecer parte da investigação e dos investigadores da Universidade de Aveiro (UA), desta vez num programa mais compacto, na Assembleia Theatro da Torreira, entre as 15h00 e as 18h00 do próximo sábado, 28 de setembro.

Este ano, o evento é promovido por investigadores do Departamento de Biologia da UA e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, com o apoio da Câmara Municipal da Murtosa e da Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA).

O programa oferece um conjunto de atividades de acesso livre ao público (incluindo exposições, atividades, demonstrações, visita ao navio de investigação ARANDA através de Realidade Virtual, e ainda uma conversa sobre “A importância da Literacia Científica para a Educação Ambiental”.

O programa completo pode ser visto aqui. Toda a comunidade está convidada a aparecer.

Texto da notícia no portal da UA, em https://www.ua.pt/pt/noticias/11/88010

A Elsevier divulgou recentemente o seu Repositório atualizado, que compila os cientistas mais influentes do mundo (top 2%), proporcionando uma visão abrangente do seu impacto académico em várias áreas científicas. Esta base de dados de acesso público (DOI: 10.17632/btchxktzyw.7), atualizada com dados do Scopus de agosto de 2024 e em colaboração com a Universidade de Stanford, dá-nos uma visão detalhada da influência dos investigadores, medindo tanto as realizações ao longo da carreira como os impactos de um único ano, no caso, 2023.

A metodologia do estudo categoriza os investigadores em 22 áreas principais e em 174 subáreas, com rankings percentuais para aqueles que possuem pelo menos cinco publicações. A seleção baseia-se nos 100 mil cientistas com melhor classificação através do índice c-score (um indicador abrangente que considera o número total de citações de artigos em que o cientista é autor único, primeiro ou último, enfatizando o impacto do seu trabalho publicado) ou numa classificação percentil de 2% ou superior na respetiva subárea.

Desta lista fazem parte 18 membros do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), um indicador da sua proeminência na investigação ambiental e marinha.

A lista de investigadores distinguidos do CESAM abrange tanto as categorias de impacto para o ano de 2023, como ao longo da sua carreira. Inclui os seguintes membros, docentes e investigadores: Adelaide Almeida, Alisa Rudnitskaya, Amadeu Soares, Ana Silva, Armando Duarte, Artur Alves, Bruno Nunes, Célia Alves, David Carvalho, Frank Verheijen, João Pinto da Costa, Luís Tarelho, Miguel Oliveira, Mónica Amorim, Ricardo Calado, Rosa Freitas, Rosário Domingues e Teresa Rocha-Santos. Com a emergência dos crescentes desafios ambientais, o trabalho destes investigadores ganha uma importância acrescida, podendo influenciar políticas e práticas que vão além do meio académico. O prof. Amadeu Soares, coordenador científico do CESAM, realça que este é um dos muitos instrumentos que avalia o impacto positivo da investigação dos membros do CESAM.