Ana Hilário, investigadora do CESAM/DBIO e da Universidade de Aveiro, esteve em destaque na comunicação social pelo seu papel na expedição ao Monte Gorringe. Como especialista em ecossistemas de mar profundo, Ana Hilário integrou uma equipa multidisciplinar que estudou a biodiversidade deste ecossistema único no Atlântico. O objetivo da missão foi documentar a diversidade biológica e destes habitats submersos. A ideia é recolher informação que suporte a criação da primeira Área Marinha Protegida offshore em Portugal, um objetivo alinhado com o desafio global de proteger 30% dos oceanos até 2030.

O Monte submarino Gorringe é um refúgio e área de reprodução para várias espécies marinhas vulneráveis, como raias, para além de incluir habitats únicos como as florestas de algas profundas.

Helena Vieira, Investigadora Coordenadora e titular da ERA CHAIR BESIDE no CESAM/DAO, foi convidada do programa Sociedade Civil da RTP2 para discutir a importância da biotecnologia, incluindo o seu contributo em setores como o da alimentação, farmacêutica, energia e têxteis. Foi ainda destacado o potencial de Portugal na área da biotecnologia, em particular da biotecnologia marinha. Assista ao episódio completo no RTP Play.

A série documental “Guerreiras pela Natureza”, produzida pela PlaySolutions Audiovisuais e com autoria de Joaquim Pedro Ferreira, do CESAM/UA, foi premiada com o 2º Prémio na categoria de Ambiente e Ecologia na 17ª Edição do Festival ART&TUR, que decorreu na cidade da Lousã no passado dia 25 de outubro.

A distinção foi compartilhada com a reportagem “Vou Voar Contigo”, da RTP, que também recebeu o 2º lugar na mesma categoria. Esta reportagem, assinada pela jornalista Mafalda Gameiro, destaca o trabalho de investigação de José Alves, Investigador Principal do CESAM/DBIO e da Universidade de Aveiro, sobre os padrões de migração de aves limícolas, entre a Islândia e o estuário do Tejo.

O festival ART&TUR 2024 contou com quatro dias de programação, exibindo 67 filmes selecionados entre 302 inscritos de 43 países. A seleção foi feita por um júri internacional composto por 44 membros, reforçando o prestígio e a importância do evento na promoção de produções audiovisuais sobre meio ambiente e sustentabilidade.

Guerreiras pela Natureza” destaca também a investigação desenvolvida por Isabel Lopes, Investigadora Principal e Susana Loureiro, Professora Associada, ambas do CESAM/DBIO e da Universidade de Aveiro, cujo compromisso com a ecologia e conservação é sublinhado na série.

É de salientar que, já este ano, “Guerreiras pela Natureza” havia sido distinguida com o “Silver Award” na categoria Wildlife and Conservation no International Tourism Film Festival Africa 2024 que decorreu na cidade de Joanesburgo, na África do Sul.

O mais recente relatório da Comissão Europeia sobre o Estado dos Solos na Europa, divulgado no dia 22 de outubro, contou com a participação de Dalila Serpa, Investigadora do CESAM/DAO e UA, e trouxe dados alarmantes sobre a degradação do solo no continente europeu. A investigação, realizada em parceria com Joint Research Centre (JRC) e a Agência Europeia do Ambiente (EEA), revela que 1 bilião de toneladas de solo são afetadas pela erosão anualmente, sendo a erosão hídrica a mais comum.

O relatório alerta, também, para o aumento dos desequilíbrios nutricionais, que impactam 74% das terras agrícolas, e para a preocupante redução do carbono orgânico, essencial para a saúde do solo. A necessidade urgente de melhorar os sistemas de monitorização e de adotar práticas sustentáveis de gestão dos solos são consideradas como fundamentais para atingir os objetivos ambientais e climáticos da União Europeia.

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Na passada semana, membros do CESAM e do DAO (Grupo de Emissões, Modelação e Alterações Climáticas) estiveram presentes no ITM2024 – International Technical Meeting On Air Pollution Modeling And Its Application, que decorreu entre 14-18 de Outubro em em Copenhaga. A conferência internacional reúne especialistas de todo o mundo para discutir os avanços e inovações na área da modelação da poluição atmosférica.

Entre os participantes estiveram os membros do CESAM/DAO Alexandra Monteiro, Investigadora Auxiliar, Ana Isabel Miranda, Professora Catedrática, Michael Russo, investigador, e os estudantes de doutoramento André Barreirinha e Daniel Helm, que tiveram a oportunidade de apresentar os seus trabalhos e discutir os mais recentes desenvolvimentos com outros investigadores.

Alexandra Monteiro apresentou o poster intitulado: “Qualidade do ar em Portugal em diferentes cenários de alterações climáticas”, André Barreirinha participou com uma apresentação oral sobre o tema: “Melhorar o esquema de deposição seca LOTOS-EUROS para condições climáticas mediterrânicas”, e Daniel Helm com uma apresentação oral, abordando o tema: “Acoplamento de inversões de emissões em estado estacionário de NO₂ e NH₃ com um modelo de transporte químico na Península Ibérica”.

Reconhecimento especial

André Barreirinha, aluno do Programa Doutoral em Ciências e Engenharia do Ambiente, foi premiado com o 3º lugar no prémio de Melhor Jovem Investigador do ITM2024, graças à qualidade científica de sua apresentação oral, realizada durante uma sessão especial sobre modelação do azoto, organizada pelo projeto FONDA.

Este reconhecimento é um testemunho da excelência do trabalho que André e toda a equipa do CESAM/DAO têm desenvolvido, consolidando a importância da investigação realizada no âmbito da modelação atmosférica e o seu impacto na compreensão das mudanças climáticas e da qualidade do ar.

No próximo dia 23 de outubro de 2024 (quarta-feira), irá realizar-se o 2º Workshop do projeto InundaRia no Anfiteatro do Departamento de Física da Universidade de Aveiro, com uma sessão pública entre as 15h00 e as 16h00 horas. Nesta sessão serão apresentados e discutidos os resultados obtidos relativos à identificação das zonas em risco de inundação na região da Ria de Aveiro no contexto atual.

Num ambiente participativo, este evento pretende apresentar os primeiros resultados do projeto InundaRia à comunidade e reunir a equipa científica com stakeholders e público geral,para um debate em torno da temática das inundações na região da Ria de Aveiro, com vista à validação dos resultados já obtidos no âmbito deste projeto.

O projeto InundaRia (http://inundaria.web.ua.pt/) “Avaliação do Risco de Inundação Com Vista à Melhoria da Resiliência Territorial da Região da Ria de Aveiro” é financiado pelo Programa de Assistência Técnica 2030 (PAT2030), e visa prever e entender a dinâmica de inundações na Ria de Aveiro. Este projeto tem como principal objetivo congregar e divulgar o conhecimento técnico-científico nos domínios da modelação hidrodinâmica e avaliação do risco de inundações na Ria de Aveiro, munindo os utilizadores e decisores políticos, de previsões fidedignas fundamentais à preparação do território para eventos extremos tornando-o mais resiliente às ameaças futuras. Este projeto integra investigadores do Departamento de Física da Universidade de Aveiro e tem como entidades parceiras, a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), o Porto de Aveiro (APA) e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-Centro).

Motivada pelo desejo de colaborar em iniciativas que apoiem a definição de políticas de desenvolvimento sustentável e a resolução de problemas ambientais, Sofia Corticeiro vê a oportunidade de se juntar à lista de peritos da Agência Europeia do Ambiente (AEA) como uma forma de contribuir para que a ciência desempenhe um papel central na tomada de decisões estratégicas.

Considero muito importante contribuir para este tipo de iniciativas“, afirma Corticeiro, onde a ciência deve desempenhar um papel central na orientação e apoio à tomada de decisões estratégicas, capazes de enfrentar os enormes desafios ambientais com que a Europa se debate atualmente“.

Corticeiro encara este desafio como uma oportunidade de enriquecimento pessoal e científico, e de contribuição para o bem comum. “Acredito que esta experiência poderá ser muito enriquecedora para mim, permitindo-me aprofundar o conhecimento sobre as políticas europeias, interagir com outros especialistas e participar em discussões relevantes e com impacto direto na sociedade“.

A investigadora acredita que a sua participação irá promover o contacto com outras instituições e reforçar a missão do CESAM na transferência de conhecimento para a sociedade e contributo para as políticas públicas, nacionais e europeias.

Acredito também que esta oportunidade será uma mais-valia para o CESAM, acrescenta, “uma vez que irá contribuir para fortalecer a sua ligação com outras instituições europeias e aumentar a sua visibilidade no contexto internacional. A minha participação como perita na AEA poderá abrir novas oportunidades de colaboração e partilha de conhecimento em áreas consideradas estratégicas para o CESAM.

Após dois meses de votação pelo público, o projeto EduCITY vence o 1º Prémio na categoria Inovação para Cidades Criativas para o Prémio INOVA+,

O CESAM é uma das quatro unidades de investigação da universidade de Aveiro (CIDTFF, CESAM, IEETA e DIGIMedia), envolvidas neste projeto, coordenado por Lúcia Pombo (CIDTFF/DEP).

O Prémio INOVA + conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República e pretende distinguir soluções que respondem a desafios societais com impacto nos territórios e se enquadram no conceito S+T+ARTS (Ciência, Tecnologia e Artes). O Prémio será atribuído em evento privado no dia 25 de Outubro no Four Points by Sheraton, em Matosinhos.

A equipa EduCITY desenvolveu uma plataforma aberta que permite a criação de jogos móveis e de conteúdos em realidade aumentada por utilizadores sem competências de programação, podendo ser utilizada na cidade de Aveiro, mas também em qualquer cidade do mundo.

A app que agrega esses jogos educativos pode ser explorada em passeios por qualquer cidade, recorrendo a estratégias de “aprender fazendo”, na qual os jogos interdisciplinares em realidade aumentada permitem a consciencialização ambiental na cidade, onde os cidadãos são “cientistas ativos” e agentes de mudanças sustentáveis, numa lógica de ciência cidadã.

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Recentemente, Portugal foi assolado por um evento meteorológico extremo conduzindo à existência de grandes incêndios. Para além do fogo, um dos efeitos nocivos dos grandes incêndios é a deterioração da qualidade do ar, devido ao imenso fumo que é produzido, com consequências graves para a saúde pública. Por isso, prever o comportamento do fumo resultante de incêndios florestais é fundamental para a aplicação de medidas atempadas que conduzam à minimização dos seus efeitos sobre as populações.

Um projeto inovador, de investigadores do CESAM e do Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro, designado FIRESMOKE – Sistema de modelação do comportamento do fumo de incêndios florestais, está a desenvolver um sistema de prognóstico com base num modelo de previsão do estado do tempo e de qualidade do ar, que simula também a propagação do fogo desde o solo às copas das árvores e avalia os riscos para a saúde pública.

Como resultado deste projeto pretende-se ainda disponibilizar, na web, um sistema de previsão do comportamento do fumo e dos seus impactos. Esta disponibilização do sistema de previsão é essencial para a divulgação do conhecimento científico produzido, sendo uma ferramenta de informação para os gestores do território e para as populações.

Numa perspetiva de transferência de conhecimento para a sociedade os resultados do projeto estão disponíveis na página web do FIRESMOKE, onde também se encontram documentos explicativos sobre a utilização do modelo desenvolvido e as metodologias utilizadas para o criar. Deste modo, os resultados do sistema de modelação serão disponibilizados através duma ferramenta de visualização, que permitirá aceder a informação sobre a progressão do fogo, as concentrações de poluentes que lhe estão associadas, bem como alertas de ignição potencial de fogo.

O modelo criado no âmbito do projeto FIRESMOKE é uma ferramenta fundamental de apoio à estratégia nacional de prevenção de risco de fumo em incêndios florestais.

Um grupo de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) desenvolveu um sistema que realiza a gestão de informação para veículos autónomos e conectados (CAV). O sistema desenvolvido analisa em tempo real as condições de tráfego com base num vasto conjunto de dados, permitindo a identificação de situações de vulnerabilidade crítica e a otimização do comportamento de condução dos CAVs. A UA pediu o registo internacional da patente.

A tecnologia desenvolvida promete trazer benefícios significativos em diversas áreas, destacando-se a melhoria da qualidade do ar devido à redução das emissões de poluentes. A otimização dos fluxos de tráfego também é um ponto crucial, pois permitirá uma circulação mais eficiente e menos congestionada nas cidades, além de contribuir para a redução da poluição sonora, resultando em ambientes urbanos mais tranquilos e habitáveis. A segurança rodoviária é outro fator importante que pode ser impactado por esta tecnologia. Com a crescente presença de veículos autónomos e conectados nas estradas, a intervenção humana na condução tende a diminuir, o que pode reduzir significativamente os comportamentos inadequados ao volante, uma das principais causas de acidentes. O sistema desenvolvido visa mitigar esses riscos ao promover um fluxo rodoviário mais sustentável e seguro, contribuindo para a diminuição da sinistralidade nas vias.

Este grupo de investigação multidisciplinar, com membros do Centro de Tecnologia Mecânica e Automação (TEMA) e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), é composto por Jorge Bandeira, responsável pelo projeto, Eloisa Macedo, Paulo Fernandes, Margarida Coelho e Sandra Rafael. Os investigadores destacam que esta tecnologia possui um potencial considerável para transformar o futuro da mobilidade urbana. A possibilidade de criar cidades mais inteligentes e sustentáveis é real e este sistema de gestão de informação para CAVs pode desempenhar um papel fundamental nesse processo.

Dado o potencial global desta tecnologia para melhorar a segurança rodoviária e dos benefícios que pode trazer ao desempenho ambiental da rede automóvel, esta tem sido apresentada em congressos específicos do tema, empresas nacionais e internacionais, e entidades públicas, tendo já despertado interesse em organizações do setor.

Para garantir a proteção dos direitos de propriedade intelectual, esta tecnologia foi alvo de um pedido provisório de patente nacional, tendo-se avançado com a proteção internacional via Tratado de Cooperação de Patentes (PCT), o que permitirá uma proteção alargada da tecnologia em diferentes territórios no futuro.

Texto da notícia no portal da UA, em https://www.ua.pt/pt/noticias/9/88093