No passado dia 30 de março decorreu, na sede da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR-Alentejo), a apresentação pública do “Plano Estratégico e de Ação do Javali em Portugal”, promovido pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e financiado pelo Fundo Florestal Permanente.
A apresentação deste plano foi feita pela Investigadora Responsável do projeto, Rita Tinoco Torres (CESAM/DBIO), numa sessão que contou com a presença do investigador João Carvalho (CESAM/DBIO), do Presidente do Conselho Executivo do ICNF, Nuno Banza, do Secretário de Estado da Agricultura, Gonçalo Rodrigues, e do Secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino.
Este Plano, e os dados nele apresentados, assim como as evidências do crescente impacto do javali nas atividades humanas, levam a investigadora a afirmar que: “o território nacional continental apresenta uma população de javali na generalidade sobreabundante, e que essa sobreabundância poderá ser particularmente relevante em determinados contextos paisagísticos e socioeconómicos”.
Como forma de reverter a tendência de crescimento das populações de javali, e tendo em vista a compatibilização da sua presença com o contexto ecológico, sanitário e socioeconómico envolvente, é sugerida a combinação de diferentes abordagens, desde a limitação temporal do período de cevagem ao aumento da taxa de extração anual, à extração de classes etárias e sexo específicos e aplicação de um maior esforço no primeiro trimestre do período venatório (montarias).
A elaboração do Plano Estratégico e de Ação do Javali em Portugal baseou-se na colaboração entre vários grupos, desde a academia, às agências governamentais, aos setores da caça e comunidades locais. O que segundo Rita Tinoco Tores, “deve ser o paradigma necessário para fazer frente aos desafios emergentes em que esta espécie está envolvida”.
Texto por: Rita Tinoco Torres (CESAM/DBIO) em colaboração com CESAM
No dia 5 de junho celebra-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. O ano de 2023 marca o 50º aniversário do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), que é o organismo responsável pela celebração anual do Dia Mundial do Meio Ambiente.
A sua criação, em 1973, ocorre um ano depois da primeira conferência mundial sobre o meio ambiente, a ‘Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano’. Tendo reunido 122 países, foi a primeira vez que o meio ambiente se tornou uma questão verdadeiramente global.
Ao longo dos anos, a celebração desta data tem aproximado organizações da sociedade civil, academia, indústria e poder político, transformando-se numa das maiores plataformas globais para a sensibilização ambiental. Em 2023, a celebração deste dia foca-se na temática da poluição por plásticos, sob o lema “Combater a poluição plástica”, tendo como países anfitriões, a Républica da Costa do Marfim e os Países Baixos.
O Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) convida-o a celebrar connosco o Dia Mundial do Meio Ambiente, no auditório Renato Araújo do Edifício da Reitoria da Universidade de Aveiro.
Entre as 10:30 e as 11:00, venha até ao átrio do Edifício da Reitoria da Universidade de Aveiro, beber um café enquanto visita a exposição fotográfica “Bichos de cá, Bichos de lá”.
Pelas 11:00 h faremos a inauguração oficial da exposição, no Auditório Renato Araújo (lateral ao átrio), com intervenções de Paulo Jorge Ferreira, Reitor da Universidade de Aveiro, José Luis Cordeiro, Pesquisador Titular, Fundação Oswaldo Cruz (Brasil) e Amadeu Soares, Coordenador Científico do CESAM.
A exposição “Bichos de cá, Bichos de lá” resulta de uma parceria CESAM-UA (Portugal), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz, Brasil) e Associação Osuwela (Moçambique), estando patente e disponível a todos os interessados até ao dia 30 de junho de 2023, no átrio do Edifício da Reitoria da Universidade de Aveiro.
Sinopse
“Em cada canto do planeta Terra a natureza apresenta-se plena de histórias de drama e superação. Ao analisar os vários ecossistemas que cobrem as superfícies terrestres e aquáticas podemos observar diferenças, mas também muitas semelhanças na forma como funcionam e como nos contam a sua história. No palco que é este planeta há milhões de atores, muitos dos quais não conhecemos. Mas conseguimos identificar alguns papéis, que por serem comuns a todos os ecossistemas, ajudam-nos a decifrar os segredos que se escondem no cenário da Biodiversidade.
A exposição “Bichos de cá, Bichos de lá” consiste numa apresentação de 7 módulos com 41 painéis, que abordam conceitos, comportamentos e aspetos de conservação com exemplos de espécies de fauna de Portugal, Brasil e Moçambique. Desta forma, o visitante poderá observar como a natureza une estes três países e fala uma só língua na forma como diferentes espécies desempenham funções semelhantes, onde quer que nos encontremos.”
Parcerias para um futuro sustentável
Na semana de 29 a 2 de junho de 2023, ocorre em Paris, sob a égide da UNEP, a negociação final de um acordo internacional vinculativo para combate da poluição por plásticos. Esta negociação resulta do trabalho, de mais de um ano, do Comité Internacional de Negociação (INC), criado em fevereiro de 2022.
Como refere a UNEP “o rápido crescimento dos níveis de poluição por plásticos representa uma séria ameaça global, impactando negativamente as dimensões ambiental, social e económica do desenvolvimento sustentável. Mantendo-se o rumo atual, a quantidade de resíduos plásticos que vão entrar nos ecossistemas aquáticos pode quase triplicar: de entre 9 a 14 milhões de toneladas por ano em 2016, para entre 27 a 37 milhões de toneladas por ano em 2040”.
Nesse âmbito, a nossa sessão comemorativa, sob o tema “Parcerias para um Futuro Sustentável”, inclui ainda uma palestra diretamente relacionada com a problemática da poluição por plásticos, e apresenta um lote de convidados que nos falarão sobre parcerias estratégicas, atuais e futuras, bem como de oportunidades e mecanismos para as estabelecer e/ ou reforçar (e.g. missões da UE).
Soluções para a poluição por plásticos
Teresa Rocha Santos, Investigadora CESAM/DQ, Univ. de Aveiro
Parcerias para um futuro sustentável
Jorge Ferrão, Reitor da Universidade Pedagógica de Maputo, Moçambique
Márcia Chame, Investigadora, Plataforma Institucional Biodiversidade e Saúde Silvestre, Presidência da Fundação Oswaldo Cruz, Brasil
Maria de Jesus Fernandes, Bastonária da Ordem dos Biólogos
Mariana Alves, Codiretora do programa “Cartas com ciência” e investigadora CIDTFF, Univ. de Aveiro
Teresa Pinto Correia, “Missões Solos” da UE, Professora Catedrática, MED-CHANGE, Univ. de Évora
Helena Vieira, “Missões Oceano e Águas” da EU, investigadora CESAM/DAO, Univ. de Aveiro
Para conhecer mais sobre a plataforma mundial associada a este dia (onde estamos registados), pode aceder aqui.
A Universidade de Aveiro (UA) é uma das instituições que faz parte da rede internacional IMFAHE (International Mentoring Foundation for the Advancement of Higher Education), no âmbito da qual vários membros da UA, entre professores e investigadores nas áreas de Biomedicina e Engenharias, participaram na edição 2021-2022 deste programa.
Nessa edição, as investigadoras Alexandra Monteiro e Vera Rodrigues (CESAM/DAO) fizeram parte de uma das equipas vencedoras do “IMFAHE´s Nodal Award-Shark Tank 2022” com a ideia “Ammonia project”, que visa estudar o impacto ambiental do uso da amónia como combustível alternativo no transporte marítimo e aéreo.
O objetivo desta rede colaborativa IMFAHE é promover o desenvolvimento profissional, a excelência educacional e de investigação da comunidade universitária, bem como facilitar a transferência de conhecimento global em tempo real, assim como a criação de colaborações multidisciplinares eficazes e encorajar o empreendedorismo e a inovação. Para além do acesso gratuito aos três cursos online organizados para promoção do desenvolvimento profissional, inovação-empreendedorismo-liderança e carreira científica, há a “Plataforma de Talento IMFAHE” que visa a comunicação online, networking e o empreendorismo através do “IMFAHE´s idea contest-Nodal Award-Shark Tank” ou, ainda, do acelerador de ideias “Venture Building Program”.
Agora, em maio de 2023 e no âmbito do prémio conquistado, Alexandra Monteiro e Vera Rodrigues promoveram, na Universidade de Waterloo (Canadá), o workshop “Ammonia workshop”, que contou com mais de 50 participantes. Para além da organização conjunta deste workshop internacional com colegas da Universidade de Waterloo, o grupo de investigadores está a preparar a submissão de um artigo científico à revista “Journal of Cleaner Production” e a preparar uma proposta de projeto de investigação.
Texto por: Alexandra Monteiro e Vera Rodrigues em colaboração com CESAM
O acordo de cooperação científica e tecnológica entre Portugal e França, estabelecido em 2004, prevê que os dois países estabelecem um programa destinado a promover a cooperação entre professores e investigadores, incluindo jovens investigadores em estabelecimentos de ensino superior e instituições de investigação afins em Portugal e França.
Um dos objetivos previstos passa por fomentar ações de intercâmbio de investigadores através do apoio à sua mobilidade no âmbito de projetos internacionais.
Os projetos terão uma duração máxima de 24 meses, sendo renováveis anualmente. O financiamento anual da FCT por projeto é de 2 000 €.
As candidaturas devem ser elaboradas conjuntamente pelos investigadores responsáveis dos dois países e submetidas aos organismos executores do Acordo. Assim, a equipa portuguesa deverá remeter a sua candidatura à FCT e a equipa estrangeira ao organismo do seu país.
A candidatura a apresentar à FCT deverá ser submetida no portal de submissão de candidaturas até às 17:00 do dia 26 de junho de 2023, hora de Lisboa.
Em parceria com a Universidade de Aveiro, o Instituto está a promover um estudo para compreender melhor a perceção geral da sociedade sobre as problemáticas associadas aos animais errantes, por exemplo, abandonados ou nascidos sem dono.
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF, I.P.) e a Universidade de Aveiro, através do seu Departamento de Biologia e do CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, estão a desenvolver um inquérito enquadrado nos trabalhos para o Censo Nacional dos Animais Errantes 2023 – projeto financiado pelo Fundo Florestal Permanente (entretanto integrado no Fundo Ambiental). A auscultação centra-se na perceção geral da sociedade sobre as problemáticas associadas aos animais errantes. A iniciativa parte de um conceito base, o de animal errante, e que inclui animais abandonados; nascidos sem detentor (“dono” ou “tutor”), e com detentor, mas frequentadores de áreas de domínio público e/ou privado, que não as dos donos.
Os objetivos mais concertos do inquérito são dois: – recolher informação sobre as perceções sociais em relação a cães e gatos errantes; – perceber que formas podem ser mais adequadas para gerir as suas populações, salvaguardando o seu bem-estar. A equipa de técnicos e investigadores envolvida prevê que o preenchimento do inquérito possa demorar entre 10 a 15 minutos.
A participação dos cidadãos será voluntária e confidencial, tendo sido tomadas medidas para garantir a segurança da informação. Mais em concreto o anonimato será mantido em todas as fases do estudo, desde a recolha da informação nos inquéritos até à análise e publicação dos resultados: todos os dados recolhidos são anónimos.
Considerando que cada espécie tem as suas particularidades, prepararam-se dois inquéritos: um sobre os cães errantes e outro sobre os gatos na mesma situação.
Quais as zonas da Ria do Alvor mais adequadas à aquacultura de bivalves e de douradas face às alterações climáticas? Uma equipa de investigação do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro (UA) deu resposta à pergunta levantada por muitos dos produtores de uma zona particularmente sensível ao aquecimento e subida das águas do mar. Nesse cenário, o estudo deixa o aviso de que a produção de bivalves pode ser muito afetada.
Situada na costa algarvia, a Ria do Alvor oferece atualmente muito boas condições para o desenvolvimento de uma aquicultura ecológica e sustentável de marisco e peixe. Mas, ao contrário de outras zonas costeiras, ainda não existiam estudos que avaliassem o impacto das alterações climáticas a médio e longo prazo na viabilidade da Ria para a aquacultura. Até agora.
O trabalho do Núcleo de Modelação Estuarina Costeira do Departamento de Física da UA, assinado pelos investigadores Ana Picado, Humberto Pereira, Magda Sousa e João Miguel Dias, identifica quais as zonas, em condições atuais e em contexto de alterações climáticas, mais adequadas para o cultivo em aquacultura de bivalves, como ostras e mexilhões, bem como de peixes, nomeadamente a dourada. O trabalho foi feito através de um modelo numérico que foi capaz de simular as principais características biogeoquímicas deste sistema estuarino.
João Miguel Dias, investigador do DFIS e do CESAM e um dos autores do estudo, indica que “este trabalho resulta de uma linha de investigação em curso no Núcleo de Modelação Estuarina Costeira que visa promover o crescimento sustentável da atividade aquícola em sistemas estuarinos e lagunares portugueses”.
Esta linha de investigação surgiu com o financiamento conseguido através do projeto AquiMap, que juntamente com várias teses de doutoramento no âmbito desta temática, resultou em vários trabalhos publicados em revistas científicas indexadas de elevado impacto sobre o potencial de exploração aquícola da Ria de Aveiro, do Estuário do Sado, das Rias Baixas ou da Ria de Alvor.
Segundo a investigadora Ana Picado, também do DFis/CESAM, os resultados desta investigação indicam que “as regiões mais propícias para aquacultura se situam no eixo do canal principal da Ria do Alvor, embora se verifique uma variabilidade sazonal nos resultados obtidos, dependendo da espécie considerada”. Durante o inverno e o outono, “os bivalves são mais suscetíveis às condições ambientais do que os peixes”. Por outro lado, “a primavera apresenta as condições ambientais mais favoráveis para a produção das espécies consideradas”.
A investigadora salienta ainda que as projeções futuras apontam para “uma diminuição geral do potencial da Ria de Alvor para a produção das duas espécies de bivalves em aquacultura durante o inverno, e do mexilhão durante o verão, principalmente devido ao aumento previsto da temperatura da água”. Por outro lado, “não se espera que os impactos induzidos pelas alterações climáticas afetem a produção de dourada”.
No passado dia 12 de maio foram anunciadas as novas 70 Ações Cost aprovadas na última call (2022). Cristina Pita (CESAM/DBIO) é proponente de uma destas ações, a ação COST“Rethinking the Blue Economy: Socio-Ecological Impacts and Opportunities”, que tem como objetivo repensar a economia azul, de duas formas distintas:
Em primeiro lugar, avaliando o impacto da economia azul nas sociedades costeiras;
Em segundo lugar, explorando as oportunidades decorrentes das inovações e das potenciais sinergias entre atividades marinhas estabelecidas e emergentes. As interações científicas centram-se em cinco temas: 1) profissões marítimas; 2) segurança alimentar e consumo azul sustentável; 3) cidades portuárias e comunidades costeiras,; 4) governação das pescas e atividades emergentes; e 5) alterações climáticas e riscos naturais.
No próximo dia 9 de junho, as novas ações COST, incluindo todos os memorandos de entendimento, estarão disponíveis no website da COST e as primeiras reuniões do Comité de Gestão terão início entre setembro e novembro de 2023.
Nos últimos dias da expedição oceanográfica AKMA3, a equipa de investigadores a bordo do navio ‘Kronprins Haakon’ descobriu um vulcão de lama numa cratera com cerca de 300 metros de diâmetro no fundo do Mar de Barents (Noruega). Este tipo de vulcões são raros nesta região do Ártico, sendo conhecido apenas um outro, o ‘Håkon Mosby’, descoberto em 1995.
A bordo desta expedição oceanográfica, que terminou no passado dia 10 de maio, estava uma equipa internacional e multidisciplinar de cientistas, liderada por investigadores da Universidade Ártica da Noruega em parceria com a empresa REV Ocean. Como esta expedição ocorreu no âmbito do projeto AKMA – ‘Advancing Knowledge of Methane in the Arctic’, a equipa a bordo tinha representantes dos vários parceiros do projeto, entre os quais a Universidade de Aveiro, representada pela investigadora Sofia Ramalho (CESAM/DBIO) que era também a única portuguesa a bordo.
A professora Giuliana Panieri, líder da expedição, juntamente com Stefan Buenz, e coordenadora do projeto AKMA, refere em comunicado da Universidade Ártica da Noruega, “não excluímos a possibilidade de descobrir outros vulcões de lama no Mar de Barents. Mas é apenas através de trabalho colaborativo e de tecnologias avançadas que estes resultados podem ser alcançados. Ver em direto este vulcão de lama submarino em erupção relembra-me de como o nosso planeta está vivo”.
De acordo com o mesmo comunicado, os vulcões de lama são estruturas peculiares, que emitem predominantemente “água e sedimentos provenientes de centenas de metros a vários quilómetros de profundidade na crosta oceânica, fornecendo uma janela para o interior da Terra e ambientes passados”. Este vulcão liberta continuamente fluidos ricos em metano e assenta numa cratera originada por uma ou várias explosões que terão acontecido após o período glacial há 18 000 anos.
Como refere, a partir da Noruega, a investigadora Sofia Ramalho (CESAM/DBIO) à Comunicação do CESAM, “Ainda há muito a descobrir sobre a ecologia destes habitats do Ártico, sobretudo se considerarmos os potenciais impactos cumulativos de atividades humanas nesta região juntamente com as alterações climáticas que já se começam a observar.” O trabalho da investigadora está especificamente associado à biodiversidade das comunidades associadas às fontes frias no Ártico (em que se enquadram este tipo de vulcões).
Nesta expedição foram amostrados vários locais, mas de acordo com Sofia Ramalho, “nós não estávamos especificamente à procura deste vulcão, estávamos sim à procura de fontes frias que podem assumir muitas formas, em termos geológicos”. As fontes frias são habitats que albergam uma elevada biomassa de organismos especializados dependentes de diversas formas da produção primária resultante da quimiossíntese. E “beneficiando da elevada produtividade local, o espaço adjacente a este vulcão, ao contrário do que acontece frequentemente noutras áreas do Ártico investigadas, albergam também uma elevada diversidade e densidade de amimais, tais como esponjas, corais e peixes.” No local agora descoberto, a investigadora portuguesa recolheu amostras de sedimentos desta cratera para o estudo da meiofauna “ou melhor, de nemátodes, que são pequenos vermes marinhos microscópicos e que apesar de pouco estudados, são dos animais mais abundantes e diversos que se podem encontrar em sedimentos marinhos. Além disso foram também recolhidas amostras da macro- (ex., crustáceos, poliquetas) e da megafauna (ex., esponjas, estrelas-do-mar) para estudo da cadeia trófica nestes locais”.
Além de todo o trabalho científico produzido, os investigadores a bordo ainda estiveram envolvidos em ações de divulgação científica com escolas portuguesas. Como nota a Sofia Ramalho, “nós estivemos durante quase todo o cruzeiro ligados a escolas portuguesas, uma escola de Azurva, uma escola da minha terra natal em Mora e uma outra escola de Loulé (…) que fizeram videochamadas e viram, em direto, o ROV Aurora [Veiculo Remotamente Operado da empresa REV Ocean] em ação no fundo do mar”.
Créditos da imagem: UiT/AKMA3
Texto por: CESAM com colaboração Sofia Ramalho (CESAM/DBIO)
As Redes de Doutoramento MSCA têm como objetivo formar candidatos a doutoramento empreendedores, inovadores e resilientes, capazes de enfrentar os desafios atuais e futuros e de converter conhecimento e ideias em produtos e serviços para benefício económico e social. Existem três modos de implementação diferentes: Redes de Doutoramento Standard (DNs), Doutoramentos Conjuntos (JDs) e Doutoramentos Industriais (IDs). Espera-se que os resultados do projeto contribuam para os seguintes resultados: Para os candidatos a doutoramento apoiados:
Novas competências de investigação transferíveis, conduzindo a uma melhor empregabilidade e perspetivas de carreira dentro e fora da academia;
Novos conhecimentos que permitam a conversão de ideias em produtos e serviços, quando relevante;
Capacidades de networking e comunicação com colegas, bem como com o público em geral, que aumentarão e ampliarão o impacto da investigação e inovação.
Para as organizações participantes:
Melhoria da qualidade, relevância e sustentabilidade dos programas de formação doutoral e dos arranjos de supervisão;
Reforço da cooperação e transferência de conhecimento entre setores e disciplinas;
Maior integração das atividades de formação e pesquisa entre as organizações participantes;
Reforço da capacidade de I&D;
Aumento da internacionalização e atratividade;
Feedback regular dos resultados da investigação para o ensino e educação nas organizações participantes.
Este será um evento online, que será iniciado com uma mensagem de boas-vindas e algumas observações introdutórias, seguido pela apresentação principal das novidades da chamada DN-2023.
Abertura do concurso: 30 de maio de 2023 Deadline: 28 de novembro de 2023
O Policy Center for the New South (PCNS) está a organizar a 12ª edição da Conferência Diálogos Atlânticos. Uma conferência de alto nível que reúne líderes influentes dos setores público e privado da região da Bacia do Atlântico para discussões abertas e informais sobre questões trans-regionais.
O programa ADEL (Líderes Emergentes do Diálogo Atlântico) é um programa de jovens profissionais de destaque do PCNS, realizado dois dias antes da conferência Diálogos Atlânticos. Todos os anos, este programa reúne 30 a 50 jovens líderes da região da Bacia do Atlântico que demonstraram capacidade de liderança e têm um forte senso de compromisso com as questões sociais e económicas enfrentadas pelas suas comunidades em particular e pelo mundo em geral.
O programa ADEL será realizado de 11 a 13 de dezembro de 2023 em Marrakech, Marrocos. Os Líderes Emergentes juntar-se-ão à Conferência Diálogos Atlânticos de 14 a 16 de dezembro.
As candidaturas estão abertas até 20 de junho de 2023.
REQUISITOS: Para ser considerado(a) para este programa, os(as) candidatos(as) devem atender a todos os seguintes critérios:
Ter entre vinte e cinco e trinta e cinco anos de idade (inclusive) em 13 de maio de 2022.
Ser cidadãos(ãs) de países localizados na África, América do Norte, América do Sul, América Central, Europa ou Caribe – cidadãos de países que fazem fronteira com a Bacia do Atlântico terão prioridade. Também são elegíveis candidatos(as) que sejam cidadãos(ãs) de outros países e tenham residência nos países das regiões mencionadas acima.
Demonstrar proficiência em inglês na sua declaração pessoal e vídeo curto.
Garantir a sua disponibilidade durante todo o programa de seis dias, que ocorrerá de 11 a 16 de dezembro, em Marrakech, Marrocos. Por favor, inscreva-se apenas se tiver disponibilidade.
PROCESSO DE CANDIDATURA: Os(as) candidatos(as) interessados(as) devem consultar a convocatória de candidaturas e enviar um formulário de inscrição online. Este formulário deve ser preenchido e incluir todos os documentos necessários: currículo, declaração pessoal, respostas escritas e vídeo do YouTube. O prazo de inscrição é 20 de junho às 23h59, horário do Marrocos (GMT+1)