Nos passados dias 30 de Abril, 2 e 3 de Maio, um grupo de estudantes de doutoramento do CESAM e do Laboratório de Lipidómica do Centro de Espectrometria de Massa da Universidade de Aveiro (CEM-UA) (Helena Ferreira, Inês Guerra, Marisa Pinho e Tatiana Maurício) apresentou no evento Xperimenta 2024 a atividade “À descoberta de lípidos – o Lipodrome em ação”. Nesta atividade, foi apresentado o jogo de tabuleiro Lipodrome desenvolvido pela COST Action CA19105 EpiLipidNET, coordenada pela investigadora Rosário Domingues (CESAM/QUI). Este jogo permitiu apresentar, de maneira didática e lúdica, como os diferentes tipos de alimentos transportam lípidos essenciais ou prejudiciais à nossa saúde. Assim, esta atividade, que contou com um grupo diversificado de participantes, proporcionou a oportunidade de se explorar a relação entre escolhas alimentares e a saúde.

A realização deste evento permitiu que o Laboratório de Lipidómica (CEM-UA), o CESAM e CA EpiLipidNET contribuíssem para a educação e envolvimento do público em geral no complexo mundo dos lípidos.

O Lipodrome está incluído como atividade permanente na Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

(Texto adaptado por: Tânia Barros; Texto original por: Inês Guerra)

Este ano, o Dia da Marinha completa os seus 526 anos e a cidade de Aveiro será palco para as celebrações desta efeméride. Um evento que conta com um reforçado envolvimento da Universidade de Aveiro, que se reflete na relação que a UA tem com a Marinha Portuguesa e com o Mar. Vários membros da UA integram a comissão organizadora das comemorações, incluindo 6 membros do CESAM.

No âmbito comemorações do dia da Marinha a Universidade de Aveiro organizará o Colóquio “O Mar: Tradições e Desafios“. Este colóquio tem como ideia central ampliar o conhecimento sobre o mar, divulgar a importância das várias Marinhas ao longo do tempo e, também, discutir tradições e desafios. Através de uma abordagem interdisciplinar, este evento tem como objetivo compreender o passado como base para construir o presente e projetar um futuro comum.

Serão, ainda, organizadas um conjunto de atividades no âmbito da temática marinhense, gratuitas e abertas para todos.

O mar é um ponto de encontro de convergência entre as comunidades que, ao longo da história, exploraram os seus recursos naturais de variadíssimas formas. Assim, a necessidade de estudar e compreender o mar em diferentes aspetos é fulcral, explorando-o de uma forma sustentável, suportada por alicerces científicos.

A entrada no Colóquio “O Mar: Tradições e Desafios“ é gratuita e sujeita a inscrição através deste link, até ao dia 10 de maio.

(Texto por: Joaquim Pedro Ferreira e Tânia Barros)

As alterações climáticas afetam as florestas na região mediterrânea, em particular no sul da europa, onde estes ecossistemas, cada vez mais sujeitos a altas temperaturas e baixa precipitação devido às alterações climáticas, são degradados por incêndios de grandes dimensões e intensidade, e que ocorrem com cada vez mais frequência.

Preparar a floresta e planear a sua gestão considerando cenários de clima futuro torna-se imperativo, uma ideia incorporada do projeto “FoRES – Desenvolvimento da Resiliência da Floresta ao fogo, num cenário de alterações climáticas”, que no passado dia 30 de Abril teve o seu encontro final, intitulado “Desafios da gestão florestal e risco de incêndio. Capitalizar os resultados do projeto FoRES”.

O departamento de Física da Universidade de Aveiro acolheu a iniciativa em que estiveram presentes representantes do ICNF, Camara Municipal de Ovar, Forestwise, AGIF (Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais), UTAD, CIRA (Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro) e AFBV (Associação Florestal do baixo Vouga).

Coordenado pelo CESAM, o projeto FoRES, tem como parceiros o Instituto Norueguês de Investigação em Bio economia (NIBIO), o Laboratório Colaborativo para a Gestão Integrada da Floresta e do Fogo – Forestwise e a Associação de Produtores Agrícolas Tradicionais e Ambientais – APATA.

No encontro foram apresentados cenários de gestão florestal sujeitos a modelação de propagação de fogos florestais, em cenários de clima futuro, onde se analisaram, igualmente, que estratégias de gestão ou transformação da paisagem podem resultar numa menor área ardida.

Os cenários de gestão florestal, foram criados em colaboração com stakeholders, e analisados na sua relação com o fogo e o clima, mostraram ser uma ferramenta útil para a avaliação da resistência da paisagem à propagação do fogo, altamente dependente das estratégias de gestão florestal implementadas.

A metodologia desenvolvida pelo projeto FoRES, potencialmente aplicável a qualquer área florestal do território e considerando as projeções de clima futuro, combina vários aspetos fundamentais para a conservação dos ecossistemas, para a gestão de risco de incêndios rurais e para a gestão da paisagem, numa ótica integrada com os interesses dos gestores e proprietários.

Veja o vídeo do projeto aqui.

(Texto por: Joaquim Pedro Ferreira)

Um estudo recente conduzido pelo DBio/CESAM em colaboração com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) apresentou resultados relevantes acerca da população de animais errantes em Portugal Continental. O primeiro Censo Nacional dos Animais Errantes revela que existem mais de 930 mil animais sem lar, dos quais 830 541 são gatos e 101 015 são cães. O censo, financiado pelo Fundo Ambiental, não apenas quantificou a população de animais errantes, mas também investigou as atitudes e perceções da população portuguesa em relação a esses animais, bem como estratégias para controlar e reduzir as suas populações.

Os resultados destacam disparidades significativas entre gatos e cães em termos de responsabilidade dos seus donos. Enquanto a maioria dos detentores de cães demonstra altos índices de detenção responsável, incluindo identificação e registo dos animais, bem como a supervisão adequada ao acesso ao exterior, os detentores de gatos apresentam níveis mais baixos de responsabilidade, com uma proporção considerável permitindo que os seus gatos tenham acesso ao exterior sem supervisão. A esterilização emergiu como o método predominante de controle populacional de gatos, enquanto uma parcela significativa de detentores de cães não utiliza métodos contracetivos nos seus animais.

O estudo também revela uma correlação entre os menores rendimentos familiares e a presença mais acentuada de animais errantes, sugerindo que dificuldades económicas podem ser um fator limitante para práticas de detenção responsável.

Adicionalmente, foram identificadas 334 espécies silvestres vulneráveis à predação por gatos e cães, evidenciando o impacto desses animais errantes na fauna silvestre. O estudo destaca a importância para a sensibilização da sociedade civil para a problemática dos animais errantes e salienta a necessidade de estratégias eficazes para a sua gestão.

Em resposta aos resultados do censo, o ICNF ajustou a Estratégia Nacional para os Animais Errantes, enfatizando a importância da detenção responsável e capacitação de profissionais nas áreas de avaliação do bem-estar animal.

Este estudo representa um marco importante na compreensão e abordagem dos desafios associados aos animais errantes em Portugal Continental e destaca a necessidade urgente de ações coordenadas para mitigar este problema complexo.

Para mais detalhes, por favor clique aqui.

(Texto por: Tânia Barros)

De 23 a 25 de abril, a conferência internacional inaugural RethinkBlue foi realizada, facilitada pela Ação COST da UE CA22122 – Rethinking the Blue Economy: Impactos e Oportunidades Socioecológicas. O evento, apoiado pela COST – Cooperação Europeia em Ciência e Tecnologia, pela Universidade de Zadar e pela Fundação Croata de Ciências, serviu como um fórum para investigadores e especialistas explorarem as múltiplas dimensões da Economia Azul.

Ao longo da conferência, os participantes debateram acerca de aspetos sociais, ambientais e económicos no âmbito da Economia Azul. Os tópicos do debate abrangeram as ocupações marítimas, segurança alimentar, consumo azul sustentável, cidades portuárias, comunidades costeiras, governança das pescas, turismo marinho, atividades emergentes, alterações climáticas e riscos ambientais.

Cristina Pita (CESAM/DAO) desempenha um papel fundamental nesta Ação COST como membro do Comité de Gestão e, também, como líder do Grupo de Trabalho “Segurança Alimentar e Consumo Azul Sustentável”.

Informações adicionais sobre esta Ação COST podem ser encontradas aqui e aqui.

(Texto por: Tânia Barros)

Um estudo levado a cabo por investigadores do CESAM revelou que os esforços de rewilding no Grande Vale do Côa, em Portugal, estão a facilitar o retorno do corço (Capreolus capreolus) à região, benéfico para o lobo-ibérico e os produtores locais. A equipa da Rewilding Portugal tem trabalhado para apoiar a recuperação da população de lobo-ibérico (Canis lupus signatus) ao sul do rio Douro, onde a falta de presas naturais tem causado conflitos com os produtores locais. O programa inclui medidas para promover o retorno dos corços, o que pode ajudar a reduzir a predação do gado pelos lobos. A investigação mostra um aumento na população de corços em áreas onde medidas de rewilding foram implementadas. A criação de charcos, recuperação de áreas incendiadas e limpeza de arbustos são algumas das medidas tomadas para restaurar o habitat dos corços.

O estudo indica que os corços estão a migrar para o norte e oeste do Grande Vale do Côa, e esforços futuros devem focar-se na expansão da espécie para oeste. A reintrodução de outras espécies de presas selvagens, como veados e cabras-monteses, também está a ser considerada para reduzir a predação do gado pelos lobos.

Futuramente, as equipas do CESAM e da Rewilding Portugal continuarão a monitorizar o corço nas áreas de rewilding distribuídas pela paisagem do Grande Vale do Côa. Esta monitorização fará também parte integrante do projeto LIFE LUPI LYNX, coordenado pela investigadora Rita Torres, do CESAM/DBIO, que será lançado para apoiar a recuperação das populações de lince-ibérico e lobo-ibérico ao sul do rio Douro em Portugal e Espanha.

Para mais detalhes, leia a notícia original aqui.

(Texto por: Tânia Barros; Imagem: Staffan Widstrand, Rewilding Europe)

Dois dos três projetos da Universidade de Aveiro (UA) selecionados para a 2ª edição Pacto Institucional para a Valorização da Economia Circular na região Centro são do CESAM.

O projeto InsectERA foi destacado por contribuir para várias estratégias da economia circular, por ter um número muito significativo de parceiros do setor da indústria, por estar ainda em curso em junho de 2025 (final da 2ª edição do Pacto) e por ter identificado de forma muito clara os identificadores e metas a atingir no final desta edição.

O projeto A-AAGORA identificará sinergias de acordo com o contexto ‘farol’ Atlântico-Ártico, promovendo um processo de democracia deliberativa e complementando outras áreas prioritárias dentro da Missão da EC ao estabelecer uma Comunidade de Prática e desenvolver um sistema digital de conhecimento, enfatizando soluções baseadas na natureza.

A CCDRC lança a segunda edição do Pacto Institucional para a Valorização da Economia Circular (Pacto) depois da forte adesão obtida aquando da primeira edição desta iniciativa. Integrado na Agenda Regional de Economia Circular do Centro, o Pacto é dirigido a todas as entidades públicas e privadas com atividade na Região Centro.

A 2ª edição do Pacto entrou em vigor no dia 15 de julho de 2023 e termina a 30 de junho de 2025.

Saiba mais sobre o projeto InsectERA aqui e A-AAGORA aqui.

Mais sobre o Pacto Institucional para a Valorização da Economia Circular na Região Centro aqui.

A viagem demorou menos de uma hora, quando perto das 6 milhas, a carga preciosa que a Nereide, embarcação do CESAM, transportava foi devolvida ao oceano. Após meses de recuperação cinco tartarugas comuns (Caretta caretta) voltaram a sentir o aroma do mar e continuar a viagem na vastidão azul, que fora interrompida meses antes.

As cinco tartarugas-comuns deram entrada no centro de reabilitação de animais no Ecomare (CRAM-ECOMARE) entre Setembro de 2023 e Março deste ano. 

Umas foram encontradas na costa, outras entregues por pescadores entre as zonas de Aveiro e Peniche. Tempestades, agitação marítima e captura acidental em artes de pesca foram as causas que impossibilitaram estes répteis de continuar a sua viagem oceânica. 

Algumas necessitaram de períodos de recuperação mais longos, devido a pneumonia e ferimentos nas barbatanas, mas a dedicação e experiência de biólogos, veterinários e técnicos do CRAM, permitiu que estes extraordinários animais tivessem uma segunda oportunidade de se aventurarem no grande oceano.

Visite o CRAM-Ecomare aqui.

A partir de junho, os passageiros que viajam de e para as Américas (Brasil, Estados Unidos, Canadá e Venezuela) e África (Luanda, Maputo e São Tomé) terão à sua disposição uma escolha dos melhores filmes nacionais, selecionados entre os premiados da edição de 2023 do Festival ART&TUR, realizado em outubro nas Caldas da Rainha. Entre os filmes selecionados, para ser exibido nos voos de longo curso da TAP, está o documentário “Cegonha Branca – Entre a igreja e o penhasco” que tem a parceria do CESAM e que foi produzido pela PlaySolutions Audiovisuais.

Ver notícia aqui.

Pode ver o documentário aqui.

(Texto por: Joaquim Pedro Ferreira)

No passado dia 11 de abril, o grupo de estudantes de doutoramento do CESAM (GED-CESAM) organizou uma visita ao ECOMARE, com a participação do Agrupamento de Escolas Ovar Sul, tendo sido coordenada pelos Professores Vítor Ferreira e Rui Polónia. Conduzida pelos membros do GED-CESAM e alunos de doutoramento do Dbio, Davide Silva e Ruben Silva, a iniciativa, contou ainda com a apresentação de trabalhos, realizados no ECOMARE, de 5 alunas de doutoramento do CESAM (Daniela Rodrigues, Diana Lopes, Joana Fernandes, Lamara Cavalcante e Madalena Missionário).
Na visita estiveram presentes 105 alunos do 9º ano, com idades compreendidas entre os 14 e os 15 anos.