Susana Loureiro, investigadora CESAM/DBio e membro do Global Soil Interest Group da SETAC- Society of Environmental Toxicology and Chemistry é co-autora do texto “A caminho para uma proteção eficaz do solo na Europa”, resultado da sessão sobre solos que decorreu durante a 33ª Reunião Anual da SETAC Europa em Dublin, Irlanda, juntamente com Pia Kotschik e Silvia Pieper ( German Environment Agency) e Claudia Lima da Universidade de Wageningen. Este texto pode ser lido na íntegra aqui.

Nesta reunião destacou-se a necessidade de uma melhor proteção do solo, dado o seu papel fundamental na produção de alimentos, fornecimento de água potável e suporte à biodiversidade. Além disso, a Diretiva de Monitorização e Resiliência do Solo foi mencionada como um passo importante em direção à proteção do solo, estabelecendo o objetivo de atingir 100% de solos saudáveis até 2050. No entanto, a proposta atual para a avaliação da poluição do solo não considera os efeitos da presença de múltiplos contaminantes nas comunidades do solo, o que representa uma ameaça desconhecida para a biodiversidade do solo.

Os participantes na 33ª reunião anual da SETAC discutiram a importância de se estabelecerem valores para múltiplos contaminantes e reconhecer os efeitos e a toxicidade das misturas de produtos químicos no solo, no entanto, ainda há desafios na avaliação de riscos devido à complexidade das misturas químicas e à falta de dados. Ficou também definido que, para que estas metas sejam atingidas, é necessária a colaboração de várias partes interessadas, incluindo o setor agrícola e a implementação de práticas sustentáveis para reduzir a poluição química do solo.

Neste âmbito, na próxima conferencia da SETAC Europa a ter lugar em maio de 2024, em Sevilha, Espanha, Susana Loureiro será responsável por uma sessão sobre as Funções do Solo e a Biodiversidade: Impactos e resiliência em condições de stress ambiental, juntamente com Chioma Chikere (University of Port Harcourt, Nigéria) e Maria Nazaret González (Universidad Politécnica de Cartagena, Espanha). Está aberta a “call for abstracts” até 29 de novembro de 2023.

No dia 12 de outubro, Amadeu Soares, coordenador científico do CESAM, participou na mesa-redonda dos Laboratórios Associados da UA, realizada no Museu Vista Alegre, em Ílhavo, como parte das jornadas CICECO 2023.

Durante a sessão, presidida pelo Professor João Rocha, Amadeu Soares destacou que a ideia apresentada, que ele subscreve na totalidade, da criação de um grupo informal de Laboratórios Associados da UA, faz parte do seu programa estratégico, pelo que não poderia estar mais de acordo. Para além disso estes encontros deverão servir de espaço de reflexão e de ajuda à decisão sobre as necessidades e política científica da UA, complementares aos encontros de todas as Unidades de Investigação já existentes, promovidos pela reitoria.

Texto por: CESAM

O projeto RESTORE4Cs esteve em destaque no EuroGEO 2023, que decorreu presencialmente e online de 2 a 4 de outubro de 2023, no Eurac Research em Bolzano, Itália. A coordenadora do projeto RESTORE4Cs, Ana Lillebø (Universidade de Aveiro), apresentou o projeto no dia 3 de outubro, primeiro com um e-poster no Foyer 123 e depois num painel de discussão, moderado por Antonello Provenzale (CNR), focado em “Desafios na interface entre água e ecossistemas”, durante a sessão “Biodiversidade, ecossistemas e geodiversidade – interfaces em termos de iniciativa e áreas científicas”.

O EuroGEO reúne e coordena atividades na Europa que contribuem para as iniciativas do Grupo de Observação da Terra (GEO). O GEO encontra-se numa encruzilhada com a definição da sua estratégia pós-25 (atualmente em consulta pública), que deverá ser adotada em novembro de 2023 na cimeira ministerial do GEO na Cidade do Cabo, África do Sul. A nova estratégia passa da “Observação da Terra” para a “Inteligência da Terra” e muda o foco dos serviços para a equidade, a fim de colmatar as lacunas de informação a nível mundial.
O workshop EuroGEO deste ano ofereceu a oportunidade de posicionar as iniciativas europeias à luz da nova estratégia GEO e promove a coordenação e interligação de iniciativas a nível nacional e europeu, bem como entre setores e domínios, de modo a produzir contribuições para a GEO que sejam pertinentes e significativas.
Os objetivos do workshop foram:

  • Posicionar o EuroGEO face à nova estratégia GEO;
  • Identificar e explorar sinergias entre projetos e iniciativas nacionais e da UE;
  • Apoiar uma abordagem de ligação para enfrentar a crise poluição-clima-biodiversidade;
  • Criar um diálogo entre cientistas, decisores políticos e utilizadores finais para apoiar o co-design de ferramentas, conhecimentos e políticas.

Mais informações sobre o Workshop EuroGEO 2023 disponíveis aqui.

Texto por: Equipa de Comunicação do Restore4Cs

A 2ª reunião do Projeto COASTAL, “Sensores Microfluídicos para a Detecção Rápida de Toxinas Marinhas em Aquacultura Sustentável”, realizou-se em Oslo nos passados dias 14 e 15 de setembro, com o objetivo de avaliar a execução das tarefas programadas. Nesta reunião, participaram os especialistas na área da eletroquímica, química analítica e do fabrico de micro e nanobiossensores das entidades. SINTEF, Faculdade de Veterinária (FV) da Universidade da Noruega, Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro e Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Registaram-se avanços no desenvolvimento do design, produção, montagem e testagem dos primeiros protótipos da célula microfluídica para deteção de PST (Paralytic shellfish toxins), nomeadamente com sensores e biossensores capazes de detetar 5 análogos PST em amostras de bivalves. Dois conjuntos de sensores químicos e biossensores foram selecionados de acordo com os perfis dos PST predominantes nas costas de Portugal e da Noruega, e a sua performance demonstrou-se promissora.

Durante a reunião foram ainda efetuadas visitas técnicas ao SINTEF sobre a fabricação dos protótipos e à FV sobre a a utilização de metodologias de referência para a monitorização de análogos PST, estabelecidas as próximas etapas e discutidos os potenciais desenvolvimentos futuros.

Para saber mais sobre o Projeto COASTAL: COASTAL PROJECT – MiCrofluidic sensOrs for rApid detection of marine toxins in SusTainable AquacuLture (wordpress.com)

Acompanhe o projeto nas redes sociais: Facebook/Instagram/LinkedIn/Twitter.

Texto por: “Equipa do Projeto Coastal” 

A terceira reunião geral do projeto A-AAGORA teve lugar em Cork, na Irlanda e foi organizada pelos parceiros locais – University College Cork e Cork County Council.

Durante a reunião de 3 dias, membros dos 30 parceiros de 8 países europeus estiveram presentes pessoalmente para discutir o progresso do projeto, trocar ideias e apresentar em plenário o desenvolvimento de cada Workpackage e as atividades futuras relacionadas com os Demonstradores – Região Centro (PT), County Cork (IE) e Troms (NO).

Foram criados grupos de trabalho, juntando representantes dos Workpackages e dos demonstradores para debater questões relacionadas com o desenvolvimento tecnológico e a implementação dos living labs. Depois de se aprofundar sobre os requisitos de informação e datasets necessários, as sessões paralelas focaram-se em tópicos-chave, tais como os outputs para o oceano digital, oportunidades de mercado de trabalho, mercado de carbono e biodiversidade relacionado com a restauração, modelos de negócio sustentáveis, envolvimento de stakeholders, comunidade de prática e relevância para as políticas.

Durante esta Assembleia Geral, o consórcio do projeto teve também a oportunidade de receber alguns dos membros do seu Conselho Consultivo Externo. Bogdan Oldakowski, Secretário-Geral dos Portos do Báltico, esteve presente pessoalmente. Angela Guimarães Pereira, da Comissão Europeia – DG Joint Research Centre, Jörn Schmidt, Presidente do Comité Científico do Conselho Internacional para a Exploração do Mar, Manuel Lago, Senior Fellow, do Ecologic Institute e Sofia Soares Cordeiro, da Fundação para a Ciência e Tecnologia juntaram-se à reunião remotamente para discutir com o consórcio os potenciais contributos e as suas expectativas em relação ao projeto A-AAGORA.

A reunião foi marcada por uma visita à área de demonstrador na Irlanda. Os parceiros do A-AAGORA fizeram uma viagem de campo inspiradora a Harper’s Island, Youghal e áreas circundantes para conhecer e explorar os esforços da comunidade local na conservação da biodiversidade e do ambiente.

Mais informação sobre o projeto pode ser encontrada no site em www.a-aagora.eu

Texto por: Dionísia Laranjeiro

No dia 2 de outubro, foi publicado na revista Nature Cancer um artigo de investigação sobre as descobertas relativas ao cancro transmissível do berbigão, que foi noticiado na imprensa nacional e internacional. Neste estudo, participaram os investigadores Seila Díaz, Ricardo Calado e Fernando Ricardo do CESAM/DBIO, Universidade de Aveiro.

De acordo com a investigadora Seila Díaz, coautora principal do estudo apresentado, ‘neste estudo, examinámos berbigões recolhidos em toda a Europa para criar uma coleção de quase 400 tumores de berbigão. Através da rede Europea Marine Biologial resource centre (EMBRC), obtivemos berbigões vivos para diagnosticar de vários locais da Europa, incluindo a Ria Formosa (Algarve)’.

Esta investigação refere como o berbigão, uma espécie muito frequente na costa portuguesa, pode contrair cancros transmissíveis que se propagam através de células cancerígenas vivas presentes na água do mar. Os resultados desta investigação revelaram uma sequência de referência do genoma dos berbigões, um passo essencial para o estudo da evolução destes cancros contagiosos.

‘Para continuar a aprender sobre os cancros contagiosos no mar, é importante continuar a recolher e a fornecer dados genéticos de alta qualidade. Além disso, como o berbigão tem um genoma de alta qualidade, pode ser uma espécie modelo para o estudo destes cancros contagiosos que também afetam os mamíferos’, afirma a investigadora principal da investigação.

A descoberta mais notável neste estudo foi a presença de uma instabilidade genómica sem precedentes nos cancros transmissíveis de berbigão. Essa instabilidade desafia a crença anterior de que a estabilidade genómica é um requisito fundamental para a sobrevivência a longo prazo de células cancerígenas. Esta descoberta é particularmente surpreendente porque, ao contrário das células cancerígenas humanas, que não conseguem prosperar sob níveis elevados de instabilidade cromossômica, os cancros transmissíveis de berbigão conseguem fazê-lo. Esta conclusão pode ter implicações valiosas para o desenvolvimento de novas estratégias no tratamento do cancro em seres humanos no futuro.

Ricardo Calado afirma que ‘o berbigão é um recurso marinho muito importante em Portugal, sendo que as prevalências mais elevadas de cancros transmissíveis detetadas na Europa foram registadas nas costas portuguesas. Deste modo, Portugal deve participar ativamente em nos próximos estudos que venham a ser desenvolvidos para compreender melhor as origens e as implicações ecológicas e económicas deste novo conceito de cancro’.

Fernando Ricardo reforça dizendo que ‘com este estudo verificámos que existem dois tipos de cancros contagiosos que afetam o berbigão, principalmente da costa sul da Europa, e que estes dois cancros contagiosos não estão presentes em todas as populações de berbigão. É, por isso, que os movimentos de bivalves têm de ser sempre autorizados, porque podem causar danos ecológicos mais graves do que, em princípio, se poderia pensar’.

Este estudo foi conduzido pela Universidade de Santiago de Compostela (USC), em Espanha, em estreita colaboração com investigadores do CESAM – Universidade de Aveiro, o Wellcome Sanger Institute e outras 11 instituições, contando ainda com apoio financeiro parcial do Conselho Europeu de Investigação através de uma bolsa ERC ganha pelo investigador José Tubío (USC).

Seila Díaz continua a estudar estes cancros marinhos, através do projeto de investigação denominado ShipClones. Este projeto é financiado pela União Europeia, através do programa Marie Curie, um dos mais prestigiados e competitivos programas de pós-doutoramento da Europa. Este projeto dedica-se ao estudo da dinâmica de contágio destes cancros e procura desenvolver novas técnicas de diagnóstico mais rápidas, para assim minimizar os efeitos destes cancros nas populações de bivalves.

Saiba mais sobre este artigo aqui.

Texto por: Seila Díaz em colaboração com CESAM

Newton Gomes, investigador principal do projeto BLUECOMPOSITE, partilhou connosco alguns detalhes sobre o projeto que terminou recentemente e explicou como é que os resultados alcançados podem abrir novos caminhos para a indústria e contribuir para o desenvolvimento de uma aquacultura mais sustentável.

CESAM: Como surgiu a ideia que deu origem ao projeto BLUECOMPOSITE?

Newton Gomes: O projeto BLUECOMPOSITE surgiu da necessidade premente de encontrar soluções para mitigar surtos de doenças em aquaculturas. A alta densidade de peixes nas instalações de aquacultura tem levado a surtos de doenças mais frequentes e graves, o que representa um grande obstáculo para o desenvolvimento económico e sustentável da indústria em todo o mundo. O nosso principal objetivo com o BLUECOMPOSITE foi desenvolver uma ferramenta tecnológica inovadora que permitisse a produção de materiais compósitos de origem biológica. Estes materiais têm a capacidade de libertar substâncias bioativas e, ao mesmo tempo, promover a modulação do microbioma, a ciclagem de nutrientes e a saúde dos animais em sistemas de aquacultura, especialmente em sistemas de recirculação (RAS).

CESAM: Materiais compósitos …

Newton Gomes: Materiais compósitos são materiais feitos a partir da combinação de dois ou mais componentes diferentes para criar um material com características funcionais específicas. Por exemplo, no projeto BLUECOMPOSITE desenvolvemos materiais na forma de malhas com características únicas. Estas malhas podem ser usadas para libertação controlada de substâncias promotoras da saúde e bem-estar animal, promover o desenvolvimento de microrganismos benéficos e melhorar a qualidade da água dos sistemas de produção.

CESAM: Queremos conhecer melhor as caras por trás deste projeto. Quer falar-nos um pouco mais sobre as pessoas envolvidas neste projeto?

Newton Gomes: A equipa do BLUECOMPOSITE é composta por mim, como coordenador, juntamente com os investigadores Daniel F.R. Cleary, António M.O. Louvado, Vanessa J. Oliveira, Davide A.M. Silva do CESAM/DBio e Victor F. S. Neto (TEMA/DEM). Também tivemos a colaboração valiosa do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), Riasearch, Lda (uma empresa de investigação e desenvolvimento em aquacultura) e Silva & Ventura – Tornearia Mecânica, Lda.

CESAM: Como o projeto já terminou, queremos conhecer alguns dos resultados alcançados

Newton Gomes: Até agora, conseguimos desenvolver e validar um equipamento, produtos e uma ferramenta tecnológica inovadora que permitem às empresas de aquacultura criar materiais personalizados para modular o microbioma dos seus sistemas, promover a ciclagem de nutrientes e melhorar a saúde dos animais produzidos. Este progresso já nos levou a apresentar pedidos de patente a nível nacional e europeu.

CESAM: Estes resultados parecem muito interessantes. Pode explicar como é que eles podem beneficiar diretamente a sociedade em geral?

Newton Gomes: A tecnologia que desenvolvemos tem um enorme potencial para melhorar a produção de animais aquáticos e contribuir significativamente para o setor da aquacultura. Pode ajudar a reduzir perdas de produção devido a surtos de doenças, diminuir a necessidade de antibióticos e abordar questões importantes como a emergência de bactérias resistentes a antibióticos e a segurança alimentar. Em última análise, o BLUECOMPOSITE promove o desenvolvimento de uma aquacultura mais orgânica e sustentável.

CESAM: Não podemos terminar esta conversa sem saber quais são os planos para o futuro e o que pensam fazer com estes resultados …

Newton Gomes: Após a conclusão do projeto, estamos a planear estabelecer contatos com potenciais investidores e parceiros para levar a nossa tecnologia ao mercado. Estamos atualmente em fase de identificação de parceiros interessados em participar neste processo. A UACOOPERA (UA) também colaborará ativamente na identificação, estabelecimento de contatos e negociação de parcerias com entidades externas para maturar e comercializar esta tecnologia inovadora.

CESAM: Muito obrigado. Ficamos à espera de ouvir falar mais sobre o projeto BLUECOMPOSITE no futuro.

Para saber mais sobre o projeto BLUECOMPOSITE, visite: https://www.cesam-la.pt/projetos/bluecomposite-utilizacao-de-materiais-compositos-de-origem-biologica-para-libertacao-controlada-de-moduladores-microbianos-quimicos-em-sistemas-de-aquicultura-de-recirculacao-ras/”

O projeto BlueComposite (CENTRO-01-0145-FEDER-181223) foi financiado pelo Centro 2020 – Portugal 2020, Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). O projeto baseou-se nos resultados previamente obtidos no projeto AquaHeal (MAR-02.01.01-FEAMP-0031), financiado pelo MAR2020, Programa Operacional do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e da Pesca (FEAMP).

Entre 4 e 6 de Setembro de 2023, decorreu o evento “5th International Conference on Food Contaminants: Challenges on exposure assessment, health impact and sustainability of food systems” (ICFC 2023), realizado no Instituto Agronómico de Campinas, Campinas, Brasil. Este evento, da responsabilidade do INSA. Este evento foi realizado em formato híbrido, em parceria com o CESAM, Universidade de Aveiro, e a Faculdade de Zootecnia e Engenharia Alimentar da Universidade de São Paulo, contando com o apoio da FAPESP e SCBTA.

O evento decorreu pela primeira vez fora de Portugal, tendo como lema “Let’s Open Horizons” com vista a contribuir para fortalecer os laços entre Portugal e o Brasil no domínio da segurança alimentar e saúde humana. O ICFC2023 contou com quatro sessões que incluíram temas como ocorrência de contaminantes, avaliação da exposição e impacto na saúde, sustentabilidade dos sistemas alimentares e redes de colaboração e seu impacto na sociedade. Estas sessões incluíram uma leitura plenária da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) sobre o tema, nove apresentações por oradores convidados da Europa e Brasil, 17 comunicações orais pelos participantes e duas mesas redondas, com três breves comunicações cada. Estiveram presentes cerca de uma centena de participantes de 12 países da Europa, América Latina e África, e foram apresentados 57 posters, tendo sido eleito o melhor poster.

O CESAM colaborou de forma ativa na conferência através da participação do MI Paula Alvito como chair; Amadeu Soares, convidado para a sessão de abertura; Diogo Cardoso, orador convidado presencial, com a apresentação oral “Environmental Circularity: Agriculture, Waste Management, Insects”; Marcia Braz com a comunicação online “Effect of bacteriophages against biofilms of Escherichia coli on food handling surfaces”; Prof. Artur Alves como membro da comissão organizadora e científica; e Prof. Susana Loureiro, Comissão Científica. Foram ainda apresentados 4 posters por investigadores do CESAM.

As cinco mensagens finais do ICFC2023 sublinharam a importância e necessidade de i) desenvolver mais estudos de avaliação de risco de exposição humana a múltiplos contaminantes; ii) aumentar o conhecimento sobre a toxicidade das biotoxinas marinhas emergentes, sobre as quais há pouco conhecimento científico; iii) reforçar o desenvolvimento de trabalhos sobre novas fontes de proteínas (incluindo insetos), assim como, reutilização de resíduos e a segurança alimentar dos mesmos, essenciais para a sustentabilidade dos sistemas de produção alimentar; iv) disseminar e promover o acesso a bases de dados para promover maior conhecimento sobre avaliação de exposição humana a contaminantes; e v) alargar os horizontes e integrar o conhecimento científico através da cooperação internacional entre os vários continentes, como Europa (Portugal) e América (Brasil), com diferentes experiências, com vista a promover uma resposta mais eficaz para resolver os desafios colocados pelas alterações climáticas.

Texto por: Paula Alvito

Encontra-se aberto o Concurso Transnacional Conjunto 2023 da Parceria Europeia cofinanciada Biodiversa+ para financiamento de projetos transnacionais de investigação e inovação. O concurso BiodivNBS – “Nature-based solutions for biodiversity, human well-being and transformative change” lança 3 temas que contam com financiamento da FCT: 

·       Synergies and trade-offs of Nature-based solutions in the context of human well-being; 

·       Nature-based solutions mitigating anthropogenic drivers of biodiversity loss; 

·       The contribution of Nature-based solutions for just transformative change. 

 A FCT compromete-se financiar 1.000.000,00€ para este concurso, em que o máximo de financiamento da FCT para um consórcio com coordenação portuguesa será de 200.000,00€, enquanto que o máximo de financiamento da FCT para um consórcio com participação portuguesa será de 125.000,00€. 

No dia 26 de setembro de 2023 decorreu um webinar com informação para potenciais candidatos. Se não teve oportunidade de participar na sessão online, pode rever o webinar no website da Biodiversa+.  

Para questões, pode: 

·       Consultar as FAQ 

·       Contatar o Secreteriado responsável pelo concurso biodiversa.cs@agencerecherche.fr 
 

Para mais informações, consulte a página do concurso.  

Deadline: 10 de novembro de 2023, 14h00 (hora de Lisboa). 

Prazo: 30 de outubro de 2023

Como parte do Conselho Consultivo da Década, os novos peritos desempenharão um papel fundamental na construção do roteiro da Década do Oceano até 2030 e terão uma forte presença em eventos de alto nível, como a Conferência da Década do Oceano de 2024 e a Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos de 2025. O Conselho Consultivo da Década (CCD) é um órgão consultivo constituído por múltiplas partes interessadas que auxilia o Secretariado da Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO na coordenação da Década das Nações Unidas das Ciências do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável, 2021-2030 (a ‘Década do Oceano’).

O novo Conselho será nomeado tendo em consideração a expertise, o equilíbrio geográfico, geracional e de género e fornecerá assistência de forma voluntária. Os membros cumprirão um mandato de dois anos, desde 1 de janeiro de 2024 até 31 de dezembro de 2025, que é um período crítico para a Década do Oceano, pois tanto a Conferência da Década do Oceano de 2024 quanto a Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos de 2025 ocorrerão nesse período.

Mais detalhes: AQUI