International Union for Conservation of Nature (IUCN) is the world’s largest and most diverse environmental network, harnessing the knowledge, resources and reach of our more than 1,400 Member organizations and 15,000 experts. This diversity and expertise make IUCN the global authority on the status of the natural world and the measures needed to safeguard it.

IUCN Leaders Forum Changemakers brings together young leaders and innovators who are designing or implementing innovative nature conservation or biodiversity action projects in their communities.  Selected young changemakers will join leaders from around the world at the IUCN Leaders Forum in Geneva in October 2023, to advance nature-positive solutions and design concrete actions for the implementation of the Kunming-Montreal Global Biodiversity Framework goals and targets at the local, national and regional levels.

Young changemakers will have an exclusive opportunity to pitch their projects to influential global leaders from the private sector, government and civil society.

Benefits for selected IUCN Leaders Forum Changemakers:

  • Delegate access to the IUCN Leaders Forum in Geneva, Switzerland from 11 to 13 October 2023.
  • An exclusive opportunity to pitch your environmental action project to influential global leaders from the private sector, government and civil society.

Who should apply?

You should apply to be an IUCN Leaders Forum Changemaker if you:

  • Are aged 18 – 35*.
  • Have a track record of leadership and innovation in the fields of nature conservation, biodiversity, climate change and / or sustainable development.
  • Are currently working on an innovative project that is or will contribute to the Kunming-Montreal Global Biodiversity Framework goals and targets.

*The One Young World team will consider applications from those who are older than 35, pending demonstration of appropriate personal impact, initiative, and willingness to engage. We are not able to accept applications from those who will be aged under 18 at the time of the IUCN Leaders Forum.

IUCN Leaders Forum – Call for Changemakers | One Young World

No passado dia 5 de junho de 2023 celebrou-se o Dia Mundial do Ambiente, num ano que marca também o 50º aniversário do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), o organismo responsável pela celebração anual desta data.  A criação deste organismo em 1973 ocorreu um ano depois da primeira conferência mundial sobre o meio ambiente, a ‘Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano’. Tendo reunido 122 países, esta conferência marcou a primeira vez que o meio ambiente se tornou uma questão verdadeiramente global.  

Ao longo dos anos, a celebração desta data tem aproximado organizações da sociedade civil, academia, indústria e poder político, transformando-se numa das maiores plataformas globais para a sensibilização ambiental. Em 2023, a celebração deste dia focou-se na temática da poluição por plásticos, sob o lema “Combater a poluição por plásticos”, tendo como países anfitriões, a Républica da Costa do Marfim e os Países Baixos.  

O Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro (UA) participou nesta celebração com um evento público que contou com a inauguração de uma exposição fotográfica e um conjunto de oradores que abordaram a construção de parcerias para um futuro sustentável. Este evento decorreu entre as 10:30 e as 13:00 no Edifício da Reitoria da Universidade de Aveiro. 

Pelas 11:00, foi inaugurada a exposição fotográfica “Bichos de cá, Bichos de lá”, com intervenções de Paulo Jorge Ferreira, Reitor da Universidade de Aveiro, José Luis Cordeiro, Pesquisador Titular da Fundação Oswaldo Cruz (Brasil) e Amadeu Soares, Coordenador Científico do CESAM. 

A exposição fotográfica “Bichos de cá, Bichos de lá” resulta de uma parceria CESAM-UA (Portugal), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz, Brasil) e Associação Osuwela (Moçambique), estando patente e disponível a todos os interessados até ao dia 30 de junho de 2023, no átrio do Edifício da Reitoria da Universidade de Aveiro. 

Esta exposição consiste numa apresentação com 41 painéis, que abordam conceitos, comportamentos e aspetos de conservação com exemplos de espécies de fauna de Portugal, Brasil e Moçambique. Onde o visitante poderá observar como a natureza une estes três países e fala uma só língua, através das semelhanças nas funções desempenhadas pelas diferentes espécies nestes países.  

Parcerias para um futuro sustentável 

Como refere a UNEP “o rápido crescimento dos níveis de poluição por plásticos representa uma séria ameaça global, impactando negativamente as dimensões ambiental, social e económica do desenvolvimento sustentável. Mantendo-se o rumo atual, a quantidade de resíduos plásticos que vão entrar nos ecossistemas aquáticos pode quase triplicar: de entre 9 a 14 milhões de toneladas por ano em 2016, para entre 27 a 37 milhões de toneladas por ano em 2040”. 

Nesse âmbito, a sessão comemorativa, sob o tema “Parcerias para um Futuro Sustentável”, incluiu ainda uma palestra diretamente relacionada com a problemática da poluição por plásticos, e apresentou um conjunto de convidados que abordaram as possíveis parcerias estratégicas, atuais e futuras, bem como as oportunidades e mecanismos para as estabelecer e/ ou reforçar (e.g. missões da União Europeia). 

Foram oradores: Jorge Ferrão, Reitor da Universidade Pedagógica de Maputo, Moçambique; Maria de Jesus Fernandes, Bastonária da Ordem dos Biólogos; Márcia Chame, Investigadora, Plataforma Institucional Biodiversidade e Saúde Silvestre, Presidência da Fundação Oswaldo Cruz, Brasil; Teresa Rocha Santos, Investigadora, CESAM/DQ, Univ. de Aveiro; Teresa Pinto Correia, “Missões Solos” da UE, Professora Catedrática, MED-CHANGE, Univ. de Évora; Helena Vieira, “Missões Oceano e Águas” da EU, investigadora CESAM/DAO, Univ. de Aveiro; Mariana Alves, Codiretora do programa “Cartas com ciência” e investigadora CIDTFF, Univ. de Aveiro. 

Para recordar o programa do evento pode consultar aqui e alguns dos seus momentos mais significativos (registados nas redes sociais) pode aqui: Twitter 1 / Twitter 2 / Twitter 3 

Pode ainda ler aqui a entrevista com dois investigadores do CESAM, cujo trabalho está relacionado com a temática da poluição por plásticos.

No passado dia 5 de junho, durante a Feira Nacional de Agricultura 2023 (Santarém), ocorreu a sessão de encerramento e apresentação de resultados do projeto NETA (Novas Estratégias no Tratamento de Águas Residuais). Evento que contou com a participação dos investigadores Rita Silva (CESAM/DBIO) e Diogo Cardoso (CESAM/DBIO). 

O projeto foi liderado pela empresa Ingredient Odyssey S.A., em parceria com a Universidade de Aveiro (através do CESAM), a Agrotejo, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, o Instituto Politécnico de Beja, o Instituto Superior Técnico e a Universidade Lusófona. Tendo sido apoiado pela ANI (Agência Nacional de Investigação) através de projetos em copromoção e cofinanciado pelo COMPETE2020, Lisboa2020, PORTUGAL2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). 

O projeto NETA agregou estas sete instituições em torno de um objetivo comum:  transformar uma ameaça ambiental, as águas residuais e efluentes, numa fonte de nutrientes e recursos hídricos, que vai da rega a fertilizantes e até mesmo a novas soluções bioindustriais. De forma que o conhecimento científico nacional se possa transformar numa mais-valia empresarial e ambiental. 

Ao longo do projeto, a Técnica de Precipitação Química foi aplicada no tratamento de águas residuais, reutilizando a água tratada para fins agrícolas em processos que vão da rega à aquaponia. Já as lamas geradas neste processo foram tratadas por insetos, nomeadamente larvas de mosca soldado negro (Hermetia illucens), transformando-as em fertilizantes estáveis, sem cheiro e prontos a serem usados nos terrenos agrícolas. 

Estas larvas de inseto foram ainda utilizadas em processo de biorefinaria, como a extração de óleo para biocombustíveis, cosméticos e outros usos químicos, e a quitina foi usada para transformação em quitosano e posterior uso na criação de bioplásticos biodegradáveis. 

Num quadro de atuação multidisciplinar, os investigadores do CESAM, sob a coordenação de Susana Loureiro (CESAM/DBIO), tiveram a seu cargo a caracterização ecotoxicológica das águas tratadas pela técnica de precipitação química (TPQ), utilizando diferentes espécies dulçaquícola, como a microalga Raphidocelis subcapitata, o microcrustáceo Daphnia magna e o peixe-zebra Danio rerio. Foram ainda responsáveis pela avaliação da qualidade e saúde dos solos depois da aplicação das lamas residuais, analisando para tal, os efeitos na sobrevivência e reprodução de espécies modelo em ecotoxicologia: o colêmbolo Folsomia candida, o oligoqueta Enchytraeus crypticus e a planta dicotiledónea Brassica oleracea.  

Para mais informações sobre o projeto NETA, pode consultar aqui.

O Dia Mundial do Meio Ambiente celebra-se a 5 de junho. O ano de 2023 marca o 50º aniversário do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), que é o organismo responsável pela celebração anual do Dia Mundial do Meio Ambiente. Ao longo dos anos, a celebração desta data tem aproximado organizações da sociedade civil, academia, indústria e poder político, transformando-se numa das maiores plataformas globais para a sensibilização ambiental.

Em 2023, a celebração deste dia foca-se na temática da poluição por plásticos, sob o lema “Combata a poluição por plásticos”. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, no seu website, refere que “o rápido crescimento dos níveis de poluição por plásticos representa uma séria ameaça global, impactando negativamente as dimensões ambiental, social e económica do desenvolvimento sustentável. Mantendo-se o rumo atual, a quantidade de resíduos plásticos que vão entrar nos ecossistemas aquáticos pode quase triplica até 2040”.

No âmbito da celebração deste dia, fomos conversar com Miguel Oliveira (CESAM/DBIO), cujo trabalho se relaciona com a temática da poluição por plásticos.

Comunicação CESAM: Se tivesse de selecionar apenas um, qual seria o risco da poluição por plásticos que salientaria?

Miguel Oliveira: Diria que o principal risco são os efeitos a longo prazo e questão dos aditivos. Os plásticos têm diferentes constituintes, mas são estas substâncias químicas, os aditivos, que lhes vais permitir, por exemplo, que tenham a sua cor característica, a sensação de plasticidade, ou resistência térmica, por exemplo.

O que acontece, muitas vezes, é que com o envelhecimento dos plásticos, em determinadas condições, começa-se a libertar esses produtos químicos e esses produtos químicos, sabe-se que são perigosos para os organismos aquáticos e para os humanos. Uma questão muito conhecida é o bisfenol A, onde agora vemos, especialmente nos produtos para crianças, que essa substância foi retirada. No ambiente, um dos principais riscos é a capacidade de as partículas adsorverem os contaminantes. Os microplásticos podem adsorver à sua superfície ou no seu interior, por exemplo fármacos, e que quando ingeridos pelos organismos podem libertar essas substâncias ativas, cumprindo assim um efeito conhecido por “cavalo de tróia”.

Mas é necessário esclarecermos que a presença não indica necessariamente efeito. Ou seja, temos de ter algumas precauções, é certo e nós já detetamos, nos nossos estudos, alguns efeitos dos plásticos nos organismos – como alterações imunológicas, ao nível de reprodução dos organismos – mas apenas em concentrações muito elevadas. São necessários mais estudos e principalmente é necessário perceber quais os efeitos a longo prazo da presença e ingestão destes plásticos pelos organismos.

Comunicação CESAM: “Quais as principais problemáticas [relacionadas com plásticos], que a sua investigação atual procura responder?

Miguel Oliveira: Nós temos diferentes linhas de investigação no nosso laboratório, mas numa dessas linhas estamos a testar polímeros alternativos – os biopolímeros. A ideia é que os biopolímeros são mais seguros (…) substituindo os polímeros derivados do petróleo, como polietileno por exemplo, por outros de origem natural e que são sintetizados, por algas ou por bactérias.” O que nós estamos a testar, em colaboração com outros grupos de investigação, são possíveis novos polímeros que representem um menor perigo para os organismos aquáticos e para os humanos e que se degradem mais facilmente. Isto com o objetivo de promover alterações, de forma a diminuir a libertação destas substâncias para o meio ambiente.

Sendo que, para além das linhas de investigação, outra área de ação em que apostamos é na divulgação científica. Nós estamos também a desenvolver estudos, em colaboração com pessoas da área da psicologia social, que tentam analisar as perceções do público sobre os plásticos – se estes são inócuos, se vêm diferenças entre tipos de plásticos, etc. Isto para possamos desenvolver ferramentas para uma comunicação mais eficaz com o público.

Comunicação CESAM: Que tipo de ação ou comportamento, recomendaria a um cidadão comum para ajudar neste ‘combate’ à poluição por plásticos?

Miguel Oliveira: Eu diria a utilização consciente dos plásticos e a reutilização dos plásticos. Porque se todos nós tivermos em conta o destino dos plásticos e o fim de vida, isso vai ajudar muito. Não podemos ignorar o facto de que os plásticos são muito úteis e podem ser benéficos, e temos exemplos, como na biomedicina, onde os materiais plásticos são muito mais baratos, eficazes e facilmente esterilizáveis.

A questão deve ser então limitar a utilização de plásticos de uso único. E como podemos nós, consumidores, fazer isso? Podemos, por exemplo, escolher produtos que requeiram menos plástico – utilizar sacos de pano em vez de plástico, comprar cosméticos que não tenham este tipo de polímeros ou comprar produtos a granel, entre outros. São pequenos gestos, mas que podem ajudar a limitação da presença destas substâncias no meio ambiente.

O Dia Mundial do Meio Ambiente celebra-se a 5 de junho. O ano de 2023 marca o 50º aniversário do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), que é o organismo responsável pela celebração anual do Dia Mundial do Meio Ambiente. Ao longo dos anos, a celebração desta data tem aproximado organizações da sociedade civil, academia, indústria e poder político, transformando-se numa das maiores plataformas globais para a sensibilização ambiental.

Em 2023, a celebração deste dia foca-se na temática da poluição por plásticos, sob o lema “Combata a poluição por plásticos”. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, no seu website, refere que “o rápido crescimento dos níveis de poluição por plásticos representa uma séria ameaça global, impactando negativamente as dimensões ambiental, social e económica do desenvolvimento sustentável. Mantendo-se o rumo atual, a quantidade de resíduos plásticos que vão entrar nos ecossistemas aquáticos pode quase triplica até 2040”.

No âmbito da celebração deste dia, fomos conversar com Teresa Rocha Santos (CESAM/DQUA), cujo trabalho se relaciona com a temática da poluição por plásticos.

Comunicação CESAM: Se tivesse de selecionar apenas um, qual seria o risco da poluição por plásticos que salientaria?

Teresa Rocha Santos: O principal problema da poluição por plásticos são os potenciais efeitos no ecossistema e na saúde humana. Quando se pensa em plásticos (tamanho superior a 5 mm) esses efeitos são óbvios e tem havido ações no sentido de diminuir os efeitos o mais possível. No que concerne os plásticos com tamanhos inferiores a 5 mm nomeadamente os microplásticos e os nanoplásticos o problema é mais complicado, pois, entre outros, têm sido efetuados ensaios com concentrações muito elevadas numa tentativa de prever os seus efeitos. Estas concentrações muito elevadas normalmente não são ambientalmente relevantes, ou seja, são muito superiores às concentrações de microplásticos e nanoplásticos existentes no ambiente. Isto faz com que se desconheça os efeitos destes nas concentrações em que efetivamente existem no ambiente.

Comunicação CESAM: “Quais as principais problemáticas [relacionadas com plásticos], que a sua investigação atual procura responder?

Teresa Rocha Santos: Para termos noção dos efeitos dos microplásticos e nanoplásticos é necessário conhecermos as suas concentrações no ambiente e para isso é importante desenvolver metodologias capazes de quantificar e identificar os micro e nanoplásticos.

Os microplásticos podem ser vetores de contaminantes e por isso estudamos a absorção de compostos químicos tais como metais e PAHs em microplásticos. Também utilizamos fungos tais como o Z. maritimum para remover microplásticos podendo ser aplicados como tratamento terciário em estações de tratamento ou aplicados em novas estações de tratamento.

Comunicação CESAM: Que tipo de ação ou comportamento, recomendaria a um cidadão comum para ajudar neste ‘combate’ à poluição por plásticos?

Teresa Rocha Santos: Os princípios dos 3 R: reduzir, reciclar e reutilizar continuam a ser extremamente importantes para a não entrada de mais plásticos no ambiente. Também é importante evitar plásticos de uso único e deitar plásticos indiscriminadamente no lixo comum ou diretamente no ambiente e quando possível optar por plásticos de base biológica que sejam biodegradáveis.

Heliana Teixeira (CESAM/DBIO) é uma das proponentes de uma Ação COST, aprovada com a classificação máxima em todas as suas componentes, intitulada Insect AI – Using Image-based AI for Insect Monitoring & Conservation. O objetivo desta COST é fortalecer as capacidades e as redes de colaboração para o desenvolvimento de aplicações de tecnologias de IA baseadas em imagens e ferramentas de visão computacional impulsionando a agenda de investigação na área da monitorização e conservação da natureza, em particular dos insetos.  As populações mundiais de insetos encontram-se em declínio acentuado em todo o mundo, e esta Ação pretende contribuir para um dos desafios críticos identificado pela Estratégia de Biodiversidade da UE para 2030 que é a recolha de informação padronizada sobre o estado da natureza.

A participação da investigadora nesta Ação COST decorre da sua colaboração com o coordenador da proposta Tom August, do UK Centre for Ecology and Hydrology, Reino Unido. Essa colaboração teve início na Ação COST AlienCSI, que foi concluída recentemente em janeiro de 2023, e cujo enfoque era o uso da ciência cidadã para aprimorar o conhecimento sobre espécies exóticas, especialmente as invasoras.

Para mais informações sobre as ações COST aqui.

Mais informação sobre a imagem: Tecnologias de Inteligência Artificial (IA) tais como Visão Computacional aplicada à conservação da natureza: processo de treino um modelo de deteção de objetos de imagem (exemplo fictício).

No passado dia 30 de março decorreu, na sede da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR-Alentejo), a apresentação pública do “Plano Estratégico e de Ação do Javali em Portugal”, promovido pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e financiado pelo Fundo Florestal Permanente. 

A apresentação deste plano foi feita pela Investigadora Responsável do projeto, Rita Tinoco Torres (CESAM/DBIO), numa sessão que contou com a presença do investigador João Carvalho (CESAM/DBIO), do Presidente do Conselho Executivo do ICNF, Nuno Banza, do Secretário de Estado da Agricultura, Gonçalo Rodrigues, e do Secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino. 

Este Plano, e os dados nele apresentados, assim como as evidências do crescente impacto do javali nas atividades humanas, levam a investigadora a afirmar que: “o território nacional continental apresenta uma população de javali na generalidade sobreabundante, e que essa sobreabundância poderá ser particularmente relevante em determinados contextos paisagísticos e socioeconómicos”. 

Como forma de reverter a tendência de crescimento das populações de javali, e tendo em vista a compatibilização da sua presença com o contexto ecológico, sanitário e socioeconómico envolvente, é sugerida a combinação de diferentes abordagens, desde a limitação temporal do período de cevagem ao aumento da taxa de extração anual, à extração de classes etárias e sexo específicos e aplicação de um maior esforço no primeiro trimestre do período venatório (montarias).  

A elaboração do Plano Estratégico e de Ação do Javali em Portugal baseou-se na colaboração entre vários grupos, desde a academia, às agências governamentais, aos setores da caça e comunidades locais. O que segundo Rita Tinoco Tores, “deve ser o paradigma necessário para fazer frente aos desafios emergentes em que esta espécie está envolvida”. 

Texto por: Rita Tinoco Torres (CESAM/DBIO) em colaboração com CESAM 

No dia 5 de junho celebra-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. O ano de 2023 marca o 50º aniversário do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), que é o organismo responsável pela celebração anual do Dia Mundial do Meio Ambiente.

A sua criação, em 1973, ocorre um ano depois da primeira conferência mundial sobre o meio ambiente, a ‘Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano’. Tendo reunido 122 países, foi a primeira vez que o meio ambiente se tornou uma questão verdadeiramente global.

Ao longo dos anos, a celebração desta data tem aproximado organizações da sociedade civil, academia, indústria e poder político, transformando-se numa das maiores plataformas globais para a sensibilização ambiental. Em 2023, a celebração deste dia foca-se na temática da poluição por plásticos, sob o lema “Combater a poluição plástica”, tendo como países anfitriões, a Républica da Costa do Marfim e os Países Baixos.

O Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) convida-o a celebrar connosco o Dia Mundial do Meio Ambiente, no auditório Renato Araújo do Edifício da Reitoria da Universidade de Aveiro.

Exposição “Bichos de cá, bichos de lá”

Entre as 10:30 e as 11:00, venha até ao átrio do Edifício da Reitoria da Universidade de Aveiro, beber um café enquanto visita a exposição fotográfica “Bichos de cá, Bichos de lá”.

Pelas 11:00 h faremos a inauguração oficial da exposição, no Auditório Renato Araújo (lateral ao átrio), com intervenções de Paulo Jorge Ferreira, Reitor da Universidade de Aveiro, José Luis Cordeiro, Pesquisador Titular, Fundação Oswaldo Cruz (Brasil) e Amadeu Soares, Coordenador Científico do CESAM.

A exposição “Bichos de cá, Bichos de lá” resulta de uma parceria CESAM-UA (Portugal), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz, Brasil) e Associação Osuwela (Moçambique), estando patente e disponível a todos os interessados até ao dia 30 de junho de 2023, no átrio do Edifício da Reitoria da Universidade de Aveiro.

Sinopse

Em cada canto do planeta Terra a natureza apresenta-se plena de histórias de drama e superação. Ao analisar os vários ecossistemas que cobrem as superfícies terrestres e aquáticas podemos observar diferenças, mas também muitas semelhanças na forma como funcionam e como nos contam a sua história. No palco que é este planeta há milhões de atores, muitos dos quais não conhecemos. Mas conseguimos identificar alguns papéis, que por serem comuns a todos os ecossistemas, ajudam-nos a decifrar os segredos que se escondem no cenário da Biodiversidade.

A exposição “Bichos de cá, Bichos de lá” consiste numa apresentação de 7 módulos com 41 painéis, que abordam conceitos, comportamentos e aspetos de conservação com exemplos de espécies de fauna de Portugal, Brasil e Moçambique. Desta forma, o visitante poderá observar como a natureza une estes três países e fala uma só língua na forma como diferentes espécies desempenham funções semelhantes, onde quer que nos encontremos.”

Parcerias para um futuro sustentável

Na semana de 29 a 2 de junho de 2023, ocorre em Paris, sob a égide da UNEP, a negociação final de um acordo internacional vinculativo para combate da poluição por plásticos. Esta negociação resulta do trabalho, de mais de um ano, do Comité Internacional de Negociação (INC), criado em fevereiro de 2022.

Como refere a UNEP “o rápido crescimento dos níveis de poluição por plásticos representa uma séria ameaça global, impactando negativamente as dimensões ambiental, social e económica do desenvolvimento sustentável. Mantendo-se o rumo atual, a quantidade de resíduos plásticos que vão entrar nos ecossistemas aquáticos pode quase triplicar: de entre 9 a 14 milhões de toneladas por ano em 2016, para entre 27 a 37 milhões de toneladas por ano em 2040”.

Nesse âmbito, a nossa sessão comemorativa, sob o tema “Parcerias para um Futuro Sustentável”, inclui ainda uma palestra diretamente relacionada com a problemática da poluição por plásticos, e apresenta um lote de convidados que nos falarão sobre parcerias estratégicas, atuais e futuras, bem como de oportunidades e mecanismos para as estabelecer e/ ou reforçar (e.g. missões da UE).

Soluções para a poluição por plásticos

  • Teresa Rocha Santos, Investigadora CESAM/DQ, Univ. de Aveiro

Parcerias para um futuro sustentável

  • Jorge Ferrão, Reitor da Universidade Pedagógica de Maputo, Moçambique
  • Márcia Chame, Investigadora, Plataforma Institucional Biodiversidade e Saúde Silvestre, Presidência da Fundação Oswaldo Cruz, Brasil
  • Maria de Jesus Fernandes, Bastonária da Ordem dos Biólogos
  • Mariana Alves, Codiretora do programa “Cartas com ciência” e investigadora CIDTFF, Univ. de Aveiro
  • Teresa Pinto Correia, “Missões Solos” da UE, Professora Catedrática, MED-CHANGE, Univ. de Évora
  • Helena Vieira, “Missões Oceano e Águas” da EU, investigadora CESAM/DAO, Univ. de Aveiro

Para conhecer mais sobre a plataforma mundial associada a este dia (onde estamos registados), pode aceder aqui.

A Universidade de Aveiro (UA) é uma das instituições que faz parte da rede internacional IMFAHE (International Mentoring Foundation for the Advancement of Higher Education), no âmbito da qual vários membros da UA, entre professores e investigadores nas áreas de Biomedicina e Engenharias, participaram na edição 2021-2022 deste programa.  

Nessa edição, as investigadoras Alexandra Monteiro e Vera Rodrigues (CESAM/DAO) fizeram parte de uma das equipas vencedoras do “IMFAHE´s Nodal Award-Shark Tank 2022” com a ideia “Ammonia project”, que visa estudar o impacto ambiental do uso da amónia como combustível alternativo no transporte marítimo e aéreo. 

O objetivo desta rede colaborativa IMFAHE é promover o desenvolvimento profissional, a excelência educacional e de investigação da comunidade universitária, bem como facilitar a transferência de conhecimento global em tempo real, assim como a criação de colaborações multidisciplinares eficazes e encorajar o empreendedorismo e a inovação. Para além do acesso gratuito aos três cursos online organizados para promoção do desenvolvimento profissional, inovação-empreendedorismo-liderança e carreira científica, há a “Plataforma de Talento IMFAHE” que visa a comunicação online, networking e o empreendorismo através do “IMFAHE´s idea contest-Nodal Award-Shark Tank” ou, ainda, do acelerador de ideias “Venture Building Program”. 

Agora, em maio de 2023 e no âmbito do prémio conquistado, Alexandra Monteiro e Vera Rodrigues promoveram, na Universidade de Waterloo (Canadá), o workshop “Ammonia workshop”, que contou com mais de 50 participantes. Para além da organização conjunta deste workshop internacional com colegas da Universidade de Waterloo, o grupo de investigadores está a preparar a submissão de um artigo científico à revista “Journal of Cleaner Production” e a preparar uma proposta de projeto de investigação. 

Texto por: Alexandra Monteiro e Vera Rodrigues em colaboração com CESAM 

O acordo de cooperação científica e tecnológica entre Portugal e França, estabelecido em 2004, prevê que os dois países estabelecem um programa destinado a promover a cooperação entre professores e investigadores, incluindo jovens investigadores em estabelecimentos de ensino superior e instituições de investigação afins em Portugal e França.

Um dos objetivos previstos passa por fomentar ações de intercâmbio de investigadores através do apoio à sua mobilidade no âmbito de projetos internacionais.

Os projetos terão uma duração máxima de 24 meses, sendo renováveis anualmente. O financiamento anual da FCT por projeto é de 2 000 €.

As candidaturas devem ser elaboradas conjuntamente pelos investigadores responsáveis dos dois países e submetidas aos organismos executores do Acordo. Assim, a equipa portuguesa deverá remeter a sua candidatura à FCT e a equipa estrangeira ao organismo do seu país.

A candidatura a apresentar à FCT deverá ser submetida no portal de submissão de candidaturas até às 17:00 do dia 26 de junho de 2023, hora de Lisboa.

Mais informações aqui.