No domingo, 9 de julho, Tamara Stuij, doutoranda (CESAM/DBIO) no Laboratório de Estudos Moleculares de Ambientes Marinhos (LEMAM), recebeu o Prémio Ocean da Fundação Mirpuri 2023. Este prémio assinala a colaboração entre a Fundação Mirpuri e a Iniciativa Internacional de Recifes de Coral (ICRI) para o ano de 2023, com o objetivo de aumentar a consciencialização global e procurar soluções para a preservação dos recifes de coral em todo o mundo.

De acordo com Tamara Stuij, “É ótimo perceber que as pessoas se preocupam com os nossos oceanos e reconhecem a importância da investigação na procura de soluções para melhorar o estado atual e crítico dos recifes de coral. Participar na competição foi um grande estímulo para apresentar a minha investigação de forma abrangente, divertida e compreensível. Algo que é tão importante, mas também bastante desafiador! Receber este prémio é uma grande honra para mim e para a nossa equipa. Estamos profundamente gratos e entusiasmados por ver que o foco principal desta investigação recebeu um reconhecimento tão significativo. Esta distinção serve como uma forte motivação para continuarmos o nosso trabalho com renovado entusiasmo”.

A investigação realizada por Tamara durante a sua tese de doutorado revelou a importância das substâncias húmicas na resiliência dos recifes de coral. Utilizando experiências de microcosmos, ela mostrou que os corais sujeitos a stress térmico sem substâncias húmicas perderam a cor e tiveram uma menor eficiência fotossintética. Por outro lado, os corais tratados com substâncias húmicas não perdem a cor e as substâncias húmicas mitigaram os efeitos adversos do calor na eficiência fotossintética dos corais. Importante salientar que as substâncias húmicas também afetaram as comunidades bacterianas dos corais, enriquecendo microrganismos potencialmente benéficos. Estas descobertas salientam o papel pouco estudado das substâncias húmicas nos ecossistemas de recifes e corroboram a importância da preservação das florestas naturais, as principais fontes de substâncias húmicas nos ecossistemas marinhos, para manter a saúde dos recifes.

A investigação apresentada faz parte do projeto 4D-REEF. O 4D-REEF é financiado pelo programa de investigação e inovação Horizon 2020 da União Europeia, ao abrigo do acordo de concessão de bolsas Marie Sklodowska-Curie n.º 813360.

Texto por: Tamara Stuij traduzido por CESAM

Olga Ameixa, investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro (UA), foi nomeada membro do 4º Knowledge Coordination Body do EKLIPSE, um mecanismo financiado pela União Europeia que visa aproveitar o conhecimento disponível sobre biodiversidade e serviços dos ecossistemas para auxiliar decisores políticos na preservação do ambiente.  

A eleição de Olga Ameixa para o Knowledge Coordination Body fortalece a governança do EKLIPSE, sendo esta responsável por selecionar pedidos e garantir que as necessidades dos decisores políticos e outros atores sejam atendidas por meio do conhecimento especializado.  

O EKLIPSE é um mecanismo que atua por meio de uma abordagem colaborativa e multidisciplinar, para isso reúne especialistas de diversas áreas que trabalham juntos com o objetivo de encontrar soluções e respostas para os desafios ambientais. O mecanismo realiza análises, identifica lacunas no conhecimento, coordena investigações e produz relatórios e orientações práticas, de forma a promover a conservação da biodiversidade, a sustentabilidade e a melhoria das políticas e práticas relacionadas aos ecossistemas. 

Para mais informações sobre o EKPLISE aqui.  

Texto por: CESAM com base em notícias UA online

O Research Summit 2023 acontece na Universidade de Aveiro entre 12 e 14 de julho com o intuito de fomentar a colaboração e impulsionar a investigação. Este ano sob o tema “Sociedades Inclusivas, Inovadoras e Sustentáveis” o evento reúne investigadores, docentes e estudantes de diversas áreas e com diferentes backgrounds para partilhar os seus conhecimentos, resultados de investigações e ideias inovadoras.

O primeiro dia deste evento contou com a presença de Paulo Ferreira, reitor da Universidade de Aveiro e Artur Silva, vice-reitor, que moderou as sessões plenárias que preencheram o dia. Susana Loureiro, investigadora CESAM/DBio, participou numa destas sessões com o tema “Insetos, Circularidade e Sustentabilidade”, onde abordou a importância dos insetos na promoção da circularidade e das práticas sustentáveis.

Nos próximos dias do Research Summit 2023 destaca-se a presença de diversos membros do CESAM, incluindo vários alunos de doutoramento, que terão oportunidade de apresentar os seus trabalhos, desenvolver parcerias, partilhar know-how e estender a sua redes de contactos.

Obrigada a todos os nossos membros pela vossa participação neste evento.


Para mais informações sobre o Research Summit 2023 e sua programação aqui.

Texto por: CESAM

The aim of this call is to provide support for a small group of 2 to 4 Principal Investigators to jointly address ambitious research problems that could not be addressed by the individual Principal Investigators and their teams working alone. Synergy projects should enable substantial advances at the frontiers of knowledge and its transformative research should have the potential of becoming a benchmark on a global scale.Synergy Grants may be awarded up to a maximum of EUR 10 000 000 for a period of 6 years. The maximum amount of grants is reduced pro rata temporis for projects of a shorter duration. An additional amount of EUR 4 000 000 in total can be requested in the proposal to cover (a) ‘start-up’ costs for Principal Investigators moving to the EU or an Associated Country from elsewhere as a consequence of receiving the ERC grant and/or (b) the purchase of major equipment and/or (c) access to large facilities and/or (d) other major experimental and fieldwork costs, excluding personnel costs.The complete proposal is composed of:

  1. Administrative proposal forms (including Ethics Review Table);
  2. Research Proposal (Parts B1 and B2) uploaded in the submission tool as PDF files;
  3. Host institution(s) binding statement(s) uploaded in the submission tool as PDF files;
  4. Ethics review self-assessment (if applicable) and supporting documentation.

 Relevant documentation:

Results from others calls: 156 Synergies Grants with a total budget of 1581 M€ (Portugal has no SynG). CONSULT HERE.

Deadline is 8 November 2023!

Entre 2 e 8 de julho decorreu na Ilha da Terceira, Açores, mais uma edição da ‘Earth Systems Summer School’. Uma escola de verão que contou com 60 participantes oriundos de vários países europeus e da américa do norte. 

A ‘Earth Systems Summer School’ tem como característica distintiva a interdisciplinaridade científica, dado o seu enfoque nas dinâmicas e interações entre os diferentes subsistemas do planeta: a atmosfera, a biosfera, o oceano e a terra sólida. O que se reflete também na variedade de formações académicas que os participantes desta escola de verão tipicamente apresentam. O programa desta escola incluiu palestras, workshops e saídas de campo, tanto em ambiente terrestre como oceânico, e no final os participantes tiveram a oportunidade de apresentar um ‘pitch’ de 2 minutos.  

Como refere à RTP Açores, Eduardo Brito de Azevedo, um dos organizadores da escola de verão e professor da Universidade dos Açores, “aqui estudamos as diferentes interfaces que normalmente são estudadas em separado. E estudamo-las no sentido de perceber quais as relações e as trocas de massa e de energia que existem entre os vários subsistemas do planeta”.  

A ‘Earth Systems Summer School’ resulta de uma parceria entre várias organizações científicas, de entre as quais, o Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) e o Departamento de Física da Universidade de Aveiro. Com os investigadores João Miguel Dias, Magda Sousa e Nuno Vaz (CESAM/DFis) a integraram o conjunto de oradores desta escola de verão João Miguel Dias, que foi também dos organizadores deste evento, salienta que “a importância desta escola para a UA e para os seus alunos, ao promover a imagem institucional através da disseminação do conhecimento criado na instituição na área da oceanografia física e proporcionar aos seus alunos de 2º e 3º ciclo o enriquecimento do seu conhecimento através da aprendizagem com vários investigadores de renome internacional, assim como iniciarem a criação da sua rede pessoal de contactos na área de trabalho.  

Texto por: CESAM em colaboração com João Miguel Dias

A Expedição Selvagens 50, organizada pelo Instituto das Florestas e Conservação da Natureza da Madeira, decorreu entre os dias 23 de abril e 1 de maio de 2023. A iniciativa enquadrou-se nas celebrações dos 50 anos de criação da Reserva Natural das Ilhas Selvagens.

Esta Expedição reuniu cerca de 40 especialistas de diversas instituições, entre os quais se inclui o investigador do CESAM e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), José Pedro Granadeiro (especialista em aves marinhas).  A deslocação para as ilhas foi assegurada pelo veleiro Santa Maria Manuela, que serviu como base de trabalho para as várias equipas durante toda a expedição. As equipas que trabalharam em terra replicaram os trabalhos de monitorização da biodiversidade vegetal e animal levados a cabo na Selvagem Grande entre os anos 2000 e 2005, e que englobaram o período pré- e imediatamente pós-operação de erradicação de ratinhos e de coelhos.

Em comunicado de imprensa, a Secretaria Regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas da Região Autónoma da Madeira, salienta que nesta expedição “foram efetuadas cerca de 80 horas de mergulho, sendo que em terra, só os trabalhos de inventariação e monitorização da flora e vegetação, moluscos, insetos e repteis ocuparam mais de 700 horas dos investigadores envolvidos. E os dados preliminares, quer no mar quer em terra, apontam para o extraordinário estado de conservação daqueles habitats”.

Este pequeno arquipélago oceânico tem uma enorme importância do ponto de vista natural, sendo considerado o mais importante local de nidificação de aves marinhas em território nacional. De acordo com José Pedro Granadeiro, foi possível dar continuidade a diversos trabalhos com aves marinhas, incluindo uma caracterização detalhada da vegetação dos pontos de monitorização com o auxílio de drone, e a colocação de 30 gps-loggers em Cagarras, que aqui forma a maior colónia conhecida desta espécie, atualmente com cerca de 40,000 casais reprodutores. Foi ainda possível recolher amostras de dieta de gaivotas-de-patas-amarelas, e monitorizar a sua população não só na Selvagem Grande, mas também na Selvagem Pequena e no Ilhéu de Fora.

As Ilhas Selvagens foram classificadas pelo Governo Regional da Região Autónoma da Madeira como Reserva Natural em 1971, e em novembro de 2021 os seus limites foram estendidos até às 12 milhas náuticas em redor das ilhas. São assim, a maior área marinha de proteção total do Atlântico Norte, com 2.677 km2.

Para mais informações sobre esta expedição, consultar aqui

Texto por: CESAM em colaboração com FCUL e José Pedro Granadeiro

Investigadores do CESAM, em parceria com uma empresa do setor, têm levado a cabo com sucesso o projeto MAXIAQUA, cujo objetivo primordial consiste em encontrar soluções naturais e sustentáveis para o controlo da Philasterides dicentrarchi, um parasita que afeta a aquicultura de pregado. O projeto recebeu um financiamento de €345,147.00 do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP) através do programa Mar2020.
A equipa multidisciplinar deste projeto, coordenada pela investigadora Catarina Marques (CESAM/DBio) e co-coordenada pelo professor Amadeu Soares (CESAM/DBio), desenvolveu uma solução sustentável baseada em extratos naturais de plantas, algas e outros organismos. Esses extratos demonstraram atividade anti-protozoária contra diversas respostas biológicas do parasita. Os testes in vitro revelaram a inibição da atividade e expressão de genes que codificam proteases, responsáveis pela ação infeciosa do parasita no peixe, além de induzirem stresse oxidativo e reduzirem o crescimento populacional e a sobrevivência de Philasterides dicentrarchi.
A aquicultura intensiva do pregado desempenha um papel importante na economia nacional, sendo a espécie com maior volume de produção. No entanto, a gestão sustentável de doenças provocadas por organismos patogénicos tem sido um desafio para o setor. A escuticociliatose, causada pelo parasita Philasterides dicentrarchi, resulta em grandes prejuízos económicos e na produção aquícola.
O produto natural desenvolvido foi também testado em ensaios in vivo com pregado, num sistema de recirculação aquícola (RAS) piloto, primeiro e único na UA, construído no ECOMARE. Os ensaios in vivo permitiram determinar a palatabilidade, digestibilidade e o efeito do produto no aumento da resistência do pregado. O protótipo alcançou um nível de maturidade tecnológica elevado e demonstrou ser promissor no controlo de surtos do parasita e potencialmente de outras doenças.
Catarina Marques, coordenadora do projeto, destaca a importância do MAXIAQUA para a aquacultura nacional, pelo potencial de fornecer soluções inovadoras e ambientalmente sustentáveis para a gestão de doenças nesta área. Destacando a produção, transposição e validação em larga escala do produto desenvolvido como os próximos passos para impulsionar ainda mais a aquicultura de pregado de forma sustentável.

Texto por: CESAM com base em notícias UA online

O maior encontro de ciência e tecnologia em Portugal, o Ciência 2023, está a decorrer no campus da Universidade de Aveiro desde o dia 5 de julho e estende-se até ao próximo dia 7. A edição de 2023 está subordinada ao tema: “Ciência e Oceano para além do horizonte” e o Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), tal como em anos anteriores, participa ativamente neste encontro.  

Como referiu na sessão de abertura, Helena Vieira, investigadora do CESAM/DAO e comissária do Ciência 2023, este encontro nacional, além de ser o primeiro que não acontece em Lisboa, é o primeiro que centra numa temática específica, incentivando a comunidade científica a construir soluções “para uma sociedade mais justa, mais azul e mais verde”. 

Têm sido dias intensos de atividade, com uma extensa participação da comunidade de investigadores do CESAM. Não sendo possível enumerar todos os investigadores individuais, destaca-se a sessão temática “À descoberta do potencial da economia azul”, organizada pelo CESAM e pelo Centro de Biotecnologia e Química Fina da Universidade Católica (CBQF). Com a moderação de Amadeu Soares, Coordenador Científico do CESAM, e Manuela Pintado, investigadora do CBQF foi discutido o papel da biotecnologia azul como motor essencial para substituir as cadeias de valor baseadas em combustíveis fósseis, aumentar os sistemas alimentares circulares e reduzir a poluição. 

Ainda nesse dia, o CESAM esteve também representado na sessão noturna do Ciência 2023 que decorreu no Edifício da Reitoria da Universidade de Aveiro. Com o título “Um Oceano de Ciência para todos em Aveiro”, foi exibido o documentário “ECOMARE – Investigação e salvamento de espécies marinhas” produzido pela PlaySolutions – Audiovisuais com a coordenação científica do CESAM. Documentário que teve a sua estreia na RTP1 e que foi premiado com a medalha de ouro na categoria “Vida Selvagem – mar e florestas” do Festival Internacional de Cinema de Turismo de Africa (ITFFA). Nessa mesma sessão noturna, os investigadores Ricardo Calado e Ana Hilário (CESAM/DBIO) fizeram uma apresentação conjunta intitulada “Do fundo do mar ao fundo do prato!”. 

Pode conhecer todo o programa aqui

Texto por: CESAM 

O Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), tal como em anos anteriores, participa em mais uma edição do maior encontro de ciência e tecnologia em Portugal, o Ciência 2023. Este encontro realiza-se de 5 a 7 de julho no campus da Universidade de Aveiro, subordinado ao tema: “Ciência e Oceano para além do horizonte”. 

Como refere Elvira Fortunato, Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, “o Ciência 2023 será um marco importantíssimo para todos nós. Pela primeira vez é descentralizado: deixa Lisboa, e vem para Aveiro”. Helena Vieira, investigadora do CESAM/DAO e Comissária do Ciência 2023, assinala ainda a dupla importância desta edição, “É também, pela primeira vez, um encontro temático, com um foco no oceano e águas, nas suas intrínsecas ligações e (…) no papel da ciência em toda a sua plenitude de contributos para conhecermos, explorarmos e, também, protegermos o verdadeiro pulmão deste planeta”

O CESAM possui uma extensa presença no programa de três dias do evento, seja através dos seus investigadores individuais, seja em sessões por si organizadas. Assim, e de forma contínua ao longo dos três dias, será possível consultar os 40 posters científicos submetidos por investigadores do CESAM e participar nas atividades do CESAM disponíveis na área de demonstrações do recinto do evento.  

Destaca-se também a organização, pelo CESAM e pelo Centro de Biotecnologia e Química Fina da Universidade Católica (CBQF), da sessão temática “À descoberta do potencial da economia azul”. Entre as 14:30 e as 16:00 do segundo dia (6 de julho), os investigadores Luís Tarelho (CESAM/DAO), Ana Maria Gomes (CBQF), Ricardo Calado (CESAM/DBIO), Paula Castro (CBQF), Manuela Pintado (CBQF), João Pinto da Costa (CESAM/DQ) irão discutir a biotecnologia azul como motor essencial para substituir as cadeias de valor baseadas em combustíveis fósseis, aumentar os sistemas alimentares circulares e reduzir a poluição. 

Nesse mesmo dia (6 de julho), o CESAM estará também representado na sessão noturna e orientada para o público da cidade de Aveiro que decorrerá no Edifício da Reitoria da Universidade de Aveiro. Com o título “Um Oceano de Ciência para todos em Aveiro”, será exibido o documentário “ECOMARE – Investigação e salvamento de espécies marinhas” produzido pela PlaySolutions – Audiovisuais com a coordenação científica do CESAM. Documentário que teve a sua estreia na RTP1 e que foi premiado com a medalha de ouro na categoria “Vida Selvagem – mar e florestas” do Festival Internacional de Cinema de Turismo de Africa (ITFFA). Nessa sessão noturna, os investigadores Ricardo Calado e Ana Hilário (CESAM/DBIO) farão uma apresentação conjunta intitulada “Do fundo do mar ao fundo do prato!”. 

Quanto à participação em sessões plenárias, é possível salientar a presença de Luís Menezes Pinheiro, investigador do CESAM/DGEO e Presidente do Comité Português para a Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO, como orador convidado da Sessão Plenária “Governação” (09:00 e 10:30). E no último dia do evento (7 julho), Cristina Pita, investigadora do CESAM/DAO, será também oradora convidada da Sessão Plenária “Alimentação”. 

Já quanto à participação em sessões temáticas, a investigadora Sónia Cruz (CESAM/DBIO) estará presente na Sessão Temática “Um Mar de Oportunidades para a Saúde” organizada pela Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (14:30-16:00, dia 7 de julho). E o investigador Ricardo Calado (CESAM/DBIO), já acima referido, participará na Sessão Temática “Emprego e Economia Azul Circular e Sustentável” (11:15-12:45, dia 5 de julho) organizada pelos Laboratórios Colaborativos B2E CoLAB, CoLAB +ATLANTIC, S2Aqua, Greencolab. 

Pode aceder a mais informações sobre o evento e ao programa completo, aqui. Pode ainda efetuar a inscrição (gratuita) no evento, aqui

Texto por: CESAM 

Olga Ameixa investigadora do Departamento de Biologia e CESAM da Universidade de Aveiro foi nomeada, pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), delegada nacional para integrar o Comité de Gestão da Ação COST Insect-IMP – “Improved Knowledge Transfer for Sustainable Insect Breeding” (CA22140), da qual também é preponente e que junta 45 participantes de 20 países. 

A criação de insetos pode desempenhar um papel importante na garantia da segurança alimentar global, reduzindo a pegada ambiental da produção de alimentos e aumentando a sustentabilidade dos sistemas agrícolas modernos. No entanto, atualmente depende de populações de insetos cuja genética é pouco compreendida. O conhecimento da genética das espécies de gado contribuiu largamente para o avanço dos sistemas agrícolas, no entanto poucos esforços foram feitos para desenvolver programas de criação estruturados que possam garantir o melhoramento genético de espécies de insetos.  

Com o aumento da importância das abelhas como polinizadores e o aumento contínuo de outros sistemas de criação de insetos, há uma necessidade crescente de coordenar os esforços de investigação no campo da criação e genética de insetos. A Ação Insect-IMP visa estabelecer ligações entre investigadores de várias áreas da genética, entomologia e ciências veterinárias, com outros atores-chave de todo o setor da criação de insetos.  

A ação potenciará a transferência de conhecimento sobre as várias espécies de insetos, bem como de outros setores de criação e genética de animais, para permitir o desenvolvimento da investigação e dos ganhos económicos na criação de insetos e na apicultura. A colaboração dentro da ação permitirá um crescimento mais sustentável do setor de criação de insetos, aumentará a capacidade de investigação a nível europeu, estabelecendo as bases para a colaboração a longo prazo entre investigação e indústria além-fronteiras, bem como, apoiará decisões fundamentadas na regulamentação sobre criação de insetos. 

Texto por: Olga Ameixa (CESAM/DBIO) em colaboração com CESAM